A última pétala escrita por Ann


Capítulo 3
Mansão Weltear


Notas iniciais do capítulo

Olá pétalas( posso chamar vocês assim né? só nessa história mesmo eujenujeneun) aqui temos mais um pedaço da trama de Rachel Downfair. Os fatos narrados se passam três anos após a morte de Claire Weltear. ( eu sei que to pulando muitos anos, mas tudo isso leva para o enredo que planejei muahahahah) espero que gostem =)



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Eu estava parada em frente ao monumento cinza e tinha acabado de colocar duas rosas lá. uma branca como as nuvens e outra vermelha como o sangue. O túmulo de Claire e William Poupllet era o mesmo graças a intervenção da mãe do rapaz, que se sentiu extremamente mal com a morte dos recém-casados e era ciente de minha condição financeira. Decidimos enterra os dois juntos, para que possam gozar da companhia um do outro por toda a eternidade. A resposta da polícia? Suicídio. E pior, Induzido pela noiva. Mas o que eu poderia fazer? Acusar o Sr Poupllet? em quem acreditariam as autoridades? Em uma simples empregada ou no patriarca de uma família de respeito? Eu não tinha escolha, senão abaixar a cabeça e aceitar grata o caro funeral que a Sra Poupllet estava disposta a pagar sozinha.

O vento no cemitério era mais gelado do que o normal, e bagunçava minha trança, que eu só usava para vir aqui. Já fazia três anos que eu visitava esse local todo mês. incontáveis rosas murchas já foram varridas rudemente do cimento que me separava da minha primogênita.

Richard chegou por trás de mim e limpou a solitária lágrima que escorria por minha bochecha. Eu me virei surpresa.

Eu: Pensei que tinha mandado você ficar em casa.

Rich: Mãe, eu estou bem. Não vou deixá-la sozinha deste jeito.

Ele falou e imediatamente derrubou seu argumento, tossindo.

Eu: Não sei o que vai ser da minha vida se perder você, meu menininho, então venha para casa que vou fazer uma sopa quente.

Rich: Sopa? Ou água quente. - ele falou rindo e tossindo.

O fato especial em meu Richard era que ele sempre via graça em tudo, até da nossa trágica situação financeira ele me fazia rir.

As janelas de nosso casebre estavam fechadas para evitar o vento frio e cinzento que vinha lá de fora, eu o deitei em sua cama e cobri com o mofado cobertor que minha mãe havia costurado para minha irmã mais velha, mas acabou dando-o para mim. No canto do objeto havia as iniciais MD - Margharet Downfair.

Esquentei o ralo caldo para Richard e fui em seu quarto.

Eu: Como está se sentindo?

Ele sorriu para me reconfortar, porém um filete de sangue pendia do canto de seu lábio, o que me alarmou. Eu me segurei para não chorar na frente dele. Não havia médico para os pobres aqui e eu não tinha para onde levar meu pequeno tesouro. O belo sorriso dele estava manchado com o escarlate profundo, como um lembrete de tudo o que eu passei, como se a vida quisesse me dizer "Ei, não há como escapar de mim, se você sobrevive, eu ataco seus filhos" .

Os dias que vieram foram piores, eu mal conseguia alimentar meu filho direito. O dinheiro? Quase não tínhamos, pois agora eu só trabalhava de manhã e passava a tarde e a noite com meu Richard. Eu via que ele evitava demonstrar emoção na minha frente, mas durante o sono elas sempre escapavam. Havia noites que ele gritava horas seguidas, implorando para morrer. E no dia seguinte sorria para mim, tentando disfarçar isso tudo, toda a dor.

Meu Richard estava indo embora, e tudo que eu podia fazer era assistir ele suplicando pelo fim de sua vida.

Impotente e cansada, decidi recorrer ao último suspiro de esperança que bombeava em meu coração. Durante quinze anos, eu sequer mencionei o nome dos Weltear, eu sabia que seria humilhada se fosse pedir ajuda na casa deles, então fiz o possível para me erguer sozinha. Mas a saúde de Richard estava além de minhas tentativas. Uma manhã, cancelei o trabalho e fui na mansão que foi lar de meus piores pesadelos.

