Chegaram bem rápido, tinha algumas mulheres na frente dela para serem atendidas, no distrito todos sabiam que ela não iria na parte da manhã. Ela liga pro Ryan e pergunta como o caso está, tentava de todas as formas se manter tranquila,já o seu marido não parava nem sentado nem andando, foliava revistas, e isso estava deixando Kate nervosa, então teve uma brilhante ideia. Sabia que o marido gostava de bebês e o bebê do caso estava em observação naquele hospital, tinha 4 mulheres a sua frente, então dava tempo de verem como ele estava e voltar pra consulta. Na verdade era ela que queria ver o bebê estava arrumando alguma desculpa para ir, o telefone tocou a tirando de seus pensamentos.

– Beckett,

– Eu sinto muito, muitíssimo mesmo mas não estarei ai te esperando na porta tá.

– O que aconteceu Lanie?

– Kate, pensei bem e esse deve ser um momento só de vocês. Algo do casal entende, depois você me liga e conta o resultado e amanhã sairemos para comemorar ok.

– Martha e Alexis fez o mesmo, obrigada amiga. Mas saiba que ficaria muito feliz em ter você aqui conosco.

– Eu sei, então boa sorte.

– Lanie, vou visitar o bebê do nosso caso. Não sei por que mas quero muito vê-lo.

– É o seu lado mãe gritando bem alto, vá mesmo é bom pra ele ter um pouco de calor humano depois da tragédia, né. Eu já passei por ai ontem e fiz a minha parte, fiquei mimando ele um tempão. Tadinho acho que está sentindo a falta da mãe dele.

Aquelas palavras lhe cortaram o coração . Desligou o telefone e pegou na mão de Castle .

– Rick vem comigo.

– Ir aonde, você não está desistindo né?

– Não babe vai ser rápido, tem algumas mulheres na minha frente e já contei que cada uma está demorando uns 40 minutos pra sair do consultório então dará tempo de ir e voltar e ainda de tomar um café.

Foram a passos rápidos pois ele tinha medo dela desistir de saber o sexo do nenê, estava de mãos dadas e ele quase que a puxava pelos corredores daquele hospital.

– Aonde iremos Kate?

– Eu quero ver o bebê do nosso caso, estou um pouco curiosa pra ver como ele está e como é. E dá pra andar mas devagar, eu estou gravida lembra?

–Detetive, é você mesmo? ( Disse sarcástico) Quem não gosta de se apegar mesmo? Desculpe-me pela pressa.

– Para tá, eu só quero vê-lo, só isso. Nem quero pega-lo, só saber como ele está, afinal eu sei muito bem como faz falta uma mãe.

– Ok.

Sentiu que ela entristeceu um pouco, o assassinato da mãe ainda mexia muito com os sentimentos dela.

Foram acompanhados por uma enfermeira até o quarto onde estava o bebê. Ele era tão pequenino, tão frágil, que Castle quis logo pega-lo. Ele tinha 3 meses de vida, olhinhos castanhos e um cabelinho ainda bem ralinho da cor do de Beckett, aparentemente estava saudável. Realmente tinha sido um milagre de Deus ele não ter morrido, puderam ver que nem usava curativos no ferimento, o tiro só arranhou a pele o garoto. Ele era bem levinho, e Castle perguntou se estava fora do peso. Ele entendia bem do assunto,fora um pai maravilhoso para Alexis . A enfermeira disse que tinha perdido peso sim, ele provavelmente mamava no peito ainda e estava com dificuldades de pegar mamadeira e além disso tudo sentia a falta da mãe. Nisso o bebê começou a chorar, um choro diferente, quem é pai sabe diferenciar e Castle pode perceber que o choro dele era a falta da mãe, e isso cortou o coração dele. Beckett olhava tudo aquilo e nunca gostou de se apegar naquilo que talvez não possuiria, foi assim com Benny, mas com aquela criança era diferente, talvez por estar gravida, estava mas sensível. Sem pensar pegou o bebê do colo de Castle e o aconchegou no seu colo, logo o bebê procurou o peito, fazendo uma lagrima escorrer dos olhos dela. Ela sabia o que era precisar de uma mãe e não poder tê-la ao seu lado, ela entendia aquele sofrimento. O bebê começou a chorar pois pensou que era a mãe dele, Castle se aproximou para pega-lo, porque ela nunca tinha cuidado de uma criança antes, porém foi surpreendido por uma Kate mãezona.

