Gabriel logo joga o chicote no pescoço de uma dos Wendigos e puxa deixando sua cabeça rolar e logo o seu corpo desaparece, Mille corre para frente e corta a cabeça de alguns enquanto James enfeitiça suas fechas com fogo e atira na cabeça dos Wendigos arrancando suas cabeças fora com o impacto da flecha. Mille corre de um lado para o outro desviando e cortando cabeças e vendo corpos desaparecem feito fumaça.

–Todos pra cá. – Gabriel está no centro e logo James e Mille se juntam a ele.

–O que vai fazer? – Pergunta James

–Vou fazer uma bomba, não podemos perder tempo aqui e eles não param de vim. Preciso que me deem cobertura.

Gabriel pega a bolsa e retira um recipiente de vidro e enche com um pouco de água e o fecha, procura algo em seus bolsos e de lá tira um pequeno pedaço de uma pedra em formato cilíndrico brilhante e desenha uma pequena chama na garrafa aonde, logo brilha e solta faíscas de dentro.

–Pronto. Agora temos que juntar todos, precisamos ir para um canto. - Os três vão para um pequeno canto da sala aonde os Wendigos os cercam. – James faça uma proteção. – Ele acena com a cabeça e rapidamente coloca as mãos no ar formando uma pequena barreira transparente.

–Gabriel jogue.

O impacto da garrafa é grande, tão grande que toda a sala fica em um tom alaranjado e forte.

Mille sente seus olhos queimarem, apesar da proteção de James a luz da bomba é muito forte e parece que nunca vai acabar, mas logo a luz começa a abaixar e abaixar e lá está a sala vazia aonde corpos ainda estão sumindo. James retira as mãos do ar e todos soltam um suspiro de alivio.

–Vamos. – Gabriel dá um passo para frente.

–Gabriel, espere ainda não sabemos por qual porta seguir. – Mille o puxa para trás e o olha.

–É fácil. – James vai para o centro novamente e estende as mãos no ar e algo preto sai de suas mãos e anda pelo grande salão analisando cada pedaço e logo para na porta a direita dele. – Por aqui.

–Será que só temos corredores por aqui? – Perguntou Mille se sentindo agoniada pelo pó que subia das paredes.

–Acho que o engenheiro dessa local gosta de corredores. – Gabriel sorri para ela e volta a andar.

Eles andaram seguindo o fluxo do corredor um atrás do outro

–Saiam daqui. – Uma voz ecoou.

–Ouviram isso? – Mille parou perguntando-se se era mais alguns Anvoxer’s falando em sua mente.

–Precisamos correr. – Falou Gabriel não exatamente respondendo sua pergunta. – Vamos. – E então se fez, os três correram pelo corredor que parecia que nunca ia acabar, corriam e olhavam para trás.

–Parem. – James gritou e parou.

–O que foi? – Gabriel se aproximou junto a ele e logo Mille.

–Esse corredor... - ele passou as mãos na parede.

–O quem o corredor James. – Mille o olhou confusa.

–É mágico. Não tem final. Temos que encontrar uma brecha pelas paredes. Rápido passem as mãos na parede e se encontrarem algo que se eleve da parede gritem.

Parecia estranho, mas de uma certa forma logico, pois eles já estavam ali a muito tempo e nada aconteceu.

Passando as mãos pelas paredes que soltavam muito pó, Mille se sentia afobada pelo pó que saia das paredes, mas não parou de procurar pois queria sair dali e voltar com Luna. Ela estava a alguns metros de distância dos meninos que também procuravam por alguma coisa, ao dar um passo para o lado Mille tropeçou em seu próprio pé e caiu no chão duro e viu sua espada voar.

Ela se levantou e foi até a sua espada, mas ao tentar pega-la ela parecia que não queria sair, e o episódio aonde seu celular caiu no chão no parque, surgiu em sua mente e logo pensou consigo mesma se aquilo poderia ser alguma armadilha, se levantou e chutou a espada que saiu do lugar deslizando para o lado lentamente e com algo preto e pegajoso em baixo, ela se abaixou para verificar e quando tocou o liquido pegajoso preto ele agarrou sua mão, e tentáculos saíram da poça e começaram a tomar o seu braço.

