Mystical High School escrita por Little Kitty, Luna


Capítulo 14
Once Upon a Time


Notas iniciais do capítulo

Ole le olá la... Não vou dar spoiler mas alguém vai se ferrar....



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Jow
Com certeza a chegada da irmã de Felly não estava planejada em nossas vidas. Todos já imaginavam que ela tinha irmãs, mas não sabíamos que eram tão parecidas. Tipo elas não eram gêmeas. Tinham o mesmo tom dourado de cabelo, a pele levemente bronzeada, os olhos azuis oceânicos. Mas eram nitidamente pessoas diferentes começando pelo jeito como se vestiam. Felly estava sempre linda mas optava por roupas simples e básicas, diárias. Ja Merlya estava vestida como se fosse pra uma festa, se não soubesse diria que ela era irmã de Athenodora e não de Fellypa.
Nós passamos o resto daquela tarde após sairmos da sala de Jeremiah, no auditório. Ele apresentou os orientadores recém chegados e os alunos para os demais membros da MHS, todos foram bem recebidos. Afinal porque não seriam? Eram educados ao último. O mais simpático deles era Henry, o garoto que controlava o espírito, ele nos explicou que o espirito é um elemento muito raro de ser controlado, que as pessoas que o controlam tendem a ficar com problemas de depressão e insanidade, mas ele disse que com a ajuda dos professores conseguiu superar essa fase. Também disse que o segredo de ter um grande poder é que você o controle e não deixe que ele controle você. Sábio!
Após o fim da reunião no auditório Jeremiah mandou que todos fossem pros dormitórios exceto nós, os veteranos, como ele estava nos chamando após a ilha.
— Bem, digamos que estamos com problemas desde o ano passado, Athenodora, minha namorada, é aluna dessa escola. - Jeremiah estava falando com os orientadores russos que prestavam atenção.- Ela foi atacada no ano passado em uma festa, foi jogada na fogueira por um cara que estava coberto dos pés a cabeça por uma capa preta, por sorte ela controla os elementos e não pode morrer por intermédio de nenhum.
— É um dom notável Athenodora! - Rowena falou jogando suas tranças pro lado direito do corpo. - É algo que você manifestou sozinha? Ou na sua família tem registros de demais ... Como se chamam?
— Nós nos denominamos como sacerdotes e sacerdotisas elementares. Meu pai é controlador dos quatro elementos também, minha mãe é humana sem dons. Meu avô, e a mãe dele, e os pais dela todos controlavam um ou outro elemento. Somente meu pai e eu controlamos os quatro.- Athen falava toda orgulhosa.
— E desculpem-me a mudança ab-rupta de assunto queridos. - dessa vez a simpática senhora Marion falou. - Somente você foi atacada Athenodora?
— Não! Antes de mim ja haviam morrido misteriosamente um professor e um bibliotecário, não sabemos se foram os mesmos assassinos, mas o último a ser atacado antes de mim foi um aluno, ele era vampiro, não nos dávamos bem e chegaram a acusar a mim e minhas amigas pelo assassinato. Mas quando fui atacada eles viram que não tínhamos nada haver com isso. - Athen estava mais seria, e olhava a senhora nos olhos.- Se não fosse a Madson eu estaria morta! Agora o mais curioso. O homem que me atacou foi o próprio aluno que foi morto. Ele se chamava Harry, era bem popular e um machista imbecil. Foi um choque saber que estava vivo, vimos as filmagens do assassinato e ele foi quebrado, queimado... Destruído. - Ela estava com os olhos marejados. - mas de uma maneira muito bizarra la estava ele, mais forte e poderoso do que nunca.
— Realmente muito bizarro! - Sebastian falou com seu sotaque russo, todos tinham o sotaque mas o dele era nitidamente mais forte. - E a ultima pessoa a ser atacada? Quem foi?
Todos nos entreolhamos, Athen começou a chorar e não sabíamos como proceder, por fim Scorpius falou.
