A face oculta do amor escrita por Dreamy Girl


Capítulo 6
Capitulo 6




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Um começo nada animador, pensou Sakura, enquanto seguia Sasuke pelo corredor até o estúdio. E tão diferente da última vez em que tinha posado para ele. Na época, não existia nenhum trato comercial entre os dois. Ao contrário, havia sido um fascínio sem limites, um clima tão mágico.Será que Sasuke também se lembrava? Provavelmente sim, mas não do modo que ela se recordava. Afinal, Sasuke não tinha se apaixonado por ela.

— Onde está o garoto?

— Fiz um trato com uma amiga —Sakura respondeu, com indiferença. — Ela cuidará de Yuzuke enquanto eu estiver aqui.

— E ele não estranha ter que sair tão cedo de casa?

Então Sasuke os havia visto! Sem saber por quê, ela sentiu raiva. Além de tudo, ele ia vigiar-lhe os passos?

— Não. Yuzuke é uma criança muito fácil de se lidar.

Sasuke deu um passo na direção dela, os olhos negros frios e implacáveis.

— Tem certeza de que ele não é meu?

Sakura gelou. Será que ele havia notado alguma semelhança?Algum sinal de família do qual ela não sabia? Com certeza,Sasuke não tinha tido muitas chances de observar a expressão que às vezes surgia nos olhos de Yuzuke, ou o modo como seus lábios se curvavam de lado quando ele sorria. . . Impossível. A não ser que passasse horas a fio se analisando no espelho! Ele não sabia de nada. Não podia saber. Só estava jogando verde.

—Tenho. —Sakura falou por fim, com tanta naturalidade quanto lhe foi possível. — Já lhe contei sobre Hidan.

—Pode estar mentindo.

Sasuke agarrou-lhe o pulso, num gesto violento. Ela tentou se livrar mas seu esforço foi em vão.

—Por que eu faria isso?

—Também não sei por que me abandonou, na véspera do nosso casamento.

Então sua rejeição o havia magoado mais do que ela tinha imaginado. E pensar que chegou a ter certeza de que Sasuke ficaria aliviado por poder levar adiante seu caso com Yumi! Mas era isso mesmo. Toda aquela “revolta” era por causa do orgulho ferido.

— Yuzuke é filho de Hidan — Sakura repetiu, umedecendo os lábios.

— Como pode ter certeza?

— A gente sempre sabe — ela respondeu com tanta indiferença quanto conseguiu reunir.

A pressão em seu pulso tornou-se mais forte e Sakura prendeu a respiração.

— Não venha com essa conversa, Sakura — ele advertiu. — Dormiu com Hidan, mas também dormiu comigo!

— Foi só uma vez, Sasuke.

— Com quantos mais dormiu?

O tom gelado de Sasuke aumentou-lhe a raiva. Ele não tinha o direito de falar daquele modo! Não tinha o direito de humilhá-la tanto!

— Com todos que apareceram. Satisfeito?

O rosto do moreno contraiu-se, e uma veia começou a pulsar furiosamente em suas têmporas.

— Sua vagabunda.

—Claro! — Uma risada amarga escapou dos lábios dela. — Por isso darei uma modelo tão boa!

— É verdade. Não foi à toa que pediu um preço tão alto.

— Pois eu deveria ter pedido mais. — A voz de Sakura soou no mesmo tom áspero, mas só ela sabia o esforço que fazia para Conter as lágrimas. Por que precisavam se destruir daquela maneira? — Podemos começar, por favor? Espero que esta roupa seja adequada

—Você sabe que é, Sakura. Planejou esse traje nos mínimos detalhes, não? Uma pitada de inocência misturada com uma boa dose de sedução. Devo dar-lhe os parabéns, minha querida doutora no assunto. — Ele sorriu, irônico, — Mas, mesmo assim, ainda não é bem o que desejo.

Sakura o contemplou, confusa.

—Talvez me queira apenas com as roupas de baixo. . — disse, a voz carregada de um sarcasmo que jamais pensou que fosse capaz.

