You Again - Percabeth escrita por Alyss


Capítulo 2
Até que é meio que legal


Notas iniciais do capítulo

Helou people's maravilhosas!
Como prometido, capítulo dois!!
Boa leitura!!

~~nos vemos nas notas finais.



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Eram 6:29 da manhã. Não faço ideia de quando comecei com a mania de colocar o despertador em horas não redondas e muito menos o porque disso. Só sei que achava legal e era isso. Levantei e dei uma olhada no espelho. Puta que pariu. Minha cara estava horrível mesmo.

Tratei de escovar o cabelo, desfazendo todos os meus delicados e adorados cachos loiros. Eles não são totalmente cacheados, sabe, eles são só um pouco encaracolados nas pontas. Tia Helen costumava dizer que eles eram de princesa, mas eu ainda acho que eles mais parecem a juba de um leão muito revoltado.

Mamãe já tinha ido trabalhar, mas deixara um bilhetinho na geladeira dizendo que me amava e desejava sorte com o primeiro dia. Sorri. Mamãe sempre fora assim.

Nossa nova casa era um pouco maior que a anterior e tinha dois andares. Os quartos, um banheiro e a sala de estudos ficavam no segundo andar. No primeiro estavam a cozinha, sala, um banheiro menor e uma lavanderia minúscula. O quintal era grande e todo cercado, e havia uma árvore sei-lá-qual atrás da casa. Estávamos lá a mais ou menos dois meses. Aquela cidade era bem maior e eu havia gostado dela. Acho que não nasci para cidade pequena, por mais que tivesse sido criada em uma.

A van passava na frente de cada as 7:00h, então tive tempo o suficiente para tomar o café, escovar os dentes, pegar a mochila e descer. No caminho encontrei Sawyer, meu gato gordo listrado de cinza, deitado em cima do sofá a sala. Fiz um carinho nele e ele ronronou, satisfeito.

–Ah, Sawyer, eu adoraria trocar de lugar com você - eu disse, acariciando a cabeça dele. - Até mais tarde.

Caminhei dois minutos para chegar ao ponto da van. Duas crianças estavam brincando de alguma coisa por ali enquanto a mãe delas cuidava da mochila. Um garoto com aparentemente doze ou treze anos estava sentado, lendo uma revista em quadrinhos e duas garotas, uma de cabelos escuros e outra castanho-claro, conversavam animadamente.

Nenhum deles usava uniforme. Certamente não estavam indo para a Gretcheer. Não sei se ficava feliz ou triste. Fiquei de pé, em silêncio. Quando a van chegou já havia seis pessoas lá dentro. Suspirei de alívio ao ver que podia sentar sozinha. Ah, eram 16 lugares ao todo. Levaríamos 15 minutos até lá. Fizemos mais duas paradas e uma garota gordinha sentou ao meu lado. Ela aparentava ter uns 10 ou 11 anos e ficou conversando com a amiga que tinha sentado no banco ao lado.

Eu fiquei sem saber o que fazer, pois estava muito nervosa para chegar a escola. No fundo eu parar a van e sair correndo pela rua. Imagine se ela passasse da minha escola e eu nem percebesse?! Oh, seria constrangedor. Eu ficava olhando a paisagem de prédios, construções, garotos e garotas indo a pé para as suas escolas até que a van parou. Era uma escola amarela, Santa Clara, se não me engano. A garota gordinha e a amiga com a qual conversava desceram. E o menino que lia gibis na minha parada também. Depois de mais uns cinco ou seis minutos a van parou no portão lateral do meu colégio, no estacionamento.

Desci da van, nervosa, e ajeitei a mochila no meu ombro. Suspirei profundamente e entrei. Pelo menos foi pelo portão lateral, então não precisei passar divando pela frente, onde alguns alunos do que parecia ser o terceiro ano faziam um fiasco terrível. A única coisa do estacionamento era a quantidade de carros entrando e saindo, mas havia uma faixa pintada no chão, por onde as pessoas passavam para realmente entrar na escola.

–Bom dia! - o porteiro cumprimentou alegremente. Retribui com um sorriso e contemplei o enorme pátio. Lá embaixo era a cantina, vários bancos e mesas espalhadas por tudo, uma amarelinha perto de uma árvore com muitos galhos onde as crianças certamente subiam.

Subi uma das escadarias que dava acesso ao segundo andar e percorri o saguão, dando a volta para não precisar passar perto do portão principal.

Pelo que vi na minha ficha, minha turma era a 218, sala 210, acho. O corredor estava cheio de gente conversando e uma garota passou pulando por mim e se atirou em um garoto mais a frente. Sacudi a cabeça e continuei caminhando, olhando para as salas tentando encontrar a minha. Muitas das salas já estavam cheias de alguns conversando e rindo entre si.

Ao lado de cada sala havia uma plaqueta de vidro com o número da sala e logo embaixo turma. Cheguei a minha sala ao mesmo tempo que uma garota alta e forte de cabelos castanhos saia rindo com um iphone na mão. Escola de riquinhos, pensei comigo mesma. E dei de ombros. Dei uma olhada rápida na porta e percebi que havia uma lista com nossos nomes. Sim. Era minha sala. E eu era a segunda da chamada. De 42 alunos.