— Fellypa Touss Black! - Nesse momento Merlya que estava inerte em seu celular levantou os olhos e o encarou.
— Minha irmã está morta? - ela estava com os olhos arregalados e a boca entre aberta.
— Bem. Não vimos exatamente o corpo dela todo arrebentado como vimos o de Harry, mas ela sumiu. - Scorpius demonstrava uma frieza assustadora, Luciel ja estava disfarçando algumas lágrimas e Logan o estava consolando.
— A quanto tempo? - Merlya havia se levantado e estava diante de Scorpius.
— Faz um ano... -Scorpius disse e ela ficou perplexa, suas pernas se dobraram como se ela tivesse recebido um choque ou tivesse sonhado que estava caindo em um buraco e teve reflexo.
— E porque não comunicaram nossa família? Minha mãe esperou Fellypa pro ano novo, todos esperamos! - ela agora já chorava, e falava com Scorpius como se a culpa fosse dele.
Madson estava entre eles antes que eu pudesse piscar.
— Ei, pega leve gatinha! - ela falou afastando Merlya de Scorpius. - Ninguém aqui tem culpa. E ela não está morta. Não perca o controle. Não avisamos a ninguém sobre morte alguma. Preferimos resolver as coisas do nosso jeito.
— Vocês não podem decidir isso! Vocês... - Merlya ja havia sentado em sua cadeira quando Madson usando seu dom de domínio mental falou a olhando nos olhos.
— Você vai esquecer isso e voltar a mexer em seu celular agora. - no mesmo instante Merlya parou de chorar e voltou a mexer em seu celular.
— Mandou bem! - falei e ela riu.
— Interessantes seus poderes, mais alguém aqui tem algum diferente? - o outro instrutor Klaus perguntou e Todos nos olhamos, sabíamos fazer muitas coisas, mas estávamos confusos, por fim ele disse. - Okay vamos facilitar. Quem além Athenodora controla algum elemento?- Paula, Scorpius, Lírio e Lótus ergueram as mãos. - Quais? - ele perguntou.
— Fogo! - Paula, Lírio e Scorpius falaram ao mesmo tempo e fizeram labaredas nas mãos.
— Terra! - Lótus falou tímida fazendo nascer uma flor em sua mão.
— Magnifico! Agora quem aqui além de Madson consegue controlar mentes? - Klaus continuou, e eu ergui a mão.- Mostre! - Ele me desafiou e eu o encarei sorrindo.
— Enfie o indicador na narina e revire ele lá dentro. - Ele obedeceu. - Agora enfie ele na boca! - Ele colocou e todos fizeram cara de nojo, parei com o controle e ele cuspiu pela janela.
— Legal! - ele prosseguiu.- Quem consegue ler mentes?- Luciel levantou a mão. - No que eu estou pensando então? - Klaus falou pra ele, Luciel fechou os olhos e disse: - Está pensando em qual das meninas daqui é a mais bonita, e ja tem uma predileta, a... - Luciel estava falando mas Klaus o interrompeu.
— Okay ja vimos que você consegue. - Todos rimos.- E qual a classe de vocês? Como se classificam?
— Eu sou mago. - Evan disse fazendo uma luz lilás na mão e criando várias fadas daquela luz que saíram voando pelo quarto e sumiram. Gostoso e talentoso.
— Acredito que Paula, Lótus, Lírio, Scorpius e eu somos bruxos, mas cada um com sua afinidade. - Athen falou limpando as lágrimas.
— Nós somos vampiras. - Madd falou pousando a mão em um dos meus ombros.
— Eu sou Humano. - Logan falou e todos rimos.
— Eu e Luciel somos Nephilins! - Jeremiah falou por fim. - Minha mãe era um anjo e meu pai humano. O pai de Luc é Lucifer. Ele já tem um lado mais sombrio.
Luciel deu de ombros e fez uma cara de vergonha, rimos mais uma vez.
