Found you escrita por TheRainbowFlash
Notas iniciais do capítulo
Depois de 2 anos, o capitulo um é reescrito.
O sinal que indica que a última aula acabou toca e A-ya se encontra deitado em sua mesa sem fazer nenhum movimento, as pessoas de sua sala saem uma por uma, o deixando sozinho em sua mesa. A-ya apenas se move quando os sons no corredor começam a vanescer, levantando-se lentamente e pegando sua mala ele sai pela porta dos fundos de sua classe parando brevemente para observar a janela e notar que já está começando a escurecer.
A-ya anda até seu armário, trocando seu tênis e se guiando até o prédio dos fundos, quase não há pessoas à sua volta, o que lhe permite ficar mais relaxado. Quando chega em frente ao antigo prédio ele olha para todos os lados, certificando-se de que não há mais ninguém por perto, e empurra a porta da frente entrando rapidamente e a fechando.
Este prédio era onde as salas dos antigos clubes ficavam, antes destes serem mudados para o mais novo prédio, mas ele não foi abandonado por ser muito velho, de fato, ele ainda está bem novo, o motivo deste prédio ter sido abandonado foi por que há 10 anos quatro alunos foram encontrados mortos. O pânico causado pelos outros alunos fez com que eles se recusassem a chegar perto e com que o diretor fosse obrigado a construir um outro lugar para acontecer as atividades.
O lugar onde estes quatro alunos foram encontrados é localizado no segundo andar na antiga sala de música, onde A-ya está indo. Ao chegar em frente da porta ele para, suspirando e a abrindo lentamente.
“Hey” A-ya diz notando que não está sozinho.
“Bem vindo, A-ya” C-ta, que está sentado em cima de uma cadeira, tira os olhos de seu livro e sorri amigavelmente para seu amigo.
A-ya entra na sala, indo diretamente para a mesa mais próxima e colocando sua mala em cima dela. Ele se senta e pega um antigo diário que encontrara neste mesmo lugar. No livro há diversos rumores, muitos que A-ya nunca escutara, e algumas anotações dos antigos membros do clube de ocultismo, dos quatros alunos que foram assassinados naquele lugar. Demora alguns minutos para que A-ya perceba que C-ta está atrás dele observando o diário, colocando-o na mesa A-ya se vira olhando para C-ta.
“Achou mais alguma coisa sobre este diário? ” C-ta sorri, puxando uma cadeira para o lado de A-ya e sentando-se.
“Nada muito interessante” A-ya suspira retornando sua atenção ao livro em sua mesa e o abrindo nas ultimas páginas “Vamos fazer isso? ” Ele diz pegando o livro e o mostrando para C-ta.
C-ta se aproxima semicerrando seus olhos e colocando sua mão em seu queixo. “Hmmmm... O livro da morte? O que é isso? “ Ele arregala seus olhos e se afasta.
“Está escrito aqui que é um livro repleto de lendas urbanas, a página em que o marcador da morte, ou marcador de gato, está localizada terá a lenda realizada.” A-ya sorri trazendo o diário para mais perto de si. “Nós podemos chamar a B-ko!” Ele olha para C-ta, observando-o ter uma reação negativa e decide continuar “E...Uh...Aquela amiga dela também!”
Não se importando com a situação, C-ta se levanta e pega suas coisas. Percebendo que seu amigo vai embora, A-ya decide seguir o exemplo e começa a guardar suas coisas, observando-o cuidadosamente. A-ya percebeu que C-ta não se dá muito bem conversando com garotas, mas mesmo assim quer tentar convidar B-ko, pois ela mostrou grande interesse pelo ocultismo.
“O que foi?” C-ta pergunta se virando brevemente para A-ya.
“Nada” A-ya responde pegando seu celular e escrevendo ideias para novos rumores que ele pode espalhar.