Legal.

Entrei e me deparei com uma lousa interativa e duas outras brancas, aquelas pra escrever com canetões, uma de cada lado da lousa. Ainda acima da lousa havia um ar condicionado enorme. As cortinas brancas estavam bem abertas e as janelas eram compridas. Classes separadas, ufa. No fundo da sala um mural vazio estava no meio da parede.

É. Talvez eu pudesse me acostumar com tudo isso.

Ao lado da classe do professor, que estava bem no canto, perto da parede (na frente de um dos quadros, obviamente o que estava mais longe da porta) havia uma caixa de som com um computador e teclado em cima. Certamente era para a lousa. Escolhi uma classe vazia bem na frente do professor.

Quando estava colocando minha mochila em cima da classe para pegar meus materiais, ouvi uma voz feminina ao meu lado.

–E aí, novata? – virei e me deparei com uma garota ruiva de olhos verdes e muito sorridente. – Como vai? Sou Rachel.

–Hã, oi! – eu disse ,retribuindo o sorriso à ela. – Sou Annabeth. Você já estudava aqui antes?

Era uma pergunta estúpida pra caramba, mas eu só queria parecer um pouco mais simpática do que idiota e lerda.

–Ah, estou aqui a 10 anos – ela riu. – E confesso que já queria ter saído ao muito tempo, sério. E...

–Racheeeeeel! – um garoto de cabelos castanhos cheios de gel pulou no pescoço dela.

–Ei, Octavian – ela disse, rindo. – Até parece que me ama.

Dei uma risada. Octavian pareceu me perceber e estendeu a mão, com um sorriso de uma orelha a outra.

–Octavian – ele disse.

–Annabeth – respondi, aceitando a mão.

–De onde você é, Annabeth? – ele perguntou enquanto Rachel sentava na classe ao lado da minha.

–Eu sou daqui – respondi. – Mas morava em uma cidade mais de interior até ano passado. E estudava em uma escola pública de lá.

–Interessante – Octavian disse. – Estudo aqui desde a quinta série. Antes estudava num outra particular chata. Quase rodei na quarta, sabia?

–Imagine como será agora – Rachel debochou.

–Cala boca – ele disse, revirando os olhos.

–Vocês, hã, sã namorados? – perguntei.

Os dois se olharam e caíram na gargalhada. Fiquei muito vermelha naquela hora. Porra, eu devia ter dado uma puta mancada.

–Todo mundo sempre pergunta isso – Rachel disse, ainda rindo.

–E todo mundo concorda que deveriam ser – uma garota com cabelos castanhos completamente lisos apareceu.

–Drew! – Rachel gritou e a abraçou. – Falando nisso, não me diz que já terminou com seu namorado novo?

–Pfff – Drew revirou os olhos. – Claro que não. Eu ia dispensar uma pica daquelas? Você está muito enganada.

Rachel riu e depois disse:

–Essa aqui é a Annabeth – ela disse. – E essa é a Drew.

Trocamos um sorriso.

–Quantos anos tem, Annabeth?

–Tenho 15 – respondi. – Vocês tem quantos.

–14 – eles disseram ao mesmo tempo.

–Oh – eu fiz.

–Ah, não se preocupe. – Drew disse. – Você vai encontrar gente aqui com 14 que vai fazer 15, gente que já fez 15, acho que tem dois com 16 e três com 17. Mas a Bianca tem 13.

–Nossa – eu disse. – Então meio que tem bastante gente que já repetiu?

–No ano passado foram dois guris, que continuam nessa turma aqui – Rachel começou. – O Jack e o Percy. Mas o Connor rodou na 5ª, quando tava no outro colégio, e o gêmeo dele, Travis, na 8ª. Algo assim. E eles tava um ano adiantado. Bem, a gente vai ter muito o que conversar.

O sinal bateu e todo mundo começou a entrar e se sentar. Duas garotas loiras tiraram uma selfie antes de entrar e depois foram sentar também.

Enquanto todos entravam pude ver um pouco melhor. A maioria das garotas tinha os cabelos lisos, com exceção de umas poucas. Os garotos eram bem largados, mas só dois ou três deles não eram bonitos. Sério, me peguei pensando em como havia gatinhos lá e até me assustei um pouco com isso. Senti minha cadeira sendo empurrada de leve com uma classe e revirei os olhos. Virei rapidamente para trás e vi um garoto de cabelos escuros bagunçados e olhos verdes pegando o material.

Virei novamente para frente com a testa franzida. Era uma sensação de dejavu, eu acho. Eu tinha uma impressão de que conhecia aquele rosto.

As vozes silenciaram e risadas pararam quando o professor entrou.

–Olá, garotos! – ele disse. – Sou Paul, mas gostaria que me chamassem de senhor Blofis.


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Notas finais do capítulo

O que eu posso dizer... Octavian se agarrando na Rachel? Não shippo não. Acho ruim xD Mas tem muita coisa pra acontecer ainda, lembrem disso. Haha.
Ah, os outros vão ser mais ou menos nessa base da tamanho. Vocês gostam assim?
Só mais uma coisa: o Jack é inventado. O mino lá que rodou e tals.
E aí, que é que acharam desse?
Posto outro amanhã!



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