A face oculta do amor escrita por Dreamy Girl


Capítulo 7
Capitulo 7




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A vida retomou seu ritmo normal. Sasuke queria sessões às segundas, quartas e sextas, e nesses dias Sakura acordava cedo,corria com as tarefas do sítio, levava Yuzuke para a casa da sra. Inuzuka e voltava para casa a fim de se arrumar. Tomava um banho rápido e ajeitava os cabelos como na primeira sessão. Não perdia tempo em escolher roupas, pois o vestido vermelho, que já começava a detestar, a esperava no estúdio.

As sessões eram longas e cansativas. A tensão de Sakura era visível, mas Sasuke parecia não dar a mínima importância a isso. Ela, por sua vez, também não reclamava. O cansaço e o tédio faziam parte do trabalho pelo qual receberia um bom dinheiro. Às vezes sua cabeça latejava, evidenciando seu esgotamento físico e mental. Nessas horas tinha vontade de sumir dali. Sasuke não conversava com ela.

Assim mesmo, não estava arrependida da decisão de posar para ele. Consolava-se ao pensar que, em poucos meses. Yuzuke estaria livre de seu problema.

No entanto, a atração que sentia por Sasuke não diminuíra com o tempo. Admirava-se ao ver como ele estava mudado. Talvez a desconfiança, a raiva e a arrogância sempre houvessem feito parte da natureza dele, mas ela só conseguia lembrar-se de como Sasuke era mais solto, mais bem-humorado, como tinha mais alegria em viver. Não existia aquela rispidez na voz, nem a indiferença no olhar. Também não possuía as pequenas linhas que agora se formavam ao redor dos olhos.

Às vezes Sakura chegava a pensar que o que tinha acontecido no chalé solitário e ensolarado das montanhas de Durban não passara de pura fantasia. Não fosse aquela criança adorável ligando o Sasuke e a Sakura daquele tempo, diria que eram apenas dois estranhos trabalhando juntos. Mas Yuzuke existia, era fruto da chama que os havia consumido. E era por Yuzuke, pela vida dele, que eIa agora lutava.

Ao observar os dedos longos e ágeis que se moviam sobre o papel, Sakura pensou nas emoções que Sasuke despertava nela. Primeiro o amor, um amor capaz de devorar cada fibra de seu ser, fazendo com que ela esquecesse o resto do mundo. Depois o ódio, que agora era o sentimento mais forte entre eles. Que nome poderia dar ao modo com que Sasuke a tratava? Todo aquele desprezo, aquele prazer em humilhá-la, a satisfação de vê-la intimidada? Também ela não poderia sentir outra coisa, só raiva.

Chegando às raias do absurdo, havia também um desejo louco de descer da plataforma para tocá-lo; a ânsia por mergulhar as mãos nos cabelos escuros e sedosos; a vontade de traçar os contornos daquele rosto anguloso com os dedos, de abrir-lhe a camisa e roçar o peito moreno com as mãos; com os lábios. . . E, mais ilógico e irracional do que tudo, o anseio por sentir seus braços ao redor do corpo dela, suas pernas fortes pressionadas contra as suas, sua boca ávida explorando os recantos mais secretos de sua alma.

O desejo era tanto que Sakura podia sentir o sangue correr mais rápido nas veias. Um desejo que tentava reprimir com todas as forças. . . mas em vão. Assim como eram em vão as tentativas de sufocar as lembranças de um tempo quando estivera mais apaixonada do que jamais poderia imaginar.

Como havia se enganado, ao tomar tantas resoluções impossíveis, aquele dia nos rochedos. Tinha se esquecido do poder de atração de ason, o impacto sensual de sua masculinidade, o magnetismo de sua personalidade

Já não sabia definir os limites de suas emoções. Se ao menos pudesse explicar por que elas se fundiam dessa forma, fazendo com que os momentos em que mais odiava Sasuke fossem aqueles em que mais o desejava! Certa vez havia lido num livro que o amor e o ódio andavam de mãos dadas. Na época rira da idéia, considerando-a não mais do que devaneios de poeta. Agora, pela primeira vez na vida, era obrigada a admitir que aquilo podia ser verdade.