Mesmo que A-ya não admite, C-ta é seu melhor amigo, ambos se conhecem há anos, sempre brincando juntos já que são vizinhos e as suas mães se conhecem. Ambos seus quartos são em frente um do outro, sendo separado por uma grande árvore com galhos pertos de suas janelas, o que os permitiam ir para o quarto um do outro sempre que quisessem. Porém, suas personalidades são quase opostas, sendo C-ta o tipo de pessoa que se importa sobre o que os outros pensam sobre ele, sempre querendo ficar meio a meio nas opiniões, e A-ya sendo o tipo de pessoa que não se importa com nada além de criar rumores e espalha-los pela escola.
“A-ya, chegamos.” C-ta o chama, apontando para à casa em sua frente.
Sorrindo e sabendo o exatamente o que A-ya vai lhe perguntar, C-ta acena e corre para dentro de casa, trancando a porta e deixando A-ya parado em frente à casa. A-ya suspira e anda lentamente para sua casa, destrancando-a. Ao entrar A-ya tira seu tênis e o deixa no canto da porta, percebendo que está sozinho decide it até seu quarto.
“Amanhã é fim de semana...” Ele diz entrando em seu quarto e se jogando em cima de sua cama.
Por mais triste que seja admitir, A-ya está acostumado a ficar sozinho em sua casa, seus pais trabalham até tarde, ficando normalmente em um hotel perto de seu trabalho ou até mesmo em seus escritórios. Se virando para o telhado e pegando o controle na cabeceira de sua cama, A-ya liga a TV, procurando por algo que lhe chame atenção e deixando em um filme de terror antigo e chato.
Depois de minutos ele finalmente decide se sentar, olhando para sua janele e percebendo que C-ta está em frente de seu computador. Percebendo um olhar sobre sí, C-ta se vira e acena para A-ya, que apenas o encara por mais alguns segundos antes de se levantar e abrir seu armário procurando por alguma roupa para vestir.
Assim que termina de se trocar, ele volta para sua cama e termina de assistir ao filme que está passando em sua TV. Vários comerciais depois, ele escuta uma batida em sua janela e ao se virar encontra C-ta com duas vasilhas e talheres. Suspirando, mas também encontrando uma chance de sugerir o jogo novamente, A-ya se levanta e destranca a janela, a abrindo.
“Poxa, é triste que você ainda tranque isso.” C-ta reclama enquanto entra no quarto.
“Se eu não o fizer, você vai ficar entrando durante a noite e mexendo nas minhas coisas. Isso é assustador.” A-ya justifica andando para trás e lhe dando espaço suficiente para não cair da janela.
“Ah,” C-ta ri, coçando sua cabeça com sua mão livre “Eu só fiz isso uma vez quando éramos crianças, esquece isso.”
“Eu acordei e você estava usando minhas roupas e brincando com minhas meias” A-ya o observa enquanto ele se senta em sua cama.
“Esqueça isso. É constrangedor” C-ta diz colocando as vasilhas no seu lado.
“É assustador”
“A-yaaaaaa” Ele choraminga, tampando seu rosto com suas mãos.
“Para que as vasilhas?” A-ya pergunta se sentando e pegando uma.
“Minha mãe disse que seus pais provavelmente não vão voltar esse fim de semana, então ela fez comida para você.” C-ta responde, removendo suas mãos lentamente de seu rosto e olhando para o lado, corado.
“Hm” A-ya o encara, sabendo C-ta só está em seu quarto para comer com ele. “Você é estranho.”
“Sou?” C-ta levanta a sobrancelha enquanto pega sua vasilha e a abre. “Você que é o garoto que fica excitado com rumores”
“Eu não fico excitado.” A-ya responde corando um pouco e observando C-ta rir.
