Just Hold Me! escrita por Ayumiie


Capítulo 4
Apenas um sorvetinho inocente




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~Flashback on


Eu estava sentada no pátio da escola, era o intervalo e eu estava sozinha, como sempre, tinha vergonha por estar sozinha, então sempre levava um livro e fingia que o estava lendo. Eu costumava ter uma amiga, Rebecca, mas acho que ela percebeu que eu era uma bagunça e decidiu se afastar.

Percebi que um garoto de olhava, era Dan, ele era da minha classe, estudava nesse colégio fazia oito anos, e o conhecia fazia oito anos, mas ele nunca veio falar comigo. Eu fingia olhar para o livro mas percebia seu olhar sobre mim, foi então que ele começou a caminhar em minha direção e se sentou ao meu lado.

– Livro legal? - Perguntou sorrindo.

– S-sim. - Disse fechando o livro mas não olhando diretamente para ele.

– Você já tem grupo para o trabalho de Inglês?

– Hm - me surpreendi com a pergunta - N- Não.

– Podemos fazer juntos, se quiser, é claro.

– Por que? - Dessa vez olhei para ele, confusa e ele sorriu.$

– E por que não?

Depois disso nos aproximamos mais, eu não entendia a razão dele querer ser meu amigo, mas mesmo assim era bom ter alguém... até o dia em que meu coração decidiu se apaixonar.


~Flashback off


TRRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM ~le despertador~

Abri meus olhos cansados e desliguei o despertador, me revirei na cama até perceber que teria de acordar, me levantei e depois de meu banho e de escovar os dentes, me vesti; um jeans qualquer, meu converse preto, estava calor, mas olhando para as cicatrizes em meu pulso resolvi não arriscar, coloquei uma blusa de manga longa e desci as escadas.

Peguei minha mochila e estava indo em direção a porta quando ouvi a voz de minha mãe me chamando.

– Aaanninha?

– Siim? - Dei meia volta.

– Venha se sentar e comer algo antes de ir para a escola.

Me sentei a mesa e peguei uma xícara de café (ADOOOROOO CAFÉ)

– Como foi seu primeiro dia, querida? - Perguntou tomando um gole de seu café.

– Foi bom. - Sorri.

– Estava pensando, como cheguei tarde ontem, poderíamos sair para almoçar depois da escola.

– Hm, não da, vou sair com um garoto que conheci na escola.

– HHHHHHMMMMM, já ta de namoradinho novo?

– Mãe, para de graça, eu nem conheço o moleque direito. - Disse revirando os olhos.

Nos despedimos e então fui para a escola, chegando lá Rosa veio correndo em minha direção com um grande sorriso.

– Oii! - Disse ela.

– Oii! - Sorri.

– Hmm, Ann?

– O que?

– Eu posso ter contado para as outras garotas que o Nath te chamou para sair, hehe...
– ROSA - repreendi.

– Era um babado, não consegui segurar, DIICUPA - Disse ela fazendo beicinho.

– Aah, tudo bem...

Continuamos conversando no pátio enquanto a aula ainda não começava, as outras garotas chegaram e vieram conversar conosco.

– Não acredito que o Nath te chamou para sair. - Disse Iris.

– Quando você fala assim parece que é uma coisa super importante e romântica. - Disse revirando os olhos.

– E não é? - Perguntou Kim.

– Lógico que não - Respondi - é só um sorvetinho inocente, além do mais, eu nem o conheço direito.

– Sera que Melody está sabendo disso? - Disse Violette, e todas se olharam com uma cara estranha.

– Quem é Melody? - Perguntei confusa.

– Ela ajuda Nath no grêmio, tem uma quedinha por ele faz uns seis meses, mas quando o pediu em namoro, Nath disse que ela não fazia seu tipo. - Explicou Rosa.

TRRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM ~le desta vez é o sinal mesmo~

As meninas foram na frente para a sala de aula, eu fui até meu armário para poder pegar alguns livros, o fechei e então fui caminhando em direção a sala de aula.

– E ai, tábua!

Me virei e vi Castiel ao meu lado.

– E ai, tomatinho!

Chegamos na sala e nos sentamos, era aula de filosofia o professor passou uma atividade boba para que possamos conhecer melhor a "pessoa ao lado", ele então formou as duplas.

– Nathaniel com Lysandre - os dois se olharam e sorriram - Alexy e Violette, Iris e Armin, Kim e Rosalya, hmmm, Annabela com Castiel.

Bufei quando escute quem seria minha dupla, me virei e o encarei, ele estava com AQUELE sorriso bobo em seu rosto, nos juntamos e começamos a conversar, já que essa era a tarefa...