A revolta dela era tanta que quase esqueceu por que estava ali. ‘Vá com calma. . . Pense em Yuzuke!”, disse a si mesma,

—Não precisa tanto — Sasuke falou com naturalidade, atirando-lhe um vestido vermelho — Vista isso.

Sakura perguntou-se se ele a obrigaria a se trocar na sua frente como no dia anterior. Mas Sasuke apontou um lavado e ela, mais do que depressa, dirigiu-se para lá. O vestido parecia ter sido feito sob medida. Havia um espelho grande atrás da porta e Sakura soltou uma exclamação, surpresa com o que um pedaço de pano podia fazer com uma mulher.

Com aquela roupa, não faria diferença se estivesse nua ou vestida, o cetim era tão fino e macio que não deixava nada para a imaginação, Colava-se ao seu corpo como uma segunda pele. Moldando-se a cada linha e curva, dando-lhe unia sensualidade que nem mesmo ela sabia ter, o vestido era longo, mas de cada lado corria uma fenda que revelava Suas pernas até as coxas. Embora as mangas fossem compridas o decote mergulhava em “V” até o estômago, descobrindo generosamente as curvas de seus seios.

Sakura teve certeza de que aquele era o vestido mais ousado que já tinha usado em toda sua vida. Seu modelo simples era de uma sensualidade que nem despida ela conseguiria

— Sakura? — Sasuke chamou, impaciente.

Ela pôs a cabeça para fora do lavabo.

— Não está esperando que eu vá usar isto!

— Por quê? Não serviu?

—S-serviu mas. . . este vestido é muito escandaloso.

— Outro ataque de falso pudor?

la responder à altura, mas Sasuke a surpreendeu invadindo o lavado, sem dar-lhe a mínima chance de se cobrir.Não disse uma palavra enquanto a estudava, mas Sakura viu os olhos negros passearem lascivamente por seus quadris, por sua cintura, subindo para o vale entre os seios, finalmente ele mirou o rosto delicado, de olhos verdes e tempestuosos.

—Perfeito — ele comentou, com um sorriso.

— Não! Eu. . — Um nó na garganta a impediu de falar.

Sasuke se aproximou e o coração dela disparou no mesmo instante. Deu um passo para trás e viu-se encostada na paredes .Ele continuava sorrindo, daquele modo que sempre a perturbara, e pousou a mão na coxa nua. Lenta e eroticamente, subiu pelos quadris redondos, pela cintura. Sakura queria impedi-lo de continuar, mas não conseguia se mover. Sentia dificuldade até em respirar. Os dedos longos roçavam sua pele, explorando, provocando, numa tortura sem fim. Subiram para o decote profundo, acariciando o começo dos seios, traçando um caminho de fogo que ameaçava consumi-la por inteiro.

Sasuke sequer prestou atenção no desespero que tomava conta dos olhos verdes. Suas mãos continuavam a acariciá-la, exigentes, implacáveis. Foram mais longe, deslizando para debaixo do tecido onde os mamilos despontavam, traiçoeiros. Então subiram-lhe até o pescoço, sentindo a fúria com que o cotação dela batia.

— Está errada — disse, rouco.

— Errada? — Sakura viu-o afastar-se um pouco. Sasuke havia notado o embaraço dela, sua vulnerabilidade, o desejo absurdoque transparecia em cada recanto de seu corpo, e estava satisfeito.

— O vestido é mais do que adequado. Venha comigo.

— Não posso.

—Mudou de idéia?

Sasuke a encarou com ironia

—Não posso continuar com isso! — Sakura fechou os olhos, atordoada.

— Como quiser... —Ele deu de ombros. —Parece que finalmente colocou seus escrúpulos acima do dinheiro.

À palavra caiu como um raio sobre ela. Dinheiro . A operação de Yuzuke... A saúde de seu filho dependia única e exclusjvamente dela.

—Não!. . . Quero dizer, vou posar para você — disse, engolindo com dificuldade.

Os olhos negros a observaram intrigados.

—Por quê, Sakura?

