O Caso do Slender Man escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 18
Bônus - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!!!

Como a fic já está terminadinha mesmo, decidi postar mais rapidinho para encerrá-la se possível até sábado.

Esta é a primeira parte do capítulo bônus e se passa quinze anos depois do final do capítulo anterior. Oi? Ou seja, as mini pessoas já não são tão mini assim.

Considero este, a segunda parte e o epílogo como um teste para uma continuação. Se vocês gostarem, se aprovarem, se quiserem, então eu darei sequência, ok?

Well, espero que gostem desta primeira parte porque eu amei escrever ehehehehe

Lá vai o devaneio voador...



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Em um bar de estrada, no interior de Montana, uma jovem de olhos intensamente azuis, longos cabelos castanhos e feições angelicais, olhava fixamente para a tela de seu notebook sobre a mesa. A garota estava sentada em um canto mais afastado do lugar, e lia uma notícia sobre estranhas mortes ocorridas em Springwood, Ohio, nas últimas semanas, quando ouviu um característico bater de asas e sentiu algumas mechas do seu cabelo serem movidas por um vento suave. Sem desviar a atenção da tela do computador, ela sorriu levemente e cumprimentou:

— Oi, pai. E aí? Muito trânsito?

— Oi, meu anjo. — respondeu o pai da garota, olhando tudo em volta para se certificar de que ninguém tinha o visto se materializar e aparecer de repente naquele canto do bar. Por sorte, as pessoas ali estavam bebendo demais ou muito distraídas com o som alto de uma música, que era reproduzida por algumas caixas de som espalhadas pelo enorme salão. — Como você está?

— Eu tive uma premonição. — contou a garota como se isso respondesse a pergunta. — Sonhei que uma coisa muito maluca estava acontecendo em uma cidadezinha em Ohio. Então eu pesquisei e adivinha?

— Tem uma coisa muito maluca acontecendo por lá. — deduziu ele com sua voz calma.

Ainda com o olhar fixo na tela, a jovem detalhou:

— Pessoas morrendo enquanto dormem. Mas não de um mal súbito, e sim... Sendo assassinadas brutalmente enquanto dormem. O problema é que a polícia local não encontrou nenhum indício do assassino ou ligação entre as vítimas. E portas e janelas estavam trancadas. Então, seja lá o que for que matou essas pessoas, com certeza é algo sobrenatural.

— Parece que você tem uma caçada pela frente. — refletiu o sujeito. — Vai pedir ajuda aos seus amigos?

— Eles estão ocupados com outro caso no momento. Mas se conseguirem resolver tudo esta noite, quem sabe. — respondeu ela.

Após um longo momento de silêncio e depois de ver a filha tomar um gole de café, de uma xícara que estava ao lado do notebook, Castiel pediu de uma forma gentil:

— Isabel, será que você poderia olhar para mim enquanto eu falo com você?

Imediatamente, a garota parou de ler a notícia no site, sorriu mais uma vez e finalmente olhou para o pai com um carinho palpável. Em seguida, ela pediu:

— Desculpe.

— Feliz aniversário, meu anjo. — parabenizou ele retirando um pequeno embrulho do bolso do sobretudo e o empurrando sobre a mesa na direção da filha.

Isabel pegou o presente no mesmo instante e o abriu com cuidado. Logo segurou uma delicada gargantilha em suas mãos, com um bonito e reluzente pingente em forma de anjo. Então ela sorriu mais uma vez, olhou para Castiel e disse:

— É lindo. Obrigada, pai.

— É para você não se esquecer das suas origens. E de que é um anjo na minha vida. — explicou Castiel.

Isabel desmanchou o sorriso aos poucos, arqueou as sobrancelhas e questionou com certa tristeza:

— Apesar do sangue de demônio?

Após um momento em silêncio, a olhando profundamente, o anjo respondeu com firmeza:

— Apesar do sangue de demônio. — logo depois, Castiel empurrou um segundo embrulho na direção da filha. Este era maior e ele tinha colocado sobre a mesa quando chegou ali. — Este é o da sua mãe.

Isabel pegou o segundo presente e, enquanto o desembrulhava, perguntou:

— Por falar nisso, como ela está?

— Elétrica e tomando bastante café. — respondeu Castiel.

— Me conte alguma novidade. — pediu a garota.

— Ela está caçando. — relatou o anjo.

