The Eye of Blood escrita por Eduarda Cruz


Capítulo 7
O Sonho.


Notas iniciais do capítulo

Peço perdão pelo atraso no lançamento deste capítulo, houve um problema com a Internet em minha casa, por este motivo o capítulo não foi lançado.



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Dormindo tenho um pesadelo, um sonho estranho que jamais tive antes em minha vida algo fora do comum. Apesar de ter todos estes poderes nunca tive um sonho como este. Algo parecido como uma premonição eu não tenho certeza do eu vi em meu sonho, mas tenho quase certeza de que pode ser um aviso, algo muito maior pode estar por vir e é dever meu saber do que se trata e, se preciso impedir.

Em meu sonho eu via varias pessoas conversando, e andando numa praça qualquer onde havia muitas flores e arvores, também tinham idosos sentados nos bancos da praça e outros em algumas mesas onde os mesmos jogam damas ou xadrez. Há muitas crianças e elas se divertem e sorriem enquanto brincam umas com as outras, todos estão felizes e alegres com sorrisos escancarados em seus respectivos rostos. Avisto uma pessoa ao fundo, diferente das outras pessoas a mesma esta triste e cabisbaixa, vejo todas as pessoas de longe inclusive animais e vejo suas auras todas com um brilho intenso e vivo, mas a luz da pessoa que está ao fundo estava apagada e longe, ela continuava a andar para longe de todos e as pessoas passavam por ela como se não a pudessem vê-la, ela então se vira lentamente por sobre os ombros olhando diretamente em minha direção, sua pele extremamente pálida e sua expressão visivelmente cansada, seu olhar é desolado e vazio como se não estivesse olhando para ninguém e ao mesmo tempo para todos. Ela continua olhando para o horizonte como se buscasse algo além da realidade enquanto todas as outras pessoas seguem suas vidas alegremente, sorrindo e brincando com seus filhos e netos. Olho para ela profundamente buscando uma resposta para o que ela está procurando, observo-a dos pés a cabeça enquanto me aproximo devagar, ela desvia o olhar e o foca em mim fazendo-me parar em uma ação involuntária, ela me encara olho no olho, fixamente parada com um olhar ainda mais vazio e frio como se nada pudesse feri-la. Volto a me aproximar lentamente em sua direção, ela percebe e se afasta dando pequenos passos lentos para trás. Olho para o chão e percebo que a luz do sol que iluminava a grama verde da praça havia sido coberta por uma sombra fria e escura, ergo minha cabeça para olhar o céu e reparo que o sol fora tampado pelas nuvens negras e carregadas de chuva, retorno meu olhar para ela e em seguida o desvio para as pessoas que ali estavam, e para a minha surpresa todas elas continuavam sorrindo como se não houvesse nenhuma suspeita de chuva iminente. Viro-me para olhar a pessoa que caminhava já longe dali, corro atrás da mesma que por sua vez percebe e foge, ficamos correndo por um tempo e parece que não saímos do lugar, logo paramos de correr, ambos evidentemente cansados. Já sem folego eu tomo uma iniciativa para tentar conversar com a pessoa. – Quem é você? Pergunto já sem folego.

A pessoa não responde, fica parada olhando para mim sem nenhuma reação.

– Diga-me quem é, e o que você quer. Digo aproximando-me. – Porque você não está feliz como os outros? Eu sei que pode parecer estranho, mas você corre perigo então, por favor, não corra deixe-me ajuda-la.

A pessoa mantém-se em silencio, poupando-se de uma resposta. Ainda parada olhando para mim ela da um passo para trás e recua seu olhar erguendo suas mãos e as colocando em seu rosto como se quisesse retirar uma mascara, mas o chão treme e a faz parar um abismo se forma no chão atrás de seu calcanhar, ela retorna com um passo rápido para frente e retira suas mãos do rosto e as deixa pendurada junto aos braços. Ela levanta seu olhar, encarando o horizonte novamente, mas desta vez como se houvesse algo realmente por acontecer. Viro-me bruscamente para trás para compreender o que ela olhava, uma luz extremamente forte faz com que meus olhos se fechem com um arder violento, como se eu houvesse olhado para o próprio sol, esforço-me para abri-los e entender o que tudo aquilo significava. Algo me empurra contra o abismo, caiu deitada na ponta do abismo de onde tento escapar, mas o chão se racha e eu escorrego para dentro do abismo escuro, meu coração acelera e em segundos eu puxo o máximo de ar que consigo mantendo-o em meus pulmões, tento manter a calma, mas é em vão meu corpo já não se apoia em lugar algum, sou sugado para dentro daquela escuridão oculta, agindo por instinto busco me segurar em alguma coisa nas paredes do abismo e por sorte consigo, me seguro nas pedras em relevo da parede. Tento voltar à superfície, mas não enxergo nada além da escuridão. Uma luz forte dispersa a escuridão abrindo um caminho de saída do abismo. Meus olhos voltam a se fechar involuntariamente por causa da luz que parece queimar minha retina. Tento escalar o abismo com muita dificuldade para chegar até a luz que leva a superfície, vou subindo e a cada passo que vou em direção à saída, a luz fica mais forte e é quase impossível de abrir os olhos, mas me esforço para tentar ver o caminho de saída e o quão perto estou da superfície, mas só o que vejo é o clarão que continua ainda mais forte, meus olhos queimam e só o que vejo é um branco intenso sem que nada o manche e o invada de nenhum dos ângulos. Fecho meus olhos e paro para descansar e recuperar o folego, mesmo com meus olhos fechados a dor é intensa e a luz não desaparece, minha cabeça lateja incomodando-me e deixando-me tonta. Sinto uma brisa pairando em meio aquela situação, um vento gelado atravessa meu corpo subindo as paredes enrolando-se no meu corpo e forrando as minhas mãos, respiro fundo sugando todo aquele ar gelado para meus pulmões buscando a calma, inspiro liberando o ar levemente com um movimento suave. Recupero a calma e a serenidade. Abro novamente os olhos, olhando em direção à luz, meus olhos novamente se fecham e minha retina volta a queimar, desta vez a luz está ainda mais forte e intensa, produzindo calor como o sol, minha pele queima junto a minha retina penso em desistir e deixar que a escuridão me absorva. Mas novamente a mesma brisa se enrola em meu corpo abraçando-me, retorno meu olhar para a luz e continuo a escalar, mas a luz começa a desaparecer, tento subir mais rápido, mas escorrego e um medo se instala em meu corpo as lagrimas escorrem dos meus olhos. Sem esperança levanto a cabeça e vejo uma mão estendida em minha direção, à luz ainda sumindo cobre seu rosto.

Quem pode ser diante dessa crise?


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