As Heroínas do Apocalipse escrita por TM


Capítulo 8
Toda ação tem uma reação


Notas iniciais do capítulo

Lilly, Becky, Carol e Lia | Árvore/Refúgio



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Enquanto amanhecia, Carol estava em cima de uma árvore enquanto os zumbis estavam embaixo, esperando e empurrando para que ela caísse. Ela não foi tão longe do refúgio, era apenas uma quadra do local, estava com arco e flecha em mãos, e de repente ouviu um barulho de alguém chegando. Seria mais zumbis? Se fosse, Carol estava ferrada, pois aqueles seis zumbis estavam quase a derrubando da árvore. Os olhos azuis insistiam para que fosse alguém que ela reconhecia, mas toda essa torcida foi em vão.
Chegaram mais zumbis, e ela contou quantas flechas ela tinha: 12. Ela precisava de ajuda, mesmo que a ajuda significaria atrair mais zumbis para que sua irmã e o resto dos sobreviventes aparecessem. Ela gritou, e gritou novamente. Até que sua garganta começou a arder e coçar, e ela parou, de uma certa se conformando que ela ia morrer.
Até que um dos zumbis foi atingido por uma bala, deveria ser Lia, pensou Carol. E sua suspeita estava certa, logo após que ela viu os olhos claros e o cabelo castanho encaracolado. Ela havia trocado de roupa, estava com uma camisa militar e um shorts preto, ainda usando o seu all star que tanto gostava. Logo depois disso, ela viu que um dos zumbis foi decapitado, e depois mais tiros e mais tiros. Eram muita informação para Carol.
Enquanto Carol ficava naquela árvore, Lilly estava cortando as cabeças o mais rápido que podia, e Lia e Becky estavam bem ocupadas atirando nos zumbis. Elas só poderiam acertar poucos zumbis já que as balas estavam acabando e os barulhos que a bala fazia quando era disparada, sem dó, sem piedade da vítima.
– Carol, pule já daí! - Gritou Lilly, enquanto estava lutando o máximo que podia com os zumbis. - Becky e Lia me dêem cobertura enquanto vou buscar Carol, a anta não sabe pular de árvores! - Ela falou numa espécie de brincadeira, mas as meninas estavam tão concentradas que nem perceberam de que assunto Lilly estava falando.
Lilly estava com um risco de suor na cara, que indicava que eram muitos zumbis pra ela dar conta sozinha. Aquilo tinha a deixado completamente acabada, mas afinal ela fez uma promessa á seu pai. Os cabelos lisos de Lilly escorriam sobre o rosto, enquanto os olhos verdes falassem por ela, ela encarava Carol.
– Meninas, não quero atrapalhar o momento família de vocês, mas se a Carol não pular logo daí, todas nós vamos morrer! - Disse Becky, o desespero era evidente em seus olhos castanhos.
Ouvindo aquilo, Lilly fez um sinal com as mãos para que Carol se apressasse, e assim o fez. Carol pulou, e machucou o ombro e barriga. Assim que Becky e Lia viram que a amiga estava bem, sem nada grave e todas correram para o refúgio. Chegando lá, Carol notou que Sam estava na porta, esperando elas, junto á Melissa. Carol foi recebida com um abraço forte de Sam, enquanto as outras, com os aplausos do resto da turma.
– Ei, eu tô machucada, se você não viu. - Carol disse aquilo com uma cara de dor, mas se sentiu feliz por saber que alguém se preocupava realmente com ela.
– Venha, Lindsay. Vou cuidar de você. - Sam falou, e foi em direção á um quarto onde tinha medicamentos e começou a colocar remédio nos ferimentos.
Tirando os dois, todos estavam na sala, e Melissa começou a encarar Lia, que fez o mesmo, olhando de cima á baixo para sua rival.
– Qual é, moreninha? - Melissa falou num tom de deboche. - Perdeu algo aqui?
– Não, mas com certeza você vai achar algo. A marca dos meus cinco dedos na sua cara! - A voz de Lia demonstrava raiva, e quando ela ia se levantar, Lilly conseguiu a deter, deixando Lia sentada ao seu lado, bufando e falando palavrões em voz baixa.
– Não queremos causar problemas, senhora Singer. Viemos na paz! - Falou Lilly.
– O que está acontecendo aqui? - Falou Sam com um tom autoritário, Carol vindo atrás dele com um tom de inocência e ingenuidade.
– Não gostei delas desde o começo, Sam, e você sabe disso. Você sabe tão bem disso que invocou que vai ficar com Carol! Você é tão idiota quanto eles, tenho pena de você, Samuel Singer. - Melissa foi se levantando e foi perto do ombro de Sam, sussurrando. - Nosso pai não gostaria nada disso, você é uma vergonha pra toda família!
No momento em que ela falou isso, todos podiam ver a ira brotando de seus olhos castanhos, e ele pegou o braço dela, jogando-a no sofá onde estavam Lia e Lilly. Becky tentou ajudá-la a se levantar, mas ela cuspiu em sua mão, dispensando ajuda. Todos ficaram em silêncio absoluto, observando a reação do irmão mais velho. O que foi surpreendente, nunca ninguém havia tirado Sam do sério como Melissa fez.
– Sabe por que elas são melhores que nós, Melissa? Por que elas são humildes e querem ajudar o próximo. Não são egoístas, muito menos arrogantes e insuportáveis como você! Eu com certeza não seria a vergonha pra família, já não posso falar o mesmo de você! Que na 8ª série saia com meninos mais velhos pedindo dinheiro e presentes. Bem coisa de vadia mesmo! - As lágrimas iam brotando no rosto de Melissa a medida que ele ia falando. - Enquanto á Carol, você não tem nada a ver com isso, e mesmo se tivesse, não iria falar um 'a' pra você. Amanhã você e Lilly vão buscar comida, roupas e coisas para higiene, incluindo remédios!
Todos se entreolharam, e ficaram com medo de seu líder, pensando no que ele poderia fazer. Carol que estava atrás dele se encolheu, enquanto Becky ficava atrás de Lia e Lilly, como uma espécie de escudo.
– Eu topo. - Falou Lilly num tom sereno.
– Eu não, Sam, você acha que eu vou sair com ela? - Ela deu uma risada irônica em meio aquelas lágrimas.
– Você vai, por que se não for, eu vou te deixar pra fora, sem armas, sem nada. Você vai morrer, Melissa. - Sam falou num tom sombrio, que fez Carol dar dois passos pra trás, e Becky se encolher atrás das amigas.
– Você não seria capaz. - Falou Melissa enquanto apertava os olhos, fuzilando-o com o olhar.
– Não duvide de mim, Melissa Reck Singer. Você não sabe do que eu sou capaz! - Ele terminou de falar e Melissa correu para seu quarto.
Todos na sala ficaram imóveis e mudos.


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