Latch - Perina escrita por Camila jb


Capítulo 3
Cap. 3


Notas iniciais do capítulo

Hii. Sim, eu sei que são so 2 caps por semana, mas a insonia me tomou e eu decidi fazer um cap. pra vcs. Esse ñ esta mt interessante ou... esta? Ñ sei haha. Ñ tera beijo :( mas tera uma surpresa, ñ sei se gostarão, e esta gigante o cap.
Queria agradecer tbm os comentarios.



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– Não vai dormir? - perguntou, novamente, enquanto assistia a garota com um controle remoto, que passava os canais freneticamente na TV.

– Prefiro dormir no sofá. - resmungou, fazendo ele dar um sorriso de canto de boca.

– Deixa de frescura, Karina.

– Frescura? Dormir no seu lado e tortura. - ele soltou uma gargalha e ela o olhou, irritada.

– Karina, a gente fez uma aposta.

– Que não dizia que eu teria de dormir com você.

– A minha cama e de casal, e eu juro que irei me esforçar para a gente não dormir de conchinha

– Deixa de ser ridículo, a gente nunca dormiria de "conchinha". - pronunciou a palavra com certo nojo e revirou os olhos para a frase que ela denominou "ridícula".

– Karina, a gente apostou, eu sou limpinho.

– E que merda de aposta. - a garota se levantou, ficando de frente para o moreno que a encarava.

– Mas apostou, então atura. - levantou o tom de voz.

– Eu não queria. - sua voz saiu tremula, e ela se praguejou por demonstrar seu lado mais frágil, o lado que gritava ajuda, mas a mesma nunca solicitara, e sabia que nunca solicitaria.

– Karina, eu sei que você não gosta dessa aposta, eu também me sinto ridículo por ter apostado a vida dele, mas ele morreu.

– Ele não morreu. - gritou, mas tentou esconder aquele lado fragilizado e quebrado, mesmo depois de tantos meses tentando superar a perda de seu melhor amigo e namorado.

– Karina, você sabe que sim.

– Pra mim não. Ele continua vivo na minha lembrança e memoria. - falou mais pra si do que pra ele. - E eu sempre amarei ele.

– Você nunca ira amar um morto, Karina, nunca. - a fala fez a loira partir pra cima dele e em meio a tapas e socos, ela desistiu e se deixou cair para o lado dele, que estava caído depois de tanta brutalidade, e foi ali naquela sala onde depositou toda a sua tristeza em gritos e lágrimas que pareciam não ter fim.

– Eu amo ele. - sussurrou.

– Esquentadinha, por favor, não fica assim. - ele lhe deu abraço, ainda sentados naquele chão frio.

As lembranças daquela racha de carros veio a tona na cabeça de Karina, ver o carro de seu amigo explodindo e chegar ao hospital e saber que ele estava morto...
~~Flashback On~~

– Tem certeza? - Karina pergunta.

– Claro, meu amor. Nada vai acontecer. - a certeza dele fez ela se despreocupar, assim que ela deu um beijo nele, desejou boa sorte e o observou ele se arrumar para a racha de carros, que sempre competia apesar dos protestos de sua namorada.

– Eai, quem tu acha que vai ganhar? - Pedro se junta a loirinha, que estava encostada na porta de uma bar, que ficava em frente a pequena estrada na qual vários apostavam a racha.

– Meu namorado, claro. - deu um sorriso.

– Pois eu acho que não. Quer fazer uma aposta?

– Com você? - debochou.

– Sim.

– Se meu namorado ganhar você me paga 300 reais, e se o outro ganhar eu te pago.

– Não, se seu namorado ganhar eu te compro um carro, e se o outro ganhar você... vai ter que morar comigo por seis meses.

– Mas, nunca.

– Sabia... Você sabe que seu namorado vai perder.

– Eu aceito. - a loirinha falou, sempre detestou ser desafiada, e também não tinha nada a perder.

– Ótimo. - riu.

Os dois ficaram conversando e se implicando. Assim que ouviram a voz de uma garota no alto-falante, eles decidiram prestar atenção na corrida que estava prestes a começar.

– A corrida que ira começar será preocupante, então eu peço aos cardíacos e com problemas respiratórios que se acalmem. - a gracinha da mulher fez todos rirem. - Prontos? - perguntaram aos motoristas e dois assentiram, e enfim, ela apitou.

O som da partida do carro foi ensurdecedor, e fez com que algumas pessoas que assistissem a corrida, tampassem o ouvido. Karina foi para o meio da estrada com algumas pessoas a seu lado, e só pode uma parte do carro, mas os gritos das pessoas que estavam mais a frente demonstravam ansiedade para saber quem venceria aquele torneio. A loirinha só percebeu que estava tudo estranho quando os gritos da enorme multidão pararam. Seria possível a multidão inteira se calar do nada?

– Pedro, o que aconteceu? - cutucou o garoto a seu lado.

– Eu não sei, mas o barulho parou.

– Ta estranho, Pedro.

