A Traidora escrita por Daughter Of Phobos


Capítulo 11
Ignorando os pensamentos


Notas iniciais do capítulo

LEIAM AQUI
Gente, me desculpe que esses últimos capítulos ficaram pequenos, cansativos e repetitivos, mas não tenho muito tempo para escrever por causa da escola. Acabaram as provas mensais e amanhã ja começam as bimestrais. Eu tenho a fanfic feita em minha cabeça, mas a escrita é espontânea e a vontade de postar é imensa, então desculpem-me pelos últimos capítulos meio sem emoções. Nunca pedi nada mas vou pedir hoje: não abandonem a fanfic, por favor, ela vai melhorar, prometo.
Beijos.



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*Leiam as notas iniciais por favor*

***

Cheguei à Academia com o sorriso mais falso que consegui. Pensei em ir desabafar e buscar conforto com Soluço sobre minha mãe, mas que tipo de pessoa eu seria se colocasse um peso meu nas costas de Soluço se ele podia se divertir com sua mãe que ele não via há dezenove anos? Primeiro de tudo, eu nem deveria me preocupar com águas passadas.

Por fim, minha ideia de desabafar com Soluço foi completamente extinta ao ver Brenda conversando animadamente com o mesmo. Eu bufei e fiz cara feia, como uma criança. Ciúmes? Não, ele não é comprometido comigo mesmo, eu dizia para mim mesma. Fui até a cela de Tempestade e sentei ao seu lado logo após alimentá-la. Medo entrou pelo pequeno espaço oferecido pelas correntes que fechavam a Academia, voando sobre a cabeça de Ian e Cabeça-Quente, que se abaixaram assustado antes que pudessem ser atingidos. O alimentei com o dobro de peixes que costumo dar-lhe, por simplesmente assustar Ian.

–Bom garoto. – acariciei seu queixo e ele pareceu sorrir maliciosamente

Soluço e Brenda andaram, ainda conversando, para o meio da Academia. Como ele conseguiu aguentar essa criatura falando até agora, eu não sei. Ela me lançou um olhar vitorioso, mas em vez de me dar por vencida e voltar a atenção para Tempestade, sustentei o olhar até ela me lançar uma cara de nojo e Soluço chamar a todos.

–Hoje vamos lutar, com armas ou sem, mas usem a proteção de madeira se for a primeira opção! - anunciou Soluço – Valquíria e Melequento, Astrid e Cabeça-Quente, Ian e Brenda, eu e Cabeça-Dura. Segundo e terceiro round escolham livremente seu parceiro.

Cada um foi para um canto da Academia, animados, isso era bem comum. Eu tinha começado uma amizade com Cabeça-Quente, não é por isso que eu iria deixá-la ganhar.

Como esperado, eu venci e Ian – que tinha dado uma bela lição em Brenda, que não venceu por um desleixo – veio até mim.

–Que tal uma luta? – ele me puxou pelo braço na tentativa de me agarrar.

Apliquei-lhe um golpe, o jogando por cima de meu ombro e foi em direção ao chão. Coloquei a adaga, com a proteção de madeira, próxima a sua garganta.

–Acho que ganhei. - após alguns xingamentos ele se declarou perdedor e fui procurar por meu terceiro oponente.

Fui até Soluço, mas Valquíria e Brenda se aproximaram dele e acabou que Valquíria lutaria com ele. A morena me olhou e arqueou as sobrancelhas, como se estivesse me dando uma bronca silenciosa. “Posso te ajudar a esquecer Soluço ou pelo menos distraí-lo, para o ataque de Drago.”. Ela só estava fazendo sua parte.

Voltei a buscar meu oponente, o que não demorou, pois ela estava na minha frente, batendo o pé freneticamente no chão, impaciente, com os braços cruzados e não parava de revirar os olhos.

–Finalmente acordou. – Brenda estalou os dedos na frente de meus olhos para confirmar se eu tinha saído do transe. – Só mais um round, vamos acabar logo com isso.

Ela aparentava ser aquela garota desejada, delicada e que necessitava ser salva pelo mocinho. Desejada ela era, o resto, nem tanto. Ela era metida, nada delicada, bruta, e podia cuidar se sua própria vida, mas não seria boba de recusar um mocinho salvando sua vida. Falsa. Isso a definia. Só convivendo para descobrir e nem eu sei se realmente conheço tudo sobre ela.

–Tá bom. – ela avançou sem nem mesmo esperar eu me preparar. Desviei antes que seu punho me acertasse.

Quando ela se virou, acertei sua costela com o joelho. Ela se curvou, mas se recuperou rápido e não deixou barato, me chutando no queixo. Tropecei em meus próprios pés até parar de cambalear, infelizmente caí sentada. Ela se aproximou, mas a derrubei com uma rasteira. Rastejei até ela, mas a mesma deu uma cotovelada em minha têmpora.

