Ironia do Destino escrita por Diwa


Capítulo 2
Reunião


Notas iniciais do capítulo

Oi oi, gente! Antes de qualquer coisa quero pedir desculpas aos leitores de Agents of Night. Eu quero, mas não consigo escrever nada naquela fanfic ;-;
Quero agradecer aos favoritos e aos comentários, claro. Foram 9 no Spirit e 3 no Nyah. EU TIVE 12 COMENTÁRIOS! Sério, gente. Amo vocês *-----------*

Só para constar:
—Pular três linhas: mudança de local.
—Pular uma linha: quebra de tempo.


Espero não decepcionar :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/531721/chapter/2

No instante de em que o capitão deixou o escritório, a expressão alegre que antes iluminava o rosto de Rangiku, desapareceu. Ela abriu a garrafa de saquê que havia tirado do meio dos livros da estante - um de seus esconderijos para bebidas -, e consumiu seu conteúdo. O líquido foi engolido tão rápido que mal pôde sentir seu gosto. Pousando o objeto sobre a mesa, deixou uma pequena risada escapar por entre seus lábios. Achava engraçado o modo como a bebida fazia com que ela se esquecesse de todas as preocupações. Não, na verdade era apenas uma, e ela tinha um nome. Ichimaru Gin.

Ninguém conhecia o lado melancólico da ruiva, com exceção de Hitsugaya, claro. Mas, poxa, já faz quatro anos desde de... Desde de a morte de Gin, e Matsumoto achava que estava o deixando muito preocupado com seu estado, então passou a fingir que estava bem para ele, como fazia com todos os outros. Não sabia ao certo se o capitão acreditava em seu teatro, porém ele nunca mais tocara no assunto.

Pegou a garrafa novamente e bebeu mais um pouco do saquê, jogando-se no sofá do escritório, enquanto pensava no por que de estar assim. Ela o amava, obviamente, mas estava começando a esquecê-lo. Isso é bom, não é? Com certeza ele não gostaria de vê-la sofrendo. Rangiku chegava a passar dias sem se lembrar dele, conseguindo aos poucos voltar ao que era. Mas a simples menção de seu nome fazia um buraco se abrir em seu peito, o qual ela tentava disfarçar até que estivesse sozinha, para chorar - ou beber - até que a dor amenizasse um pouco. Nem parecia que foi há tanto tempo...

Os olhos azuis brilhavam por causa das lágrimas que ameaçavam escapar. Por que tem que doer tanto? Sua mão esquerda, inconscientemente, foi em direção do seu peito, segurando delicadamente com a ponta dos dedos o pingente de seu colar. Se perguntou se algum dia essa solidão iria ir embora, mas antes que começasse a pensar em uma resposta - já fizera isso diversas vezes, mas nunca a encontrava - uma borboleta negra passou pela janela do escritório. Uma Jigokucho! Rangiku se levantou em um salto e correu até o inseto. A borboleta pousou graciosamente no indicador da ruiva e a voz tenebrosa e autoritária do comandante Yamamoto Genryuusai Shigekuni soou dentro de sua cabeça.

"Convoco todos os capitães e tenentes do Gotei 13 para uma reunião de emergência. Imediatamente!"

Ela arquejou, alarmada com a mensagem. O arrependimento começou a corroer sua mente. Que tipo de tenente era ela, que tentava se embebedar quando a Soul Society precisava dela?!

Argh! Não era o momento certo para ficar se repreendendo. Rangiku se recompôs rapidamente, então saltou pela janela e sumiu no shunpo. O motivo de seu sofrimento foi esquecido, por ora. Ela correu pelos telhados da Seireitei o mais rápido que pôde, até chegar na primeira divisão.

.

Não demorou até todos os capitães e tenentes estarem reunidos no salão principal do primeiro esquadrão. O último oficial a chegar foi Hitsugaya Toushirou, coisa que todos estranharam já que ele sempre era o primeiro a chegar, mas ninguém comentou sobre isso. O silêncio havia se instalado no lugar. Alguns olhavam para os lados com impaciência, esperando que alguma coisa comprometesse o motivo da reunião repentina, enquanto outros apenas mantinham uma postura séria enquanto aguardavam.

O olho esquerdo do comandante se abriu apenas para ter certeza que todos estavam presentes. A sua direita estavam os capitães com kanji em par, a esquerda os que o tinham em impar. Cada um com seu respectivo tenente alguns passos atrás. A pálpebra se fechou novamente e ele bateu sua bengala no chão provocando um baque que ecoou por todo local, chamando a atenção de todos.

– Vejo que estão nervosos com a reunião, então serei direto: O número de hollows no Mundo Real tem aumentado mais a cada dia e isso só pode significar que há um novo Rei no Hueco Mundo...

