Never Let Me Go escrita por Little Panda Mei


Capítulo 22
Vampira - Pietra


Notas iniciais do capítulo

Olá, Angels o/

Sei que ando demorando mais do que deveria para postar os capítulos, pois bem, acontece que, meu irmão está tendo problemas com o celular e acaba por mexer no computador para passar o tempo, e como ele chega em casa antes de mim, ele consegue mexer até cansar. E quando ele se cansa? Rá, nunca. Estou ainda lutando pelos meus direitos... E agora a minha mãe tem trabalhos para fazer e só tem um computador que no momento funcione razoavelmente bem o suficiente para ela fazer os três trabalhos de residência dela e isso prejudica tanto o tamanho dos capítulos, por que com o tempo que sobra, eu acabo por ter que digitar pouco, e prejudica o tempo de post dos capítulos.
Peço desculpa pela demora, pelo implicante do meu irmão, e pelos trabalhos da minha mami.
Obs.:Já estarei a responder os reviews que ainda não respondi, sabe como é né, esses pais que colocam hora em tudo, e fazem-me desligar o computador mais rápido.

— Sem mais delongas...

~~Boa Leitura, Angels ^^



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Ele se aproximou para tirar algo de meu rosto e então em uma fração de segundo me perdi na esmeralda que era seu olhar. Todos aqueles sentimentos na qual eu quase me via livre voltaram à tona. Isso não podia estar acontecendo. Mas eu estava em um estado de hipnose e logo, como se ele tivesse estalado seus dedos, eu fechei os olhos. Sinto-o se aproximar e nunca quis tanto que a distancia entre nós não existisse.

É então que escuto alguém pigarrear logo atrás de nós, despertando-me de meu transe e me trazendo de volta a vida real. Com isso empurro Christopher com toda minha força para longe, quase fazendo o mesmo cair. Vejo Christopher enrijecer ao olhar na direção daquele que observava-nos.

Viro-me e o vejo. Lá estava Craig. Seus olhos tão negros quantos seus cabelos me fitavam com atenção. Eu não conseguia saber o que se passava em sua cabeça, mas eu queria saber.

— Pietra, finalmente achei você. — sua voz saiu tão tranqüila e natural, que se ele estiver a esconder algo, poderia dizer que ele é um ótimo ator.

Olho para ele um pouco receosa.

— Pietra, eu... — ouço Chris começar a falar enquanto se aproximava de mim.

— Não precisa dizer nada. — digo, interrompendo-o.

Ele parecia contrariado. Mas há algo que não entendo. Sou apaixonada por ele há cinco anos. Hoje finalmente conversamos pela primeira vez. Durante todos esses anos só trocávamos algumas palavras raramente e no dia que ele me deu o meu primeiro beijo, foi para me passar à mensagem de que ele me odiava. Isso não está certo. Por que agora? O que ele quer? Eu não consigo o entender. Poderia ele estar gostando de mim? Não. Ele me odeia, não é? Não posso ficar assim. Preciso de respostas.

— Só quero saber uma coisa. — digo a Chris. Craig parecia um telespectador. — Por que isso agora?

Ele parecia se perguntar a que eu me referia.

— Por que não tentou me beijar ou pelo menos gostar de mim há cinco anos atrás?

Parece que eu toquei no ponto certo. Pouco a pouco ele se enervou com minha pergunta.

— Eu... Eu não gosto de você se é isso que pensa.

— Você tenta beijar quem você não gosta? Você é pior do que eu pensava. Mas não foi isso que eu perguntei.

Ele dá uma risada sarcástica.

— É assim que você fala com quem você ama desde cinco anos atrás?

Aonde ele quer chegar? Craig chega ao meu lado e parece querer interferir, mas o empeço.

— Você gosta de mim, Christopher? — tento ser o mais direta possível.

Sua feição demonstra surpresa, mas logo se desfaz, não demonstrando emoção alguma.

— Não. Por que gostaria? Você é só uma lunática, psicopata, perturbada que não sabe viver sem mim e que por isso vive me perseguindo. Você é só uma stalker que... — suas palavras foram como uma tapa na cara, um soco no estômago e uma facada nas costas, só que tudo ao mesmo tempo. Dói ouvir palavras tão cruéis vindas da pessoa que você foi apaixonada por tanto tempo.

Como eu me sentia? Quebrada. Estilhaçada. Em cacos. Meu coração estava em cacos. E não havia nada que eu pudesse fazer. As palavras de Christopher me deixaram entorpecida.

Vejo tudo lentamente, mas não consigo impedir nada. Craig dá um belo soco na bela face de Christopher, fazendo o mesmo tombar para trás e logo os dois estavam em meio a uma briga, enquanto eu, parada como um poste só consigo pensar em tudo que eu acabara de ouvir. Uma lágrima solitária desceu de meu rosto.

