Never Let Me Go escrita por Little Panda Mei


Capítulo 16
Continência - Christopher


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu o/ Hello Hello ~~

Aqui mais um capítulo para vocês... Espero que gostem...
~~ Quem acha que tá na hora do Chris começar a sofre levanta a mão o/ Auahsauhsuah
*Boa Leitura, Angels*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/530553/chapter/16

O meus dias tem sido sempre iguais. Vou para a escola, volto, desenho alguma coisa e termino antes da janta para logo em seguida ir dormir depois de um longo e demorado banho — admito, isso não faz bem para o planeta, mas me relaxa tanto — para no dia seguinte tudo isso se iniciar novamente. Hoje é sexta-feira, meu pai volta hoje de sua viajem de trabalho. Ele é major aeronáutica.

Kiara soube por meio de Stephan, meu mais novo amigo, que eu desenho bem. Modéstia a parte, mas é verdade. O problema é que agora Kiara quer que eu a desenhe, e eu não quero desenhá-la. Por quê? Apesar de desenhar bem, não gosto de desenhar pessoas pelo simples fato que eu tenho de desenhar inclusive os defeitos, e nem sempre a pessoa aceita bem. Da última vez, desenhei uma jovem, que tinha... Digamos que... Uma barriga saliente, e acabei agredido por desenhá-la do jeito que ela é.

Em casa, peguei uma folha de desenho e meu lápis HB enquanto trazia tudo que teria que utilizar, para perto de mim, em cima da cama onde eu, deitado, desenhava. Começo fazendo o esboço de seu corpo cheio de curvas antes de começar a aperfeiçoar os traços. O desenho seria da cintura dela para cima. Enquanto desenhava seus olhos, lembrei-me do dia da festa que vinham em flashes a todo momento, e quando me dou conta, não são os olhos dela que estão no papel, mas sim de... Pietra? Pego a borracha o mais rápido possível para apagar aqueles olhos.

Desenho então os olhos de Kiara corretamente, lembrando-me do dia em que ela me levou por uma trilha do colégio que deu no que eu chamo de Amostra grátis do Paraíso. No fundo sei que Kiara não pode ser tão ruim, tão superficial. Pessoas podem mudar drasticamente assim, para pior? Creio que não.

Começo a desenhar então seus lábios e neles estampados um sorriso doce. Espera um pouco, sorriso doce? Kiara não dá sorrisos doces, meigos, fofos. Só sorrisos falsos, maliciosos e sarcásticos!

Aquela não era ela. Não podia entregar aquilo. Por fim, decido não jogar o desenho fora para não ter que refazê-lo e me torturar ainda mais, mas entra então pela janela uma brisa gélida que me arrepia por inteiro — que coisa mais gay.

Levanto-me para fechar a janela e do outro lado da rua, em seu quarto um tanto "diferente", Pietra parece ter tido a mesma ideia. Acho que a encaro por tempo demais para lembrar do dia do jogo onde deixei claro que não gostava dela. Ela estava de calça e blusa regata escura, enquanto segurava um casaco preto nas mãos.

Sua feição era quase que angelical e... EPA! Que raios de pensamentos são esses! Que coisa mais gay! Estaria ela magoada comigo? Não quero uma inimiga. Ainda mais uma inimiga com tendências meio psicopatas.

Aceno enquanto dou um sorriso falso. Ela acena e sorri de volta, abaixando a cabeça e saindo em seguida. É, ela não está chateada comigo. Nem tem como. Bobinha apaixonada... Com tendências psicopatas.

Lembro do desenho. Procuro o desenho sobre a cama, mas ele não está mais lá. Onde está essa droga? É estão que vejo aquele papel debaixo de meus pés, quase que completamente amassado. Como isso foi acontecer? DROGA! Vou ter que recomeçar o desenho! Eu me espancaria agora se eu pudesse... E eu posso... Mas pensando bem não vou, porque apesar de somente ser digno de apanhar de mim mesmo, isso seria completamente psicopático e é impossível de bater em mim. Sou bonito demais para apanhar.