Murmurando para si, A-ya pega a vasilha e a abre, terminando de assistir ao filme de terror enquanto come. Assim que C-ta acaba de comer, ele fecha sua vasilha e a coloca na mesinha ao lado da cama de A-ya, deitando-se em seguida e encarando a TV em sua frente. A-ya termina logo em seguida, colocando a vasilha em cima uma da outra, mas permanece sentado, agora usando um travesseiro como mesinha de colo.
Minutos depois sua concentração é tirada com um travesseiro jogado em sua cabeça, A-ya se vira pronto para revidar o ataque quando C-ta o interrompe.
“Posso dormir aqui?”
“Não.” A resposta é automática, acompanhada com um travesseiro.
“Ai” C-ta reclama, sentando-se e removendo o travesseiro de sua cara. “Por que? ”
“Por que sempre que você me pede para dormir aqui, você quer dormir na minha cama e não em um colchão. ”
“E? ”
“Você não me deixa dormir no colchão de qualquer modo. Estranho.”
“Você é o único que tem problema com isso.” C-ta se deita novamente, encarando o teto do quarto.
“Hey” A-ya pergunta depois de segundos, virando-se para C-ta e o vendo o encarar. “Por que você não quer que B-ko participe?”
“Eu não disse isso” C-ta responde, fechando os olhos. “Por que você quer obter o livro da morte?”
“Por que a vida é entediante”
Um dos mais populares rumores de sua escola, o livro e o marcador da morte, não se sabe quando surgiu, o rumor espalhou-se por todo o colégio quando as quatro mortes aconteceram. Não há uma única pessoa que estude lá e não escutou sobre este rumor. Porém, não há nenhuma pista sobre o livro, ou pelo menos nunca houve, até o dia em que A-ya encontrou é o diário dos quatro estudantes. A-ya quer o livro para provar a si mesmo se este é real ou não, e também para sair de sua rotina.
“Tudo bem.” C-ta diz, o tirando de seus pensamentos.
“Sério?”
“Mas...” C-ta sorri maleficamente, levanta o dedo indicador e o apontado para o teto, A-ya suspira sabendo o que o aguarda. “Eu vou dormir aqui com você nesse fim de semana e NÃO, você não pode dormir no colchão e muito menos eu. Se concordar com isso eu vou concordar em chamar elas para fazerem o jogo.” C-ta se senta pegando as vasilhas e encarando A-ya, que lentamente concorda. “ Vou avisar minha mãe e já volto. Não tranque a janela.” Ele diz saindo da janela e se equilibrando até seu quarto.
“Você vai trazer mais comida?” A-ya grita vendo C-ta concordar com a cabeça. “Não traga talheres, eu tenho aqui.”
Assim que C-ta entra em seu quarto ele olha rapidamente para seu computador e então sai de seu quarto. A-ya fica parado por alguns minutos observando uma nova série começando em sua TV e então desligando-a, olhando para o relógio logo acima dela.
“18:30” Ele sussurra se deitando e caindo no sono logo em seguida.
Quando A-ya acorda tudo está escuro, sentando-se e esfregando seus olhos ele procura por algum sinal de C-ta e percebe que sua janela agora está fechada. Lentamente, ele se levanta andando até ela e vendo que as luzes do quarto de C-ta estão apagadas. Notando um barulho no andar de baixo A-ya decide sair de seu quarto para procurar C-ta. Quando entra em sua sala ele o vê sentado na mesa comendo enquanto assiste um desenho, assim que o repara C-ta sorri e aponta para o micro-ondas.
“Sua comida no micro-ondas, é só esquentar.”
“Ok” A-ya responde, andando até o micro-ondas e apertando um minuto.
“Sentiu minha falta?” C-ta se vira para ele e, reparando uma expressão confusa, esclarece “Na cama”
“Senti como a pessoa mais feliz do mundo quando acordei sem ver sua cara” A-ya retruca ouvindo-o choramingar enquanto se vira para a TV. Assim que o micro-ondas marca um segundo A-ya aperta o botão para parar e pega talheres, sentando-se ao lado de C-ta que está tentando se livrar das lagrimas.
