A última pétala escrita por Ann


Capítulo 6
Não estamos mais sozinhos


Notas iniciais do capítulo

Heeey consegui escrever mais um capítulo! Não sei se está bom por que confesso que corri um pouco aoisdkaskdnmask mas isso eu posso ajeitar depois, então me digam o que acharam e se encontrarem algum me perdoem, e me avisem para que eu possa ajeitar.



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Richard: Tudo é assim.

Eu sorria olhando para o meu filho, que falava dormindo em meu colo enquanto eu passava a mão por seus cabelos macios. Então fitei um ponto na parede e comecei a me afogar em lembranças.

Naquela tarde, Richard havia me surpreendido ( como sempre)

Rich: Eu sinto muito, Lizzy. - ele falou, segurando a mão da menina, quando entendeu qual era a real situação

Eu observei a cena e senti que meus olhos se enchiam de lágrimas, não só por saber o que Lizzy estava sentindo ( afinal, eu passei pelas mesmas experiências) mas também por sentir a sensação de impotência que se abatia sobre meu filho.

Eu também me sentia impotente, em relação a várias coisas.

Lizzy: Está tudo bem. - ela falou e segurou também a mão de Richard. - Juro.

Richard tossiu e eu me levantei para pegar sua água.

Lizzy: Ah, por favor, Sra Rachel. - Ela falou educadamente, alcançando o copo antes que eu e indo em direção ao meu filho.

Eu: Pode me chamar somente de Rachel, Lizzy.

Ela sorriu para mim enquanto Richard bebia sua água, e como uma guardiã, sentou na poltrona ao lado da cama e pôs a mão na testa do rapaz.

Lizzy: Parece que a febre está cedendo!

Eu: Com uma médica boa assim, claro que ele vai melhorar. - respondi, encantada pela atitude da moça.

Lizzy ficou com as bochechas vermelhas e sorriu docemente.

Rich: Pode cuidar de mim o quanto você quiser!

Dei um tapa de leve em seu braço.

Eu: Você não toma jeito. - comentei sorrindo. Rich sorriu como uma criança travessa.

Rich: Então, Elizabeth, não pense que por ser a mulher de meu pai, eu vou deixar você me ganhar aqui. - ele falou apontando para as cartas.

Era a primeira vez que Richard se referia á Vincent como " meu pai". Não sei se ficava feliz ou triste com isso.

Lizzy sorriu e nós três voltamos a jogar.

Eu conseguia sentir o magnetismo que havia entre os dois, mas fiz o possível para ignorá-lo. Eu realmente tinha um mal pressentimento quanto á isso tudo, mas não havia nada que eu pudesse fazer agora.

Estávamos rindo do jogo que nem três tolos quando Vincent apareceu no quarto. Senti minha pele se arrepiar imediatamente.

Vincent: Elizabeth, vamos.-Ele tinha um cachimbo no canto da boca e parecia embriagado.

Lizzy se levantou na hora e saiu sem se despedir, eu sabia exatamente como era a sensação e tive certeza que Richard viu o medo nos olhos da menina, mas não podíamos fazer nada.

Logo em seguida, meu filho perdeu o brilho que estava em seus olhos e se deitou no meu colo, resmungando que estava cansado.

Claus: Rach? - sua voz me tirou do devaneio, com um piscar de olhos voltei ao presente.

Claus estava sentado do meu lado, seus cabelos estavam molhados, ressaltando sua beleza. Eu realmente não tinha escutado ele entrar.

Eu: Claus? Perdão, estava perdida em pensamentos. - falei, desejando que ele não reparasse no meu rosto em chamas

Claus: Me desculpe por atrapalhar. - ele falou sorrindo e eu sorri de volta.

Rich: Ninguém dança como ele. - ele resmungou e coçou a bochecha.

Claus: Pardon?

Eu: Rich fala dormindo.- e então nós dois nos controlamos para não rir alto e perturbar o sono do meu filho.

Claus: Minha mãe também falava enquanto sonhava. - Ele falou, ainda sorrindo.

Eu: Gostaria de ter conhecido ela.

Claus: Ah, era uma mulher encantadora. Me lembro que ela sempre ficava do meu lado na cama, até que eu dormisse. Exatamente como você faz por Richard.

Eu: O que aconteceu com ela?- Era algo que Vincent nunca havia me contado.

Claus: Rach, eu...- Ele colocou uma mão na cabeça, e começou a mexer nervoso no cabelo.

Eu: Por favor, conte-me. - Interrompi.

Claus: Tudo bem... Meu pai era como Vincent, mas minha mãe não teve o mesmo destino que o seu.

Olhei confusa para ele.

