Princesa da Neve. escrita por Mary Dias


Capítulo 5
Deixe ir.


Notas iniciais do capítulo

Oie!!!
Bem, eu acho que não postei segunda passada, é isso? Se sim, é por conta de vários trabalhos que eu estava fazendo, não deu para atualizar nenhuma de minhas fics, esta é a primeira. Espero que gostem.
Particularmente, este é o meu cap preferido. Leiam a música no ritmo de Let It Go - Indina Menzel.



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~ Rússia. ~

Ella respirou fundo e olhou para os lados. Em sua cabeça repetia-se sem parar. “Encobrir, não sentir. Concentração, só um deslize e todos saberão”. A loira sorriu e olhou para todos. Uma estranha força puxava-lhe para baixo, então um homem acompanhado de uma mulher ruiva surgiu na porta.

Eles pediram para conversar com Hilary. A mulher foi até eles. Durante toda a conversa, eles a avaliaram. A ruiva tinha os olhos brilhantes ao olhar para Ella. A garota mal sabia onde enfiar a cara. Tudo o que ela queria era ser um avestruz e furar um buraco no chão para se esconder. Hilary chegou perto da fila. Eles passaram de garota em garota, então, chegaram até Ella.

– E quem é esta? – a mulher ruiva perguntou e o homem loiro encarou-a como se a conhecesse.

O homem sussurrou algo no ouvido da ruiva e ela deu pulinhos. Ella achou simplesmente tudo aquilo muito engraçado. Hilary a repreendeu por isso. Ella curvou a cabeça e passou a olhar para o casal, que agora estavam abraçados.

– Esta é Ella Tsorf, ela é muito velha para ser adotada. – Hilary disse indiferente.

Então, algo surgiu na mente de Ella. A garota nunca fora bem vinda naquele lugar. Se não fosse por Martha e Dorothy, ela seria deixada de lado pela segunda diretora. A loira encarou-a com o ódio fervilhando os seus poros. A mulher deu o seu melhor olhar inocente, é claro que ela não queria que a garota fosse adotada. Ela era uma mina de ouro. Se domesticada, poderia render fundos para o orfanato.

– É isso o que você sempre diz! – a menina praticamente gritou, atraindo a atenção de todos. – O que você tem comigo? Hein? Por que sempre foi mesquinha? – Hilary curvou a cabeça. – O sonho de todo órfão é achar uma família, e se me privas disto, eu já sei para onde vou.

Extasiada com o seu poder fluindo, ela jogou as luvas e abriu a porta com uma ventania. Ella estava pouco ligando para o tempo. Ando largamente pela neve, que batia em seus joelhos.

– Ai, de novo não! – uma voz falou como um gemido. – Ella!

Tudo estava claro! O sonho. A mulher gritando, sua mãe... Ella olhou para trás e ignorou a todos. Em frente a um riu ela pisou perto da água, petrificando-a. Assim, deu-se a deixa para que a pequena princesa da neve corresse, para onde, nem mesmo ela sabia, mas que corresse. Ao chegar a um lugar plano, ela olhou para trás, e viu que tudo o que vivera no passado, não valeria mais a pena.

Eles pensaram que podiam me segurar

Mas enganaram-se piamente

É um gelo congelado

E a princesa está aqui

Agora eu sei por que todos me esconderam

Não para proteger-me, mas para aproveitar-se

Ella começou a cantar, liberando neve para todos os cantos. Isso já não a incomodava, era como se a neve fizesse parte dela. Era como se ela já tivesse nascido para isso. Afinal, ela era uma princesa, assim como em seu sonho? Seja o que for, ela estava livre.

Não podem vir, não podem ver

Sempre a boa menina deve ser

Encobrir, não sentir, nunca saberão...

Não me importo se vão!

Então, Ella fez um movimento involuntário e criou novamente a versão viva de Olívia. A garota soltou ainda mais neve, chagando a formarem-se as estrelas. Era tudo maravilhoso. A neve era maravilhosa.

Deixe ir, deixe ir

Não consigo mais encobrir

Deixe ir, deixe ir

De mim não vou mais fugir

Não me importo com a falação

O temporal virá

O frio não vai mesmo me incomodar

A menina continuou andando, com a boneca de neve ao seu lado. Olívia também dançava. Criadora e criatura uniam-se em uma espécie de valsa improvisada.