— Eu disse novidade. — frisou a garota sem conseguir conter um riso já que sua mãe estava sempre envolvida em alguma caçada. Em seguida, ela terminou de abrir o presente e inclinou a cabeça enquanto o observava com certo fascínio. — Uma garrafa térmica. A mamãe sabe mesmo como me agradar. — refletiu encantada com o mimo. — Eu estava mesmo precisando de uma nova. — confidenciou enquanto colocava o presente ao lado do notebook. — Diga para ela que eu amei.

— Ela vai te ligar mais tarde. — avisou Castiel. — Você mesma poderá dizer.

Isabel olhou as horas na tela do notebook, viu que passava das onze da noite, e então disse:

— Meu aniversário está chegando ao fim. Se ela não ligar logo...

— Ela vai ligar. — assegurou Castiel. — E você nasceu às vinte e três horas e cinquenta e nove minutos, portanto, a sua mãe ainda tem tempo.

Isabel encarou o pai com carinho por algum tempo antes de tocar o rosto dele e agradecer:

— Obrigada, pai. Por tudo.

Castiel ia responder, mas a ideia de dizer "de nada" para a filha o deixou constrangido. Então ele apenas assentiu com um meneio de cabeça e em seguida olhou tudo em volta, para se certificar de que não tinha ninguém concentrado naquele canto do bar. Depois disso, ele olhou para a filha e ela lhe disse:

— Vai.

Antes de ir embora, Castiel se aproximou um pouco e deu um carinhoso beijo na testa de Isabel. Ela fechou os olhos, agradecida, e quando os abriu, seu pai não estava mais lá. O barulho de asas ficou ecoando em seus ouvidos durante algum tempo.

Até que um outro barulho surgiu e Isabel procurou pelo celular no bolso da jaqueta que usava. Ao ver quem estava ligando, um enorme sorriso se formou no seu rosto e ela atendeu com uma voz carinhosa:

— Mãe?

XXX

Enquanto isso, no interior do Texas, Rachel estava dentro do seu carro e de Henry, com o motor desligado, olhando uma fábrica abandonada a alguns metros. O lugar era completamente deserto e ficava no meio do nada. A única iluminação era proveniente da lua cheia, que estampava o céu naquela noite, e de um ou outro carro que passava em alta velocidade por uma estrada no lado oposto da fábrica.

Rachel e Henry tinham seguido uma pista depois que Isabel teve um sonho envolvendo vampiros, há alguns dias, e os avisou sobre o possível trabalho. O problema é que quando os dois chegaram na região, há cerca de duas horas, Henry se distraiu com uma garçonete de uma lanchonete, onde eles pararam, ficou jogando conversa fora e simplesmente desapareceu, deixando Rachel sozinha e com muita raiva.

Depois de tentar ligar para o primo mais uma vez, e não conseguir contato, Rachel jogou o seu celular no porta-luvas de qualquer jeito, passou as mãos pelo rosto e pelos longos cabelos castanhos, levemente repicados. Em seguida, respirou fundo, abriu a porta do carro e resmungou:

— Dane-se você, Bebê Awesome.

A garota saiu e deu a volta no veículo em direção ao porta-malas. Dentro dele, pegou uma arma com dardos embebidos em sangue de homem morto e também um enorme e afiado facão.

Depois de fechar o porta-malas, Rachel caminhou decidida em direção à fábrica abandonada. Desceu uma ribanceira e caminhou entre algumas árvores que haviam ali. Por um momento, lembrou-se de uma certa criatura que adoraria um cenário como aquele, mas graças a Henry e a Isabel, o Slender Man estava morto há mais de uma década. No entanto, outros monstros continuavam existindo. Entre eles, os vampiros.

Particularmente, Rachel preferia caçar espíritos vingativos. Aliás, ela tinha um verdadeiro fascínio por casos que envolviam lugares mal assombrados, deuses pagãos e também por casos envolvendo objetos amaldiçoados. Enfim, ela gostava de trabalhos que pediam uma pesquisa mais aprofundada. Já Henry tinha preferência por caçadas envolvendo criaturas como vampiros, lobisomens, metamorfos, djinns, entre outros. Isso quando ele não estava "ocupado" com alguma garota qualquer, é claro.

E este comportamento do primo deixava Rachel profundamente irritada, pois quando a situação era inversa, quando algum rapaz tentava se aproximar ou apenas sorria de um jeito diferente para ela, Henry virava um verdadeiro cão de guarda e dizia que o tal pretendente não servia para a prima.

