The Eye of Blood escrita por Eduarda Cruz


Capítulo 8
New Darkness Day




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Estendo minha mão para a pessoa a minha frente que logo responde segurando-a e me levando de volta a superfície. Levo meu olhar para a pessoa que me ajudará, mas ela havia sumido. Vejo o caos que se encontrava ali, um carro havia perdido o controle e atropelara varias pessoas que estavam na praça, o carro também havia derrubado um poste que invadia a pista, um caminhão que vinha na mesma pista do acidente desviara do carro, mas ao tentar desviar do poste batera em dois carros que ali estavam estacionados e consequentemente tombara sobre outras pessoas na praça. O caminhão deixa vazar combustível na pista.

O chão treme e de tão forte faz com que as pessoas se agarrem no chão, os olhares assustado das pessoas me comovia, podia ver que suas auras estavam escuras, volto a lembrar-me da pessoa de aura escura que eu tentava ajudar, tento acha-la meio aquelas pessoas, girando meu olhar sob as pessoas deitadas no chão. Outro tremor ainda mais forte derruba um poste de energia que consequentemente puxa os outros que se conectavam a ele. Um fio se quebra e cai numa poça que ficava na pista, um fumante se aproxima do acidente para tirar algumas fotos e não percebe o fio dentro da pequena poça, ele pisa e é eletrocutado instantaneamente, o cigarro que o homem fumava voa de sua boca e cai ao lado o combustível que vazava do caminhão. Observo tudo àquilo sem reação, as pessoas se levantam e começam a correr em minha direção sem saber que logo atrás de mim havia um abismo. Um vento muito forte os empurra de volta e, derrubando-me novamente e me arrasta para o meio da praça, levanto-me para segurar-me a algo. Olho para o chão onde o combustível vazava. Assusto-me com o que vejo e pulo para trás, o cigarro que estava perto do combustível, agora causava um incêndio. O fogo se alastrava com rapidez e em questão de segundos chega até o tanque fazendo o caminhão explodir, o deslocamento de ar me joga contra o banco da praça que se quebra, as pessoas voam, outras pegam fogo, há pedaços humanos por toda a praça. Sou empurrada contra a banca de jornal da praça. Vejo aquele cenário de destruição, carros pegam fogo que causam menores explosões, pessoas correm desesperadas, mas não conseguem escapar dos acidentes que se repetem, como se houvesse uma missão de aniquilar todas as pessoas ali presentes, mas até agora eu não me machucara a não ser pelo fato de eu ter caído no abismo, mas fui salvo por alguém. Olho em volta para tentar encontrar a moça da aura escura, mas ela não estava ali. Algo me chama a atenção do outro lado da rua, um brilho muito forte me atrai, caminho em direção a ele. Chego ao lado da rua em que ele se encontrava, e o que parece ser uma moça de costas. Chamo-a para olhar seu rosto e ela se vira olhando para mim, mas não consigo ver seu rosto por causa de seu brilho extremamente forte e a cada pessoa que morria seu brilho ficava mais e mais forte como se ela sugasse a aura das pessoas para si. Ando em sua direção e tento toca-la, mas antes que consiga fazer o despertador toca acordando-me.

Abro os olhos sem saber bem o que significava o sonho que acabara de ter.

Levanto-me da cama, ainda com a roupa do outro dia, retiro-a e preparo-me para um banho. Após o banho me visto com roupas limpas e desço para preparar meu café da manhã, como e saio de casa trancando a porta.

Caminho sem saber para onde ir, sem rumo. Vou andando preparada para parar em qualquer lugar. Entro no mercado, mas saio de lá sem comprar nada.

Uma dor extrema invade minha cabeça e a faz latejar, meus olhos ardem e se fecham. Caminho de olhos fechados buscando algo para me apoiar, mas não encontro e caiu no chão, ouço pessoas a minha volta conversando e as sinto tentar me reerguer, mas sinto-me fraca e tudo é em vão, peço que me deixem ali pelo menos um momento até que eu me recupere, eles concordam, mas chamam uma ambulância mesmo assim. Sinto como se fosse explodir. Algo dentro de mim se manifesta de forma agressiva, empurrando as portas da minha alma para poder sair, tento conte-la, mas temo que não tenha forças para tal.

Sinto o tempo mudar e escuto trovoadas, nenhum sinal da ambulância e as pessoas vão se dispersando ao sinal de que irá chover, mantenho-me ali sem poder tomar nenhuma atitude. Um raio cai bem ao meu lado, sem atingir ninguém. Logo após o raio cair à chuva começa uma chuva forte, intensamente poderosa e grossa. Uma chuva pesada, diferente das costumeiras, uma chuva que me lembrava dos tempos de escassez, mas sei que esse tempo já se foi e esperamos que não volte.

Outro raio cai bem próximo ali. Ouço trovões e o chão treme, sinto que não posso mais segurar o há dentro de mim, vejo o quanto ele quer sair, a sede por sangue morte e destruição, algo realmente quer se libertar e destruir tudo o há a sua volta. Sua fúria é imensa, algo devastador, horrendo. O medo se instala em meu corpo que treme sem parar, dois raios caem ao meu lado direito e o outro ao esquerdo ambos se matem destruindo o chão, sem recuo, todos podem ver claramente sua cor e ouvir o barulho ensurdecedor que faz quando o raio toca no solo e o destrói. Um ciclone se forma a minha volta e começa a adquirir força e velocidade, se funde aos raios e fica ainda mais perigoso.

Um círculo de fogo se forma em minha volta dentro do ciclone, se funde ao ciclone, o ciclone cresce e o fogo se alastra rapidamente. Os carros e as pessoas da rua são sugados para dentro do ciclone, os raios e o fogo destroem com força tudo em volta do ciclone que ganha cada vez mais força e vai aumentando em tamanho e velocidade.

Abro meus olhos e olho para cima, já completamente sem forças para conter o que há dentro de mim. Vejo a brecha do ciclone e as cores que surgem meio ao caos instalado a minha volta. Vejo o céu negro e a chuva que cai, mas não afeta o fogo que destrói tudo do lado de fora daquele ciclone.

O céu vai ficando branco em minha visão e sinto minha pressão e respiração ficarem extremamente baixas, dou meu ultimo suspiro e meus olhos se fecham em êxtase deixando sair o que em mim estava preso. Minha mente apaga, não vejo, não escuto e nem sinto nada. Apenas sei que ali fora a destruição reina e o que saiu de dentro de mim agora estava matando e destruindo tudo a sua volta. Sua sede por morte era imensa, algo complicado de conter e perturbador de imaginar, uma mente comum ficaria muito mais perturbada e geralmente geraria um enorme problema psicológico, mas eu resisti com todas as minhas forças, para conte-la, porém aquilo era puro ódio, fervia como lava. Meus olhos estavam pesados e havia perdido mais de sessenta por cento da minha visão, apenas enxergava vultos e por um momento já não via nada. Essa coisa tomou conta de todo meu corpo, como se quisesse usa-lo, como se eu tivesse de fazer uma escolha; ou ele saia para matar e destruir tudo e a todos ou meu corpo seria usado para esses fins.

Não percebi isso de momento, mas dado às circunstancias sei que não conseguiria conter este ódio e mesmo que conseguisse não deixaria meu corpo ser usado para esses fins.

O que será que ocorre lá fora?


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