Latch - Perina escrita por Camila jb


Capítulo 2
Cap. 2


Notas iniciais do capítulo

Hey, eu fiquei bem feliz c os comentarios e eu arrumei um jeitinho de postar mais cedo. LEIAM as notas finais.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/530953/chapter/2

Pedro seguiu o olhar pelo escritório enquanto aguardava a chegada da esquentadinha, que como sempre estava atrasada.

– Essa menina não tem jeito. - Gael fala e suspira enquanto o pai de Pedro batucava na mesa daquela sala em uma sincronia desajeitada.

– Melhor a gente começar a reunião sem ela. - Marcelo palpita, e as batidas na mesa cessam para a alegria de Gael e Pedro que só faltaram dançar Macarena por não ter de ouvir aquele barulho irritante.

O barulho faz todos olharem em direção a porta e encontrar uma Karina completamente desajeitada e... Molhada(?)

– Karina? - a pergunta de Pedro fez a loira se irritar.

– Não, a Oprah. Idiota.

– Por que você esta toda molhada? - Gael pergunta.

– Eu estava vindo a pé, como sempre, só que começou a chover...

– Garoar. - Pedro a interrompe, fazendo Karina lançar olhares mortais para ele.

– Enfim, eu estava vindo so que tinha uma poça no caminho e um onibus idiota passou em cima dela me encharcando.

– Mas não aquilo não era uma poça, era uma lagoa. - Pedro falou e escondeu a risada que daria se não estivesse na frente dos chefes.

– Que seja. - a loirinha respondeu, e enfim se sentou em uma cadeira, estava exausta demais para discutir com ele.

A reunião definiu como eles iriam definir os clientes, e como terião de se portar no tribunal; coisa que não seria fácil para Karina.

– Podem ir. Hoje nos iremos fechar mais cedo. - Marcelo fala.

Karina se levanta com Pedro a tiracolo, assim que sai do escritório, vai em direção ao elevador e aperta o botão.

– Qual e? Vai ficar me seguindo? - a esquentadinha pergunta.

– Não sei se você esqueceu, mas agora a gente mora junto.

– Fala baixo, imbecil. Se meu pai souber que eu vou morar com você...

– Você não vai falar pra ele.

– Quer morrer?

– Não, mas ele tem que saber.

– Então ta, mas se alguma coisa acontecer com você... Ja sabe.

– Ta.

A loirinha deu meia volta e foi em direção a sala de reuniões que o pai se encontrava. Assim que abriu a porta, falou de uma vez:

– Pai, eu vou morar com Pedro.

– Quê? Mas, você e a Bianca tão querendo me enlouquecer. - assim que Gael falou, Karina deparou na irmã no outro canto da sala.

– Que você ta fazendo aqui?

– Vim falar pro pai do namoro com o Duca.

As palavras de Bianca doeram tanto em Karina, mas ela fingiu que era uma coisa natural. A esquentadinha nunca soubera como era ter um amor negado, a mesma só amou uma vez, e esse amor namora a sua irmã. Karina fechou os olhos e sentiu as lágrimas que cairiam uma hora, mas ela se negou a pagar o vexame de deixar a irmã ver que era uma fraca.

– Tudo bem, Bianca. Mas como assim morar com o Pedro? - Gael se virou para a filha mais nova.

– E isso, eu já moro sozinha, se eu morar com ele nem vai fazer diferença. - falou e recebeu um olhar de apoio de Bianca que a ajudou:

– E verdade, pai, nem vai fazer diferença.

– Por que, Karina?

– Eu amo ele. - falou.

– Ama!? - Bianca parecia perplexa, mas mal sabia que aquilo era tudo uma mentira da irmã mais nova.

– Amo. - mentiu, novamente.

"Se mentir e o único jeito de ir pra casa daquele prego, mentirei. Mas por que quê eu fui aceitar aquela aposta?", Karina refletiu, e assim que seu pai começou a gritar, percebeu que seria mais difícil do que ela imaginava.

– Paizinho, eu me apaixonei e a gente ja começou a namorar, e também eu só irei passar seis meses na casa dele.

– Seis meses, Karina? Seis meses?

– Paizinho, eu ja sou maior de idade, o senhor não pode fazer nada. - apesar da voz manhosa que fazia para conseguir o que queria, ela gostaria de convencer o pai de algo, seria uma conquista pessoal. Uma conquista que ela conseguira poucas vezes.