Rachel argumentava, dizendo que não estava procurando por um príncipe encantado, marido ou coisa do tipo. Dizia que, assim como ele, ela só queria se divertir um pouco. E Henry ficava ainda mais nervoso ao ouvir tal argumento. Ele pedia para Rachel não repetir aquilo em voz alta ou alguém poderia ouvir e pensar que ela era uma qualquer.

Rachel encerrava a discussão sempre do mesmo jeito, provocando Henry ao dizer que "qualquer" eram as mulherzinhas com as quais ele costumava se relacionar. Apenas sexualmente, já que no auge de seus vinte e três anos, Henry nunca teve um relacionamento estável com alguém. Ele colocava a culpa no family business, mas Rachel retrucava dizendo que o grande problema era que Henry era um baita de um galinha.

Rachel afastou todos esses pensamentos e decidiu se concentrar apenas naquela caçada. A regra dizia que invadir um ninho de vampiros durante a noite e madrugada era muito arriscado. Mais do que isso, era desaconselhável e quase suicida. O ideal era pegá-los desprevenidos, quando os dentuços estavam dormindo, durante o dia.

No entanto, Isabel tinha contado que no seu sonho, uma pessoa estava presa no ninho e era atacada pelos vampiros durante a madrugada. Podia ser na próxima madrugada? Podia. Neste caso, tudo o que Rachel precisaria fazer era esperar o dia amanhecer, invadir o ninho e resolver a situação antes que mais uma noite caísse. Mas, e se a vítima morresse naquela madrugada? Rachel não podia arriscar. Tinha uma vida em jogo e ela precisava agir.

Pensando desta forma, ela adentrou o pátio da fábrica e logo o primeiro vampiro saiu do prédio, caminhando lentamente em sua direção e com um sorriso irritante nos lábios.

Rachel deteve o passo, tocou a arma em seu coldre e ouviu o sujeito dizer:

— Nossa... Delivery. E ainda dizem que Deus não existe.

A garota revirou os olhos, suspirou pesadamente e resmungou baixinho:

— Henry, aparece logo. Você sabe que eu não tenho paciência com essas coisas.

— O que você disse? — questionou o vampiro enquanto se aproximava resoluto.

— Eu disse para você calar a boca. — ordenou Rachel antes de pegar a arma com um movimento rápido, empunhá-la na direção do vampiro e atirar.

O dardo atingiu o ombro do vampiro, que instantes depois estava no chão, visivelmente atordoado e zonzo por causa do sangue de homem morto. Então Rachel retirou o facão que trazia preso às costas e se aproximou com passos firmes. Ouviu o vampiro xingá-la entredentes:

— Vadia!

— É a mãe. — retrucou ela e em seguida emendou: — Supondo que você tenha uma, é claro.

Depois disso, com mais um movimento rápido e ágil, Rachel decepou o vampiro e um pouco de sangue respingou nas botas que ela calçava.

Ao olhar na direção da entrada, a caçadora viu mais dois vampiros saindo. Automaticamente, eles olharam para a cabeça do antigo companheiro separada do seu corpo inerte, e encararam Rachel com extremo ódio. Em seguida, caminharam a passos largos em sua direção.

Ela revirou os olhos mais uma vez antes de atirar em um deles e decepar o outro quase ao mesmo tempo. O vampiro atingido pelo dardo caiu no chão e Rachel o matou logo depois. Mas quando ergueu o olhar e fitou a porta de entrada, mais cinco vampiros saíram. Visivelmente furiosos. Já mostrando os dentes pontiagudos.

Sem se intimidar, a garota debochou:

— Se serve de consolo, eles morreram lutando.

Ainda mais furiosos, os cinco começaram a correr até ela. Rachel revirou os olhos mais uma vez, empunhou a arma e o facão antes de completar:

— Tudo bem, podem vir, dentuços.

XXX

Enquanto isso, Isabel encerrou a ligação com sua mãe e colocou o celular no bolso da jaqueta. Em seguida, ela respirou fundo, com medo de chorar em público, controlou a forte emoção que sentia por ter falado com sua mãe depois de semanas sem qualquer contato, e então voltou a procurar notícias sobre as estranhas mortes em Springwood.