—Pensando bem. — uma pequena chama de ironia voltou à voz dela. —Não é por um pouco de pudor que vou perder a chance de ter mil dólares na mão. Vamos começar logo com isso, Sasuke.

O dossel já estava pronto, e muito diferente daquele onde ela havia posado há três anos. Agora havia uma espécie de estofado forrado de seda creme: a chaise-longue de uma cortesã. Sasuke não perdera tempo. Devia ter preparado tudo em questão de horas.

Sakura ergueu a cabeça e passou por ele, acomodandose na plataforma, Sasuke que pensasse o que quisesse. Que se divertisse criando-lhe situações embaraçosas! Um dia, se tivesse sorte, ela mostraria a ele que era uma pessoa de carne e osso, e que só tinha agido como marionete enquanto lhe foi conveniente.

Ele a observava, impassível. Quando os olhares se encontraram, Sakura estava pronta para enfrentá-lo. Sustentou o olhar de Sasuke com firmeza, sem medo. Mais uma vez viu uma expressão estranha no rosto dele, que não soube definir. Se fosse outro homem, teria julgado ser admiração Mas Sasuke não podia admirá-la, quando nem mesmo a respeitava mais....

—Nada mal, mas ainda não é isso. Dobre um pouco a perna — ele instruiu. — Não, Sakura, não assim. Não é nenhuma criança.

Sasuke foi até o dossel e posicionou a perna de Sakura, segurando seu tornozelo, empurrando seus joelhos e coxas. Ela fez de tudo para impedir o tremor que ameaçava dominá-la. Ele se afastou e inclinou a cabeça, pensativo.

— Melhor, bem melhor. Lembre-se do que está representando, Sakura. Uma dama da noite é sensual. sedutora.

Posar para Sasuke seria um inferno, percebeu. Dava vontade de rir ao pensar nas exigências que fizera a si mesma: indiferença. desprendimento, todas as emoções sob controle. . . sozinha nos rochedos, com o mar e as ondas sussurrando aos seus pés, tinha achado possível manter-se distante de Sasuke. Mas como, se todas as fibras e nervos de seu corpo respondiam à sensualidade que emanava dele?

Raiva e desejo a consumiam por dentro. Raiva pela maneira cruel como ele a tratava, e desejo por ser acariciada, beijada, urna louca e inexplicável necessidade de sentir-se amada.

Quanto tempo ele levaria para terminar o retrato? Cinco sessões? Seis? Diante do apuro pelo qual estava passando com apenas uma, as que estavam por vir seriam um pesadelo.

Yuzuke! Tinha que pensar no filho. Só assim conseguiria manter o equilíbrio. Sasuke podia torturá-la, entorpecer-lhe os sentidos, levá-la à loucura. . . Mas Yuzuke era a criança que tinha nascido dela, sangue de seu sangue, única razão de sua vida. Afinal, a provação pela qual estava sendo obrigada a passar não seria eterna. E os benefícios que viriam de seu sacrifício ajudariam a esquecer esse tormento, mais tarde.

Sasuke começou a trabalhar. Os dedos longos moviam-se sobre o bloco, rápidos, seguros, sem hesitação. Eram as mãos de um artista dando vida ao papel. As mãos de um amante, que uma vez a despertaram para as delícias do prazer; as mãos de um homem que sabia como lidar com o corpo de uma mulher, levando-o ao mais profundo êxtase.

As horas e os minutos se arrastavam. Sasuke não dizia uma palavra enquanto desenhava. Vez ou outra ele erguia a cabeça para estudá-la, mas de um modo impessoal, buscando apenas satisfazer-se com algum detalhe. O desprezo e a ironia haviam evaporado assim como a determinação de provocá-la, explorando seu corpo e atiçando os sentidos. O homem sentado em frente à prancheta não tinha pensamentos para o que não fosse sua obra.

