– Então como a Anna disse, nós viemos para lhe levar para casa. Você vem conosco? – Kristoff inquiriu.

Ser ou não ser, eis a questão.

Ir ou não ir, como será?

Eu suspirei cansada e abaixei meus olhos. Meus pais nunca me abandonaram eles me amavam. Isso era informação de mais para uma garota que há pouco tempo achava que faria dezoito anos em um velho orfanato russo. Sentei sob os meus joelhos, mas não chorei, apenas refletia. O boneco de neve, Olaf, chegou perto de mim e me abraçou.

– Er... Ella? – encarei-o. – Você pode confiar em nós. Deixa eu te contar uma história, sim? – assenti, sentando-me e sendo acompanhada até pela rena. – Quando a sua mãe me criou, ela também criou várias coisas legais, mas agora, ela se tornou uma rainha amarga e sem vontade de viver. Quando ela era pequena, ela quase congelou a sua tia. – eu olhei para Anna e arregalei os olhos.

– Espere, ela foi levada a um troll e ele operou-a? – eu perguntei.

– Sim. – Anna disse com simplicidade. – Ele apagou a minha memória e a minha irmã ficou reclusa por muitos anos, até se revelar e afundar Arendelle em um inverno rigoroso. Assim o reino está novamente, você é a nossa chance de por um pouco de calor em nossas vidas.

Eu suspirei e olhei para o lado. Ela era a minha tia, eu queria conhecer todos. Levantei-me.

Sempre fui uma garota reclusa

Mas agora eu encontrei

Uma família de pessoas amorosas

Nunca mais sozinha eu estarei

Vocês chegaram fazendo barulho

Sei que algo em mim mudou

Eu preciso conhecer todo

Papai titio e também vovô

Minha família não é mais compacta

Agora feliz estou.

(Todos)

A união que faz a força, podemos nos juntar

Ella você nunca sozinha irá ficar

Pois agora estamos juntos

E ao lar você vai retornar...

Olhei para eles com um enorme sorriso estampado no rosto. Anna sorriu, como se soubesse o que eu falava. Ela estendeu-me sua mão direita e eu a segurei.

– Sim. Eu irei com vocês. – sorri, extasiada com a felicidade de ter achado a minha família.

Como será que Elsa e Jack eram? Eles eram bonitos? Como eles adquiriram poderes da neve. Seria legal conhecer os Guardiões. Meu pai era um Guardião. Isso era demais. Acho que nunca sorri tanto em minha vida quanto sorrio agora. Como será que está a minha mãe? Será que ela sabe que me encontraram?

(...)

Elsa tremia em sua cama. O frio lhe consumia, literalmente, então, acordou-se em um pulo, observando o céu. Após a saída de Anna e Kristoff, eles foram dormir no grande palácio, só Elsa sabia quantas vezes revirara os olhos para o marido, que temia pela sua integridade física. A loira caminhou às cegas pelo quarto, sua camisola arrastava-se pelo chão, tanto que ela teve que segurá-la para não cair.

Elsa ligou a luz do abajur e levou um susto ao ver uma figura esquisita sentada na poltrona ao seu lado. Ela fez menção de jogar o utensílio em Breu, mas ele desviou-se, rindo da reação exagerada da rainha. Elsa jogou o abajur no chão com raiva e o mesmo apagou-se.

– O que quer aqui? – ela perguntou irada. – Por acaso, já não tem o que queria? Já não desestabilizou a minha família?

– Minha querida Elsa. Nunca foi a minha intenção causar algum dano à criança. – riu-se Breu.

Elsa piscou.

– Então... Minha Ella está viva? – perguntou animada.

– Sim. – o Bicho Papão chegou perto da rainha de Arendelle e segurou-a no mesmo. – Como eu disse, minha intenção nunca foi machucá-la, já que aquela garota deveria ser como eu.

– Não diga asneiras! – Elsa rosnou.

– Rainha Elsa de Arendelle. Você agora é a minha prisioneira.

Dito isso, Breu aparatou com Elsa para algum lugar muito, mas muito distante do reino.