– Ta bom, Karina. Ta bom. Mas eu não quero saber de beijos aqui, na minha firma. - ele pronunciou a frase com orgulho, Gael se orgulhava mais da firma do que de sua vida. A firma era sua vida, a vitória que ele conseguiu depois de tantos sonhos irem por agua abaixo.

Karina saiu da sala junto a Bianca que se dizia feliz por a irmã estar namorando. Assim que o elevador parou a loira se despediu da irmã, que ficaria trabalhando na área administrativa da empresa. Depois que o elevador parou no térreo e ela se deparou com Pedro, sentiu uma vontade imensa de bater nele assim que ele a abraçou.

– Conseguiu? - a voz rouca de Pedro em seu ouvido fez os pelos de Karina ouriçaram.

– Sim, agora me solta. Se você me beijar de novo eu não irei pra sua casa.

– Tudo bem. - ele soltou ela após fazer um carinho em sua cintura.

– Idiota.

– Vai pra minha casa hoje?

– Vou, ne? Fazer o quê?

– Quer que eu te leve pra casa? E ai tu arruma as malas e a gente ja vai pro meu apê?

– Eu ja deixei as malas prontas, então nem vai demorar. - Pedro riu. - Ja deixei as malas prontas porque sabia que iria ter que ir pra tua casa de qualquer jeito.

– Sei. Pode falar que eu sou irresistível.

Karina não respondeu, apenas revirou os olhos enquanto eles caminhavam para o carro de Pedro, um Uno Fiat, que a loirinha sempre achara ridículo. Assim que Pedro destravou o carro, Karina entrara e se arrependera depois que Pedro fizera o percurso de sua casa sem parar de falar.

– Aqui, né? - Pedro pergunta, e para em frente o prédio azul em que Karina tinha seu apartamento.

A loirinha desce e reclama quando repara que Pedro não para de olhar pra sua bunda. Assim que sobe as escadas, abre a porta do apartamento que fica no 2º andar, pega as malas e desce as escadas com dificuldade. Pedro observava a garota assim que ela entrara no carro com mais de duas malas. Assim que se aproximou da loira, colocara seu cabelo atrás da orelha, Karina deixou Pedro roçar seu nariz no dela.

– Para, Pedro. - falou e o empurrou pelo ombro.

– Desculpa. - pigarreia.

Não tinha percebido, mas agora tinha certeza que passar seis meses do lado dele seria difícil.

Pedro estacionou o carro na garagem do prédio dele, e desceu do carro junto a loirinha, que observava cada detalhe do enorme e luxuoso prédio de Pedro.

– Aqui e meu apê. - o garoto falou assim que o elevador parou no 7º andar.

Karina entrou no enorme apartamento assim que Pedro o abriu depois de fazer uma de suas gracinhas que a esquentadinha detesta.

– Aqui que você ira passar seus seis meses.

– Meu seis insuportáveis meses, você quis dizer.

– Nossa, garota, seu nível de chatice e 100%.

– Pra comparar com o meu nível de vontade de enfiar sua cara no ácido úrico. - Karina fala, e Pedro ri.

– Karina. - Pedro a chama hesitante e a loirinha se vira pra ele.

Ele sussurra em seu ouvido: "Desculpa", antes de a puxar pelo pulso fazendo seu corpo tombar com o seu, e enfim sela seus lábios em um único ato, ela não hesita quando sua língua pede permissão e ela cede, ela tinha a respiração acelerada e ele estava sem fôlego mas a vontade de cessar o beijo era nulo de ambas as partes apesar de negarem isso ate a morte. Assim que se separam, olham pro outro. Verde no castanho. Castanho no verde.

– Você tem que parar com isso. - murmura, e então se solta de seu corpo sem nenhum aviso e caminha. - Esse e o quarto de hospedes?

– Aqui não tem quarto de hospedes. So o meu, ou seja...

"Merda", aquele pensamento veio na mente de Karina.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu queria deixar claro q vcs podem dar ideias. E também queria perguntar: Vcs preferem q eu poste 4 caps. por MÊS ou 2 por SEMANA, deixando claro q a fic ira acabar mais rápido se for 2 por semana