Finalmente a sessão chegou ao fim. Depois de novamente vestida com suas próprias roupas, Sakura saiu do lavado no momento em que Sasuke cobria a prancheta. Ele pareceu nem mesmo notar sua presença. Ela hesitou, sem saber se saía sem se despedir ou dizia alguma coisa antes de deixar o estúdio. Talvez a próxima sessão fosse menos torturante se conseguissem estabelecer alguma harmonia entre eles, refletiu. Além disso, não podia negar que estava morrendo de curiosidade

—Como foi? — indagou, timidamente

Sasuke ergueu a cabeça, ensaiando um sorriso.

— Bem. Você é uma boa modelo.

— Disse isso três anos atrás.

—Pois estou dizendo de novo.

— Uma vez disse que pinta o que sente.

—Ainda faço isso.

—Posso.., posso ver o que fez hoje?

— Não.

—Sasuke...

O rosto moreno parecia esculpido em pedra, o maxilar rígido.

—Vamos deixar uma coisa bem clara. Você é apenas a modelo. Estou lhe pagando muito por estas sessões; aliás, muito mais do que deveria.

—Então por que concordou? — Ela o fulminou com o olhar, sem se importar com as conseqüências.

— Porque me convinha. E fique certa de que só vou lhe mostrar o retrato quando eu quiser.

Sakura deixou o chalé sem dizer uma palavra, caminhando rapidamente pelo jardim e atravessando o portão sem olhar para trás. Ao contrário do dia anterior, não quis passar primeiro em casa, embora estivesse louca por um banho e por um pouco de sossego.

Rumou para a casa da sra. Inuzuka, torcendo para que, com o passar do tempo, conseguisse encarar aquelas sessões com naturalidade.

Ao chegar na casa dos Inuzuka, viu a caminhonete de Kiba estacionada em frente. A despeito de sua decisão de parecer forte, não conseguiu evitar uma onda de apreensão. Não via Kiba desde o dia em que havia reencontrado Sasuke e, embora o jovem veterinário não representasse mais do que um bom amigo, pressentia que ele ia questioná-la.

Kiba usava a caminhonete para transportar animais enfermos e, na carroceria, Sakura pôde ver os flancos de um cavalo. Quando chegou mais perto, ouviu vozes do outro lado do veículo e reconheceu a risada de Yuzuke.

— Olhe o cavalo, mamãe... Olhe o cavalo! — o menino gritou, radiante, quando viu Sakura se aproximar.

— Estou vendo, querido... Olá, Kiba.

—Oi.

Kiba abriu seu sorriso franco, que era um de seus maiores atrativos. No entanto, Sakura pensou ver uma ponta de angústia nos olhos dele. Mal conseguiu sorrir de volta. Estava tão abalada com tudo por causa dos acontecimentos das últimas horas, que achou impossível manter uma conversa descontraída com qualquer pessoa.

— Meu filho está dando muito trabalho?

— É claro que não! Yuzuke adora os animais, e eu gosto de mostrá-los a ele. — Uma sombra escureceu os olhos dele. — Sakura, fiqueí sabendo que está posando para aquele cara do chalé.

Quase sem perceber, ela ergueu o queixo numa atitude de defesa.

—Sim. Ele é muito conhecido nos círculos artísticos do país— completou, sentindo uma necessidade súbita de dar algum tipo de explicação.

Kiba a olhou intensamente.

— Quer dizer que o conhecia mesmo.

— Eu já lhe disse. — Sakura não teve como impedir o rubor que lhe subiu ao rosto. — Nós... nós nos conhecemos há três anos.

—Sakura.....

— Kiba por favor — ela o interrompeu, apressada, levando a mão à cabeça que começara a latejar. —. Preciso ir para casa. Será que não podemos conversar uma outra hora?

—Claro. — O tom dele foi surpreendentemente frio. — Só mais uma pergunta. Por acaso já posou para esse tal de Uchiha antes?

— E isso importa?

Os olhos castanhos contemplaram os dela, com firmeza.

— Sim.

“Não é da sua conta”, Sakura teve vontade de dizer. “Acho que já aguentei muito por um dia. Não vá começar você também!”