— Vocês são incrivelmente talentosos- Louise falou sorrindo. - Professor, podemos demonstrar nossos poderes? - Ela perguntou a Klaus que assentiu. - Você primeiro Vladimir. - Ela disse e o garoto Levantou-se.
— Okay, preciso que vocês fechem os olhos! - todos fizemos oque ele disse. - Podem abrir. - Abri os olhos e me deparei em um campo de guerra medieval, estávamos todos com roupas de batalha e eu segurava uma lança enorme.
— Okay Vlad! Pode nos levar de volta! - Klaus falou e o garoto estalou os dedos nos fazendo enxergar a sala novamente.
— É somente ilusão, ajuda a distrair um oponente. - ele sentou-se e nós aplaudimos era um dom e tanto o desse menino. - Sua vez Bettany! - A garota da cadeira de rodas levantou as mãos dois homens enormes com cabeça de touro apareceram em nossa frente. - São minotauros, seres fantásticos da Grécia antiga. São fortes e poderosos, posso criar um exército deles se quiser. - ela também os fez desaparecer estralando os dedos. Precisava aprender a ter dedos mágicos.- Louise sua vez! - Ela tocou o ombro da garota de óculos, ela sorriu tímida e fechou os olhos.
— Deem as mãos. - Ela ordenou e nós obedecemos, em um piscar de olhos estávamos em um vilarejo antigo. - Olhem, aquela garota ali é Gwennever e aquela outra é Morgan Lefay, elas se odeiam. - Ela falou rindo.
— Isso é uma ilusão? - Madd perguntou.
— Não! Eu os trouxe pro século dezoito, legal né. Querem queimar a Morgan por que pensam que ela é bruxa. Idiotas. Ela é muito poderosa! - a garota fechou os olhos novamente e voltamos pra sala, todos estávamos caídos no chão, foi bruto mas foi incrível.
Era vez de Merlya, ela revirou os olhos e levantou, não parecia animada. Ela olhou ao redor e sorriu maldosa quando olhou pra Logan! Ela levantou a mão e a fechou em sua direção, ele começou a afogar-se ali em pé, passou-se quase dez segundos e ela não soltava, Madd entrou em desespero e ela finalmente soltou. Ele cuspiu um pouco de agua e sentou-se ofegante. Madd olhou pra ela com olhos faiscantes. Merlya tocou na coxa de Henry.
— Ta com você gayzinho. - ela disse desdenhosa.
— Cala boca sua vadia! -ele levantou e ficou no meio da sala, abriu os braços e fechou os olhos castanhos, quando os abriu a iris havia sumido dando lugar ao branco absoluto, ele apontou um dedo pra Madson e um pra Merlya, ele então cruzou os dedos apontando o que de estava em uma pra outra. Ele voltou ao normal e ficamos nos olhando sem entender nada. Até Madson abrir a boca e gritar.
— Não acredito seu Gayzinho que me colocou no corpo dessa piranha. - espera... Não... Ele havia transmutado o espirito delas. Que incrível.
— Piranha é você, e suas tetas fedem a sardinha! - Merlya falou, ou melhor Madson falou, no corpo de Merlya.
— Vocês não tem humor! - Ele refez os gestos devolvendo cada uma a seu respectivo corpo. Após sentou-se e o professor Sebastian começou a falar com seu forte sotaque, disse que poderia nos ajudar muito. Que o que tínhamos visto era apenas uma amostra do que eles podiam fazer, eles eram capazes de coisas super incríveis e inacreditáveis.
Seria incrível aperfeiçoar meus poderes ou desenvolver novos poderes. Depois de mais uma hora de conversa fomos todos dormir, Jeremiah havia dado quartos pros professores e separado os alunos entre nossos quartos.
O dia havia sido longo e pelo jeito os dias seguintes prometiam.
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Jeremiah
Eu havia preparado uma organização pros quartos, as meninas ficariam em conjunto com Madson e Jowlly, agora que Felly não estava e Athen dormia comigo na suíte, sobrariam lugares. Os meninos ficariam no quarto em que eu dormia que agora era de Luciel e Lírio, as professoras ficariam em um quarto auxiliar e os professores em outro. Seria perfeito e todos estariam confortáveis e bem acomodados.
