Latch - Perina escrita por Camila jb
Notas iniciais do capítulo
Hii. Sim, eu sei que são so 2 caps por semana, mas a insonia me tomou e eu decidi fazer um cap. pra vcs. Esse ñ esta mt interessante ou... esta? Ñ sei haha. Ñ tera beijo :( mas tera uma surpresa, ñ sei se gostarão, e esta gigante o cap.
Queria agradecer tbm os comentarios.
– Não vai dormir? - perguntou, novamente, enquanto assistia a garota com um controle remoto, que passava os canais freneticamente na TV.
– Prefiro dormir no sofá. - resmungou, fazendo ele dar um sorriso de canto de boca.
– Deixa de frescura, Karina.
– Frescura? Dormir no seu lado e tortura. - ele soltou uma gargalha e ela o olhou, irritada.
– Karina, a gente fez uma aposta.
– Que não dizia que eu teria de dormir com você.
– A minha cama e de casal, e eu juro que irei me esforçar para a gente não dormir de conchinha
– Deixa de ser ridículo, a gente nunca dormiria de "conchinha". - pronunciou a palavra com certo nojo e revirou os olhos para a frase que ela denominou "ridícula".
– Karina, a gente apostou, eu sou limpinho.
– E que merda de aposta. - a garota se levantou, ficando de frente para o moreno que a encarava.
– Mas apostou, então atura. - levantou o tom de voz.
– Eu não queria. - sua voz saiu tremula, e ela se praguejou por demonstrar seu lado mais frágil, o lado que gritava ajuda, mas a mesma nunca solicitara, e sabia que nunca solicitaria.
– Karina, eu sei que você não gosta dessa aposta, eu também me sinto ridículo por ter apostado a vida dele, mas ele morreu.
– Ele não morreu. - gritou, mas tentou esconder aquele lado fragilizado e quebrado, mesmo depois de tantos meses tentando superar a perda de seu melhor amigo e namorado.
– Karina, você sabe que sim.
– Pra mim não. Ele continua vivo na minha lembrança e memoria. - falou mais pra si do que pra ele. - E eu sempre amarei ele.
– Você nunca ira amar um morto, Karina, nunca. - a fala fez a loira partir pra cima dele e em meio a tapas e socos, ela desistiu e se deixou cair para o lado dele, que estava caído depois de tanta brutalidade, e foi ali naquela sala onde depositou toda a sua tristeza em gritos e lágrimas que pareciam não ter fim.
– Eu amo ele. - sussurrou.
– Esquentadinha, por favor, não fica assim. - ele lhe deu abraço, ainda sentados naquele chão frio.
As lembranças daquela racha de carros veio a tona na cabeça de Karina, ver o carro de seu amigo explodindo e chegar ao hospital e saber que ele estava morto...
~~Flashback On~~
– Tem certeza? - Karina pergunta.
– Claro, meu amor. Nada vai acontecer. - a certeza dele fez ela se despreocupar, assim que ela deu um beijo nele, desejou boa sorte e o observou ele se arrumar para a racha de carros, que sempre competia apesar dos protestos de sua namorada.
– Eai, quem tu acha que vai ganhar? - Pedro se junta a loirinha, que estava encostada na porta de uma bar, que ficava em frente a pequena estrada na qual vários apostavam a racha.
– Meu namorado, claro. - deu um sorriso.
– Pois eu acho que não. Quer fazer uma aposta?
– Com você? - debochou.
– Sim.
– Se meu namorado ganhar você me paga 300 reais, e se o outro ganhar eu te pago.
– Não, se seu namorado ganhar eu te compro um carro, e se o outro ganhar você... vai ter que morar comigo por seis meses.
– Mas, nunca.
– Sabia... Você sabe que seu namorado vai perder.
– Eu aceito. - a loirinha falou, sempre detestou ser desafiada, e também não tinha nada a perder.
– Ótimo. - riu.
Os dois ficaram conversando e se implicando. Assim que ouviram a voz de uma garota no alto-falante, eles decidiram prestar atenção na corrida que estava prestes a começar.
– A corrida que ira começar será preocupante, então eu peço aos cardíacos e com problemas respiratórios que se acalmem. - a gracinha da mulher fez todos rirem. - Prontos? - perguntaram aos motoristas e dois assentiram, e enfim, ela apitou.
O som da partida do carro foi ensurdecedor, e fez com que algumas pessoas que assistissem a corrida, tampassem o ouvido. Karina foi para o meio da estrada com algumas pessoas a seu lado, e só pode uma parte do carro, mas os gritos das pessoas que estavam mais a frente demonstravam ansiedade para saber quem venceria aquele torneio. A loirinha só percebeu que estava tudo estranho quando os gritos da enorme multidão pararam. Seria possível a multidão inteira se calar do nada?
– Pedro, o que aconteceu? - cutucou o garoto a seu lado.
– Eu não sei, mas o barulho parou.
– Ta estranho, Pedro.
