As Heroínas do Apocalipse escrita por TM


Capítulo 9
Ela odeia a idéia de ter que conviver com vocês


Notas iniciais do capítulo

Lilly, Becky, Carol e Lia | Refúgio.



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Ele saiu da sala, junto á sua irmã, e a puxou pelo braço, até conduzi-la á o seu quarto. Na medida que ia marchando, os cabelos de Melissa iam voando no vento, enquanto os olhos de Sam exigiam motivo para o seu comportamento. Ele deve estar muito nervoso, pensou Becky. Ela até pensou em ir até lá, falando que todos são sobreviventes, e que matar um ao outro não vai resolver a situação em que eles se encontram, mas do jeito que Melissa a tratou, dispensaria ajuda na hora que olhasse em seus olhos, e examinasse seu rosto. Pensando assim, Becky desistiu e começou a apoiar os braços no sofá, como se aquilo desse algum equilíbrio em seu peso, ela não se aguentava em pé. Até que sua visão foi escurecendo e ela caiu; não sentiu a dor da queda, e sabia de uma coisa: ela estava desmaiada.
Todos se assustaram, e primeira a socorre-la foi Lilly, enquanto todos os outros formavam uma roda em torno de Becky, deixando-a mais tonta ainda.
– Espaço! Ela precisa respirar! - E todos a obedeceram. - Lia, Carol, o que causou o desmaio?
Os olhos verdes de Lilly exigiam uma resposta, enquanto as suas mãos se entrelaçavam com as da amiga, como se fosse a espécie de um "não se preocupe, nada de ruim vai acontecer, por que eu estou aqui com você".
– Bem.. A quantos dias ela não come? - Perguntou Lia.
Ambas deram os ombros, enquanto Carol ia pegando um pacote de bolacha salgada e entregando a Lilly, as mãos trêmulas e escorregadias de Lilly não sabiam o que fazer com a bolacha, o nervosismo tinha tomado conta não só de sua mente, mas também de seu corpo.
– Faça Becky comer! Ela está desidratada! - Gritou Carol. Lilly colocou um pedaço de bolacha na boca de Becky, e Carol viu que ela não apresentava consciência, foi quando as emoções dela se misturavam, e ela não sabia se sentia raiva ou medo. - Mastigue, Rebecca! Não me faça enfiar na sua garganta.
E ela obedeceu, foi um alívio á todos, até que Lilly sentiu os olhos de alguém em sua nuca. Quando virou, viu que Sam revisava o olhar entre ela e sua irmã caçula.
– Lilly e Carol, no meu quarto. Agora. - Ele falou num tom rígido, e virou as costas indo ao quarto.
Lilly e Carol olharam com preocupação pra Becky, até que Lia colocou as mãos nos ombros das irmãs e fingiu um sorriso.
– Podem ir, eu cuido dela. Afinal, Samuel Singer não vai demorar tanto, não é?
As irmãs se levantaram e foram até o quarto de Sam, elas estavam com medo de serem repreendidas e até expulsas do refúgio. A primeira que entrou foi Lilly, com a cabeça erguida, tentando passar a sensação de calma e segurança a Sam; e Carol entrou com a cabeça baixa, passando totalmente o contrário de sua irmã.
– Podemos saber por quê nos chamou, Singer? Por que nossa amiga acabou de desmaiar se você não se importa. - Lilly não demonstrou emoções enquanto falava.
– Engraçado que quando Rebecca desmaiou, você demonstrou toda emoção que uma mãe poderia ter com um filho, mas agora falando comigo, você não demonstra nenhuma. - Ele falou olhando diretamente pra Lilly.
– Aonde você quer chegar, Sam? - Perguntou Carol, se obrigando á encara-lo; mesmo que não quisesse.
– Que bom que perguntou minha amada, achei que estaria de cabeça baixa a conversa toda e eu teria que conversar com minha corajosa cunhada. - Ele deu um riso sarcástico. - Bem, mesmo que Melissa odeie a idéia, vocês vão ficar aqui por tempo indeterminado. Pelo tempo que quiserem, é claro se ajudarem a buscar suplementos.
Sam tirou o peso nas costas das irmãs no momento que falou "vocês vão ficar aqui por tempo indeterminado", elas aprenderam com o pai pra esperar tudo de ruim; por que se algo bom acontece você se surpreende, e caso ruim aconteça (como o esperado) você não se decepciona.
– Conta outra, você só pode estar zuando com a nossa cara.. - Resmungou Carol.
– Não estou, Lindsay. O que eu disse está feito, a não ser que você mude de idéia. - Ela negou com a cabeça, enquanto Lilly o observava com atenção. - Foi o que eu pensei! Bem-vindas, agora oficialmente, Lillyca, Lindsay, Nathalie e Rebecca.
– Muito obrigada Sam! Vamos mostrar que somos dignas de ficar aqui. - Percebendo o desinteresse da irmã, Lilly a cutucou. - Não é, Lindsay?
– Claro que sim, minha nobre irmã. Vou servir todas as necessidades do nosso rei, Sam. - Disse Carol num tom irônico.
Sam sorriu, e Lilly retribuiu o sorriso. Enquanto Carol ficava olhando aquela cena e ficando com náusea, até que ele a encarou, e ela desviou o olhar. Mas que diabos está acontecendo lá dentro? pensou Lia, até que Lilly saiu primeiro, ficando lá apenas Carol e Sam.
– O que você quer, Singer? - Perguntou Carol, com os olhos azuis encarando os castanhos, como se fosse uma guerra. Uma guerra na qual ela estaria disposta a ganhar.
– Sabe, você tem todo esse lance de durona, mas no fundo você se importa com suas amigas, e eu queria saber, o que eu faço pra ser um dos poucos que tem sua atenção e preocupação?
Carol estava cheia daquilo, até que virou, pronta pra ir embora, e Sam segurou seu pulso, impedindo que ela fosse antes de dar uma resposta.
– Pare de bancar o idiota, Sam. Se um dia você parar de querer me impedir de viver, ou sei lá o que estamos fazendo, talvez eu pense. - Ela continuava olhando o chão.
Sam a soltou, e ela foi direto pra sala, ele riu. Como poderia me apaixonar por uma garota que me ignora? ele se perguntou mentalmente, e a resposta logo veio em seguida: por que como ela disse antes, você é um idiota. E essa discussão mental fez com que ele ficasse assim, em seu quarto á horas, enquanto todos estavam se conhecendo e quem sabe até paquerando, na sala.


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Notas finais do capítulo

Será que veremos um novo casal? Hmmmm!!



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