Sentia-se tão atraída por Sasuke que às vezes tinha medo de que ele percebesse a tensão que fluía entre os dois como uma corrente elétrica. Contudo, a expressão dele indicava que a única coisa que tinha em mente era o retrato que tomava forma à sua frente. Ele só se manifestava quando queria que ela mudasse de posição. Então vinha até o dossel, arrumando seus braços e pernas como os de uma boneca. No entanto, toda vez que aquelas mãos a tocavam era como se uma onda tomasse conta de seu corpo. Sakura parava de respirar, reunindo todo o controle que possuísse, obrigando-se a manter uma postura fria e distante.

— Quantas sessões ainda temos pela frente? — perguntou um dia.

— Quantas forem necessárias — foi a resposta seca.

— Eu sei mas. . . quantas vão ser?

— Por quê, Sakura? — A apatia dos olhos negros foi substituída por puro sarcasmo. — Está arrependida do nosso trato?

— Eu não disse isso — ela respondeu, irritada.

— Talvez esteja querendo um “adiantamento”...

— Também não disse isso! Minha pergunta foi muito simples, Sasuke. Quanto tempo isso vai durar?

— Eu já dei a resposta — o rosto moreno tornou-se sombrio.— Tanto tempo quanto for necessário.

Não adiantava insistir. Aquela era uma das mais marcantes características de Sasuke: a teimosia. Ele estava irredutível. O problema era que, quanto mais aquelas sessões durassem, mais ela corria o risco de perder o controle sobre si mesma. Pior ainda:sabia que, se estava sofrendo na companhia de Sasuke, sofreria muito mais com sua ausência. Não sabia mais o que pensar. A única coisa da qual tinha certeza era que suas chances de felicidade com outro homem eram remotas. Embora gostasse de Kiba, ele parecia uma sombra perto de Sasuke. Inútil dizer a si mesma que Kiba era carinhoso, amigo, que possuía todas as qualidades que Sasuke jamais teria. Contudo Kiba não podia competir com a personalidade forte do homem que havia entrado em sua vida há três anos, sem pedir licença.

Um dia em que o céu amanheceu cinzento e carregado. Ao sair com Yuzuke para a casa da sra. Inuzuka, Sakura olhou o menino preocupada.Tomara Deus que não chovesse até alcançar a casa de Kiba. Chegou a pensar em ir até o chalé e pedir a Sasuke que a dispensasse naquele dia, mas, só de imaginar o mau humor que seria obrigada a enfrentar depois, desistiu da idéia.

Um vento frio varria a terra e as primeiras gotas de chuva começavam a fustigar sua pele quando ela alcançou o chalé. Bateu na porta, tremendo contente por ter deixado Yuzuke aquecido e seguro com a sra. Inuzuka.

— Não precisa se preocupar— a mãe de Kiba havia dito. —Caso a tempestade não passe logo, tomarei conta dele quanto tempo for preciso.

Quando Sasuke não veio atendê-la, Sakura voltou a bater. Nada. Estava ficando ensopada, Girou a maçaneta e a porta se abriu. Sasuke não estava à vista quando caminhou pelo corredor até o estúdio. Talvez ele estivesse no quintal, sem poder ouvi-la. Em sua pressa de evitar a chuva, ela chegara mais cedo do que de costume. Mas tudo bem, o vestido vermelho estava à sua espera no lavabo; trocaria de roupa e esperaria por Sasuke.

Estava subindo o zíper do vestido quando ele entrou no estúdio. Sakura estancou, constrangida, notando-lhe o cabelo molhado, caindo sobre a testa. Ele usava jeans e uma camisa fina que realçava os ombros largos e os músculos do peito. Aquela não era a roupa com a qual Sasuke costumava trabalhar.

Mais do que nunca, Sakura viu-se perturbada .Por um segundo, uma ponta de surpresa havia brilhado nos olhos negros, mas a expressão que a substituiu era tão enigmática que ela não soube definir, embora seu coração desandasse a bater feito louco.

—Não estava me esperando? — perguntou, amaldiçoando o tremor na voz. — Hoje é sexta.

— Uma sexta nublada e chuvosa.

Sakura o fitou, sem saber o que dizer. Minúsculas gotas brilhavam no rosto palido, fazendo as feições espartanas mais atraentes do que nunca.

