Pov. Bella

Parecia que eu estava numa bolha de felicidade.

Assim que acabamos o beijo, sob aplausos diversos, olhei para o lado. Athenodora parecia em choque por tanta incredulidade e Tanya estava prestes a arrancar o meu pescoço.

Nossos olhares se encontraram e eu estremeci. A minha teoria de que aquela não era Tanya tinha sido confirmada: Mesmo que nós duas tenhamos vividos por momentos de desavença, ela nunca tinha me olhado com tanta raiva.

– MALDITA!!- Gritou Tanya não aguentando mais tanta raiva contida dentro de si. Sua voz estava sombria e seus olhos me assustaram. As íris de Tanya, sempre tão verdes quanto à grama de primavera agora estavam vermelhas como sangue. VERMELHO VIVO.

Abracei mais Edward e ele olhava para Tanya confuso, mais ainda com raiva. Depois disso, ela estranhamente soltou um tipo de “rosnado” e se virou. Achei tudo muito estranho e assustador. Mais antes de sair do salão, ela se virou novamente, com as íris Vermelhas e disse: VOCÊ LASTIMARÁ AS VEZES QUE ESTROU NO MEU CAMINHO, ISABELLA!

Aquilo me fez ficar mais com medo. Não entendi o “as vezes que entrei em seu caminho”. Era obvio que Tanya queria Edward, mais sempre achei que fosse puro capricho e eu sabia que era só isso. Ela nunca o amaria. Ela amaria sua coroa, seu status de princesa, e só.

– Edward?- Chamou Carlisle nos fazendo virar. Edward fez reverencia e eu não demorei a imitar o ato.

– Alteza!- disse Edward a Carlisle.

– Fico feliz que tenha a encontrado, Edward. – sorriu orgulhoso para o filho e se virou para mim, que apesar dos momentos de medo que vivi a alguns segundo atrás, não deixei de ficar envergonhada.- E você querida, será uma princesa perfeita para Cullen. – Então Carlisle suavemente me puxou dos braços de Edward e, ainda no meio do salão, aonde eu estava, ele falou:- COMTEMPLEM A NOSSA FUTURA PRINCESA, PRINCESSA ISABELLA.- Disse Carlisle erguendo um pouco minha mão e todos voltaram a aplaudir.

– VIVA A NOSSA FUTURA PRINCESA!- Gritou risonho alguém do salão e eu não precisava ser uma gênia para saber que foi Emmett. Lancei lhe um olhar do tipo: ”Eu já estou morta de vergonha e você ainda piora?”, mais ele simplesmente me lançou seu sorriso de “covinhas” e todos gritaram em coro: ”VIVA, VIVA, VIVA”.

Virei-me e olhei para Edward que sorria gracioso para mim. Será que ele não percebia o quanto eu estava desconfortável? Eu não estava acostumada a ser o centro das atenções...

– Acalme-se minha noiva!- disse ele perto do meu ouvido fazendo com que os pelos dos meus braços e pescoço se eriçarem. Uma onda de Calma e carinho me pareceu ser injetada na hora com a tranquilidade de suas palavras.

Para me passar mais segurança, ele me abraçou de novo: Um dos braços em minha cintura e o outro em meus ombros.

– Temos que apresentar a futura princesa para o resto da família- Sorriu.

Naquela noite, Edward dava sorrisos aos quais com certeza me deixavam com uma cara boba. Ele era tão perfeito... E ERA MEU NOIVO!

Dentro de mim, minha autoestima ficou seriamente elevada. Eu sempre tive baixa estima, só que dessa vez, ao perceber que Edward realmente estava querendo algo bem mais que meus sonhos, eu simplesmente me senti completa e realizada.

Não me senti inferior nem superior a qualquer um ali. Eu só me sentia Feliz e amada.

Pov. Narrador

Tanya andava meio sem rumo pelos jardins do castelo de Cullen. Seu choro de inveja e raiva faziam com que Victória fosse mais “presencial” nela.