– E aparentemente ele não vai nos convidar para tomar uma xícara de chá - Comentou Kyoraku Shunsui, capitão da oitava divisão. Ele abriu a boca para acrescentar mais alguma coisa mas Nanao, sua tenente, pigarreou o alertando que não era o momento certo para brincadeiras.

– Deixe-me adivinhar - Interveio a capitã do segundo esquadrão, antes que o comandante tivesse a chance de continuar. - O novo rei está mandando os hollows atacarem a cidade de Karakura?

– Sim, Soi Fong taichou - Yamamoto respondeu - Uma equipe será enviada para o Mundo Real para eliminá-los.

– Mas e o Kurosaki Ichigo, soutaichou? - Abarai Renji perguntou.

– São centenas de hollows e o shinigami daikou é apenas um. Kurosaki poderia ajudar, entretanto ele ainda é um humano e tem seus próprios problemas. Se possível, não façam contato com ele - Todos assentiram - Kuchiki fukutaichou, Matsumoto fukutaichou, terceiro posto Madarame e o quinto posto Ayasagawa irão para Karakura. Kuchiki Rukia ficara no comando da equipe.

– Soutaichou - Hitsugaya deu um passo à frente - Nenhum capitão vai ao Mundo Real?

– Não há necessidade. Eles estão em grande número, mas ainda são meros hollows.

– Não deveríamos mandar alguém ao Hueco Mundo? - O capitão da sexta divisão, Kuchiki Byakuya, deu um passo à frente, ao mesmo tempo em que Hitsugaya voltava para o seu lugar.

– Se o novo rei pode mandar centenas deles para Karakura, também pode criar um exército. Seria suicídio! Quero todos os capitães aqui para proteger a Seireitei. Estão de acordo?

– Hai - Responderam em uníssono.

– Estão dispensados. - Anunciou batendo sua bengala novamente no chão, e todos começaram a se retirar.

.

.

.

Será que pode existir algo mais demorado e tedioso que o primeiro dia de aula? Kurosaki Karin acredita que não. Em algum momento da quarta aula ela já não conseguia mais se manter acordada. O professor que agora estava em pé diante da classe, o qual ela não conseguiu gravar o nome, era até legal... Por outro lado, qualquer coisa se tornava legal se fosse comparada com o professora de história, Yoko, que se mostrou um verdadeiro pesadelo ao decorrer de sua aula.

Karin se perguntou por que ainda tentava resistir ao sono. Quando não encontrou a resposta, apoiou sua cabeça sobre a mesa repleta de materiais e fechou os olhos. Aos poucos os sons ao seu redor foram ficando cada vez mais distantes. Quando o sono começou a envolvê-la, uma voz se sobressaiu às outras, chamando sua atenção. Era Yuzu?!

– Sensei! Minha cabeça está doendo muito! Posso ir à enfermaria?

Seus olhos se abriram novamente, as íris cinzentas escuras brilhando de preocupação.

– Sim, claro - Respondeu o professor, meio sem jeito.

A garota de cabelos castanhos claros sorriu para a irmã.

– Está tudo bem, Karin-chan! Tenho certeza que vai passar rápido. Pode voltar a dormir sem se preocupar.

A morena franziu a testa observando a irmã gêmea sair da sala. Mesmo passando horas na Clínica Kurosaki, era difícil Yuzu ficar doente, assim como ela. Karin estava ficando louca ou Yuzu realmente disse para ela ir dormir em vez de implicar por não estar prestando atenção à aula? Com certeza tinha uma parte da história que ela não conhecia.

A porta de fechou com um clique e a garota começou a andar pelo corredor, olhando para os lados. Quando teve certeza de que ninguém estava olhando, ela correu, às vezes escorregando no piso molhado. Parou derrapando e abriu num estrondo a porta onde a palavra feminino estava gravada. Yuzu ofegava, mas não pela corrida. Ela não conseguia mais aguentar toda aquela pressão em seu corpo. Não sabia o que era, mas acontecia frequentemente. Mordeu o lábio inferior enquanto fechava os olhos com força, pedindo para que isso parasse logo. Ela queria gritar! Por que isso estava acontecendo?!

Depois de alguns instantes, quando estava a beira de um colapso, a pressão desapareceu de repente, da mesma forma que chegou. Mas agora sua mão direita segurava algo que ela não se lembrava de ter pegado. Com a sobrancelhas franzidas, abriu os olhos meio hesitante. Yuzu arquejou alto quando se deparou com um arco que reluzia em um azul claro. Em um movimento involuntário ela largou o objeto, e ele desapareceu no ar como se nunca tivesse surgido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ah! Eu penso nessa fanfic como uma continuação do anime, então obviamente não somente a Karin e o Toushirou vão estar em destaque. Talvez eu use alguma coisa ou outra do atual arco do mangá :v
Obrigada por lerem! Espero que tenham gostado :3
~Pyon



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ironia do Destino" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.