You Again - Percabeth escrita por Alyss


Capítulo 3
The bonde


Notas iniciais do capítulo

Oe
Terceiro capítulo pra vocês. Aproveitem!!!



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O senhor Blofis tinha barba mal feita e um sorriso enorme no rosto. Ele espalmou as mãos e depois nos disse:

–Sejam todos muito bem vindos ao Colégio Gretcheer São Carmoon. Como a maioria de vocês já deve saber, pertencemos a uma rede colégios particulares. E eles são muito bem vistos, por sinal. Hã, só uma coisa. Será que os novatos poderiam erguer as mãos, por favor? Conheço só alguns de vocês, não é mesmo Jack?

A sala riu e olhei para o garoto que deu um sorriso torto e disse algo coo "certamente, professor". Ele tinha cabelos quase louros e olhos castanhos.

–Por favor, podem erguer as mãos? - levantei minha mão timidamente no ar. - 7 novos alunos. Sejam muito bem vindos, todos vocês! Saibam que estamos a disposição para qualquer coisa que precisarem. E pessoal, sejam legais, ok?

Todos deram mais uma risada.

–Vamos ao que interessa – pelo menos a nós, a equipe de educadores e direção. Certo, vocês já sabem meu nome. Darei aula de português a vocês. Faremos muitas coisas diferentes, podem apostar. Como por exemplo, hã, ah, vocês verão durante o ano. Mas o Jack e o Percy sabem como funciona. Quando é teoria é teoria, mas tem algumas coisas mais legais que a gente pode fazer.

Eu tentei absorver tudo que ele falava. Paul pareciam um professor muito legal. A voz dele era empolgante e eu realmente fiquei com vontade de ter matéria naquele dia.

–Muito bem - ele esfregou as mãos - Somos 42 alunos nesta sala, uma turma bastante grande, mas espero que seja boa de trabalhar. Vamos a uma dinâmica preparada para todas as turmas. - ele mexeu na pasta que havia deixado em cima da sua mesa. - Vou entregar uma folhinha em branca para vocês. Nela vocês devem escrever o nome, idade e os novatos onde estudavam. Também escrevam uma coisa que gostam de fazer e uma coisa qualquer, do tipo "não sei andar de bicicleta" ou "quebrei a perna quando tinha 8 anos". Depois vou pedir que cada um leia o que escreveu.

Legal, pensei comigo mesma, muito legal gaguejar no primeiro dia de aula. O professor sorriu quando passou na minha classe e deixou uma pequena folha branca.

Escrevi meu nome, minha idade, e o nome da Rogério Gabret, minha antiga escola. Não hesitei em colocar "gosto de ler" como primeiro item. Já o segundo fiquei um pouco em dúvida. Talvez colocar que eu havia me mudado fosse óbvio, então optei por colocar "ganhei um gato quando tinha 10 anos da minha tia favorita". Um detalhe é que essa tia morreu umas duas semanas depois, em um acidente no trânsito, e eu adorava ela. Vivíamos de conversinhas e fofoquinhas, ela era muito divertida. E era a única para qual lia as histórias bobas que eu inventava.

–Estão quase? - o senhor Blofis perguntou. Depois de receber muitos "nãos" como resposta ele fez outra pergunta: - alguém tem alguma pergunta?

–Eu tenho - um garoto largadão, daqueles que não penteia o cabelo ao sair de casa mas consegue ficar bonito mesmo assim perguntou. - Quando é que a gente vai ganhar as agendas?

–Elas vão chegar em breve - o professor respondeu. - O Quíron vai trazê-las, ou provavelmente o Fábio. E pra quem não sabe, nosso diretor é o Dionisio e Quíron o vice. Mas é provável que vocês saibam. Quem vocês não conhecem é o Fábio. Quem já estudava aqui sabe muito bem que ele é o responsável por ficar nos corredores e se vocês chegarem atrasados precisam falar com ele para entrar na sala, ou quando vocês desrespeitarem professores, o que eu realmente espero que não aconteça, mas se acontecer, vocês falam com ele. E com ele o papo vi ser diferente.

Alguns alunos deram risadinhas nervosas, e eu logo percebi que não era brincadeira.

–Vamos começar com as leituras? – o senhor Blofis disse. – Jason, por favor – ele apontou para um garoto de olhos muito azuis e cabelos loiros na ponta da sala, perto da classe.

Até chegar a minha vez de ler a gente conseguiu dar muitas risadas das frases dos outros. Teve gente que disse que via gnomos e um garoto corpulento disse que não era um unicórnio. Só que ele disse isso em um tom calmo e forçado, que dava vontade de rir.

Li o meu e a reação do pessoal foi nenhuma. Como tinha sido com outros alunos.

Aproveitei mais uma vez para prestar atenção no pessoal: três garotas tinham dito que gostavam de ler, uma outra dizia gostar de escrever poesia, um garoto lá no fundo gostava de tocar bateria e o tal Percy, sentado atrás de mim, tocava guitarra. Uma garota falou que tinha ido pra uma festa sei lá do que lá que, aparentemente, todos tinham querido estar lá e um garoto disse que tinha quebrado o seu recorde e ficado com 145 garotas em cinco dias de festa. Com uma aposta lá.