— Estava pensando em Yuzuke? — disse, atordoada.

— Não. — Sasuke negou, seco. — O que faz ou deixa de fazer com seu filho não é da minha conta.

Uma pontada de dor rasgou o peito dela. Os olhos verdes o fitaram, cheios de mágoa.

— Então não entendo.

— A luz. — Sasuke apontou a janela, num gesto impaciente.— Não lhe ocorreu que o estúdio deveria estar escuro?

Não. Tudo o que lhe passou pela cabeça foi a necessidade de correr com o filho para a casa da sra. Inuzuka, para que não fosse obrigada a aguentar a grosseria dele mais tarde.

—Você é um idiota, Sasuke Uchiha! — explodiu, cega de ódio.

— Sabia que eu viria! Se não podia me poupar, ao menos poupasse meu filho!

Virou-se, apressada, de modo que ele não pudesse ver as lágrimas que lhe brotaram traiçoeiramente nos olhos. Era como se Sasuke jamais se cansasse de puni-la. Sakura esqueceu-se de que o zíper continuava aberto. Tudo o que queria era trocar de roupa e sair dali.

— Onde está indo? — A voz atrás dela era suave.

— Para casa. — Ela não se voltou para encará-lo.

— Na chuva?

— Não vou derreter.

Um par de mãos espalmou-se nas costas fluas, enviando uma descarga elétrica para o corpo de Sakura. O gesto foi inesperado e ela estremeceu,involuntariamente.

— Preciso ir. — As palavras saíram entrecortadas.

As mãos se moveram, deslizando sob o tecido, circundando a cintura delgada até deterem-se em seu estômago.

— Não vai a lugar nenhum.

Sakura sentiu o peito forte em suas costas, as coxas musculosas contra os quadris, os lábios movendo-se sensualmente por seus cabelos. Precisava pensar! Precisava sufocar seu desejo antes que fosse tarde demais!

—Preciso ir embora! — Era um pedido, mais do que uma afirmação.

—Por quê? — ele indagou, rouco.

“Deixe-me em paz! Não vê o que está fazendo comigo? Vê, sim, Sasuke. . Mas sente prazer em me torturar!”

— Tenho muita coisa para fazer — foi tudo o que conseguiu dizer.

Ele riu baixinho, sem parar de acariciá-la com os lábios:

— Mentirosa. . . Já fez tudo o que precisava e o garoto está com a vizinha.

— Sim, mas...

—Mas nada, Sakura. Sabe que quer isso mas está com medo— ele falou, um pouco áspero. — Para quem possui tanta experiência como você, é admirável

Sasuke estava pensando em Hidan em Kiba .. nele mesmo. Embora imersa naquele turbilhão de emoções, percebeu que ele estava agindo com cautela. Não podia deixar que as suspeitas dele retornassem. Não teria forças de esconder a verdade mais uma vez, não agüentava mais inventar mentiras e mais mentiras. Precisava desviar o rumo daquela conversa.

— Não estou com medo —respondeu depressa.

— Não?

— Não. Apenas enojada.

Sentiu o corpo dele enrijecer contra o seu, tomado de surpresa.

— Se é assim, como explica o ardor com que me amou há três anos?

Sakura tentou se desvencilhar mas seus esforços foram em vão.

— Eu já disse, eu. . . precisava de um pai para meu filho.

— Não me convenceu. Isso ainda não explica a paixão com que se entregou. — Os lábios quentes voltaram a torturá-la. — Estava apaixonada, Sakura. Não posso acreditar que tudo aquilo tenha sido uma representação.

A situação estava fugindo do seu controle

— Talvez não tenha sido! — ela concordou, desesperada. — Mas sou uma pessoa diferente agora sou outra mulher, com outras vontades, outros.

Ela estancou, as palavras morrendo em sua garganta quando as mãos dele cobriram seus seios, possessivamente. Não conseguia mais evitar o ritmo louco de seu coração, assim como não pôde impedir seus mamilos de se arrepiarem sob a ação dos dedos de Sasuke.

—Não adianta mentir. .. Seu corpo fala a verdade por você —Sasuke disse, rouco.