— Então Jerry. - Sebastian veio falar comigo enquanto eu estava preparando a planilha pra mostrar a eles. - Como foi assumir responsabilidade dessa escola sozinho?
— Bem, era eu a assumir ou o conselho mandaria um ancião a beira da morte pra cá. - Falei e rimos. - Mas tem sido magnífico com a ajuda de Athenodora. - Olhei pra ela e me voltei pra ele que sorria.
— Você está realmente apaixonado pela sacerdotisa. - Ele falou rindo de mim.
— A propósito, obrigado pela compreensão que tiveram ao me ver com uma aluna, muitas pessoas julgariam isso. - Falei batendo de leve em seu ombro.
— Digamos que eu entendo isso melhor do que imagina. - Ele falou e olhou pra Louise que sorriu colocando uma mecha de seu cabelo castanho atrás da orelha e seguiu lendo um livro, todos estavam entretidos mas ela lia como se estivesse sozinha em uma sala. Parecia muito inteligente.
— Você e ela? Meu Deus. - Falei rindo. - Que legal!
— Isso é mais comum do que você imagina! - ele disse gesticulando. - Qual a diferença de idade entre você e Athen?
— Ela faz dezoito no próximo mês, eu faço vinte e sete daqui a oito meses. - Expliquei calculando mentalmente. - Nove anos e alguns meses. E entre você e Louise?
— Ela tem dezessete e eu trinta e quatro. - Ele riu quando viu minha cara. - dezessete aninhos apenas.
— Ela poderia ser sua filha! - falei o encarando com falsa seriedade.
— Mas não é! Logo, estou com quem amo e não estou fazendo nada que vá contra as leis do altíssimo. Estou dentro da minha liberdade de ser feliz e com quem me faz feliz. - Ele assim como eu estava apaixonado.
— Somos dois velhos babões! - o empurrei rindo.- Eu havia organizado um itinerário de quartos mas dane-se que fiquem onde quiserem.
Eles se retiraram da sala. Athen e eu fomos dormir após um banho. Eu queria brincar mas ela estava naqueles dias. Odiava essa condição feminina.
O dia havia sido longo e cansativo. Eu estava com esperanças de que tudo seria melhor, mas toda vez que via a foto que Athen havia colocado em nossa cabeceira, dela com Felly quando eram crianças eu tinha a consciência que se fosse necessário que ela me deixasse pra ficar ao lado da prima ela o faria.
Algo em mim me disse pra aproveitar cada segundo possível ao lado dela pois não sabia quanto duraria.
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Lírio
Eu estava cada vez mais encantado com Henry. O garoto além de muito poderoso tinha um sorriso encantador, uma personalidade forte e um jeito que me deixava absorto.
Eu sempre gostei de meninos e meninas, mas nenhum menino antes me fez sentir o que senti por ele. Claro que ele não havia nem olhado pra minha cara até agora. Mas não me importava, ele era um cara com quem eu adoraria ter um lance. Era fora desses padrões clichês de beleza, tinha uma pele branca mas bronzeada, era cheinho, tinha bochechas rosadas e uma boca carnuda e avermelhada. Os cabelos eram raspado dos lados e atrás, e ele penteava o de cima que era maior pro lado, se vestia como um cantor de rock. Coletes e calças jeans, blusas de caveiras e bandas famosas, tênis de todos os tipos. Realmente prestei muita atenção nele. Ele e o amigo Vald iriam ficar em meu quarto, juntamente com Luc. Se eu estava empolgado? Muito.
Mostramos o quarto e deixamos que de instalassem a vontade. O quarto era grande e todo branco. Tinham camas individuais e beliches. Dependendo do número de pessoas. Vlad pegou uma cama ao lado da janela, e Henry largou a bolsa em cima de minha cama.