– Por favor me trás uma mamadeira com leite que vou dar a ele, esta com fome.

– Está aqui, eu já estava trazendo pois ele vem mamando pouco então, estamos dando a ele de 2 em 2 horas.

A mamadeira tinha pouco leite, ele realmente estava mamando muito pouco pela idade dele observou Castle. Ele estava maravilhado de ver a sua amada com aquele bebezinho nas mãos toda carinhosa, nunca imaginara que ela seria assim, Ela as vezes era até bem seca com crianças. Ela se sentou em uma cadeira e deu a mamadeira ao bebê, a principio ele recusou como estava fazendo com as enfermeiras, mas então ela começou a conversar de forma meigo com ele e logo ele se sentiu bem e mamou, balbuciou e sorriu muito pra ela, fazendo com que todos naquela sala também sorrisse. Ele estava interagindo com ela talvez pensando que ela fosse sua mãe, pois elas pareciam um pouco, o mesmo tom de cabelo, cor de pele. Acabou com o leite rapidinho e reclamou querendo mais, a enfermeira colocou mais um pouco e logo ele bebeu tudo, ficou até meio molinho e sonolento, ela o fez arrotar e começou a nina-lo. Logo lembrou da consulta, já tinha passado muito tempo.

– Babe a consulta... esquecemos.( beijou a cabecinha do bebê quase adormecido o entregou a enfermeira). Temos que ir, depois volto pra te ver tá lindinho.

Saíram as presas, chegaram próximo do consultório e já a estavam chamando. Entraram, o medico fez o que teria que ser feito em um pré-natal e foram fazer o tão esperado ultrassom. Castle não se continha de nervosismo, nunca ela o tinha visto assim. Não sabia o que fazer com as mãos. Ela já estava deitada na cama , mas segurou a mão dele e o puxou um pouco pra baixo.

–Babe vai dá tudo certo, de hoje eu sei, não passa, você saberá o sexo do seu bebê calma.

– Mas e se tiver com as perninhas cruzadas eu...

– Para vai dá certo.

Foram interrompidos pelo médico.

– Sr. E sra Castle o bebê de vocês está se desenvolvendo muito bem, está tudo bem com ele, podem ficar tranquilos, está tudo normal.

– Então é um menino? Perguntou Castle. Você está dizendo ELE então ela está gravida de um garotão?

Dr. Green olhou pra ele depois para ela e disse:

– Não disse que era um menino, é só modo de dizer.

– Bom doutor eu e meu marido decidimos saber qual é o sexo do nosso bebê, e ele está tão ansioso pra saber que eu não esperava uma outra reação dele. ( Risos na sala)

– Bom vamos ver então... vocês tem preferencia?

– Eu gostaria de um menino ele de uma menina, porém estou feliz de qualquer jeito com o que vier.

Ainda estavam de mãos dadas.

– Já tem nomes em mente?

Eles se entreolharam e o medico pode perceber que não.

– Então podem começar a pensarem em um nome lindo para essa linda menininha que está na sua barriga sra Caslte.

Lagrimas escorreram dos olhos dela e dele também.

– Teremos uma menininha, minha princesinha, mas uma mulher na minha vida. Kate eu te amo.

Ele a Beijava e chorava ao mesmo tempo. Ela estava em êxtase, mesmo querendo um menino, ela ficou feliz demais de poder dar esse presente pra ele, depois de tudo que ele fez por ela, ela queria sim dar a ele aquela filha.

Saíram da consulta radiando felicidade, ela ligou pro pai dando a noticia, ele muito emocionado, disse que estava muito feliz por ela e por ganhar uma netinha. Ele ligou pra Alexis e Martha dando a noticia, ambas gritaram e Martha falava que tinha ganhado 100 dólares, pois tinha apostado com Alexis que era uma menininha. Estavam radiantes. Sabiam que a dona Martha hoje faria um banquete no jantar para comemorar. Ligaram também pra 12ª dando a noticia. Todos ficaram muito felizes pelo casal, depois de tudo que passaram, mereciam ser felizes. Agora teriam um árduo trabalho, escolher o nome da bebê.