Uma parte consciente de mim veio à tona, e, despertou a parte adormecida de mim, que estava em puro estado de demência. Aos poucos algumas coisas fazem mais sentido para mim. Como se a parte de um quebra-cabeça antigo finalmente houvesse sido encontrada.

E os pensamentos como “Por que tão cruel?” ou “Por que eu?” foram substituídos por “Por que raios eu estou aqui parada como um poste enquanto dois garotos praticamente estão a se matar bem diante de meus olhos?”.

Corro para perto deles. Craig prendia Christopher em uma árvore enquanto lhe proferia socos. Mas a me ver indo em direção a eles, se distrai e Chris inverte a posição dos mesmos, sendo ele a prender Craig na árvore.

Ver Craig levar soco me fez correr em direção a Christopher e pular em suas costas enquanto puxava sua cabeça para trás, o desnorteando. Ele propositalmente bateu com as costas — onde eu estava — em uma árvore, com a intenção de me tirar de cima dele, porém isso só me deixou enraivecida. Puxei seu pescoço para trás e dei-lhe uma bela mordida entre seu ombro e seu pescoço, encravando meus dentes com toda força, o fazendo urrar de dor e reunir energia o suficiente para conseguir me tirar de suas costas, me fazendo cair no chão.

A dor do tombo não se comparava a dor que ele provavelmente estava sentindo. Eu tinha dentes afiadinhos até, e eu estava acostumada a levar tombos. Minha infância inteira foi baseada em tombos, e recuperações de quedas. Sempre fui uma criança muito arteira, e também muito lesada.

Christopher passa sua mão onde eu havia mordido. Sua mão fica levemente tingida de vermelho. Ele urra de raiva enquanto começa a falar todos os palavrões que conhecia e amaldiçoar tudo que podia.

Craig se aproxima de mim e me ajuda a me levantar. Em momento algum tirei os olhos de Chris que estava extremamente irritado e que agora levava consigo a marca de meus dentinhos que transmitiram em sua pele a raiva e o ódio que eu estava sentindo dele.

Percebo que uma pequena platéia nos observava. Craig me tira dali e começa a me levar para algum lugar que eu não fazia idéia qual era. Apenas me deixei ser guiada enquanto uma sensação de vitória me tomou por completa. Chega de ser fraca. Chega de ser vulnerável. Quem com ferro fere, com ferro será ferido.

Não vou deixar Christopher achar que tem esse poder todo sobre mim.

Finalmente olho para Craig. Seu lábio inferior estava com um pequeno corte e seu rosto e seus braços, alguns hematomas.

Estávamos em frente a laguinho onde havia poucas pessoas.

— Você está machucado. — afirmo o óbvio e ele ri.

— Acredite, estou muito mais assustado do que machucado. Eu não sabia que além de azuladinha você era uma vampira também. — ele ri e eu dou uma risada orgulhosa.

— Pois é. É em momentos como esse que a gente se descobre e se revela.

Ele ri e então nos sentamos em frente ao lago, no chão gramado.

— Você é uma briguentazinha. — ele afirma.

— Eu briguenta? Você que puxou a briga!

Ele dá uma risada sarcástica.

— Eu? Era você quem estava discutindo com o acéfalo do Christopher, não eu.

Reviro os olhos.

Passo a fitar o lago, mas sinto olhos me encararem.

— Obrigada.

— Pelo quê?

Viro-me para ele, e fitando-o respondo com sinceridade:

— Por ter me defendido. Isso geralmente não acontece comigo.

Ele ri docilmente.

— Por que geralmente você faz as escolhas erradas. Gosta de quem te quem te ignora e ignora quem gosta de você. Abra os olhos, Pietra. Há pessoas que realmente se importam com você.

Ele me olha de forma intensa, como se pudesse enxergar minha alma, como se para ele, eu fosse transparente, não possuísse segredos, pois ele poderia enxergar todos eles. Ele começa a se aproximar, mas uma briga ocorreu quando quase beijei Chris, e se eu ceder a Craig, o que será que pode acontecer? Não tenho tempo de pensar. Ou eu o afasto e me livro da situação, ou eu derrubo minhas barreiras e tento esquecer Christopher, mudando minha história e dando mais valor para quem se importa comigo.

Escolho relutante e receosa, a segunda opção. E em um ato impensado, o puxo para mim, acabando com a distancia entre nós, selando nossos lábios, sem me importar com as conseqüências desse meu ato.

Hora de iniciar um novo capítulo na minha vida. Um capítulo onde Christopher não exista, e se vier a existir, sinta e sofra tudo que eu, durante cinco anos, senti e sofri.


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Notas finais do capítulo

Hello Hello, cats ^^
Gostaram? Reviews, please.
Revelem-se garotas Team Chris.
E espero que tenham aproveitado garotas Team Craig.
Digam-me o que estão achando, adoro saber a opinião de vocês.

Beijos Beijos ^^