Razões escrita por Isabella Cullen


Capítulo 7
A razão


Notas iniciais do capítulo

Bom eu hoje descobri uma música que achei a cara da Bella e se vocês pudessem ouvir e talvez entender as atitudes delas nesse capítulo seria ótimo. É e sempre será como respirar.

https://www.youtube.com/watch?v=bsL6s9Ckze0



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Por que não conversa com ele? Por que não beija ele? Por que não manda toda esse história distorcida para algum lugar longe só por hoje. Por que não? Droga. Eu estava limpando a cozinha enquanto Edward lia alguma história para Anthony e isso já fazia mais de meia hora, ele estava agitado demais para adormecer rápido e Edward com certeza estava caindo nas artimanhas dele para prolongar esse momento. Eu sorri boba pensando nos dois.

–Acho que a cozinha não quer mais ser esfregada.

Dei um pulo e então olhei para trás vermelha de vergonha. Eu estava limpando o mesmo lugar há uns vinte minutos.

–Ele... ele... se acalmou?

– Me fez ler pelo menos duas vezes a mesma história. – Edward sorriu o sorriso mais lindo do mundo. – É sempre assim?

– Ele queria passar mais tempo com você.

– Oh... amanhã... eu posso buscar ele e... não sei... o que ele gosta?

– Cinema, ele está me enchendo para ver o novo filme dos Transformes e amanhã eu tenho plantão. O que acha de passarem o dia juntos? A diretora liberou ele do passeio porque ele quebrou o braço e seu filho sabe fazer uma cara de dor muito convincente.

Edward e eu rimos juntos do que nosso filho era capaz para não ir a um passeio.

– Ele é sempre assim?

– O tempo todo, às vezes ele consegue também chorar para voltar para casa ou convencer a todos que está passando muito mal.

– Ele é terrível. – Edward gargalhou depois que terminou de falar. – Me conte mais.

Então nós sentamos no sofá e começamos a sessão o que Anthony faz, fez e pretende fazer. Eu mostrei o álbum de fotos que tínhamos da gravidez, dele e dos primeiros meses na escola. Edward pegou um em que eu estava no consultório com ele no colo.

– Ele tinha sete meses e está comendo minha caneta vê? – ele estava acomodado em meu colo comendo a caneta e eu estava sorrindo para câmera.

– Posso ficar com ela?

– Claro, Jacob tem uma cópia.

– Vocês nunca tiveram nada? – eu podia ver como era difícil parta Edward fazer aquela pergunta.

– Não. – respondi baixo. – Eu me dediquei a Anthony e ao meu trabalho. Não houve mais ninguém. – era a hora de falar de Tânia não?Eu respirei fundo me preparando as respostas que eu queria. – Me diz por que casou com ela.

– Eu queria tanto conversar com você. Eu fiz tudo errado, eu percebi isso muito antes de conhecer nosso filho, mas saber dele reforçou tudo que eu já sabia.

– Por que não se separou dela?

– Eu vou te contar tudo. – ele respirou fundo e mexeu nos cabelos. – Eu ia ficar com você, depois daquele tempo juntos eu estava tão feliz e completo... mas você precisava voltar para seu estágio e eu tinha as coisas que meu pai deixou para serem resolvidas, porém quando eu cheguei em casa minha mãe estava com Tânia em casa. Eu não entendi o que ela fazia ali ou qualquer coisa que estava acontecendo, mas quando mamãe me mostrou a carta de meu pai que dizia que estava feliz porque Tânia iria ser parte da nossa família através de mim e que... esse era o desejo dele desde que éramos pequenos as coisas passaram a ter sentido.

– Você casou por causa de uma carta? – eu tinha agora uma raiva enorme dentro de mim. Carta dos infernos!

– Não, eu casei porque fui fraco. – eu o olhei e vi a dor em seus olhos. – Minha mãe passou dias chorosa quando informei que dentro de duas semanas ira voltar para Londres e não queria saber de Tânia, mas ela passou mal, ficou internada e me implorou para casar com Tânia. – eu engoli seco.

