Um não final feliz escrita por Pão da Paz


Capítulo 16
Feridas cicatrizadas


Notas iniciais do capítulo

Agradeço a um leitor pandinha muito fofo pelos seus comentarios ^^
Espero que gostem :)



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Todos ficam espantados e malucos, Lana e Cate ficam discutindo. Encaro André e então dou o fora com alguém vendo ou não, eu não estou nem ai.

–FODA-SE – grito enquanto atravesso a rua.

Subo para o meu ex quarto e começo a soltar altas risadas no elevador, a cara de Lana era um cara de medo de palhaço com vontade de chorar era tão engraçada!

Começo a pegar minha malas e a juntar, então Alana entra, ela esta sozinha e seus olhos estão vermelhos.

–porque você fez isso? – ela diz tentando me impedir de ir.

–Porque VOCÊ VOCÊ ISSO!?

–A gente nem tava mais junto eu juro!

–Você sabe o que eu passei e faz isso sua vadia!

–Você também não é nenhuma santa MEGAN

–Pelo menos eu pedi pra você nunca mais me procurar quando eu estava com Luiz, e por isso ele morreu VOCÊ MATOU O LUIZ SUA...

–E DEPOIS VOCÊ ME PROCUROU PARA TRANZAR NEH! E EU QUE SOU A VADIA! PELO MENOS EU NÃO, SAIU DE UM ENTERRO E VOU PRA CASA DOS OUTROS PARA...

–EU IA TE BATER DE RAIVA E NÃO TRANZAR VOCÊ QUE ME ATIÇOU .

–E VOCÊ NÃO FEZ NADA PARA IMPEDIR.

Sento-me na cama e começo a soluçar, não consigo respirar é como se paredes se fechassem para mim!

–Minha vida tinha tudo para melhor – sussurro.

–Eu peço desculpas! – Ela se senta ao meu lado.

–As pessoas só sabem brincar, e eu to cansada de fazer parte dessa palhaçada que vocês chamam de vida!

Ficamos em silencio, apenas cercadas pelos meus soluços que preenchiam o quarto.

–Desculpa te arrastar para cá e fazer...

–Eu ia falar que esta tudo bem, mas não esta!

–Só queria ter feito você feliz!

–Desse jeito? Desse jeito! Serio?É brincadeira – começo a rir, seco minhas lagrimas e pego minha mala. – Adeus Alana!

Dou uma ultima olhada em seus olhos azuis perfeitos.

–Adeus – ela diz e então olha pra a parede.

***

Meu novo quarto é igual o outro, composto apenas por uma cama de casal, moveis azuis um carpete branco e um banheiro muito bonito mesmo.

Deito-me e espero que sono me pegue.

***

Estou vendo o mar, tudo esta escuro, o vendo paira sobre nossas cabeças, o ar tem cheiro te hortelã, o cheiro do creme de Luiz, então logo depois o ar forma um rodamoinho, então o rodamuinho suba as arvores e junto dele uma estatua linda, então derrepente tudo para e se aquieta, então o vendo suave volta a encher o ar, ele jorra areia por todos os lados, e então por ultimo a areia volta para o chão e dela surge plantas verde com uma cor única, um verde tão bonito quanto os verde dos olhos de Lavinia.

***

–Acorda – grita alguém do meu lado.

–AHINAIHAIAN –faço um barulho que eu não consigo nem indentificar (A. No caso escrever, pense naquele barulho quando você acorda!)

–Tomar café! – dia a pessoa me descobrindo.

–Já vai manhe!

–Ah oi filha AGORA ACORDA!

Me levanto rapidamente assustada. Filha?Oi?

–É a Karina sua maluquinha!

–Ah oi Karina – digo me sentando novamente.

–André pediu para te chamar!

Vou no banheiro, minha cara esta um lixo, coloco um vestido de borboletas e deixo meu cabelo em uma trança lateral, ok Karina me ajudou na trança, ela ate que é bem legal.

–Como vai o Oppa Junior?