–Socorro. – Ela gritou e logo os meninos pareceram desesperados.

–Meu santo anjo. – Gabriel e James se ajoelharam em sua volta. – Não quero saber como isso aconteceu. James é com você.

–Tudo bem. – Ele novamente levantou a mão no ar enquanto a coisa preta tomava conta do braço de Mille e que subia e subia. Ele recitou algo incompreensível e a coisa preta começou a borbulhar e se desfazer até sumir pelo chão.

–Obrigada. – Mille agarrava seu braço. Pegou sua espada e ao se levantar viu algo no chão, se abaixou novamente e passou a mão uma pequena maçaneta estava agarrada ao chão. – Acho que achei o que procurávamos.

Dessa vez não era nenhum corredor, mas sim uma sala com várias portas de aço aonde prisioneiros gritavam por perdão e por liberdade.

–Achamos. – Falou Gabriel.

–Ok. Mas aonde ela está? – Mille olhou por todas as portas aonde alguns Deter’s e demônios dividiam celas.

–Precisamos de um feitiço de localização.

–Mas um feitiço? – Mille olhou para James. – Não se cansa?

–Qual é eu sou um bruxo é esse o meu dever.

O feitiço consistia em mais uma vez rodas as mãos no ar e algo sair das mãos de James.

Dessa fez a fumaça que saia de suas mãos era um tom amarelado e foi diretamente para uma sala aonde a porta era toda feita de aço.

–Vamos.

–A não vão não. – Eles viraram e viram um homem com cabelos loiros aparentemente com a mesma idade de Gabriel. Ele usava uma túnica preta. – Olá amiguinhos.

–Voltex. – Gabriel tirou seu chicote da pele e correu, mas logo foi jogado para longe com apenas o olhar de Voltex.

“Quem é Voltex?” pensou Mille.

–Ora, ora. Como sempre os heróis vieram ao resgate. – Ele sorri. Os olha e para na direção de Mille. – Mille minha querida. – Ele se aproxima.

–Não encoste nela. – James entra em sua frente.

–Um defensor? Que lindo. – Ele joga James para trás usando apenas o olhar e os levanta usando as mãos. – Anvoxer’s. – Eles vieram como se já soubessem o que teriam que fazer. E fizeram agarram Gabriel e James o deixando paralisados. E volta ao caminho de Mille que está parada sem saber o que deve fazer. – Espero que não tenha que fazer isso com você. Não quero ser rude no nosso encontro depois de anos. – “Depois de anos?” – Você está forte querida, essa vida de Deter fez muito vem a você.

–Como me conhece? – Mille o olhava sem parecer intimidada.

–Não se lembra de mim, já esperava isso. Bem se você quer saber te falarei.

–Mille não o ouça. – Gabriel se contorcia nos braços do Anvoxer.

–Cale-se, ela precisa saber quem realmente ela é. Bem...

Ele para e olha para o Anvoxer que segurava James que agora está se derretendo e se transformando em uma poça preta.

–Bruxo do diabo. Já conversamos querida. – Ele sorri. – Tragam a menina.

Luna chega nos braços de um Anvoxer que a preta. Ela está suja, vermelha e parece muito desgastada.

–Luna. – Mille dá um passo à frente, mas Voltex a impede,

–Se eu fosse você ficaria ai. Acho melhor apareceu pequeno mago antes que eu mate sua amiga.

–Não, por favor não a mate. – Mille praticamente deixou sua preocupação se exaltar.

–Não se preocupe Mille o único que irá morrer aqui é ele. – James surge do chão em frente a Mille. – Solte-a antes que eu te mate. – Ele vira para Mille e sussurra em seu ouvido. – Eu o distraio e você de um jeito de soltar Gabriel.