Claus: Ela não aguentou o marido... Morreu quando eu ainda tinha sete anos.

Eu: Eu sinto muito...

Claus: E Vincent viu tudo, por isso ele ficou desse jeito. É horrível vê-lo agir igual ao meu pai. - Ele parou por uns segundos mas depois continuou, incapaz de se conter agora que havia começado. - E meu pai sempre incentivou tudo, até o inferno que existe embaixo desta casa ele deixou Vincent arquitetar.

Eu sabia que havia uma espécie de labirinto no subsolo da casa, e entre os corredores, sabia até a existência de salas obscuras nos últimos andares da mansão, mas não sabia que tudo fora arquitetado por Vincent.

De fato, o homem era um gênio na arquitetura, e também nos métodos de tortura.

Claus: E eu sei que no momento em que eu deixar esta casa, ele não terá ninguém, e provavelmente descontará sua ira em Lizzy. Ela não aguentaria um dia sequer.

Eu: Podemos fazer algo...

Claus: Não, Rach.- Ele afastou sua mão da minha.- Ele é meu irmão, não posso deixá-lo. Mamãe pediu para que eu cuidasse dele mesmo sendo quase trinta anos mais novo, ela sabia o que aconteceria com ele e no que ele se transformaria. Tudo que eu posso fazer é cuidar dos ferimentos de Elizabeth.- então ele se levantou da cama e começou a andar nervoso pelo quarto. - Não posso livrá-la disso, ele arranjaria outra mulher e faria a mesma coisa com ela. Elizabeth pertence á Vincent oficialmente.

Eu não sabia o que dizer, mas queria acalmá-lo. Ele se sentou novamente no meu lado, e não olhou em meus olhos quando voltou a falar.

Claus: Eu só estou aqui para avisar que mandei as cartas, não demorará para chegar a resposta. - Ele estava com um semblante de dor que não combinava com seu sorriso habitual.

Soltei os cabelos de Richard e segurei na mão de Claus.

Eu: Claus Weltear. Eu estou aqui com você, sei que não é grande coisa, e que não posso melhorar a situação mais do que você pode, mas estou aqui e vou ficar do seu lado. Podemos encontrar um caminho juntos, eu voltei e não vou deixar você sozinho novamente. Não tem que passar por tudo isso sem ninguém.

Então ele olhou para mim e abriu o seu sorriso encantador.

Claus: Só quero o melhor para todos. - Ele falou e eu senti meu peito inchar, nunca havia visto ninguém assim, que suportava tanta coisa e ao mesmo tempo emanava tanta segurança. Claus de fato, era único.

Ficamos em silêncio, olhando um direto nos olhos do outro. Verde no azul.

Claus: Acho que agora eu devo ir.

Não sei a razão de ter feito isso, mas quando ele ia se levantando, apertei o toque em sua mão.

Eu: Não, fique. - sussurrei tão baixo que vi a confusão em seus olhos antes mesmo de ele pedir para que eu repetisse.

Claus: Perdão?

Eu: Ah, não é nada.. - falei um pouco mais alto.

Claus: Será que Rachel Downfair havia me pedido para ficar? . Minhas bochechas queimaram no mesmo segundo.

Eu: Sim, ela pediu. - Falei ainda sem conseguir encarar ele. Pensei que ele fosse rejeitar, dizer que estava muito ocupado e que não seria de bom tom se passasse a noite no mesmo quarto que eu.

Mas para a minha surpresa, ele folgou a aba da blusa e se sentou novamente do meu lado.

Claus: É claro que eu vou ficar. - Ele disse um pouco mais baixo e chegou perto de mim, passando os braços cautelosamente sobre meus ombros, como se pedisse permissão. Aceitei seu abraço e me apoiei em seu peito, ouvindo assim seu coração, que estava tão acelerado quanto o meu. Torcia para que ele não sentisse o sorriso Tolo que havia em minha face. Eu não sabia o quanto estava esperando por aqueles braços.

Parecia que tudo de mal que havia acontecido conosco estava derretendo ao nosso redor naquele momento e eu senti a tensão do dia relaxar em seus músculos enquanto ele fixava seus braços em mim.

Aos poucos, fomos nos acalmando e ele começou a acariciar meu cabelo. Apesar de não saber como, eu senti seu sorriso tão tolo quanto o meu. Éramos dois bobos de fato, mas não estávamos sozinhos.

Não sei dizer qual o sentimento que me dominava: felicidade ou vergonha.

Mas se fosse para eu apostar, eu apostaria em felicidade.


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Notas finais do capítulo

Entããããão, o que acham que vai acontecer a partir de agora? Esse lance Rachel-Claus? me digam! Espero vocês nos comentários beijoooos



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