–Muito bem – o senhor Blofis disse com um sorriso – Acho que agora nos conhecemos um pouco melhor. Mas é claro que teremos muito tempo para nos conhecermos, como o recreio por exemplo. Hoje ele será estendido para a felicidade geral da nação. Daqui a pouco as agendas devem estar chegando e poderemos ver as regras da escola e...

Alguém bateu na porta.

–Devem ser as agendas – o senhor Blofis foi abrir a porta e um cara com aproximadamente uns 20-quase-30 anos entrou Ele tinha o cabelo curto e um pouco de barba. Os olhos escuros pareciam atentos, porém com uma alegria contida. Tinha uma caixa os braços e o senhor Blofis o convidou a entrar.

O homem deixou a caixa na mesa do professor e nos deu as boas vindas:

–Sejam todos bem vindos – ele juntou as mãos – Saiba que estamos sempre a disposição de todos vocês, tudo que precisarem é só pedir, ok? Mas vocês também precisam colaborar conosco para que tudo ocorra bem. Esperamos que tenham um ótimo ano letivo!

Ele se dirigiu a caixa e a abriu, tirando uma agenda e a levantando para que a víssemos.

–Essa é nossa agenda escolar do ano – ele explicou. – Todos os colégios da rede Gretcheer tem o mesmo modelo de agenda com o nome da escola específica logo abaixo, como vocês podem ver. Peço que quando a receberem logo coloquem a identificação que está logo na segunda página. Vocês podem vê-la logo em seguida. Essa agenda faz parte do material escolar que deve estar com vocês, como o uniforme, ou seja, a agenda é obrigatória e vocês podem perder ponto se não a tiverem consigo. Vou deixar uma ata para que vocês possam comprovar que receberam a agenda.

Ele pegou uma folha com a chamada de dentro da caixa e uma outra folha com qualquer coisa escrita a mão.

–Tenho também os horários de aula que o professor vai passar para vocês. Logo depois dos dados de identificação tem uma página para que vocês coloquem os horários.

Ele deu as duas folhas para o senhor Blofis e antes de sair disse uma última coisa:

–Um bom ano letivo à todos vocês.

O senhor Blofis pegou algumas agendas e deu para o garoto que estava na classe ao meu lado.

–Pegue uma e passe para trás – o sor falou.

Ele disse o mesmo à mim quando me deu uma pilha. Peguei a primeira do topo e passei as outras para Percy. Não o olhei dos olhos mas minha visão panorâmica captou que ele fez isso.

Abri a primeira página da agenda e me deparei com aqueles trocinhos de plástico pra colocar folhas e essas coisas, como tem nos cadernos. A segunda página era identificação. Estava terminando de preencher meus dados (nome, aniversário, turma, endereço e todo esse tipo de coisa) quando o sor pegou a folha dos horários e foi para o quadro escrever com um canetão vermelho.

–Coloque identificação logo na agenda – ele disse. – Para que ninguém perca a sua. Vou colocar os horários aqui, mas é bom que vocês escrevam a lápis. Não é comum que o horário mude, mas pode acontecer.

Virei a página da agenda e vi ali o espaço para os horário. Eram duas colunas: manhã e tarde.

–Senhor Blofis – a garota grandalhona de cabelos castanhos que tinha saído da sala quando eu estava entrando perguntou. – Quando é que vamos ter aula de tarde? Começa essa semana já?

–Não – ele respondeu de imediato – começa só na semana que vem. Será na quarta à tarde.

Eu lembrava de ter ouvido algo sobre ter aula uma vez na semana de tarde porque, simplesmente, havia muita matéria. Mas isso pareceu legal no começo.

–Copiem o horário – o professor disse escrevendo a última matéria.

–E a chave dos armários? – uma das garotas da selfie perguntou.

–Isso o Grêmio estudantil vai fazer para vocês, então realmente não sei dizer.

Sobre os armários: não são nada do que você está pensando. É só um móvel de metal com cinco postas de comprimento e quatro de largura. Imaginei que não deveria caber muita coisa neles, mas seria realmente útil em dias de muito material. Então eu ficaria com um.

Depois de copiar o horário e assinar a ata no lugar do meu nome na chamada que Rachel me alcançou (ela havia sentado na classe ao lado direito da minha), o professor ficou falando das regras da escola e da sua fundação. Uma história que eu tive certeza de que ouviria um monte de vezes.

–O recreio começa agora e vai até o horário normal – o senhor Blofis disse. – Mas aproveitem, não é todo dia que o recreio vai ter quase um período de duração. Podem ir, nos vemos na... Quarta! – ele disse, depois de conferir o horário no quadro.

Eu estava saindo da sala e indo em direção ao saguão quando senti um toque no meu ombro. Era Rachel.

–Ei, quer passar o recreio com a gente? – ela perguntou. Eu sorri. E a segui.


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Notas finais do capítulo

Antes de tudo, sim. O Paul é professor de português porque the fic se passa no BR. E porque lá ele ensina inglês como a gente aprende português e tals.
Acho que é mais isso mesmo.
O que é que vocês acharam?



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