A Mercenária - Os Guardiões Perdidos escrita por Maria Beatriz


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, muito obrigada a Yato Nyira por ter comendado ^^
Bom, demorei, eu sei, mas isso por que estava revisando o meu livro, pretendo mandar fazer um exemplar dele para mim... e.e'
Fiz tipo, um Trailer para a história, o link é ess https://www.youtube.com/watch?v=kDJp_f3RZEw&feature=youtu.be Ele meio que mescla os quatro livros que pretendo fazer da série "A Mercenária", mas as cenas eu peguei de games e.e



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Não tinha dúvidas do que aquilo significava. Embora a aparição deles houvesse se tornado mais rara nos últimos tempos.

Era um abissal, definitivamente.

— Repetindo, Delegado, é uma ótima ideia sair daqui.

O homem ainda parecia abismado enquanto encarava a nuvem de fumaça, deveria estar a cerca de quinhentos metros de distância, mas chegaria até eles logo.

— É um Abissal Terrestre, se tivermos sorte, nenhum Abissal Celeste está junto. — Pallas voltou a falar enquanto soltava Enzo. Lembrava-se que havia três tipos de abissais: os Abissais Terrestres, os Abissais Celestes e os Abissais Aquistas.

— Essa coisa... Ela está indo para a cidade. — Neal pensou alto e só então resolveu acordar-se. — Homens! Vamos sair daqui, se tivermos sorte isso não vai ir até a cidade. Andem, corram! — Os outros policiais obedeceram montando nos cavalos, Pallas, no entanto permaneceu observando a nuvem de poeira do abissal. — Vamos lá, isso incluí vocês dois.

Enzo não respondeu, encarou Pallas que ajeitava os óculos, dando um meio sorriso.

— Não senhor, existe algo que posso fazer. — Encarou o delegado. — O senhor não sabe, mas sou uma domadora. Leve Enzo, eu irei ficar.

Você está enlouquecendo, Pallas?!

Não estou completamente sã, de fato. Na verdade, nunca estive. — Fez uma pausa. — Lembra-se do ataque das cinco feras, há cinco meses?

Não me diga que...

Sim, eu irei usar aquilo.

Mas você quase morreu...

Não faça drama.

— Vamos lá, Enzo, não fique me encarando. Vá com o Delegado que mais tarde irei buscar você. — Retirou a bolça que carregava e entregou ao mais novo, junto dos óculos de lentes escuras. As olheiras que tanto reclamara antes já haviam amenizado.

A nuvem de poeira aproximava-se, os tentáculos de raízes que saíam ficavam maiores, enquanto um vento forte se começava a se fazer presente. Enzo não respondeu, entrou no carro da polícia junto de Neal, embora insistisse em ficar encarando a mercenária. Eram seguidos pela cavalaria.

Pallas os observou se afastar, ajeitando as luvas de couro.

— Malditas sejam as Torres da Eternidade. — Deu um meio sorriso, e pegou o cantil de bolso, tomando um gole de uísque e o guardando novamente.

E então correu.

Com sua aura ocre exalando de suas mãos. O vento que sobrava devido à forte movimentação do abissal, empurrando seus cabelos para trás e retardando sua velocidade. Bufou, e então, elevou sua aura, expandindo a quantidade exalada de suas mãos, e fazendo com que aumentasse o brilho de seus olhos, a aura então passou a exalar de seu corpo também.

E o primeiro “tentáculo-raiz” apareceu a sua frente. Desviou dele, saltando, o próximo que veio, usou sua aura para derretê-lo no meio do caminho. Um fato deveria ser ressaltado: abissais não tinham sangue nem órgãos, eram apenas carcaças, que só morriam ao serre dilaceradas. E o motivo? Abissais eram seres do Submundo.

Só então o abissal resolveu parar de se movimentar. Embora a poeira continuasse deveras alta, aos poucos começaria abaixar e mostraria a verdadeira face do monstro. Deveria ter cerca de cinco metros de altura – a poeira toda era apenas para intimidar. E os tentáculos-raízes continuavam se movimentando, Pallas adentrou a obscuridade de pó, fazia seus olhos arderem. O fulgor que sua aura emitia, era a única coisa com cor que conseguia ver em meio à nuvem de poeira e terra. O vento era ensurdecedor. Tentava, mas não conseguia ignorar.