— Des... Desculpe. Essa cama é minha! - falei me aproximando e ele tirou a bolsa rapidamente.
— Nossa eu não sabia. Foi mal! - ele então andou até a cama que ficava do outro lado do quarto. Ja havia falado com ele e ele tinha sido legal. Precisava tentar mais.
— Oi! - falei chegando perto dele de novo. Por que fiz isso?
— Oi né! - ele respondeu rindo. - Posso te ajudar?
Pode... Me beija...
— Não. É só que... Achei seu dom muito fantástico. - Ele sentou na cama e acendeu um cigarro. Era sexy vê-lo fumar.
— Não tem nada de glamuroso no meu poder. Vejo aquilo que quero e isso é legal. Mas vejo muitas coisas que não quero. - Ele falava mexendo a mão com a qual segurava o cigarro, ele tragou novamente e continuou. - As vezes quando você tem uma ligação forte com a morte coisas dentro de você acabam morrendo. Você se torna menos seguro, mais deprimido. Se você soubesse o que vejo simplesmente por andar nas ruas ficaria chocado.
— Como assim? - Perguntei.
— Tipo. Todos nós temos uma aura, ela é a força que emana de nosso corpo em comum relação com nosso estado de espirito. - Ele falava enquanto o cigarro queimava em seus dedos. - Eu vejo elas. E cada pessoa demonstra uma.
— E quais as diferenças? - ele era fascinante.
— Diferencio pela cor. Geralmente cores quentes estão relacionadas aos sentimentos e lembranças boas. E as cores frias ao sofrimento, medo, angústias... Essas coisas. - Ele explicou apagando o cigarro na parede.
— E que cor está a minha? - perguntei fazendo careta e ele riu.
— Vermelha, com uns raios laranjas e rosas. Está apaixonado? - ele questionou levantando uma sobrancelha.
— Acho que sim! - respondi e senti minhas bochechas queimarem.
— Sorte dela! - ele andou até o frigobar e pegou um copo de água gelada.
— Na verdade é ele! - falei... Na verdade acho que ele era ele...
— Ui... Você também é do babado! - ele riu. - Pode ser difícil no inicio mas estou aqui se precisar de ajuda pra desabafar. Eu conheço a pessoa?
Sim!
— Não! - respondi. - Ele é do primeiro ano.
— Hum... Se precisar que eu fale com ele pode me pedir sem medo! - ele sorriu e pegou umas roupas dirigindo-se ao banheiro. - A propósito, qual seu nome mesmo?
— Lírio! - falei.
— É minha flor predileta. Mesmo depois que morre ela continua exalando perfume. - Ele sorriu. - Você é legal loirinho. Vou tomar banho!
Ele entrou no banheiro e eu sentei em sua cama. Lírio... Lírio... Você está entrando em um jogo perigoso. Mas se está disposto a brincar com a morte. Vá em frente.
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Paula
Dormimos aquela noite logo após as meninas se acomodarem no quarto. Como Felly havia... Sumido, eu havia passado pro quarto dela junto com Madd e Jow, Athen dormia agora com Jeremiah na suíte. O quarto estava bem aconchegante e tivemos uma ótima noite.
As aulas do dia seguinte seriam breves pois o comitê do baile precisava preparar tudo pro baile de inverno. Ja havíamos comprado nossas fantasias e estaríamos belíssimas. Tudo estava perfeito. Quase...
Eu estava a mais de um ano na escola e até agora não tinha tido um romance com ninguém. Poxa.. Sou bonita, inteligente, talentosa. Poderosa, só não sou das mais humildes mas okay... Sou legal.
Não era possível que ninguém tivesse me notado. Sou ruiva... Todos notam ruivas...
Eu iria ao baile com Scorpius, mas sabia que ele gostava de Athenodora. Apesar de ela estar com Jeremiah e todo mundo saber que se amavam. Scorpius tinha esperanças com ela.