– Só temos duas opções Tanya: ou você aceita a minha proposta, ou ficara para sempre sendo tão medíocre quanto a sua mãe e as mulheres normais de Cullen- Disse Victória mentalmente.

A proposta era: Tanya teria que fazer um pacto total com “os mestres” de Victória, e lhe entregariam sua alma.

Essa alma seria passada a Victória, e ela não teria mais só uma porcentagem de seu corpo (ou sua casca, como dizia Victória) e sim, seria TOTALMENTE DELA.

Era um caminho sem volta. Se entregasse sua alma, seria para sempre. Não seria mais a Tanya de antes. Seria a rainha de Swan, já que o corpo da rainha, agora, deveria estar aos restos.

Tanya estavam com tanta sede de vingança que não pensara muito no que era certo ou errado.

– SIM, EU ACEITO!

E assim que pronunciou essas palavras, Tanya foi automaticamente transportada para uma sala.

O lugar parecia um castelo.

Além da decoração por dentro ser requintada e graciosa, o cenário não era um dos melhores. Estava igual ao castelo de Swan: cheio de corpos mortos no chão. Tanya não se impressionou tanto dessa vez.

Olhou para frente e viu três homens. O primeiro, da esquerda para direita aparentava já ter mais idade do que os outros dois, mais ainda sim tinha lá sua beleza. Ele Parecia entediado.

O outro, o do meio, sorria simpático para ela. Totalmente amável. Com os olhos de íris vermelha.

Já o ultimo foi a que mais a surpreendeu devido à cor de sua íris: Branca. Ele tinha cabelos meio loiros e sorria também simpático.

– Victória... – disse o homem do meio dando um abraço em Tanya.- Vejo que trouxe sua “amiga”- deu um risinho que foi acompanhado pelos outros.- Quem sois?- perguntou o homem com hipnotizantes olhos vermelhos.

– Meu nome é Tanya, Tanya Denali.

– Prazer senhorita. Meu nome é Aro. E esses são meus irmãos: Marcus- Disse apontando para o que era o mais velho- e Caius- disse agora apontando para o homem de íris branca. - Se esta aqui... - disse Aro lhe dando as costas e olhando para os irmãos. - É porque aceitou a proposta de Victória, não é?- lhe sorriu faceiro.

– Vocês são os “mestres”?- disse Tanya confusa.

– Não minha querida- Disse acariciando o rosto de Tanya.- Na verdade, nossos mestres não são... Como posso lhe dizer... IGNORANTES MORTAIS. Trabalhamos e servimos, o que erroneamente vocês chamam de “lado obscuro “ou “O mal”- Tanya gelou na hora, mais Victória lhe passou uma confiança interna, fazendo com que aquele sentimento durasse pouco.

– O mal? Quer dizer, Demônios?

– Exatamente. - disse o homem mais velho lhe lançando um olhar de pena e mais tédio.

– Mas não se preocupe, minha linda. Você terá TUDO o que deseja, basta você relaxar, já que você já aceitou a proposta, não é mesmo?!- disse Aro divertido fazendo com que “Victória” risse e “Tanya” ficasse confusa.

– O que devo fazer? Quer dizer... Eu não sei...

– Acalme-se. Meu irmão Caius a levara até uma sala e lhe dará uma bebida. Você acordará bem, tranquila- Aro ia dizendo passando suavemente a ponta de seus dedos na pele macia de Tanya. Ela só concordou com a cabeça e seguiu Caius.

Entraram em um quarto escuro e com uma cama com lençóis brancos e convidativos. Parecia agradável, já que tudo ali era estranho, a não ser aquele quarto.

Tanya desviou sua atenção do quarto e olhou o homem loiro a sua frente.Caius, com os olhos brancos, disse algumas palavras segurando um cálice na mão e em segundos o cálice foi preenchido com uma bebida que parecia vinho.

– Tome. - disse Caius entregando o cálice a Tanya, que olhou, respirou fundo e engoliu. Caindo em um sono profundo