No entanto, a sensação de que estava sendo observada a fez desviar os olhos da tela e olhar para um balcão do outro lado do bar. Imediatamente, Isabel percebeu que não tinha sido apenas uma impressão, tinha mesmo alguém olhando fixamente para ela. E não satisfeito em encará-la daquele jeito indiscreto, o rapaz ainda deu um meio sorriso e ergueu um copo com alguma bebida alcoólica, como se estivesse convidando a garota para tomar um drink com ele.

Uma coisa Isabel não podia negar, o rapaz era bem bonito. Devia ser um pouco mais velho do que ela, que estava completando vinte e um anos naquela noite, tinha os cabelos castanhos e curtos. Seu olhar era marcante e intenso. De onde Isabel estava, ela não conseguia distinguir exatamente qual era a cor, só sabia que eram olhos claros, talvez azuis. Suas sobrancelhas eram um tanto grossas, o que destacava ainda mais os seus olhos, e uma barba por fazer lhe dava um ar desleixado e sexy ao mesmo tempo.

No entanto, Isabel não estava disposta a flertar com ninguém aquela noite. Aliás, não estava disposta a flertar com ninguém por tempo indeterminado. Ela sabia muito bem como aquilo terminava e não queria arriscar a vida de mais uma pessoa. Isso porque quem se envolvia com Isabel Clarke sempre acabava do mesmo jeito: morto pelos seus inimigos ou pelos inimigos de seus pais.

Pensando desta forma, a nephilim desviou do olhar do rapaz misterioso e voltou a se concentrar na leitura. Instantes depois, quando olhou discretamente na direção do balcão, se convenceu de que o sujeito tinha desistido. Isso porque ele estava de costas e com o celular pressionado contra a orelha. Isabel manteve o olhar fixo na nuca do sujeito e começou a perceber que tinha alguma coisa muito errada com ele. Discretamente e com certa rapidez, ela começou a arrumar suas coisas para deixar o bar o mais rápido possível, quando percebeu qual era o problema dele.

Enquanto isso, alguém atendeu a ligação do rapaz, que disse:

— Senhor? Eu a encontrei. O que eu devo fazer agora? — após uma breve pausa, ele sorriu de um jeito maligno e acatou a ordem recebida: — Com todo o prazer.

Ao encerrar a ligação e virar-se na direção da mesa onde a nephilim estava, o tal sujeito teve uma infeliz surpresa: Isabel não estava mais lá.

Com raiva e disposto a não deixá-la escapar, pois tinha sido muito difícil localizá-la, ele tomou o último gole do uísque e bateu o copo no balcão antes de se afastar rapidamente e caminhar apressado em direção à saída.


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Notas finais do capítulo

OMG que tenso!

Gostaram? Estão curiosos para saber o que vai acontecer agora? E quem será que está perseguindo a Isabel? Well, só posso dizer que ele é do mal...

E com quem o dito cujo estava falando ao telefone? E por que ele está atrás da cria Miastiel?

Respostas na segunda parte que postarei na quarta-feira, ok?

Ah! Na minha cachola, a Isabel é a Alexis Bledel: http://img4.wikia.nocookie.net/__cb20121225080230/fiftyshadesofgrey/images/2/20/-Alexis-Bledel-alexis-bledel-8377523-263-400.jpg

A Rachel é a Jennifer Lawrence (morena): http://www.estrelando.com.br/fotos/07/38/fto_ft1_170738.jpg

Cara kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk eu gostei tanto de escrever este capítulo e os próximos. A Isabelzinha adulta, a Rachel caçando e xingando o Henry mentalmente por ser um mulherengo kkkkkkkkkkkk

Por falar em Henry, aguardem o próximo capítulo...

Adorei escrever o momento entre Isabel e Castiel... Os presentes de aniversário, tudinho.

Ah! Sobre a premonição que a Isabel teve, sobre pessoas morrendo enquanto dormem em Springwood... É uma sementinha para uma fic futura. Aquela que eu escreverei se vocês me incentivarem com comentários bem divônicos, ok?

Importante: Não sei se ficou claro, mas aqui a Isabel já sabe sobre todo o lance de sangue de demônio que envolve a Mia, e que parte deste sangue passou para ela durante a gestação. Por isso, durante a conversa com o papai Castiel, a Isabel pergunta se ela é um anjo na vida dele apesar do sangue de demônio.
Para entender todo este paranauê de sangue demoníaco, só lendo minha saga desde o comecinho... Lá em Destino que é quando a Mia aparece pela primeira vez.

Well, por enquanto é só.

Agora é com vocês, povo de Asgard! Reviews?



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