Um pouco incomodado ao ver que sua brincadeira foi considera séria, A-ya o encara por alguns segundos, ignorando seu eu que quer dizer que ele estava apenas brincando e começando a comer. Não demora muito assim que ele termina de comer e, olhando para o relógio na parede da sala ele vê que são 22 horas e então decidi voltar a dormir.
Levantando-se e pegando seu prato, A-ya anda até a pia e o coloco junto com o prato de C-ta, andando até a porta. C-ta, que agora está sentado no sofá assistindo, percebe que A-ya está indo embora e se levanta, o seguindo.
“Vai dormir?” Ele pergunta parando alguns passos atrás de A-ya
“Sim. Pode assistir mais um pouco se quiser, eu estou cansado.” A-ya diz parando e olhando para trás.
“Posso assistir com você no seu quarto?” C-ta pergunta, voltando para a sala e desligando a TV.
Sem dar uma resposta A-ya vai até seu quarto e pega um pijama, indo até o banheiro e se encontrando com C-ta no caminho novamente. Assim que termina de tomar banho e se trocar, A-ya volta para seu quarto e encontra C-ta deitado na ponta de sua cama, encarando a TV.
Ele anda até sua cama, entrando no espaço entre C-ta e a parede e bocejando, percebendo que sua cama fica mais leve e quando abre os olhos percebe que a luz está apagada.
“Eu disse que não precisava apagar a luz” A-ya resmunga, se cobrindo.
“Você disse que ia dormir” C-ta ri enquanto tenta pegar um pouco da coberta para ele. “Não seja egoísta, A-ya”
“Hell no. Pegue sua própria coberta, já deixei você ficar na minha cama, não vou dividir a coberta.”
“Mas a coberta é grande o suficiente para nós dois”
“Não”
“Sim”
“Não”
“Sim” C-ta puxa a coberta, a prendendo debaixo de seu corpo e recebendo um barulho de A-ya como resposta.
Não demora muito para que A-ya durma. Passando-se algumas horas ele acorda com algo pesado sobre si e, na tentativa de se virar, descobre que C-ta o está usando como travesseiro, suspirando e tentando não ficar mal-humorado, ele tenta se soltar e o empurrar para fora de sua cama, algo que, depois de minutos tentando, ele consegue.
Ao cair no chão C-ta grita, sentando-se lentamente e o encarando com uma expressão dolorosa. A-ya, por outro lado, o encara bravo enquanto se levanta e sai de seu quarto indo até o banheiro. Um dos motivos do qual A-ya sempre recusa dormir com C-ta é por que desde que eram pequenos C-ta se aproximava muito dele e o usava como travesseiro quando iam dormir e, por ser menor e mais fraco que C-ta, isso sempre o incomodava. Assim que A-ya sai do banheiro ele encontra com C-ta em frente à porta, quase dormindo novamente.
“Foi mal” Ambos dizem quase ao mesmo tempo, se encarando.
C-ta sorri, passando por ele e então fechando a porta do banheiro. A-ya então volta para seu quarto, lembrando que tem que colocar seu celular para carregar e o procurando. Assim que o encontra, ele o desbloqueia e manda uma mensagem para B-ko.
«Domingo terá um encontro de clubes para o planejamento das atividades anuais na escola. Eu estou tentando convencer C-ta para ir e fazer o jogo conosco, tente falar com a D-ne.»
Assim que termina de digitar A-ya conecta o carregador no seu celular e o coloca na tomada, posicionando-o em sua cabeceira e se deitando novamente. Minutos antes de dormir completamente ele escuta passos e sente sua cama ficar mais pesada, deduzindo que C-ta voltou para sua cama A-ya resmunga algo para si e o escuta responder, mas acaba dormindo sem prestar muita atenção no que está falando.
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Eu só decidi continuar isso por que um amigo meu disse que queria saber como acaba :v