– Fica calma , esquentadinha.

– Ele já foi para o hospital. - a garota a seu lado falou.

– Como assim?

– Ue, o carro caiu na ribanceira.

– Que carro? - sua pergunta era preocupada e as lágrimas já se formavam nos olhos azuis da loira.

– Aquele vermelho, o tal... Lirio.

O grito que ela soltou foi abafado pela sua mão. Ela se deixou cair de joelhos na estrada, tinha a mão nos cabelo e chorava como nunca chorou na vida. Seu namorado? Sim, era seu namorado que podia ter morrido. Não, ele não pode morrer. Sua mente nunca estivera tão rodeada de tormentos e tristezas. Tentou se levantar, mas sem êxito acabou se deixando ficar ali.

– Karina, se levanta. - a voz de Pedro a desperta, mas a loira não estava viva, não mais. Talvez nunca mais.

– Eu preciso ver ele, eu preciso.

– Vem. - ele se ajoelha e com uma mão ele coloca o braço dela em seu ombro, e com a outra ele segura sua cintura, fazendo-a se levantar.

– Cadê? Eu preciso ir.

– A gente vai no meu carro. Sabe que hospital ele foi? - ele se dirige a mulher que os informou que o carro havia caído na ribanceira.

– Aquele que tem na avenida Barbeito.

Ele saiu carregando Karina. Assim que chegou no carro, a colocou no banco de motorista e achou melhor deixara inerte em seus pensamentos. Quando chegaram ao pequeno hospital, Karina foi a primeira a sair do carro e entrar no local a procura de informações.

– Eu gostaria de informações sobre o paciente Lirio, o que acabou de dar entrada... Ele se acidentou em um acidentes de carros.

– Ah, me desculpe senhora, mas o paciente Lirio não aguentou...

Karina se desencostou do balcão, se Pedro não estivesse a seu lado, ela cairia. Ela parecia sem reação, não estava chorando, tampouco, tinha uma expressão que descrevesse o que ela sentia.

Mas, ela se sentia sem vida, sim, vem vida, como aquelas flores que murcham, pois e ela se sentia assim. Não queria chorar, nunca soubera demonstrar tristeza, e estava fazendo aquilo pelo seu namorado. Mas quem iria ajuda-la? Quem iria lhe dizer "Eu te amo"? Quem iria lhe dar um beijo tão apaixonado como o dele? Quem iria ama-la?
~~Flashback Off~~

– Karina?

– Eu to bem. Desculpa.

– Vem, você vai dormir comigo, e pode fazer uma barreira de travesseiros na cama.

– Obrigada.

– Se quiser eu durmo no chão.

– Não precisa, eu faço a barreira.

Ele segurou sua mão e a ajudou a se levantar, assim que chegaram no quarto, Karina apenas fizera a barreira e deitara ainda com a roupa de trabalho. Pedro tomou um banho e apenas de cueca - modo que ele dormia -, deitou ao lado da barreira que ela fez.
...~...

– Karina, meu chuveiro queimou ontem.

– Puta que pariu. Esse teu apartamento e pior que puxadinho de casa de pobre.

– A gente vai ter que esquentar a agua.

– Então esquenta.

Pedro encheu uma panela e esquentou a agua, colocando no balde logo em seguida.

– So isso? - Karina perguntou assim que ele estendeu o balde pra ela.

– Ai você enche com agua gelada pra ficar morna. - ele revirou os olhos.

– Ah ta.

– Toma a caneca. - ele estendeu e riu com a cara dela.

A garota entrou para tomar banho, enquanto Pedro esquentava a agua para o banho dele.

– Karina, vai logo. - bateu na porta, e já tinha seu balde na mão.

– Pega uma toalha pra mim. - ela gritou.

Ele abriu uma de suas malas e pegou a 1ª toalha que encontrou. Fechou os olhos e entrara dentro do banheiro, mas não resistiu a tentação e os abriu, se deparando com o corpo mais lindo que ja vira. A olhou de cima a baixo, seus seios nem grandes nem pequenos o fizeram delirar, sua silhueta que ele queria agarrar, e assim que chegou a sua "intimidade" - depilada, a que ele preferia -, ele pensou em algo que ele nunca imaginaria em fazer com a "esquentada".

– Sai daqui, pervertido. - a loira berrou.

Pedro sai, correndo. Karina se secou e se sentou na tampa da privada. E agora? E o que ele pensou? Mas, assim que Karina se lembrou da cena, ela riu... Pedro correra igual um virgem impuro que nunca viu uma mulher pelada. Assim que se secou e colocou a roupa, ela saiu do banheiro e encontrou Pedro sentado na cama.

– Desculpa. - pediu.

– Tudo bem. Vai tomar banho.

Ele foi em direção ao banheiro e levara o balde junto, mas ele sabia que toda vez que olhasse para ela sempre se lembraria daquela imagem dela nua, e também sabia que sempre que a olhasse os pensamentos impuros lhe invadiriam a mente.


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