Então, esperou mais um pouco. Desviando dos tentáculos do abissal que vinham na sua direção, precisava esperar a poeira abaixar. Entretanto... Viu o um punho formado por pedras se aproximarem. Elevou o poder de sua aura, a imagem do lobo brilhando em cor ocre apareceu atrás de si, e só então, transferiu sua aura formando uma esfera em suas mãos. O punho era lento, devido o peso e o tamanho, então, esperou mais um pouco.

Sabe que se ficar usando as explosões, pode acabar mal, Pallas...

Mas nem por isso vou deixar um abissal atacar a cidade.

É apenas uma pessoa Pallas, essas coisas são enormes e perigosas...

Pare de se preocupar tanto, Revo.

Preparou-se, ergueu os braços que seguravam a enorme esfera de luz, e então a lançou-a na direção do punho de pedra. Acertou-o em uma explosão, barulhenta, fazendo com que pedaços de pedra voassem, e obrigando-a a correr. Desviou dos tentáculos, saltou sobre os mesmos e agachou-se para não ser atingida, só então, se afastou. Correu, e acabou tropeçando, rolou e afastou-se da nuvem de poeira, vislumbrando-a finalmente.

A casa que pertencia a família de Enzo, era a única parte mais intacta, por estar relativamente distante do monstro. E havia acertado o abissal ao ponto de derruba-lo. E era finalmente possível ver sua silhueta colossal. Tinha tentáculos que lembravam as raízes de arvores, que se prendiam na terra e levantavam-se arrancando pedaços do solo, para poder se locomover. No entanto, seu tronco, era formado por uma forma humanoide, mas com couraça de pedra. Deveria ter, talvez, observando melhor, uns cinco metros de altura. Pallas lembrava-se que, entre Abissais Celestes e Abissais Terrestres, os celestes eram muito menores.

E em toda a sua vida, apenas duas vezes combatera contra um abissal.

Na época em que ainda fazia parte da Fortaleza de Ergox.

Viu um dos tentáculos estender o tamanho, em uma tentativa de acerta-la, Pallas bufou. Elevou sua aura e rapidamente levantou-se, transferiu a aura para suas mãos e a lançou, explodindo um dos tentáculos. Por fim, sentiu o sangue escorrer de seu nariz, era um dos efeitos de elevar de mais a força de seu youkai. Por aquele motivo, apenas uma vez usara aquela técnica, de explodir as coisas, afinal, gastava uma carga grande de energia vital. E ainda não tinha força o suficiente para controlar com maestria. O que resultava em um aumento da pressão de seu corpo, o nariz começava a sangrar e isso poderia facilmente se entender as outras partes do corpo.

O abissal agachou-se e tentou esticar-se para tentar acertar o punho na sua direção, porém, correu, desviando para outro lado. Viu um dos tentáculos vir na sua direção, e ao invés de tentar desviar, resolveu segurar-se nele. Abraçou o tentáculo formado por raiz, e subiu no mesmo, equilibrando-se enquanto via-o levantar-se. Esperou o próximo tentáculo se aproximar, e então, saltou na sua direção. Abraçou-se no outro, precisava chegar ao crânio do abissal. Era o único ponto fraco daqueles monstros, em sua cabeça, localizava-se uma espécie de “coração”, que destruído, parava-o imediatamente.

Concentrou-se e saltou em direção ao próximo tentáculo, abraçou-o e equilibrou-se, enquanto o mesmo se erguia, porém... O Abissal fez algo que não esperava. Sacudiu-se, girando e afundando na terra. Pallas tentou equilibrar-se, porém, acabou soltando-se e sendo arremessada.

Uma queda, como aquela, sobreviveria por sorte.

Porém, caiu sobre algo macio, que a carregou para longe dos pedaços de terra que eram lançados.


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Notas finais do capítulo

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