– Isso foi golpe baixo. Ela... ela usou um momento frágil da sua vida para fazer isso! Seu pai tinha acabado de morrer, você estava instável demais. Droga Edward eu passei anos achando que fui usada para curar sua tristeza e só!

Eu não conseguia descrever o que fervia dentro de mim. E de repente, o medo de Carmem e tudo que ela me falou passou a ter sentido.

– Eu nunca teria coragem de terminar com você. Não conseguia fazer a ligação que explicava tudo, por muito tempo eu me questionei o que teria acontecido se você tivesse ido ao casamento.

Eu arregalei meus olhos.

– Eu fui. – os nossos olhos se conectaram. Sim, ele não teria acontecido. – Eu vi tudo. De longe... eu fui embora quando as portas fecharam depois dela entrar de noiva.

– Deus... você estava lá? Por... Eu nunca teria conseguido....

– Eu te amo. – saiu uma declaração desesperada. – Cada dia da minha vida, cada hora do meu dia... eu te amo. Eu tentei tanto me convencer que não, mas é impossível..

Edward me agarrou ali mesmo no sofá sob as fotos dos últimos anos e então eu soltei um foda-se. Foda-se Tânia e tudo mais que se passou, eu queria Edward e estar com ele era como respirar um ar novo e limpo. Era queimar e ser queimada na mesma proporção e eu queria tudo.

– Eu te amo Isabella... sempre foi você...

Então minhas mãos tiraram sua blusa rápido, ele tirou minha roupa ainda mais rápido e desesperado. Me beijou e me deixou louca passou as mãos por minha cintura, me apertou contra seu corpo, Edward e eu naquela hora éramos uma mistura de desejo com saudade e sem nos importamos com mais nada eu sentei nele e cavalguei rápido e determinada arrancando dele gemidos e palavras sem sentido. Quando ele gemia meu nome como algo libertador eu me sentia ainda mais estimulada a continuar e nos dar o prazer máximo.

– Isso foi... – eu não conseguia pensar em nada coerente.

– Irresponsável. – ele disse rindo. – Nosso filho poderia ter acordado.

Eu sorri com ele sabendo que nada nesse mundo acordaria aquele menino.

– Não usamos nada... – constatei me sentindo tola. – Oh Deus....

E por mais que tentasse fazer contas rápidas eu não conseguia, Edward beijou meu pescoço e recomeçamos mandando mais uma vez as coisas pelo ar.

– Edward o que fará com ela?

Estávamos deitados na cama depois de sermos mais uma vez irresponsáveis.

– O que eu deveria ter feito há muitos anos...

– Como ficou casado tanto tempo? Você disse que praticamente não vivem juntos.

– Eu acho que foi fácil. Nos primeiros meses era uma verdadeira tortura, para conseguir alguma coisa eu fingia que era você... fingia tanto que cheguei a falar seu nome algumas vezes.

– Sério? Com Tânia você falou meu nome?

Eu não conseguia entender, ela era linda e elegante.

– Eu queria você, não fazia sentido nenhum para mim estar com ela... foi um verdadeiro inferno. Depois das duas vezes que isso aconteceu ela passou a viajar mais e se dedicar ao trabalho, eu no inicio pensei que ela estava chateada, mas não. Ela voltava feliz e carinhosa, fazia minhas vontades e depois voltava a viajar. Uma hora eu percebi que ela fugia de um confronto e quando eu a confrontei ela correu para minha mãe e disse que estávamos nos separando.

– Foi quando desistiu não é mesmo?

– Eu também comecei com minhas próprias desculpas para não estar perto dela.

– Que vida horrível.

– Quando Eleazer disse que vinha para Londres eu... eu só queria te ver... explicar...

– Eu acho que se for sincera comigo, eu sempre esperei você voltar para mim.

E nessa hora eu me dei conta que eu nunca consegui ficar com ninguém porque no fundo, bem no fundo, eu esperava que ele voltasse correndo para os meus braços.


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Notas finais do capítulo

Sempre será como respirar ñão é mesmo? Beijos LINDAS E obrigada pela recomendação linda demais Rafinha! Te amo linda!