–Ah acho que bem!

–Sabe eu já perdi um filho! –digo e então Karina para de fazer a trança e me encara espantada.

–MENINA! Não sabia que você era dapavirada...

–Não é isso! É que eu tive minha primeira vez usei camisinha e tals ó que pelo jeito tava furada, nunca tomei remédio então...

–E o pai tinha assumido?

–Não – digo abaixando a cabeça – ele morreu antes de saber, mesmo assim eu só soube quando o bebe já estava com o pai!

–Menina que coisa viu! – ela continuo a trança.

***

Vou para a mesa onde André esta sentado comendo seu misto, seus olhos brilham eu vejo de longe.

–Diga meu querido! – digo sentando a mesa onde Oppa e André estão

–Que ta irmos ao Central Park?

–Ah por mim...- sorriu e aceno com a cabeça.

–Ah oi povinhu – diz Lavinia se aproximando.

–Lavinia o que faz aqui? – diz André

–Me atrasei então só depois do almoço para o estúdio.

–Provavelmente vamos depois do almoço! – diz Karina

–Aonde? – diz Lavinia se sentando.

–Central Park! – falo

–Ah tudo bem eu vou pra lá perto todos os dias!

–Então ok! – diz Oppa tomando um gole de suco de goiaba.

***

Me levanto da mesa e vou ate o balcão.

–Preciso cortar meu bolo, tem uma faca?

–Ah claro! – o moço do balcão me entrega uma faca.

***

Vou ate o meu quarto e me sento sobre o colchão delicioso do hotel.

A vida esta me matando aos poucos, então é melhor matar a vida.

Apesar de tudo, não consigo respirar, minha garganta parece se fechar ao poucos, fico sem ar por natureza. Fecho os olhos e tranco a faca entre meu punho fechado. Minha vão vai aos poucos se levantando, meus olhos vão se cerrando ainda mais fortes. Então sinto um certa picada. Então a porta se abre loucamente, alguém pula em cima da minha mão e me leva junto, arranho entre meus seios com a faca sem querer.

–Ah – grito.

–PARE –diz André

–Não posso! – digo ao meio de soluços

–Tudo é possível! – ele seguro meu queixo de foma que minha cabeça fique erguida.

–A vida é mal não acredite nela.

–A vida é mal para aqueles que não acreditam em seu potencial! Você agüentou tanta coisa, vai ser uma perda de vida desistir agora!

–Mas tudo sempre esta contra mim!

–Lana me contou o que você sofreu, e acho que tenho algo que seria ótimo para você!

–Me conte – digo ansiosa

–Sua vida não foi uma das melhores, e tem tanta gente que também não teve ‘aquela linda e maravilhosa vida com finais felizes’, porque não ajudá-los? Poxa Megan você tem dinheiro e tals, poderia ajudar...

–Nossa André meu Deus! Obrigada mesmo.

–Minha tia trabalha em um tipo de casa para crianças abandonadas, seria tão boa sua ajuda a elas...

–Claro André – dou um sorriso.

***

O park é frio e como, inverno a caminho baby!

Uso cachecol e toca roxas, eu me sinto bem, a ferida esta se fechando, foi bem em cima do meu coração. A ferida é como minha vida, ou quase!

Minha vida sempre foi uma ferida aberta pronta para inflamar, mas agora ela esta finalmente esta sarando, aos poucos se fechando deixando uma marca, a marca que significa que eu lutei na vida, a marca que sempre vai estar, que essa pessoa nem sempre foi forte, essa pessoa nem sempre teve um lindo sorriso para exibir, essa pessoa não tinha aquele brilho nos olhos, mas agora essa pessoa esta deixando que a ferida se catrizando, finalmente não preciso esconder a minha ferida com roupas e popularidade, eu posso ser livre do meu antigo ser, eu posso ser eu, não simplesmente eu, mas um eu para criar nova cicatrizes e que possam ser fechadas novamente!


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Notas finais do capítulo

Eai ?



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