~Castiel P.O.V on

Era fim de aula quando a vi e a puxei pela braço, ela me olhou assustada, quando viu quem era, apenas revirou seus olhos e sorriu, ah, aquele sorriso.

–Ah, é você, Tomatinho!

– Tomatinho? Sério? - Ri e comecei a andar, ainda segurava seu braço.

– Siim- Ela deu risada - Para onde você está me levando? - Perguntou desconfiada.

– Uma surpresa- Olhei para ela e sorri de canto, ela corou e sorriu de volta.

~Castiel P.O.V off

– Cass, eu consigo andar sozinha, sabia disso? - Disse impaciente.

Ele me ignorou completamente e continuou me levando pelo braço com aquele sorriso bobo e malicioso em seu rosto, era apenas o primeiro dia, mas já estava me acostumando com aquele sorriso, até comecei a gostar dele para falar a verdade. Nós subimos alguns andares de escada e finalmente chegamos, aonde eu não sei, ele colocou suas mãos sobre meus olhos me impedindo de ver qualquer coisa, pude ouvir sua risada abafada.

– Você é um bobo mesmo, Tomate boy - Ri junto com ele - E então? Onde estamos? Me mostre.

Ele me fez dar alguns passos para a frente e então retirou suas mãos de meus olhos, os mantive fechado até que ouvi sua voz em meu ouvido, um sussurro. (~le arrepiadinha~)

– Pode abrir!

Abri meus olhos e vi uma paisagem e tanto, dava para ver praticamente a cidade inteira dali de cima, estávamos no terraço da Sweet Amoris, lá havia duas cadeiras e uma guitarra no chão, me virei e o encarei confusa, apontando para as cadeiras, ele riu e começou a explicar.

– Ninguém nunca vem aqui, então ás vezes venho aqui para matar aula, aproveitei e trouxe minha guitarra - Disse pegando a guitarra do chão e a balançando devagar.

– Então o Tomatinho toca? - Sorri e me sentei em umas das cadeiras.

– Sim, o Tomatinho toca - Riu - Tenho uma banda com Lysandre.

– Ah, será... q- que você podia tocar um pouquinho? - Sorri sem jeito.

– Hm... Tudo bem, só não vai se apaixonar.

– Besta - Dei risada.

Cass se sentou na cadeira que estava ao meu lado com a guitarra em seu colo, fechou seus olhos e começou a tocar. Seus dedos deslizavam nas cordas, o som que produzia era maravilhoso, eu sorria enquanto o olhava tocar com tanta paixão.

– Uau, você é realmente bom.

– Eu sei - Ele sorriu e colocou a guitarra no chão de novo.

– Uuui, tomatinho convencido.

Nós ficamos lá sentados conversando por um tempo, ele realmente é um cara mal humorado, consegue ser rude quando quer, mas... Enquanto conversávamos, ele foi uma amor (~rdftghujikjuhy~).

Depois de um tempo descemos as escadas, nos despedimos e cada um foi para seu lado.

~Nathaniel P.O.V on

Finalmente terminei toda a papelada que tinha que organizar, já estava ficando tarde, sai da sala do grêmio e ao longe, no corredor vi Annabela, apressei o passo e quando cheguei perto, puxei seu braço de leve.

– Nath - Disse ela sorrindo - Hm... Quer dizer, Nathaniel - Disse corando um pouco e eu ri.

– Pode me chamar de Nath - Sorri de volta - Hm... Então, eu queria saber se... se quem sabe... eu e v-você - Fiquei tão nervoso que não conseguia terminar a frase e podia sentir minhas bochechas queimando.

–Eu e você...? - Disse ela abrindo um sorriso

– Sorvete

– Sorvete?

– Sorvete - Repeti e nos dois acabamos rindo.

– Eu adoraria ir tomar um sorvete com você, Nath - Disse ela olhando para baixo, nos dois estávamos corados.

– Ótimo, amanhã depois da escola?

– Perfeito!

~Nathaniel P.O.V off

Não acredito que o Nath acabou de me chamar para sair, primeiro dia de aula e alguém me chamou para sair, não só um alguém, mas sim o gato do representante da turma... e eu achando que iria passar o meu primeiro dia de aula sozinha, comendo o lanche no banheiro para que ninguém me visse... (PASSADO, PASSADO, PARA DE PENSAR NISSO, ANN.)

Estava no pátio da escola, perto da saída quando vi um bloco de notas em cima do banco, me aproximei e o peguei, na capa pude ver um nome escrito em letras pequenas, lá se lia...

– Lysandre! - sussurrei para mim mesma

– Sim, sou eu! - escutei uma voz masculina atras de mim, me virei assustada.

~Lysandre P.O.V on

Havia esquecido meu bloco de notas... de novo... Era a segunda vez no dia, então resolvi voltar e procurar na escola, era o único lugar em que podia estar. Quando entrei no pátio vi Annabela perto do banco, ela parecia distraída com alguma coisa, me aproximei devagar e a ouvir sussurrar algo.

– Lysandre!

Sorri ao ouvir ela dizer meu nome.

– Sim, sou eu!

Ela se virou assustada e em suas mãos meu bloco de notas, eu apontei para o bloco e sorri.

– Você achou?!

– Sim- Ela sorriu sem jeito e me entregou o bloco de notas

Eu o peguei e então houve uma pausa de silêncio constrangedor, até que ela o quebrou.

– Bom, já vou indo então.

– Espere, não quer que eu te acompanhe até em casa? Já está tarde, e... Você sabe, pode ser perigoso.

– Oh... Tudo bem - Disse sorrindo.

Andamos lado a lado até sua casa, conversamos o trajeto todo, ela é uma garota muito interessante e engraçada, sua beleza era gritante, mas acho que ela não conseguia perceber isso, o vento batia em seus longos cabelos negros e ela me olhava com aquele sorriso... aquele olhos azuis eram hipnotizantes.

~Lysandre P.O.V off

Durante o caminho Lysandre me olhava de um jeito tão doce, eu queria tentar ao máximo parecer fofa durante o caminho, mas a porra do vento gostou de mim e meu cabelo ficava voando na minha cara.

Finalmente chegamos ao meu apartamento, Lys me levou até a porta, ficamos em silêncio por alguns segundos, de novo aquele silêncio constrangedor, ele ainda me olhava daquele jeito, sentia meu rosto queimar e sabia que minhas bochechas estavam vermelhinhas igual pimentão, e então resolvi quebrar o silêncio.

– Obrigada, Lys - Sorri ainda corada.

– O prazer foi todo meu, Annabela - Disse ele beijando minha mão, o que me fez corar ainda mais.

– Ann - Sorri olhando para o chão, sabia que se o olhasse coraria loucamente (coraria... que palavra engraçada hahahah, eu falei isso até demais)

– Ann - Repetiu sorrindo.

Nos despedimos um do outro, e então eu entrei no apartamento e vi que minha mãe ainda não havia chegado, subi as escadas, tomei um banho, coloquei um shortinho e uma blusinha qualquer e então meu celular começou a tocar.

– Alô? Ah, Rosa, Tenho alguns babadinhos para te contar - Ri comigo mesma.