Mon Amour Inconnu Meu Amor Desconhecido escrita por minsantana


Capítulo 3
Capítulo 3 – Você não tem medo?


Notas iniciais do capítulo

Brigada pra quem está lendo!!! uhuuu
Avisando logo que o próximo cap é bem emocionante... hehehe



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Capítulo 3 – Você não tem medo?

Depois de toda aquela sessão de museu, resgatando meu passado trágico e sofrido, Gerard fez questão de pagar a conta da lanchonete e quase deixou o troco por lá, pois não entendeu o que a mulher do caixa disse quando ele pagou um lanche de 5 euros com uma nota de 50. Eu peguei o troco e depois expliquei a ele todo o ocorrido, deixando-o mais sem graça ainda com a confusão.

Gerard quis parar em um hotel e deixar suas coisas, afinal passear em Paris carregando malas não era nada agradável.
Paramos no ‘Hotel Gardem Elysee’ e eu fiquei na recepção enquanto Gerard levava suas coisas para o quarto. Ele quis levar minha mala também, mas eu não deixei. Disse que não era preciso.
Depois de meia hora esperando, ele apareceu de banho tomado e cheirando muito bem. Um perfume tão bom e fiquei feliz em reconhecer que não era francês. O dele era mil vezes melhor.
Saímos do hotel e fomos até a Torre Eiffel, o lugar mais conhecido de toda a Paris e talvez do resto do mundo. Gerard parecia encantado.
- já tinha vindo aqui muitas vezes? – ele me perguntou.
- na verdade não. Só vim aqui umas 2 vezes.
- com sua tia?
- não... com um ex-namorado. – e ele virou o rosto constrangido.
- você... você está... – ele se engasgava tentando dizer o que eu já imaginava ouvir.
- não, não estou namorando, se é isso que quer saber. – respondi de imediato e vi um sorriso tímido surgir no rosto dele.
- à noite deve ser muito bonita a vista daqui. – ele mudou de assunto, com certeza não queria me deixar mais uma vez envergonhada.
- é realmente lindo. – ele olhava pra cima, para tentar ver a imensidão da torre de um melhor ângulo, e eu apenas olhava pra ele admirada. Ele era completamente lindo, desde o menor fio de cabelo até os pés e as mãos, tudo. Era incrível.
- você não tem medo? – ele perguntou me cortando do ‘transe momentâneo’ em que eu me encontrava.
- de quê?
- de estar com um desconhecido, andando por Paris?
- você não é nenhum serial killer, é?
- não, acho que não. – ele ria – mas se eu fosse, como você saberia?
- você não tem cara de serial killer. – eu disse séria. – pensando melhor... – eu coloquei a mão no queixo e fiquei o encarando.
- o quê?
- você pode ser sim um grande assassino.
- posso é? Por quê?
- talvez você só assassine os corações das mulheres indefesas que se apaixonam por você.
Ele me olhou espantado. Eu também fiquei espantada. Não me imaginava dizendo aquilo pra ninguém, muito menos pra ele.
- e quem disse que eu destruo corações? Eu cuido deles como se todos fossem um único, como meu próprio coração. Todas as que me amaram possuem um lugar especial dentro do meu peito.
- e as que você já amou? Não possuem?
- esse lugar em meu coração ainda não foi ocupado por quem deveria. – eu quase me afoguei na imensidão do verde de seu olhar refletido no raio de sol.
- você nunca amou ninguém de verdade?
- talvez eu já tenha amado, mas nunca um amor verdadeiro capaz de me fazer voar entre as nuvens e ver o pôr-do-sol com outros olhos. O amor verdadeiro ainda não ocupou o lugar guardado em meu coração. Não até agora.
Ficamos parados alguns instantes. Eu, digerindo o que acabara de ouvir e ele me olhando, achando que eu era a garota mais estranha na face da terra por ouvir aquilo tudo e ficar mudinha da Silva. Como, eu me pergunto, como um homem daqueles nunca encontrou o verdadeiro amor? Um Deus daquele devia ter mulheres em milhares a seus pés, todas dando o coração em troca de um único beijo daqueles lábios rosados e...
É, fui novamente interrompida de meus sonhos quando Gerard me puxou pela mão até um cara que estava mais a nossa frente.
- olha, vamos tirar uma foto? – ele me perguntou e eu fiquei sem entender.
Só quando ele correu me puxando pela mão até onde o cara estava eu entendi. Havia um homem no centro da praça que tirava fotos de turistas por um preço nada justo. Eu achei muito caro, um roubo na verdade, mas Gerard insistiu tanto que não tive como negar.
- ah Celine, por favor. Apenas uma foto.
- mas Gerard, eu detesto tirar fotos... sempre saio horrível em todas.
- tenho certeza que sairá belíssima. Vamos, uma foto juntos para durar por toda a eternidade.
- tudo bem. Vamos lá.
Eu retoquei meu batom e ajeitei meu cabelo que teimava em voar com o vento. O que era pra ser uma foto acabou se tornando duas, três, várias fotos nossas nas mais diferentes poses e caretas. Sabe aquelas fotos em que você sai do mesmo jeito mas cada uma com uma cara diferente, tipo de turistas mesmo? Então, eram essas mesmas.
Depois da sessão ‘fotos engraçadas’, sentamos num banco perto da Avenida Champs-Élysées, a avenida mais famosa e mais extensa de Paris. Morríamos de rir vendo como tinham ficado as fotos que tiramos. Gerard não se agüentava de tanto rir e estava quase caindo no chão com as mãos na barriga. Eu estava quase fazendo ‘xixi nas calças’, estar com Gerard era engraçado, ele me fazia rir como ninguém.
Ali mesmo naquela avenida, almoçamos num restaurante muito chique. Não sei se Gerard gostava mesmo de coisas caras ou estava fazendo aquilo tudo só para me impressionar. O fato é que ele conseguiu. Eu nunca tinha almoçado tão bem em toda a minha vida!
- gostou do almoço? – ele perguntou enquanto vestia meu casaco em mim como um completo cavalheiro.
- se gostei?? Você ainda me faz uma pergunta dessas??? Esse é um dos melhores restaurantes de Paris!!
- viu? Não sou tão desatualizado assim como você pensa. – ele piscou pra mim e eu quase desfaleci ali mesmo na calçada.
- você quer conhecer mais algum lugar?
- hum... eu quero ver a Catedral de Notre-Dame!!! – ele pulava que nem uma criança feliz.
- tudo bem, vamos. É só pegar um ônibus.

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