Marcados - Almas da Meia-Noite escrita por AlessanDRo


Capítulo 6
Bússola




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–Mille me ajude. – O quarto era sufocante, muito apertado e muito quente. A voz de Luna ecoava de todos os lados.

Na esquerda. Direita. Em cima e até em baixo dos pés descalços de Mille.

“Será outro sonho? Ou realidade?”

Desde de que ela descobrira tudo ela não conseguia mais saber o que era realidade e o que era sonho sua cabeça parecia que ia explodir.

–Mille. – A voz de Luna parecia sofrida.

–LUNAAAA. Aonde você está? – Mille vai para trás e se encosta na parede se ajoelha e começa a chorar sem saber o porquê.

Talvez seja a pressão?

O medo?

Mille se levantou e cada vez parecia que o pequeno quarto ia ficando menor ainda, e cada vez mais, mais e mais menos até ela poder apenas se sentar de novo e chorar.

O travesseiro estava molhado de tanto suor e sua testa pingava e escorria suor. Sua respiração estava ofegante e seu coração palpitava muito rápido.

O mesmo sonho em 4 noites seguida logo depois de receber sua marca, ela levanta um pouco sua camisola até que visse seu abdômen e reviu o desenho da “Marca das Almas da Meia-Noite”, uma arvore sem folhas rodeada de almas. Quando a escolheu Mille não queria saber quer poder lhe dava apenas sentia que a marca a chamava.

Marca das Almas da Meia-Noite = A “Marca das Almas da Meia-Noite dá ao Deters o poder de invocar almas de demônios mortos e até de humanos, e com isso fazer com eles lutem ao seu lado.

Mille não estava se saindo muito bem com os treinamentos desde que foi marcada não dormia, comia ou se quer se concentrava em coisa algumas a não ser, no sonho em que Luna lhe pede socorro.

Ela sentia que algo estava acontecendo com Luna pois ela já estava fora a mais de uma semana, ela já tentou explicar para Gabriel e James, mas eles apenas falaram “E só uma questão de tempo, o nosso governo pode ser magico, mas não tão magico quanto você imagina”.

Ela se deitou de novo com medo de que o sonho ou pesadelo volta-se, mas ela precisava se recuperar.

Ela caiu no sono.

E o pesadelo voltou.

–Estou falando ela está em perigo. – Mille olhava nos olhos de James e depois olhava pra Gabriel que estavam sentado no sofá da biblioteca aonde ela descobriu que Gabriel era um anjo. Depois daquela descoberta ninguém mais tocou nesse assunto de anjos.

–Mille eu já disse a você que não é tão rápido assim. – Falou James arrumando seu cabelo.

–Ela disse que voltaria logo, logo uma semana? Eu estou sonhando com ela, ela está em perigo.

–Espera você ainda anda sonhando com Luna? – Falou Gabriel se levantando, parecendo estar espantado.

–Finalmente alguém me ouviu.

–Esperem aqui.

Gabriel entrou em umas da fileiras de livros e sumiu, mas logo reapareceu com um livro cinza em suas mãos.

–O que é isso. – Perguntou Mille a Gabriel.

–Outro livros de feitiço de Deters. – Respondeu James se levantando e indo até Gabriel.

Os dois olhavam página por página até que os dois pararem em uma e começaram a ler para si mesmos.

–Quero tentar uma coisa. Venha. – Mille os seguiu até o subsolo aonde algumas coisas como poções, armas e coisas do tipo estavam penduradas na parede e outras em mesas, no centro da sala havia uma cadeira preta. – Sente-se

Mille fez o que Gabriel mandou.

James e Gabriel olhavam por todos os lados a procura de alguma coisa.

–Só uma pergunta como essa casa pode ter um subsolo sendo que nós estamos no meio do mar em uma ilha?

–É um feitiço que uma bruxa nos deixou. – Respondeu James enquanto procura enlouquecidamente. – Achei. – Um frasco com um liquido ver brilhava dentro.

–O que é isso?

–Bem isso é nada mais nada menos do que a poção dos mares viajantes. – Gabriel pega o frasco da mão de James. – Obrigado gracinha. Bem se quer saber para que serve e tenho certeza que quer, isso serve para a pessoa que está recebendo mensagens ser levada pra a outra, mas nada é real é apenas um...como eu posso dizer...um sonho. – “Mas sonhos” pensou Mille. – Você deve ingerir uma dose disso e esperar até que faça efeito.