~~'~~'~~'~~'~~

Meu pai me olha atentamente. Seu olhar é frio e empenetrante. Não sei o que ele pensa, mas temo em saber. Estávamos todos reunidos a mesa, enquanto minha mãe nos servia com peixe, salada e alguma coisa de cor escura e gosto amargo. Minha mãe não é a melhor cozinheira do mundo, mas cozinha razoavelmente bem. Posso dizer que a maior parte das coisa que ela cozinha são comestíveis. A maior parte.

Meu pai pigarreia atraindo nossa atenção a ele.

— Então, Kylie. Como foi em seu primeiro dia de trabalho? — sua voz era grave e... Assustadora. Não que eu tivesse medo, talvez um pouco.

Kylie começara a trabalhar temporariamente em uma biblioteca para compensar as vezes que ela era expulsa de casa, e sempre retornava. Impossível se livrar dessa garota.

— Bem... Eu acho... — ela parece um tanto desconfortável. Ao menos vejo que não sou o único. É isso que sua presença causa em todos, desconforto. Horrível falar isso do próprio pai, não? Mas é a verdade.

— E você, Christopher? — pergunta ele ignorando Kylie. — Soube que anda falando com a nossa "vizinha". Sobre o que conversa? Estão tornando-se "amiguinhos"? — Seu tom é quase de zombaria.

É, meu pai não gosta da família Medina. Razões? Não faço a mínima ideia. Tudo que se escutava era o barulho dos talheres no prato, ou a voz ríspida de meu pai.

— Então é melhor checar suas fontes, pois isso é mentira. — rebato.

Ele suspira pesadamente. Kylie se remexe na cadeira. Ele é a única pessoa com quem ela não consegue bater pé e rebater qualquer assunto.

Meu pai é alto. Tem olhos tão escuros quanto seus cabelos ralos. Ele raramente sorria. Era mais fácil cair um raio duas vezes consecutivas em minha cabeça do que ver um sorriso brotar na boca do meu pai. Ele nem sempre foi assim. Mais uma vítima da vida, do tempo e das ilusões que os dois juntos podem causar.

— Sabe que eu não gosto deles. Aquela drogada deve criar cada filho com uma droga diferente. Por falar nisso, quantos filhos ela já tem? Sete? Nove? — cada palavra que saia de sua boca era para ofender alguém ou para ordenar alguma coisa.

— Dois, e drogas? Como pode ter tanta certeza de que eles usam drogas? — tento soar calmo em minha palavras, mas elas saem tão ásperas quanto as dele.

Ele se avermelha lentamente.

— Como ousa me desacatar deste modo? — ele levanta-se enquanto sua voz aumenta o tom. Desacato? Que desacato? Acho que já sei quem aqui usa drogas... Ele deve ter algum problema!

Minha mãe se levanta e se aproxima dele enquanto pede que ele se sente.

— Como ousas falar assim comigo? Sou seu filho, não seu soldado.

Vejo o homem se avermelhar. Vejo-o se controlar para não me agredir. Ótimo, só não marca no rosto!

— Vá. Para. O. Seu. Quarto. Imediatamente.

Bato continência para ele. Nossa, quanta ousadia da minha parte, espero não levar um soco por isso.

— Como quiser, senhor.

Me retiro em direção ao meu quarto. Sei que o irritei muito, e, acho que minha reação o surpreendeu tanto quanto a mim. Nunca achei que eu tivesse coragem para responder a ele. Normalmente minhas respostas eram: Sim, não ou Uhrum.

Desde que eu não termine morto ou com o rosto desfigurado, aprovo essa ousadia toda. Talvez eu esteja ficando diferente. Ou só perdendo o medo quase nulo que eu tinha... Exceto de aranhas, essas eu temerei... Ou melhor, repudiarei pelo resto de minha existência na Terra.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hello Hello o/ ~~ me sentindo meio estrangeira hoje T.T
Gostaram? Quem quer que ver o Chris sofrer? Chris ou Craig?
ASHUAHU
Bye Bye, Cats, até o próximo, ou até os reviews :3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Never Let Me Go" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.