–Bom Dia. – Voltex estava de frente para a cama aonde James ainda estava acordando.

–Bom Dia. – James sorri e se senta na cama. Ele olha para Voltex que apenas usa uma calça moletom e está com sua barriga de fora. Sim, isso de um certo modo excitava James.

–Dormiu bem?

–Melhor impossível. – Voltex se aproxima e se senta ao seu lado e lhe entrega uma caneca com o que parece ser café. – Acho que destruir aquele portal foi a melhor coisa que você já fez por nos dois.

–Também acho James, mas se lembre eles não podem saber de nada. Isso iria acabar com tudo. – ele passa a mão pelo rosto de James e o beija. – Que tal um banho?

–Já estou indo.

Voltex se levanta e sai em direção ao banheiro. James coloca a caneca de lado e rapidamente pega o roupão branco que está jogado na cama.

O romance estre Voltex e James já era de longas datas ele se lembrava de cada minuto que eles passaram juntos, cada desafio para que o amor deles fosse aceito pelo tribunal. Era estranho beijar Voltex em uma hora e em outra hora telo que odiar e telo que matar.

Mas pelo amor James faria tudo.

Londres, 1900

Era uma noite de uma chuva em Londres e James estava parado em uma loja local esperando a chuva passar.

–Senhor já estamos fechando.

–A sim, já estou indo. Minhas desculpas. – Ele sai da loja colocando o seu paletó na cabeça para proteger-se.

Sua casa era igual a todas ali pela região. Chegando em sua casa ele tira os sapatos molhados e os leva até seu quarto os deixando em um canto qualquer. Sua roupa pesava de tanta agua, então seria melhor tomar um banho, pensou ele.

Um banho rápido, porem necessário, necessário para não pegar um resfriado daqueles. Em seu quarto ele pega algumas roupas leves e vai até a cozinha e segue até a mesa aonde sua irmã Luna o deixou um ensopado que estava com uma aparência ótima.

Luna e James moravam sozinhos desde os seus 17 anos de idade, a perda de seus pais foi dura para os dois, isso não os abateu muito, mas as vezes James ainda pegava Luna chorando no recanto de sua cama.

James estava se sentindo morto, pois trabalhar no jornal local não era uma tarefa assim tão fácil como parece ser. Ele se cobre até a cabeça e deixa o sono vir com calma.

Um barulho de algo caindo o acorda, ele olha em seu relógio que estava na cabeceira da cama, - 0h25 – e se levanta e vai até a cozinha.

–Luna? É você? – Ele se aproxima da cozinha aonde uma sombra está mexendo nos armários de sua casa.

Uma risada.

–Olá. – E a vela na mesa se acende rapidamente.

–Q-q-quem é você? Um demônio?

–Quem sabe. – Ele tinha lindos cabelos cumpridos loiros e os seus olhos tinham um tom azul celeste que brilhava na escuridão. – Você deve ser o irmão de Luna não?

–Sim, o que você quer com minha irmã? Da onde a conhece? E para começar como entrou na minha casa?

–O fato é que eu entrei na sua casa. – Ele se senta em uma cadeira em sua frente. – Vamos sente-se, parece que está com medo coisinha fofa. – Quando James falaria que não, sentiu algo o puxando contra a sua vontade que o rapidamente fez sentar na cadeira de frente para o rapaz. – Muito bem. Bem, por onde começo? Já sei. Por que não se apresenta? Eu realmente gostei de você.

–Não quero me apresentar. Você está aqui para falar com minha irmã não comigo.

–Oh me desculpe... – Ele o olha como se tivesse o estudando. – James, acho que esse é o seu nome, não?

–Como...

–Não faça perguntas, não vamos estraga o clima. Bem se quer saber tanto assim. A sua irmã me deve algumas coisas...

–Quanto? Me fale eu posso pagar.

Ele ri.

–Querido, a questão não é quanto mais sim o que. Ele me deve um anel enfeitiçado para que eu possa sair livremente no sol. Estou aqui a procura disso.

–Do que você está falando seu maluco?

–Acho que ela ainda não te contou não é. Sua irmã é uma bruxa.

–Você só pode ser...

–Não acredita em mi não é, bem eu sei que posso parecer louca mais é verdade. Eu sou um vampiro, preciso do anel para sair no sol se não eu viro cinzas.

Ele é completamente louco.

–Eu posso te ouvir. – Ele se levanta. – Tenho que ir gracinha, mas antes vou deixar um recado pra Luna. – Ele se aproxima de James e o prende. Coloca seu pulso cortado na sua boca e sussurra no ouvido de James. – Diga a Luna para me entregar o anel até amanhã ou eu mato vocês dois. – Ele segura firmemente a cabeça de James. – Ah, diga a ela que Voltex esteve aqui. – Ele puxa com força seu pescoço para o lado quebrando-o.

Tempos atuais.

–Duas semanas. – James e Voltex estão sentados em uma das mesas do Starbucks de frente um para o outro.

–Já disse, uma semana e pronto. Não posso ficar mais do que isso. – James leva seu frappuccino até a boca.

–Você está gostando dele não é?

–De quem?

–Gabriel.

–Não. Você sabe que eu te amo, e sempre, sempre vou amar você e não o idiota do Gabriel.

Voltex se aproxima e encosta seus lábios no de James, ao se afastar os dois sorriem de leve com um certo tom de malicia.

–Bem, já que é assim. Preciso que namore ele.

–O que?

–É simples. Você namora ele, depois transforma ele em vampiro.

–Para que?

–Tenho planos para ele.

–Voltex.

–Tudo bem eu falo. Preciso fazer um ritual, um ritual que exige sangue de várias criaturas do nosso mundo, preciso drenar o sangue delas e com isso criar uma marca no chão.

–Que marca?

–Essa. - ele estende a blusa mostrando na parte de suas costelas uma marca com o desenho de um triangulo ao contrario aonde os quatro elementos se espalhavam dentro e um pequeno pentagrama se prendia no centro. – Essa marca invoca demônios de todos os cantos, ela é forte James e ela vai me matar.

–Mas para que quer fazer isso?

–Uma guerra, eu quero uma guerra a maior guerra de todos os tempos entre Deter’s e demônios. E você vai vir para o meu lado nessa guerra.

–Não quero perder você.

–Não vai, depois do ritual todos vão estar mortos inclusive seu amiguinho. – James parecia espantado. – Acalme-se. Vou dar uma chance para seus amiguinhos irem resgata-lo.

–Como vai fazer isso? Não pode abrir as portas do inferno isso iria contra o equilíbrio da natureza.

–Você sabe como irei fazer isso. Vamos, vamos para casa, temos muito o que fazer e muito o que planejar.

–Você disse que Gabriel teria que morrer para que tudo isso acontece?

–Sim, algum problema?

–Não nenhum. – Voltex sorri e ajuda James a se levantar.

–Foi o que pensei.

Ele passa a mão em volta das costas de James e vão.

Tudo na cabeça de James estava confuso, mas sempre escolheria o lado do amor e sempre iria fazer tudo pelo amor.