Mille se afasta e vai até aonde o Anvoxer se afastou com Gabriel, ela vira e vê aos fundos uma briga luzes de James e Voltex.

Ela pega algumas facas e vai até um pedestal próximo ao Anvoxer, e a coisa é rápida. Ela mira e joga e o bicho se transforma em uma poça “devem estar encantadas”.

Ao chegar a Gabriel que já está se levantando, ela conta o que anda acontecendo lá e logo é parada por uma explosão e os dois correm e quando chegam James está no chão com os olhos abertos e parado.

–James. Não, não, não. – Eles correm até o seu corpo.

–Não se preocupem, não está morto, apenas paralisado. – Voltex parece se divertir com isso que até chega a soltar um pequeno riso.

–Você é maluco. – Mille grita e se levanta e sente a raiva percorrer pelo seu corpo.

–Opa, não se exalte donzela. Agora podemos conversar, venha.

–Não quero conversar com você. – Mille começou a andar na direção de Voltex lentamente, e sentiu a pupila de seus olhos se dividirem e sumirem deixando seus olhos brancos. Suas roupas se transformaram branco e suas mãos começaram a soltar fumaça deixando o quarto totalmente branco deixando apenas ela, Voltex e os Anvoxer’s colorindo a sala. – Não toque mais em meus amigos. – Sua voz era demoníaca e a cada passo que se aproximava algo saiu do chão, algo não almas. Sua marca estava funcionando, almas pretas pintavam o branco e matavam os Anvoxer’s em um piscar de olhos. Ela apontou a mão na direção de Voltex almas saíram em dispara em sua direção rodeando o seu corpo.

As almas rodearam até sumirem e Mille olhou e viu que o corpo de Voltex não estava mais lá. “Há ele é esperto” pensou Mille sentindo seu corpo arder até ele rapidamente enfraquecer e ela bater a cabeça no chão.

Ao acordar o calor queimava sua pele e alguém a carregava. Gabriel.

–Bela adormecida. – Ele a colocou no chão. – Está se sentindo bem?

–Acho que sim. – Ela colocou a mão na cabeça sentindo uma dor enorme. – O que aconteceu? Aonde está James? E Luna?

–Bem o que aconteceu é que parece que alguém. – Ele apontou para ela. – Conseguiu usar a Marca das Almas da Meia-Noite. E não se preocupe James está vindo com Luna. Depois que você se esgotou o corpo de Luna estava no chão e James acordou. Mas Voltex desapareceu. Olhe lá vem eles. – Ele apontou para James que vinha carregando Luna em seu colo.

–Acordou. Você Mille foi simplesmente incrível. Gabriel me contou, falou que foi algo praticamente de outro mundo.

–Obrigada. Como está Luna?

–Desacordada mais é apenas uma questão de tempo até ela acordar.

–Gente. – Eles a olharam. – Quem era ele? Voltex?

–Bem Voltex... – Gabriel foi interrompido por uma luz que vinha do colar de Mille que parecia estar saindo fumaças. – Depois explico parece que temos que ir. James.

Ele passa Luna para os braços de Gabriel e James pega o colar do pescoço de Mille e o colocar no chão o portal aparece.

–Vamos. – James a ajuda a levantar.

E pulam no portal.

O pouso é suava e Veronica continuava sentada em frente ao seu altar improvisado.

–Chegamos.

Ela olhava para eles preocupada.

–O que foi Ver... – Mille olhou direito e percebeu, percebeu que alguém ali faltava, mas como ele poderia ter ficado para trás? – Ah não. James ficou lá.

E portal se fechou.

Após Gabriel, Luna e Mille pularem, James se preparou para pular, mas ao colocar o pé para dentro do portal uma força o puxou para trás o jogando para fora.

–Não vá preciso de companhia. – Voltex estava em pé em frente ao portal.

–Saia da minha frente.

–Você deve ficar gracinha. – Ele tira uma arma da cintura e mira para o colar que transmitia o portal.

–Você não pode fazer isso.

–Mas é claro que posso. Olhe. – O gatilho dispara.