The Call Of The Moon escrita por Raquel Ferreira


Capítulo 5
Como assim seis dias?


Notas iniciais do capítulo

Hey! I'm back! Oh wait... wrong fanfic! ahahha
continuando...
Espero que estejam a gostar da historia. Neste capitulo, vamos começar a entrar no mundo lupino ahahah
divirtam-se



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"O lobo caça em matilha. Se queres viver, é só evitares o grupo de lobos que vem a correr na tua direção!"

Eu sentia um peso constante na minha mente, que me impedia de abrir os olhos. Um peso que me levava para a inconsciência, no entanto, às vezes, o peso aliviava e eu captava partes de conversas ao meu redor.

– Quanto tempo? – Perguntou uma voz grave.

– Talvez uns dois ou três dias, - respondeu uma mulher.

Novamente a escuridão. Eu não fazia ideia de onde estava ou de quem eram as vozes, apenas sabia que me sentia cansada e que o peso ainda ali estava. Não sabia quanto tempo tinha passado, mas isso não me assustava.

– Eles estão a ir embora, - informou uma outra voz feminina.

– Vão deixá-la para trás? – Questionou a voz grave, masculina. – A sério?

– É por isso que cada vez mais prefiro os animais aos humanos – comentou a mesma voz feminina.

E o peso voltou a empurrar-me para baixo. Não sei quando tempo durou desta vez, até conseguir ouvir as conversas à minha volta.

– Temos de fazer alguma coisa, - a voz feminina disse. - Tyler? Estás a ouvir-me?

– E o que queres que façamos, Allison? – Perguntou a voz masculina. – Temos os humanos à procura dela na parte sul e os rebeldes a oeste, - informou Tyler. – Não nos podemos mudar! Não com ela desmaiada!

– E os outros? – Questionou Allison. – Vais deixar os outros correr riscos por causa dela? Uma pessoa que tu não conheces? – Acusou ela, incrédula. – Existem crianças aqui, Tyler!

– Eu sei, mas obrigada por me informares, - ironizou a voz masculina. – Os humanos não nos vão encontrar – afirmou. – O Jake e os rapazes colocaram bem as pistas falsas. Para todos os efeitos, ela está algures a sul. – Algo me dizia que era de mim que eles falavam. – Quanto aos rebeldes, temos um ótimo sistema de defesa.

– Mas…

– Sem mas, Allison – cortou-a Tyler, e foi quando eu perdi a noção do espaço e tempo outra vez.

Quando o peso desapareceu da minha mente, desta vez, eu senti-me mais livre. Como se o peso estivesse mais leve que das outras vezes. Talvez, só talvez, já não fosse voltar.

– Como ela está? – Perguntou uma voz infantil.

– Bem, Jo, ela já devia ter acordado, - garantiu a primeira voz feminina que eu tinha ouvido. Parecia pertencer a alguém de uma certa idade. – Mas talvez seja porque ela não estava preparada.

– Mas ela nasceu com o gene – argumentou Jo.

– Sim, mas ela não sabia da sua existência – concluiu a mulher.

Novamente, tudo escuro. Aparentemente, eu estava enganada. O peso não se tinha ido embora.

– Ela é bonita! – Ouvi a voz de Jo comentar, quando voltei ao estado de semiconsciência. – Estou curisosa quanto à cor dos olhos. O que achas, Ty? – Perguntou. – Eu acho que ela ficaria bem com eles verdes.

– São azuis, – informou a voz masculina. Tyler. – Ela tem olhos azuis.

– Como sabes? – Perguntou Jo. Mas, não consegui ouvir a resposta.

Desta vez, na minha mente no entanto, eu não permaneci no escuro e nem sozinha. Um enorme lobo branco, ou prateado, estava comigo, na minha mente. Lobo ou loba? Ok, não há maneira nenhuma de eu ir confirmar o sexo do animal.

Ele, o animal, mantinha-se quieto, sentado a meu lado. Era uma imagem estranha, visto que eu sabia ser apenas uma espécie de sonho. Comecei a acariciar-lhe o pelo sedoso e brilhante, até que ele se deitou e adormeceu.

De repente, sem motivo aparente, o lobo acordou, levantou-se e começou a afastar-se de mim.

– Espera – pedi, indo atrás dele. O lobo não parou. – Não vás! Fica comigo!

O animal começou a correr, imitei-o. Ele seguia a direção da luz, embrenhando-se nela. Seguiu até não conseguir mais distinguir a sua sombra. Coloquei a mão nos olhos para tentar tapar um pouco da luz que me cegava. Nada! Sem efeito.

Fechei os olhos com força e depois abriu-os.

Aquilo era madeira? Franzi o sobrolho. Porque haveriam tabuas de madeira por cima de mim?

– Hey, ela acordou, - gritou alguém que eu não consegui distinguir. Tentei sentar-me, de onde estava. – Não te levantes tão rápido, - sugeriu, colocando uma das mãos no meu ombro, tentando conter-me.

Olhei para a dona das mãos e vi uma menina, com aparentes 14 anos. Ela era loira mas com alguns reflexos vermelhos, e tinha olhos castanhos brilhantes. Na sua boca, um sorriso enorme poisava.

– Quem és tu?- Perguntei, com a voz um pouco roupa pela falta de uso. – Onde estou?

Ela riu pelo nariz.

– Está tudo bem, -garantiu. – Não te vamos fazer mal, - assegurou. – O meu nome é Joanne, mas podes me chamar de Jo. Todos o fazem – disse, encolhendo os ombros. – E qual é o teu nome?

– Hum… Zoey, - informei, um pouco insegura. – Onde estou? – Repeti a pergunta.

– Onde pertences! – Uma voz grave disse, entrando no quarto. Espera, aquilo era um quarto? Numa cabana de madeira? Olhei para o dono da voz. – Como te sentes? – Perguntou ele, cruzando os braços sobre o peito. E que braços!

Ele era alto, com o corpo trabalhado e a pele bronzeada pelo sol. Tinha olhos extremamente verdes e cabelos curtos meio loiros.

– Estou ótima – disse, analisando o local onde me encontrava.

Estava deitada numa cama, também feita em madeira. Do lado oposto, encostado à parede eu conseguia ver uma mesa com tubos e frascos, assim como tesouras e gazes. Talvez fosse uma espécie de enfermaria?!

– Onde estou? – Repeti, mais uma vez. – E como assim onde pertenço? – Olhei-o desconfiada. – E quem és tu?

– O meu nome é Tyler Moore, - anunciou. – E estás em WolfCountry, como é óbvio!

– Como é óbvio, - ironizei. – Onde estão os outros?

– Os teus humanos foram embora há dois dias – informou. – Aparentemente, a viagem escolar acabou.

Espera. O quê?

– Eles foram embora? – Tyler confirmou com a cabeça. - E deixaram-me aqui?

– Tecnicamente, tu foste dada como desaparecida. – Jo disse, sentando-se no fundo da cama, aos meus pés.

– Desaparecida? – O quê? Como era possível? – Quanto tempo tive... hum, desmaiada? – Não sabia que palavra usar para descrever o meu estado.

– Seis dias, - informou Joanne, receosa da minha reação.

Seis dias? Arregalei os olhos. Eu estive desmaiada seis dias?


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Notas finais do capítulo

E então? Como assim seis dias? O que acharam? O que esperam que aconteça?



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