Eu havia acordado mais cedo que as meninas e me arrumado, minha primeira aula era com Sebastian, ele havia marcado esse horário exclusivamente com os elementares. Encontrei no campo de treinamento os demais. Lótus, Lírio, Henry, Athen,Merlya e Scorpius e uma menina que não conhecia. Eles estavam todos com roupas de academia e as meninas com seus cabelos presos. Menos a menina desconhecida, ela tinha cabelos curtos em um tom bem exótico de azul.
— Primeiramente bom dia queridos. - Ele começou a falar, estava com as mãos pra trás e andava de um lado pro outro. - Queria lhes apresentar a aluna nova do primeiro ano. Serenna Morgan, ela veio da França, controla o ar.- Ele apontou a menina enquanto falava com seu forte sotaque.
— Bon jour. - Ela falou sorrindo. - é legal estar ... Aqui... - Ela tinha dificuldades pra falar o inglês, era alta, magérrima, branca como um papel e tinha olhos verdes tão claros que beiravam um branco. Tinha uma porção de tatuagens e se não quisesse que soubessem que era mulher se passaria por um garoto facilmente.
— Sapatona! - Ouvi Merlya cochichar pra Henry que revirou os olhos e riu sem querer. Essa garota não era nem de perto parecida com a Felly. Felly jamais julgava as pessoas pois sabia a dor de ser julgada.
— É uma honra pra nós recebe-la Serenna, quero que sinta-se como se estivesse em casa. Qualquer coisa pode falar comigo que te ajudo! - Athen falou a abraçando, ela simplesmente assentiu com a cabeça positivamente e sorriu de leve.
— Bem, apresentações feitas, vamos treinar. Mas precisamos esperar os demais. - ficamos cerca de quinze minutos esperando até os alunos da escola começarem a se amontoar ao redor. Ao todo tinham umas cento e vinte pessoas no campo. Desde os alunos novos da oitava série até os do médio que estavam prestes a se formar.
— Ótimo. Acho melhor que todos se dividam em grupos de acordo com seus elementos. - Sebastian falou sorrindo - Menos você Athen. Não quero que você se parta em quatro. - Ele disse e rimos, uma garota falou no meio da multidão chamando nossa atenção.
— Professor perdão por interromper. Eu não controlo nenhum dos quatro elementos. - Ela tinha cabelos castanhos e longos, olhos azuis e estava meio vermelha.
— Então devo pedir que você me conte qual seu dom e espécie que te indico o instrutor certo. - Sebastian falou pegando uma prancheta. - Seu nome?
— Alex... Alexandra... - Ela falou gaguejando.
— E seu dom? Espécie... - ele disse enquanto anotava.
— Sou bruxa. Elementar. - Todo mundo ficou com cara de ponto de interrogação. Ela acabara de dizer que não era dominadora de nenhum elemento e agora dizia-se elementar.
— Você me confundiu. - Ele riu e ela também.
— Controlo o espírito.- Ela falou. - Mas acho que não tem lugar pra mim aqui né?
— Claro que tem! Isso explica a cor da sua aura. Cinza, preto e branco são cores de dominadores de espírito. - Henry falou a puxando da mão.
— Consegue ver minha aura também? - ela disse estupefata.
— Sou controlador de espirito também fofuxa, sou Henry Rivera... Seja bem vinda! - eles ficaram conversando baixinho a respeito de seu dom e eu fiquei só observando. O fogo era foda. Mas controlar a vida e a morte era mais legal. Tudo bem que eles estavam brincando de Deus mas e dai? Era um dom e deveria ser muito.. Muito respeitado.
— Dominar elementos é como dançar. - Sebastian falava enquanto andava de um lado ao outro. - Caso um dia precisem usar seu dom em grande massa, sugiro completa sincronia e harmonia entre vocês. Se criarem uma sequência de movimentos que todos saibam e possam executar ao mesmo tempo enquanto invocam o elemento vão se tornar indestrutíveis. - Ele fazia com que me sentisse em uma base militar.