— Tudo o que diz respeito a você me interessa — Continuou Kiba. — E sabe muito bem disso.

Não era hora de discutir as implicações contidas naquelas palavras.

—Kiba, gostaria que entendesse. Posei para Sasuke uma vez, há muito tempo. E agora.., bem, agora fizemos um acordo comercial. E deve saber por quê.

—Então ele a está pagando para isso.

—Sim.

—E o dinheiro é para a operação de Yuzuke — Kiba a olhou, compreensivo — Eu devia me sentir melhor sabendo disso, mas não consigo.

— Yuzuke.. . — Sakura curvou-se para apanhar o filho que estava completamente distraído com o cavalo, alheio à conversa dos dois. — Temos que ir para casa, meu anjo.

— Só mais um minuto. — Kiba segurou-lhe o pulso, quase com a mesma força com que Sasuke tinha segurado antes. — Sasuke Uchiha sabia que estava vivendo aqui? Foi por isso que veio?

A idéia havia lhe ocorrido, mas Sakura a tinha rejeitado com todas as forcas. O que restava de sua paz de espírito dependia daquilo. Se Sasuke viera para Konoha sabendo que iria encontrá-la, só tinha um objetivo: o de humilhá-la.

Ela balançou a cabeça com mais convicção do que na verdade tinha.

— Acho que seria muita presunção da minha parte pensar isso.

— Talvez não tenha idéia do quanto é adorável. Os olhos verdes se iluminaram num sorriso.

— Você faz maravilhas com o meu ego, Kiba. Mas não é nada do que está imaginando. Sasuke. . . o sr. Uchiha precisa de uma modelo e aconteceu de eu estar disponível. Só isso.

O rosto de Kiba assumiu uma expressão estranha por ter chamado Sasuke pelo primeiro nome.

— Esse cara só está aqui há dois dias. Parece que tem trabalhado depressa..

— Esse acordo convém a nós dois. Ele precisa de uma modelo e eu preciso do dinheiro. Kiba, minha cabeça está estourando — Sakura completou, louca para sair dali. — Por favor, não me leve a mal, mas vou entrar e dizer à sua mãe que vim buscar Yuzuke e depois vou embora.

O amigo insistiu em oferecer uma carona até sua casa e Sakura estava cansada demais para recusar. As horas passadas com Sasuke, e depois aquela conversa com Kiba, deixaram-na em pedaços. O silêncio imperou durante a jornada até o sítio. quebrado somente pelo monólogo de Yuzuke, falando dos bolinhos da sra. Inuzuka e do cavalo do Tio Kiba que estava “com dodói”.

Quando a caminhonete passou pelo chalé de Sasuke, Sakura percebeu uma figura alta e esbelta descendo o jardim mal cuidado. Será que ele também a havia visto? Provavelmente. Era bom que soubesse que não era o único no mundo, pensou, com uma ponta de satisfação. Se Sasuke desconfiava que ainda tinha alguma importância para ela, quanto mais cedo tirasse essas idéias da cabeça, melhor. Se suspeitasse de que continuava a perturbá-la como antigamente, seu comportamento acabaria se tornando mais intolerável do que já era.

Kiba não se demorou muito e Sakura ficou aliviada por isso. Apesar da excitação, Yuzuke também parecia cansado e abatido, e ela não via a hora de colocá-lo para dormir. Ainda tinha muito o que fazer no sítio naquela tarde e queria dar conta da maioria das tarefas antes do anoitecer.

Estava exausta quando finalmente foi para a cama. Mas, de certo modo, aquele cansaço era bem-vindo. Não iria ficar à janela do quarto rernoendo o passado, tendo apenas o quebrar das ondas e a violência das tempestades como companhia.Isso só envenenaria seu espírito e agora tudo o que desejava era algumas horas de sono, esquecimento e sossego.

Mas nem assim se viu em paz. Flutuava no mundo da semi-consciência quando uma figura alta e morena invadiu-lhe os sonhos, torturando-a por um bom tempo antes que pudesse mergulhar no mais profundo dos sonos.


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