Ele estava certo. Todo o desejo reprimido naqueles anos brotava-lhe agora por todos os poros. A rigidez do corpo de Sasuke revelava que ele a queria do mesmo modo. Quando mãos fortes a viraram para ele, forçando-a a encará-lo, Sakura ainda fez uma última tentativa,

— Você nem mesmo gosta de mim!

Ele levou tanto tempo para responder que, por um momento, ela teve esperanças de que ele dissesse que a amava. Seus olhos se estreitaram fitando.a com uma intensidade que chegou a assustá-la. Era como se um véu tivesse sido erguido e ele enxergasse algo que nunca havia visto antes.

— Gostar não tem nada a ver com isso, tem, Sakura? Você foi a primeira a admitir.

O medo havia feito com que ela se descuidasse. Quase pusera tudo a perder.

— Eu sei. Naquela época, Sasuke, eu tinha uma razão para dormir com você. Agora não tenho nenhuma.

— Tem, sim. A melhor razão de todas. — As mãos dele deixaram sua cintura para roçarem os seios túrgidos, subindo depois para o rosto macio. — Quer que eu faça amor com você. E se negar isso estará enganando a si mesma. Não fale sobre gostar. . — ele disse, antes que ela abrisse a boca para responder.

— Nós dois sabemos que isso não vem ao caso.

Mesmo que Sakura houvesse pensado em alguma coisa para dizer, a dor que aquelas palavras lhe causaram teria lhe impedido. Para Sasuke não existia carinho, enquanto para ela isso era a coisa mais importante do mundo. Assustada, Sakura percebeu que, como por encanto, seu ódio transformavase num sentimento que tinha a mesma força, mas que, no entanto, era exatamente o oposto

— Sabemos, não é, Sakura? — ele insistiu, quase arrancando a máscara que a mantinha protegida.

—Sim. — Ela se obrigou a encará-lo. — Sabemos muito bem.

Os olhos negros sustentaram os dela por mais algum tempo. Estavam carregados de frieza. O olhar demorou-se na pele macia de seu pescoço, então desceu para o corpo esbelto ousada e deliberadamente como se quisesse feri-la de todos os modos possíveis. De repente, como se já não pudesse suportar, Sasuke a puxou para si, com violência.

—Sakura. — murmurou, antes que sua boca descesse sobre a dela com agressividade

Ela tentou resistir por alguns instantes, mantendo os lábios cerrados ao mesmo tempo em que tentava empurrá-lo. Mas os lábios dele pressionavam, forçando os dela a se abrirem, até que Sakura viu-se correspondendo com uma vontade que não conseguia controlar, foi um beijo louco, ardente. Suas bocas se encontravam entre gemidos, entre palavras desconexas, numa ânsia absurda de entrega.

Ela não pensou em nada quando o abraçou pela cintura e pressionou os quadris de encontro aos dele. Sentiu o calafrio que o abalou, ao mesmo tempo em que um par de mãos arrancava seu vestido.

Mais uma vez as mãos dele deslizaram por suas costas, pernas, obrigando-a a moldar-se a ele. Novas correntes de desejo a assaltaram, ateando fogo em suas veias. Sakura jogou a cabeça para trás, os olhos fechados, recusandose a sair do transe em que se encontrava.

Sasuke a acariciava, seus dedos explorando a pele macia, entorpecendolhe os sentidos, fazendo-a arder de paixão. Os lábios dele roçaram seus cabelos, seu pescoço, seus olhos, então moveram-se para o vale entre os seios que arfavam, numa viagem sem rumo. Quando ele a ergueu nos braços,Sakura mergulhou orosto no peito moreno e úmido, embriagada com o cheiro másculo que exalava dele.

Atordoado, Sasuke abriu a porta do quarto com o pé, colocando-a na cama com cuidado. Ficou a olhá-la por alguns segundos. sem dizer nada. Desta vez não havia desprezo nem ironia nos olhos negros. Sakura simplesmente não soube definir o que viu neles; uma espécie de dor, talvez.

Só mais tarde pensou que dor ou tristeza eram as únicas coisas que jamais passariam pelo olhar dele. Não no que dizia respeito a ela.

— Meu Deus, como você é bonita...