Aquilo já não era uma luta, havia virado uma maneira de expressar o ódio que sentíamos uma pela outra. Ela me prensou contra o chão gelado da Academia. Nesse momento todos nos encaravam. Ian, Melequento e Cabeça-Dura nos encaravam maliciosos, já os outros demonstravam preocupação.

Chutei sua barriga e logo Brenda estava de pé, arrancou sua adaga – sem a proteção de madeira - da bainha, então a arma foi arremessada em direção a minha cabeça. Tudo pareceu ficar em câmera lenta e pude perceber pânico em seus olhos azuis. Apesar de eu ser uma inimiga, ela tinha medo de matar. O motivo? Ninguém sabe. Com um movimento rápido consegui me desviar, mas a adaga passou raspando ao lado de meu olho esquerdo e orelha. Imediatamente senti o líquido quente escorrendo pela minha bochecha.

Eu e Brenda nos encaramos com muito ódio por alguns segundos até que Soluço segurou os braços de Brenda que começou a se debater com o susto. Cabeça-Quente me puxou para o outro lado da Academia.

Não deixei de reparar que Soluço e Brenda estavam praticamente colados. Soluço sussurrava algo para acalmar Brenda que ainda se debatia em seus braços, tentando escapar e quando o fez, montou em Mareritt e saiu da Academia. Alguns fizeram menção de segui-la, mas Valquíria os proibiu. Limpei meu machucado, Quem diria que eu ficaria com mais cicatrizes que esperava?, pensei.

–O que foi aquilo? – Cabeça-Dura perguntou após um tempo de silêncio.

–Uma luta, seu bobão. – sua irmã respondeu.

Soluço se sentou do meu lado.

–Não eram melhores amigas? – abri a boca para responder, ou tentar, mas Valquíria me salvou, graças a Thor.

–Elas não são tão amigas quanto pensa, motivos pessoais! – ela avisou e me puxou para fora da Academia, onde sua irmã estava. – Pensei que tivesse ido mais longe, não que ficaria aqui encostada nas pedras fazendo carinho em Mareritt. – Brenda sorriu. – Peça desculpas.

–Por quê? A adaga estava sem proteção sem eu saber... – Valquíria arqueou as sobrancelhas como uma irmã mais velha faria. – Tá, desculpe, verme loiro.

–Uou, como tudo se resolveu rápido e podemos nos odiar novamente! – ri – Mas por que me ajudou Valquíria? – olhei para a morena de cabelos compridos que já estava com o rosto sombrio estilo Valquíria novamente.

–Não quero ver as duas se matando antes do fim da missão. – ela deu de ombros. – Mesmo que Brenda não mate nem um inseto. – ela me olhou de um modo assustador que não me fez questionar o fato - Agora vamos para dentro, cara de amigas, ok?

–Vou voar um pouco – ela montou em Mareritt. Valquíria deu de ombros e entrou na Academia, indo se sentar com Mystery e eu fui para o lado de Soluço.

–Tudo resolvido. – o respondi antes que perguntasse.

–Que bom, mas, você está bem? – ele tocou de leve o estrago que a adaga havia feito, me fazendo gemer baixo. – Você só limpou, daqui a pouco volta a sangrar!

–Tá bom, Soluço, depois eu dou os pontos. – ri com a preocupação dele. – E como vai você e sua mãe? – sorri triste, mas ele não percebeu.

–Muito bem! Ela é demais, incrível e trata de dragões tão bem quanto eu. E também conhece varias espécies incríveis como seu dragão, o Pula-Nuvem, que é um Corta Tempestade. – ele continuou falando de várias outras espécies e algumas eu conhecia, já que Drago tem um exército de dragões, outras eram totalmente novidade para mim.

Medo pousou no topo da cabeça de Soluço e o observou de cabeça para baixo. O moreno franziu o cenho e tirei o pequeno dragão de sua cabeça, fazendo carinho delicadamente em seu queixo. Olhei para Soluço que me fitava sorrindo.

–O que foi?

–Nada, só que você é linda quando está concentrada. – corei e ele riu, puxou minha mão, me guiando para fora da Academia.

Valquíria me fuzilou com os olhos e apenas balancei a mão. Só por hoje eu podia amolecer o coração. Esse “só por hoje” esta durando muito, mas dessa vez ignorei meus pensamentos.


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Notas finais do capítulo

Depois do meu drama nas notas iniciais eu queria interagir com os leitores, me mandem uma MP, sou legal, não mordo hauhau. Me perguntem algo, elogiem, critiquem, sei lá, peçam alguma rede social minha para poder me add, só interajam hauhau, beijos!



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