— O senhor sugere que façamos uma coreografia? - Athen perguntou e ele assentiu.
— Vou ficar me sentindo uma líder de torcida! - Merlya falou e Athen riu com ela concordando, elas era idênticas.
— Bem. A ideia é inspirada nos antigos sacerdotes elementares que quando em guerra criavam uma sequencia de movimentos que fazem com que toda a energia, a que todos estão emanando se concentre em um golpe único. Sendo muito menos desgastante e mais potente. - Sebastian falava como se tudo fosse óbvio. Odeio pessoas inteligentes demais porque elas me fazem sentir burra. Mas ele estava convicto de que eu estava entendendo pois me olhava seguidamente por estar a sua frente. E eu estava como aqueles bonecos cabeçudos que ficam sacudindo a cabeça. Não queria parecer lerda.
Ele estava começando a organizar as posições dos sacerdotes da agua quando Klaus chegou correndo com uma cara de pavor que me causou um arrepio.
— Klaus? O que houve? - Sebastian e Athen o seguraram ora que parasse de correr, estava ofegante e suando, parecia chocado.
— Marion. Ela foi atacada. Cortaram sua garganta. - Ele falou em meio a respiração pesada.
Eu lembrei quem era Marion, a senhorinha que veio com eles, muito poderosa, simpática. Ruiva de olhos verdes como eu. Lembro que Athen até brincou dizendo que ela era eu dai a cinquenta anos.
Por que alguém atacaria uma senhorinha tão simpática e fofa? Eu não sei. Não sabia,porque tinham atacado Athen, Felly ou qualquer outra pessoa da escola. Uma legião estava contra nós e eu sentia isso.
— Marion não está morta! - Henry falou chamando minha atenção. Ele estava com os olhos completamente brancos. - Ainda sinto sua vida presente. Saberia se ela morresse.
— Eu vi a garganta dela cortada. Eu não estou louco. - Klaus falou chorando.
— E eu sei do que estou falando. Ela se foi. Mas não desse plano, somente desse lado da história. - Pra mim Henry estava falando em códigos.
— Como assim? - Athen perguntou assustada.
— Ela está bem, esta com uma garota Loira e bonita, uma garota parecida com Merlya. Só não tem essa mesma cara de vagabunda. - dessa vez eu ri. Merlya revirou os olhos e Athen arregalou os seus. - Se forem no lugar onde Klaus disse a ter visto morta vão ver que ela não está mais lá.
— Está dizendo que... - Athen se interrompeu e vi lagrimas saindo de seus olhos, então entendi.
Nem Felly, nem Marion estavam mortas.
Aconteceu com elas o mesmo que com Harry. Elas foram levadas e ressuscitadas.
Mas como? Por quem e porque?
Tudo estava confuso e nada mais fazia sentido. Só sei que ao olhar pra longe, além das árvores e das colinas consegui ver milhares de pontinhos pretos. E eles estavam se aproximando.
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— Então velha... O negócio é o seguinte. - Comecei a falar e ela estava bem assustada. - Você vai ficar aqui, fazer poções e quando sentir fome coma um pedaço da sua perna ou braços.., - Ela me encarou. - Brincadeira! Vai ter comida e bebida, e criados a seu dispor.
Eu não estava sorrindo, não conseguia. Eu tinha que ter somente os mais fortes comigo. E ela era forte. Velha, mas forte.
— Agora fique aqui e trabalhe. Vou transar... - Tirei a roupa e sai andando nua pelos corredores do castelo, peguei um criado que encontrei no caminho e o levei pro quarto.
— Só mais quatro dias e tudo estará nas minhas mãos. Tudo... - Falei enquanto ele gozava, ele me encarou bem a tempo de ver eu enfiando o travesseiro no seu rosto e ele perdendo os movimentos pouco a pouco.
— Era gostosinho! Era...
Sai do quarto e fui preparar minhas armas. A guerra estava prestes a começar.


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Notas finais do capítulo

Espero que vcs gostem curassoes...