– Fica calma , esquentadinha.
– Ele já foi para o hospital. - a garota a seu lado falou.
– Como assim?
– Ue, o carro caiu na ribanceira.
– Que carro? - sua pergunta era preocupada e as lágrimas já se formavam nos olhos azuis da loira.
– Aquele vermelho, o tal... Lirio.
O grito que ela soltou foi abafado pela sua mão. Ela se deixou cair de joelhos na estrada, tinha a mão nos cabelo e chorava como nunca chorou na vida. Seu namorado? Sim, era seu namorado que podia ter morrido. Não, ele não pode morrer. Sua mente nunca estivera tão rodeada de tormentos e tristezas. Tentou se levantar, mas sem êxito acabou se deixando ficar ali.
– Karina, se levanta. - a voz de Pedro a desperta, mas a loira não estava viva, não mais. Talvez nunca mais.
– Eu preciso ver ele, eu preciso.
– Vem. - ele se ajoelha e com uma mão ele coloca o braço dela em seu ombro, e com a outra ele segura sua cintura, fazendo-a se levantar.
– Cadê? Eu preciso ir.
– A gente vai no meu carro. Sabe que hospital ele foi? - ele se dirige a mulher que os informou que o carro havia caído na ribanceira.
– Aquele que tem na avenida Barbeito.
Ele saiu carregando Karina. Assim que chegou no carro, a colocou no banco de motorista e achou melhor deixara inerte em seus pensamentos. Quando chegaram ao pequeno hospital, Karina foi a primeira a sair do carro e entrar no local a procura de informações.
– Eu gostaria de informações sobre o paciente Lirio, o que acabou de dar entrada... Ele se acidentou em um acidentes de carros.
– Ah, me desculpe senhora, mas o paciente Lirio não aguentou...
Karina se desencostou do balcão, se Pedro não estivesse a seu lado, ela cairia. Ela parecia sem reação, não estava chorando, tampouco, tinha uma expressão que descrevesse o que ela sentia.
Mas, ela se sentia sem vida, sim, vem vida, como aquelas flores que murcham, pois e ela se sentia assim. Não queria chorar, nunca soubera demonstrar tristeza, e estava fazendo aquilo pelo seu namorado. Mas quem iria ajuda-la? Quem iria lhe dizer "Eu te amo"? Quem iria lhe dar um beijo tão apaixonado como o dele? Quem iria ama-la?
~~Flashback Off~~
– Karina?
– Eu to bem. Desculpa.
– Vem, você vai dormir comigo, e pode fazer uma barreira de travesseiros na cama.
– Obrigada.
– Se quiser eu durmo no chão.
– Não precisa, eu faço a barreira.
Ele segurou sua mão e a ajudou a se levantar, assim que chegaram no quarto, Karina apenas fizera a barreira e deitara ainda com a roupa de trabalho. Pedro tomou um banho e apenas de cueca - modo que ele dormia -, deitou ao lado da barreira que ela fez.
...~...
– Karina, meu chuveiro queimou ontem.
– Puta que pariu. Esse teu apartamento e pior que puxadinho de casa de pobre.
– A gente vai ter que esquentar a agua.
– Então esquenta.
Pedro encheu uma panela e esquentou a agua, colocando no balde logo em seguida.
– So isso? - Karina perguntou assim que ele estendeu o balde pra ela.
– Ai você enche com agua gelada pra ficar morna. - ele revirou os olhos.
– Ah ta.
– Toma a caneca. - ele estendeu e riu com a cara dela.
A garota entrou para tomar banho, enquanto Pedro esquentava a agua para o banho dele.
– Karina, vai logo. - bateu na porta, e já tinha seu balde na mão.
– Pega uma toalha pra mim. - ela gritou.
Ele abriu uma de suas malas e pegou a 1ª toalha que encontrou. Fechou os olhos e entrara dentro do banheiro, mas não resistiu a tentação e os abriu, se deparando com o corpo mais lindo que ja vira. A olhou de cima a baixo, seus seios nem grandes nem pequenos o fizeram delirar, sua silhueta que ele queria agarrar, e assim que chegou a sua "intimidade" - depilada, a que ele preferia -, ele pensou em algo que ele nunca imaginaria em fazer com a "esquentada".
– Sai daqui, pervertido. - a loira berrou.
Pedro sai, correndo. Karina se secou e se sentou na tampa da privada. E agora? E o que ele pensou? Mas, assim que Karina se lembrou da cena, ela riu... Pedro correra igual um virgem impuro que nunca viu uma mulher pelada. Assim que se secou e colocou a roupa, ela saiu do banheiro e encontrou Pedro sentado na cama.
– Desculpa. - pediu.
– Tudo bem. Vai tomar banho.
Ele foi em direção ao banheiro e levara o balde junto, mas ele sabia que toda vez que olhasse para ela sempre se lembraria daquela imagem dela nua, e também sabia que sempre que a olhasse os pensamentos impuros lhe invadiriam a mente.
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