Sakura ouviu as palavras roucas, viu-o ajoelhando-se ao lado da cama. Surpresa, observou as mãos dele segurarem seu rosto com ternura. Uma ternura que parecia ter tomado o lugar da impetuosidade com que ele a havia tocado até então. Sasuke traçou os contornos de seu rosto, afastando algumas mechas que lhe caíam à testa. Sem pressa, tocou o nariz bem-feito, a boca sensual, seu pescoço, até chegar aos seios túrgidos, brincando com os mamilos intumescidos.

Uma emoção intensa varreu o corpo dela, deixando-a sem ar. O êxtase que a guiara há três anos não chegava aos pés do que sentia agora. Puxou-o para si, mergulhando os dedos nos cabelos escuros, molhados de chuva. Embriagado com o perfume suave que emanava dela, Sasuke correu-lhe a boca pelos seios, fazendo-a estremecer. De repente, ele levantou-se de um salto, afastando-se.

—Sasuke? — Sakura o fitou, suplicante.

— Agora não tem volta, e sabe disso.— ele disse, rouco.

A camisa voou para o chão, revelando os ombros largos, o peito musculoso. Sakura o observou, hipnotizada. deleitando-se com a virilidade traduzida naquele gesto. As mãos dele rumaram para o botão do jeans. Sasuke não tirava os olhos dela, criando um suspense que dificultou sua respiração.

Sakura se preparava para a inevitabilidade do que vinha a seguir quando a campainha soou estridente, quase obscena no silêncio que pairava pelo quarto.

—Sasuke...

Praguejado baixinho, ele apanhou a camisa do chão e a vestiu rapidamente.

—Volto logo. — Seu tom transpirava nervosismo. Sakura o viu sumir pela porta e continuou imóvel por alguns segundos. Só então percebeu o quanto estava tremendo. Ouviu vozes através da janela do quarto e se levantou. O funcionário da imobiliária estava na porta, falando de um vazamento no fundo da propriedade e pedindo para que Sasuke o acompanhas se até lá. As vozes foram sumindo à medida que os homens afundavam pelo quintal.

Pela primeira vez, ela se deu conta das vibrações que carregavam o ar; invisíveis, porém reais. Era como se a paíxão e as emoções que haviam trocado tivessem deixado suas marcas. De repente, percebeu que estava nua num quarto estranho, numa situação estranha. Sentiu-se exposta e vulnerável

‘Deus, o que estou fazendo?”, pensou, desesperada Sasuke se aproveitara de sua vulnerabilidade .O pior é que deixara bem claro que tudo o que acontecia não tinha nada a ver com amor.

A conversa com o funcionário não levaria muito tempo. Sasuke voltaria para o quarto como se nada tivesse acontecido, certo de que ela continuava disposta a ir até o fim com aquela farsa. Mas todo o desejo desvanecera A impetuosidade com que ele a seduzira havia acabado com o bom senso dela, mas agora estava de novo com a cabeça no lugar. Enquanto seu corpo pedia para ser saciado, sua mente ditava que não deveria ficar ali esperan do por Sasuke. Se fosse em frente com aquela loucura, fatalmente se arrependeria. Pois o que faria por amor, para ele não passaria de um jogo.

Amor! O último sentimento que esperava sentir por Sasuke de novo! Ou o amor jamais havia morrido? Será que aquele sentimento tinha estado com eia todos esses anos, sob a mágoa, a frustração e o suposto ódio que brotara dentro de seu peito, para surgir apenas quando suas defesas fossem por água abaixo?

Tinha que sair dali, antes que Sasuke retornasse. Enquanto parte de seu ser ansiava pelo amor dele, a outra gritava que aquele homem a desprezava, que via nela apenas um meio de se divertir. Precisava ser rápida. Saindo do quarto, caminhou silenciosamente pelo corredor até o estúdio. Vestiu o jeans e a blusa com mãos trêmulas e estava pondo as sandálias quando ouviu vozes se aproximando. asori entraria pela porta da frente e impediria sua fuga. Subitamente, seus olhos avistaram a pequena porta que levava ao quintal; uma entrada lateral que nunca havia usado. Ouviu Sasuke entrar na casa ao mesmo tempo em que deixava o estúdio ainda descalça e fugia pela estrada que levava a sua casa.


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