Aquele muro alto com um aviso subliminar: Ninguém é bem-vindo. Entrei pelo portão da frente quando Johanna o abriu para mim. Eu quase estranhei sua atitude, então ela pegou minha mão e olhou bem no fundo dos meus olhos.

Johanna: Eu sabia que você apareceria. - e me abraçou. Eu não esperava aquilo, porém abracei-a de volta.

Eu: Obrigada por tudo Johanna, você foi mais do que uma mãe para mim.

Johanna: Não diga isso, jovem Weltear. - Era assim que ela me chamava.

Assenti com a cabeça.

Johanna: Eles não mudaram nada. - ela sorriu para mim. - Eu ouvi o que aconteceu com a Srta Claire. Sinto muito.

O que seria da minha vida sem Johanna? Pensei, quando as lágrimas associadas ao nome de Claire começavam a cair. Ela limpou meu rosto e apertou minhas mãos.

Johanna: Já estava na hora de você voltar para casa.

Casa... Aqui nunca seria a minha casa. porém sorri para Johanna e ela me guiou pelos corredores.

Aqueles corredores... Passei por eles tantas vezes mas eles ainda me eram estranhos, escuros e sinuosos com seus longos tapetes e enfeites esquisitos.

Johanna me guiou até a sala principal. Segurei forte a mão dela quando ouvi a voz de Vincent, eu não queria que ela me deixasse, não queria ficar sozinha no mesmo cômodo que ele novamente. Mas ele não estava sozinho.

Entrei na sala e observei a cena. Na frente da grande escadaria havia poltronas e mesas, isso realmente não mudara. Diante das poltronas eu lembrava daquele grande sofá com oito lugares, e no momento todos eles estavam ocupados, por mulheres de má índole e Vincent no meio delas.

Ele havia envelhecido muito nesses quinze anos, mas pelo visto Johanna não mentira: Ele continuava o mesmo. De início ele não reparou minha presença, enquanto eu tremia involuntariamente só de olhá-lo.

Vincent estava exatamente no meio do sofá, com mulheres dos dois lados, uma atrás dele e outra em seu colo. A que estava atrás dele mantinha as mãos em seus ombros e os apertava, A moça em seu colo tinha os seios expostos e mexia em sua gravata. As demais apenas riam com as vozes enjoada de tudo que ele falava, mas todas estavam com muita pele exposta.

Não muito longe de mim, eu reparei uma jovem, devia ter treze anos, estava encostada na parede e observava a cena como se aquilo estivesse em seu cotidiano, e talvez estivesse mesmo. A jovem era loira de grande olhos verdes, lábios rosados e pele branca e delicada como porcelana. Então ela sentiu meu olhar e se virou para mim.

Jovem: Quem é você?

Eu me senti exposta ao olhar afiado da menina.

Eu: Meu nome é...

!: Rachel? Rachel Downfair?

Aquela voz.... Veio de cima da escadaria. Vincent eu e a jovem olhamos para cima no mesmo instante, os três por razões diferentes.

Claus estava Belo. Diferente do rapaz de dezessete anos que eu lembrava. Ele mantinha o cabelo negro e sedoso curto e aparado, era um lindo mestiço de olhos verdes e nariz arrebitado. Ele desceu correndo as escadas como se não pudesse acreditar no que estava vendo.

E olhava para mim.

Quanto mais ele chegava perto, eu pensava em como ia ser expulsa, humilhada e rejeitada por aqueles olhos verdes, mas quando nossos corpos estavam separados por apenas poucos centímetros de ar, ele me abraçou.

Surpresa, eu não retribuí o abraço.

Então Vincent finalmente teve uma reação.

Vincent: O que esta puta está fazendo aqui?

Claus se afastou de mim, mas não me soltou. Ele olhou para o irmão e depois de alguns segundos pensativo, ele voltou a me olhar, e me abraçou novamente. Desta vez eu retribuí o abraço enquanto ele passava as mãos no meu cabelo e sussurrava algo em francês no meu ouvido. Eu não entendia o que ele dizia, até que finalmente uma frase fez sentido.

Claus: Pensei que você estivesse morta.


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Notas finais do capítulo

heeey, o que acharam? comentem e deixem suas opiniões! e não deixem de acompanhar o drama da vida de Rachel, que finalmente reencontrou seu amigo de infância.



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