–Eu quero que vocês escrevam o nome da pessoa, idade, do que elas gostam, do que não gostam, e tudo o que vocês conseguirem pensar. - Disse o professor entregando as folhas para as duplas

Pegamos nossas folhas, escrevi seu nome em minha folha, e ele escreveu o meu na dele, e então ele me olhou com uma cara maliciosa.

– E então, bora começar?

– Ah, nem vem com essa cara não, vamos começar pela idade.

– 16 - Disse ele ficando sério novamente.

– 16 também.

Anotamos todas as coisas chatas na folha, descobri que ele é de leão, tem 1,80 de altura, 80 kg...Tipo sanguineo o- que nasceu de parto normal, caiu do berço por isso é retardado desse jeito... Tá isso já é mentira...

– Nos podíamos fazer nossas próprias perguntas agora. - Sugeriu ele sorrindo.

– Hm... Tudo bem, eu acho...

– Já teve ou tem namorado? - Disse ele pegando o lápis e fingindo anotar.

– Pra que quer saber isso? - Revirei os olhos e ri de sua brincadeira.

– Encalhada - Fingiu escrever na folha.

– Heeei, eu não sou encalhada... Só não tenho namorado...

– Já teve? - Perguntou erguendo uma das sobrancelhas.

– N-não... - Olhei para baixo lembrando do idiota do Dan, balancei a cabeça e o encarei.

– Encalhada. - Sorriu para me irritar.

– o empurrei de leve - E você?

– Ta pensando que tem chances? - Me encarou ainda com a sombrancelha erguida.

– Você é muito convencido, hein.

TRRRRRRRRRRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM ~le intervalo~ (faz de conta que já se passaram as aulas antes do intervalo)

Fui para o pátio me encontrar com as garotas e os garotos, me sentei na grama com eles e percebi uma coisa que eu achava engraçada, o pessoal já havia me falado sobre Castiel e Nathaniel não se darem bem, mas mesmo assim na hora do intervalo todos se sentavam no mesmo canto do pátio, inclusiva eles.

– Vou pegar um salgado na cantina, você quer alguma coisa Ann? Você não trouxe nada para comer. - Perguntou Rosa se levantando.

– Não, to bem. - Disse sem graça.

Vi Lysandre concentrado em seu bloco de notas, me aproximei um pouco e perguntei.

– Desculpa perguntar, mas o que você tanto escreve ai?

– Hm, eu escrevo letras de música e poemas. - Sorriu.

Conversamos um pouco, Lys era um cara tão calmo que me deixava calma também, mas percebi que ele era reservado e que não gostava de falar muito sobre o que escreva no tal famoso bloco de notas, decidi me afastar um pouco e então Nath se sentou ao meu lado.

– Oi. - Disse com um sorriso.

– Oi. - Respondeu sorrindo - Hm, tudo de pé para o sorvete de hoje? - Percebi que ele corou um pouco. (tava demorando para eu falar que alguém tava corando hehe)

– Siim.

Foi então que vi Castiel me me fuzilando com seus olhos, acho que ele tinha ouvido o que nós estavamos conversando. O sinal bateu para voltarmos a aula de novo, nos levantamos para ir para a sala, foi quando senti alguém puxando meu braço.

– É sério que você vai sair com aquele... boboca? - Ele estava sério.

– Qual o problema? É só um sorvete.

Não deveria ter falado aquilo, ele me olhou com um olhar mortal.

– Qual a razão de você não gostar dele? - Perguntei curiosa.

– ele revirou os olhos - Ele é um filhinho de papai, um idiota...

– Tá, já entendi - Disse o cortando - Olha aqui, esse é apenas meu segundo dia aqui, quero conhecer todo mundo o máximo que puder, não é só porque você não vai com a cara dele que vai ser o mesmo comigo.

Me soltei de seu braço e fui para a sala de aula, ele não olhou mais para minha cara o resto do dia, mas o que eu posso fazer? Eu não ia dizer não pro Nath só porque um tomate que eu conheci a dois dias me mandou.

Era o fim das aulas e fui para o portão da escola esperar pelo Nathaniel, Rosa me viu e veio falar comigo.

– Eu vi como o Cast te olhou quando você estava falando com o Nath, e o Lys-fofo também - Ele riu. - Segundo dia e já ta arrasando corações, hmmmmmm.

– Como você é boba, cara - Revirei meus olhos sorrindo.

Ficamos conversando por uns cinco minutos, até que o Nath finalmente apareceu, e pediu desculpas pelo demora, explicou que Melody o estava prendendo na sala do grêmio, eu e Rosa nos olhamos com uma cara meio "HHMMMM GURL", me despedi dela e então seguimos nosso caminho para a sorveteria.