Parece que com a distância

Os problemas ficam menores

Os medos que me cercavam não vejo aos arredores

É a hora que eu sempre esperei

Parece que voar eu também sei

A mágica já flui de mim

Livre sim!

Ella voou igual a uma bailarina, ou como a fada do filme infantil que era obrigada a assistir junto com todas as garotas do orfanato. Ela voou como se não houvesse amanhã. Ela tinha este dom. Ella podia voar. Queria gritar isto para os sete ventos, mas não daria certo. Ela seria linchada ou coisa do tipo. Não que se importasse, mas finalmente, depois de dezesseis anos, ela estava livre!

Deixe ir, deixe ir

Com o sol eu vou acordar

Deixe ir, deixe ir

Nunca vão me ver chorar

Aqui estou eu

E vou ficar

A tempestade virá

Então, uma pista de gelo surgiu no horizonte. Ella dançava e voava com toda a sua graça. Olívia acompanhava-a. Elas dançavam em sincronia, enquanto ela atribuía mais adornos à pista.

O meu é de inverno e gelidão

Com os fractais não viverei na solidão

Um pensamento se transforma em cristais

Eu sei que sou princesa, herdei isso de meus pais...

Ella descobriu o seu ombro e sorriu.

Deixe ir, deixe ir

O coque fora solto.

Eu sou a razão cujo chove lá fora

O vestido azul escuro fora substituído por um azul-claro, até os joelhos, sem meia-calça, com mangas que tinham diamantes e um decote meio-profundo.

Deixe ir, deixe ir

Aquela garota perfeita foi embora

E aqui estou eu

Nasci para brilhar

Tempestade virá

O frio não vai mesmo me incomodar.

A garota elaborara uma tiara belíssima, pusera em seus cabelos soltos e enfeitados com cristais de gelo, formando uma perfeita imagem. Ella Frost estava viva. Agora caberia a ela saber de todo o seu passado e enfrentaria isso com unhas e dentes. A garota iniciara uma perfeita patinação, mas fora interrompida por vozes, que não estavam nada distantes.

– Isto me assusta. – disse uma voz feminina.

– Ora Anna, não precisa ter medo. Ella não faria nada de ruim a você. – uma voz masculina a interrompeu.

– Quem está aí? – a loira tentou ser mais malvada o possível.

– Er... Ella, eu sou Anna, de Arendelle e é um prazer conhecê-la. – disse aquela mulher ruiva do orfanato, ela curvara-se.

– O que fazem aqui? – Ella perguntou, um pouco relaxada.

– Viemos a sua procura. – o loiro respondeu. – Me chamo Kristoff e nós somos er...

– Meus pais? – ela perguntou alegre e com uma nota de amargura.

– Não. Somos seus tios. – Anna respondeu. – Sua mãe sequer pode sair do castelo, ela não conseguiria andar um km sem você.

– Como assim? – Ella franziu o cenho. – Expliquem-me.

– Arendelle é um reino. Você é a nossa princesa, filha de minha irmã mais velha, Elsa. – Anna respondeu. – Elsa tem poderes da neve, assim como você tem. Ela casou-se com seu professor e Guardião, Jack Frost. Você é fruto desta união. Eles sofreram muito quando você foi sequestrada por Breu. Os Guardiões se esconderam das crianças por conta do seu sumiço. Em todos os invernos, a nostalgia acaba com a beleza do Natal. Simplesmente porque o Guardião da Diversão não tem mais ânimo para brincar. Ella. Nós nunca te abandonamos como você pensa. Estamos aqui para te levar para casa.

A loira sorriu.

– Ah, mas olhe só, ela é a cara da Elsa! – disse uma voz fininha. Um boneco de neve falante surgiu, assustando Ella e Olívia. – Oi Ella. Eu sou o Olaf, e gosto de abraços quentinhos.

Ele ergueu os gravetos, então Ella sorriu aliviada. Por trás de Anna e Kristoff, uma rena veio chegando mais perto deles, ela carregava um trenó.

– Então como a Anna disse, nós viemos para lhe levar para casa. Você vem conosco? – Kristoff inquiriu.


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Notas finais do capítulo

Comentem cubinhos de gelo!
Roupa da Ella: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=134982129&.locale=pt-br



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