Never Let Me Go escrita por Little Panda Mei


Capítulo 15
Força - Pietra


Notas iniciais do capítulo

Oii Oii o/
Perdoem-me pela demora. Não sei se ainda estarão a acompanhar a história, mas eu voltei, e pretendo postar com mais frequência. Então, se ainda estiverem aí.... Espero que gostem...
~~ Boa Leitura e até amanhã quem sabe ~~



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Fazem exatos quatro dias desde o dia da festa na casa de Heather. Se algo mudou? Sim e não. Sim porque sei que nada pode ser igual se eu beijei o Chris... Por quê? Porque eu o beijei! Bom, tecnicamente, foi ele quem me beijou, mas, foi o meu primeiro beijo e eu não queria que fosse desse modo porém ao menos foi com quem eu tanto sonhei. Obviamente eu e chateei por ver o modo que ele pensa de mim, mas nunca o dei motivos para pensar de outro modo. E Craig? Este é um caso que quero esquecer. Eu mal o conheço! Como vou encará-lo? Por sorte e pela graça de Deus eu não encontrei com nenhum deles pelo resto da semana, mas azarada que só, sei que isso é temporário e por estudar no mesmo colégio que eles, é quase inevitável não esbarrar com um deles alguma hora.

Eu estava... Bem... Neste momento eu estava na parte de trás do prédio do colégio, sozinha. Não tenho culpa se estou realmente tentando não ver ninguém. Somente quem estava sabendo de minha localização eram meus amigos. Mas pedi que eles não ficassem vindo a todo momento para que não chamasse atenção e por fim descobrissem onde estou, mas soube por meio deles que meu nome está sendo muito comentado pelos assuntos da festa. Ótimo. Meus dois primeiros beijos e já ficarei mal falada. Maldito trio do capeta!

Simplesmente fico lá. Sentada em um banquinho que nem imaginava existir, enquanto vejo iniciais marcadas nas paredes e no banco. "R+S=Eternal Love". Talvez nem estivessem mais juntos, mas deixaram sua marca. Passo a observar o céu. Nublado do modo que sempre gostei. Pode até ser estranho mais sempre gostei de temporais, ou de chuvas, até mesmo céu nublado, onde não aquele sol que possa fritar a minha pele, não que isso costume acontecer por aqui, mas, é sempre um dia agradável apesar de ser um pouco deprimente.

Eu só estava mantando tempo. Acredito que grande parte das pessoas acham que eu faltei, poi simplesmente me escondi por trás das sombras de um capuz que escondia meus cabelos azuis que estavam presos em um rabo de cavalo e ando de cabeça abaixada sem que eu seja vista. E assim foi minha semana. Covarde? Tenho noção disso. Experimente estar no meu lugar! É maravilhoso — Oi? Ironia, é você? — esplêndido.

Cinco minutos após tocar o sinal, puxo meu capuz e cobrindo meu rosto por completo, vou andando com a cabeça abaixada, olhando somente para o chão que eu piso, porém, minha sorte abençoada decidiu pregar uma peça comigo hoje. Enquanto não olhava para a frente esbarrei em alguém e quando estava prestes a cair, tentei me segurar na pessoa, porém essa pessoa — de péssimo equilíbrio, pelo visto — se surpreende e acaba por cair junto comigo, bem ao meu lado.

Se você pensou que a pessoa que caiu junto a mim era Craig, devo avisá-lo, caro amigo, que está completamente correto, apesar de que meu desejo é de poder dizer que está enganado, mas aí já seria mentira, e eu gosto de comentar sobre fatos.

Ele infelizmente me nota rapidamente. Afinal, como esconder um cabelo azul que implorava para sair do capuz? Ele levanta-se e oferece a mão para mim. Pego sua mão depois de refletir por três segundos se deveria ou não. Acho que a razão não vence a emoção. Pera, do que eu estou falando?

— Pietra? O que... — ele se interrompe e quase vejo uma luzinha se acender, com se tivesse entendido algo — Parece que sempre nos esbarramos por aí, azuladinha. — um sorriso de escárnio brinca em seus lábios. Sinto minhas bochechas esquentarem, não sei se já estou corada, mas sei que vou ficar. Meu Deus, por que eu?

— É... Nos esbarramos... É... — não consigo formular frases com sentidos.

— Achei que tivesse faltado... Por acaso está me evitando, docinho? — Avermelho. Dessa vez tenho certeza. Não era necessário implicar comigo! — Não se preocupe, amore, foi só um beijo, não seja tola. Não vou te comer viva ou te sequestrar. Muito menos escrever seu nome em meu caderno envolto por coraçõezinhos. — sinto uma raiva crescer dentro de mim. Não é necessário humilhar. — Mas notei que você não é muito experiente no assunto... — coro violentamente. Para que tocar no assunto? — Se quiser praticar comigo, lindinha, é só me chamar. — ele pisca.

Vou começar a falar, mas gaguejo então procuro apoio em minha raiva para parecer mais firme em minha conclusões.

— Primeiro, não estou te evitando. — mentira horrível. — Só tive a sorte de não nos esbarrarmos com tanta frequência. — ele revira os olhos. — Segundo, Lindinha? Docinho? Só falta Florzinha que vou virar a equipe completa das meninas superpoderosas. O que você está pensando? Que eu estou afim de você? Faça-me o favor...

Ele ri. Ele está zombando de mim?

— Está nervosa, querida? Não sabia que eu provocava essa reação em você. Está sendo divertidíssimo te conhecer. Espero que nos esbarremos com mais frequência, azuladinha, é fofo vê-la com as bochechas vermelhas contrastarem com seus cabelos azuis.

Coro.

— Meu Deus! Pare de se avermelhar toda vez que falo com você! — ele ri. — Te vejo depois, azuladinha. Nem tente fugir de mim, posso ser bem determinado.

Fico estática por alguns instantes.

Quando recobro minha consciência, cubro melhor meu cabelo com o capuz e sigo meu caminho para casa.

~~'~~'~~'~~'~~

O vento frio que entra pela janela do quarto arrepia meu corpo por inteiro. Estava começando a esfriar, devia vir algum temporal daqueles em breve. Levanto-me e abro meu armário para pegar o meu casaco. Levo um susto quando vejo o Chucky lá.

Bem que minha mãe havia me avisado que havia o posto em meu armário, mas ando tão distraída que nem dei tanta atenção. Pego um casaco preto simples e vou até a janela para fechá-la. Parece que, do outro lado da rua, no quarto de Chris, ele parece ter tido a mesma ideia. Ele me nota rapidamente. Nos encaramos por alguns segundos. Estávamos longe para podermos dizer qualquer palavra, mas estávamos próximos o suficiente para reconhecer os olhares. Ambos pensávamos no mesmo. No beijo. Ela acena para mim enquanto me oferece um sorriso — e que sorriso! — e tudo que posso fazer é retribuir. As coisas não serão mais as mesmas. Sou uma garota de coração frágil que anceia por ser uma mulher de verdade, e para isso, precisa urgentemente se fortalecer.

E é isso o que eu vou fazer.


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Notas finais do capítulo

Oii Oii! Reviews? Digam-me o que acharam! Saudade de vcs, angels!
Beijos Beijos o/ Até a próxima, cats *w*