Conversamos o caminho todo, descobri que Nath era apaixonado por gatos, mas não podia ter nenhum já que sua mãe era alérgica, e que ele é alérgico a pólen, me disse também que pratica boxe, confesso que nunca poderia imagina-lo lutando boxe. Finalmente chegamos a sorveteria, fomos até o balcão e pedimos um sundae gigante para dividirmos, eu o convenci de dividi, assim ele não perceberia que eu iria comer pouco, e ele foi um cavaleiro ao se oferecer para pagar pelo sorvete. Nos sentamos do lado de fora da sorveteria, e começamos a conversar.

– Castiel ficou muito puto por sairmos? - Perguntou meio sem graça enquanto tomava uma colherada do sundae.

– Hm, um pouco, mas nem dei bola, fala sério, nós nem nos conhecemos direito, ele não pode me dizer o que fazer ou o que deixar de fazer. - Respondi pegando a cereja do topo do sundae e lambendo o resto de sorvete nela.

Nath me observou lamber a cereja e depois come-la, percebi que ele ficou meio desconcertado, e eu meio envergonhada, não era minha intenção chamar sua atenção deste jeito... Seus olhos estavam fixados em minha boca, e eu podia sentir minha cara toda ferver, resolvi quebrar aquele silêncio.

– Nath... Quem é Melody?

– Hm? - Murmurou saindo do transe.

– Melody, as garotas me falaram sobre essa tal de Melody...

– Ah, Melody é uma amiga, me ajuda no grêmio.... Mas por que essa pergunta? - Perguntou confuso.

– Hm, nada não, é que elas comentaram sobre ela e você, só fiquei curiosa. - Disse tomando um pouco do sorvete.

– Ahn, já entendi... Você deveria conhecê-la acho que se dariam bem. - Sorriu.

Depois de tomarmos o sorvete, Nath se ofereceu para me levar para casa, aceitei, é claro, nos divertimos durante o caminho, ele me contou um pouco sobre todos, desde suas brigas com Castiel até da vez em que a diretora fez todos procurarem Totó, seu cachorro, pela escola, me contou que tem uma irmã, Ambre, mas ainda não há vi na escola.

Estavamos quase chegando na minha casa, quando eu a senhorita Miss Burra, tropecei em meu proprio pé, Nath tentou me pegar, mas acabamos caindo juntos, ele se jogou na minha frente, então seu corpo amorteceu minha queda. Eu estava em cima dele e seus braços em volta de mim, ainda me protegendo, levantei minha cabeça devagar e nossos rostos estavam muito próximos.

– Está tudo bem com você. - Perguntou preocupado.

– S-sim, obrigado... - Seus olhos eram de um dourado profundo...

Acho que fiquei pelo menos uns cinco segundos parada, apenas olhando seus olhos, até que percebi que ainda estava em cima dele, levantei sem graça e o ajudei a levantar, continuamos a caminhar e finalmente chegamos a minha casa, foi então que percebi que Nath estava com um machucado no braço. O fiz entrar para que eu pudesse cuidar do machucado.
– Pode sentar ai no sofá, eu só vou pegar alguma coisa para limpar seu machucado e um curativo. - Disse indo em direção ao banheiro.

Eu sempre guardava curativos e tals, era frequentimente que eu precisava usa-los... Voltei para sala, Nath tirou a camisa (rdfghujikuytgrfghj) era uma caisa social de mangalonga, e iria atrapalhar para fazer o curativo, além do mais, ela estava com um pouco de sangue. Peguei sua camisa e coloquei na lavadora, não iria demorar muito a ficar limpa, voltei para a sala e comecei a limpar o machucado.

– Obrigada, Nath. - Agradeci de novo.

– Pelo que?

– Por se jogar na minha frente e me salvar. -Disse sorrindo.

– Ah, isso? - Disse brincando e nós rimos.

Ouvi a lavadora apitando, corri para colocar a camisa na secadora, corri de volta para sala e me sentei ao seu lado, ele sorriu. Meu deus, ele é.... perfeito... Eu estava tentando ao máximo não olhar para seu peitoral ou seu abdômen, parecia uma eternidade até que a secadora apitou, eu disse um "ALELUIA" a mim mesmo e fui pegar sua camisa.

Dei a camisa para Nathaniel, que a colocou meio sem graça enquanto eu ainda tentava não olhar, nos despedimos, ele estava indo embora quando vi que sua gravata estava em meu sofá, a peguei e corri até a porta.

– Nath, espera, a gravata. - Disse me aproximando dele e colando a gravata ao redor de seu pescoço.

Quando comecei a fazer o nó em sua gravata ele me olhou com um olhar totalmente doce, ele sorria e suas bochechas estavam vermelhinhas, eu sorri de volta e então beijei sua bochecha.

– Obrigada por tudo, pelo sorvete, por me salvar e por ser legal comigo. - Ri de como eu era boba.

Abri a porta e então ele se foi.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem :3



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