–Espere. Eu não vou beber isso, da onde essa bruxa tirou essa agua? De algum rio?

–Muito engraçado, mas não brinque com elas. – James percorreu e deu a volta segurando a cabeça de Mille para cima. – Isso faz parte do ritual não se preocupe não vai levar menos do que um minuto. – Ele toca a marca em sua cintura e de lá tira uma faca. – Não precisa ficar espantada não vai doer. – Ela faz um corte em cada lado da cabeça de Mille e logo Gabriel coloca o liquido em sua boca.

E novamente tudo vira um sonho.

A mesma sala só que agora vazia sem ninguém apenas Mille e sua cadeira preta amiga.

Ela se levanta e olha ao redor sem saber o que fazer, porque realmente não sabia. Ninguém a falara nada, e agora?

Ela sobe a escada, percorre o corredor e sai da casa aonde não está mais em mar e sim em local aonde há areia e mais areia ela pisa na terra firme e a casa some.

E agora?

“Bem vamos andar”

Ao andar muito Mille estava se sentido exausta, e logo as palavras de Gabriel vem em sua mente “nada é real”, mas parecia pois ela suava por conta do calor do local e seus tênis já estavam cheios de areia. Isso a deixa agoniada. Mas logo não precisou esperar muito até o grito quebrou o silencio.

–Mille. – Luna gritava ainda mais desesperada. Ela olhou ao redor mais não havia nada ali a não ser areia e mais areia.

–Luna. – Mille também gritou, mas ficou sem resposta.

–Mille. – O grito ecoava por todo o local do deserto. Mas não tinha nada ali a não ser Mille, areia e o grito de Luna.

Mille paralisou por um momento e logo algo veio em sua mente algo que ela leu naquele livro que ganhou de Gabriel.

Ela se ajoelhou, colocou a mão na areia, fechou os olhos e se concentrou no rosto de Luna, ao abrir os olhos um caminho de areia se abria diante de seus olhos ao tira a mão olhou para o seu pulso e viu algo se formar, algo como uma bússola, não realmente era uma bússola, mas diferente pois invés de ter as seta ou a marcação N/S/L/O a marca do pentagrama preenchia-se por dentro.

Sua segunda marca.

Ela esperou a dor passar, mas não passou então deixou para lá e seguiu a trilha aonde a levou para um montinho de areia e logo ela começou a escavar com as mãos com muita pressa e lá estava uma portinha de madeira aonde uma marca estava prensada, não estava escrito nada apenas uma letra estava lá uma letra “V”, mas ao tentar a abrir tudo sumiu e logo ela estava de volta ao subsolo aonde James e Gabriel a encaravam.

Mille se sentia muito tonta, eles esperaram a tontura passa e logo ela explicou tudo que viu, o deserto, a porta com o “V” ela até chegou a pergunta o que era aquele “V”, mas os rapazes ignoraram parecendo que não queriam responder o que era o “V” e logo chegou a marca.

Eles se olharam.

–Mille como isso aconteceu? – Perguntou James, e ela novamente voltou a explicar sobre ela ter colocou a mão na areia e isso logo em seguida apareceu. – Está sentindo alguma coisa? – Ela fez que não com a cabeça e Gabriel chegou mais perto para examinar a marca.

–Isso é muito estranho, precisamos acabar o trabalho antes que você morra. – Ele vai até a mesa de poções e entrega a James um frasco com o mesmo liquido preto que Luna já havia usado e jogou em cima da marca, que logo começou a se mexer tirando o pentagrama e se transformando em uma verdadeira bússola.

–James como essa se chama?

– “Marca da Bússola d’agua”. – Ele sorri para ela.

–Espera achei que apenas bruxas podiam... – E logo ela sacou. – Você e Luna são bruxos.

–Garota esperta. – James sorrio para ela novamente.

–Descobri aonde ela está.

–Aonde? – Perguntou James.

–No Egito.

–Ótimo. Podemos ir para lá já, posso usar a minha marca para fazer isso.

–Só há um problema.

–Qual?

–Pesquisei direito e descobri que Luna não está exatamente no nosso Egito.

–Como assim? – Mille perguntou meio que se intrometendo.

–Ela está no Egito antigo, e para ser mais especifico no Quarto Milênio em 3150a.C.


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