Princesa da Neve. escrita por Mary Dias


Capítulo 4
Comissão de resgate e carta para North.


Notas iniciais do capítulo

OIEEE.
Bem, eu disse que postaria todas as segundas, eu me esforcei bastante para conseguir, porém sempre dava alguma coisa errada e eu não queria deixar para postar em outros dias da semana. Vai continuar sendo atualizada todas as segundas.
Chegou a parte que todos esperavam!!! Acharam Ella!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/530088/chapter/4

~ Arendelle. ~

Anna, Kristoff e Olaf se dirigiam em Swen ao palácio de Elsa. O objetivo era avisá-los da partida para a “segunda lua de mel” deles. O frio na barriga de Anna se deu à única coisa que eles não pensaram. E se Elsa descobrisse a farsa deles?

– Será que Elsa desconfiaria de nós? – estancou em frente à montanha onde ficava o castelo da irmã.

– Relaxe Anna! – Kristoff confortou-a. – Se ela desconfiar, partiremos assim mesmo.

– Partiremos mesmo assim para onde? – Jack os assustou.

Anna pulou das costas de Swen, quase caindo no chão, sendo amparada por Kristoff.

– Jack! – Olaf saudou.

– Er... Iremos partir para... – Kristoff tentou falar.

– Er... Para a nossa segunda lua de mel. – Anna concluiu, as bochechas estavam vermelhas e ela ainda era segurada por Kristoff.

– E o que a Elsa não pode descobrir? – Jack arqueou a sobrancelha.

– Er... – Kristoff derruba Anna, que tomba no chão. – Por que ela não pode descobrir... Que esta viagem é para ajudar a Anna a... Produzir o nosso primeiro filho. – a esposa o fuzilou com o olhar, sentindo suas bochechas ficarem em brasa.

– Ok. – Jack sorriu de canto. – Eu direi a Elsa que vocês partiram para uma lua de mel. Aonde mesmo?

É... Eles não pensaram nisso, mas Anna já tinha alguma ideia. Procuraria em um lugar que nevava todos os dias do ano.

– Rússia. – disse o que veio à sua mente.

– Rússia. – Jack assentiu. – Podem ir, eu aviso a Elsa. E oculto a parte do bebê. Ah! E mandem um abraço para o North, o Canguru, o Sandy e mande um beijo com dentinhos para a Fada.

– Ok. – Anna subiu no lombo da rena. – Er... Tem como fazer a névoa para o Olaf?

– Claro. – o Guardião do gelo e da diversão sorriu e com um gesto, criou uma tempestade de neve para que o boneco de neve não derretesse durante o trajeto. – Boa sorte e encontrem a Ella.

Anna, Kristoff, Olaf e Swen arregalaram os olhos para o Guardião, que sorriu de canto.

– Ou vocês acharam que eu acreditaria nisso? – Jack arqueou a sobrancelha. – Se não temesse pela segurança e sanidade de Elsa, eu até que iria com vocês. Mas por favor, acatem um pedido de um pai estrangulado... – ele abaixou a voz. – Tragam-na para nós. Para o povo de Arendelle. Já não aguento mais esta espera.

Os quatro assentiram como lagartixas. Anna tinha lágrimas nos olhos.

– Cuide bem de minha irmã Frost. – a princesa de Arendelle disse séria.

Jack assentiu sorrindo, segurou-se ao seu inseparável cajado e voou para o castelo onde Elsa o aguardava em sua sacada. – é, aquela bem diva do final da música Livre Estou.

~ Rússia. ~

Os raios da manhã surgiam no horizonte. Mesmo com o sol nascendo, caiam alguns flocos de neve, que embaçavam a visão da janela e impediam que Ella cegasse. Mais uma vez ela repetiu para si mesma. Não devo esquecer-me de fechar a cortina, não devo esquecer-me de fechar a cortina.

– Tsorf! – Hilary chamou-a com severidade. – Está na hora de levantar-se, o pessoal já, já chega para o Grande Dia. – a loira revirou os olhos.

Levantou-se, andando até o seu banheiro particular, mais uma evidência de que ela era uma aberração. O dia da adoção era o pior dia do ano. Uma vez por ano, pessoas adotavam uma criança e ela ficava para trás. Aos dezesseis, ela sabia que completaria a maior idade, mas não seria adotada.

Vestiu-se com um vestido azul escuro que ia até um pouco acima de seu joelho. Ele era rendado nas mangas e tinha um estilo como se fosse um espartilho. Pôs um sapato de salto médio, antes, é claro, a sua meia-calça cinza. Em suas mãos, ela usava uma luva de um azul mais claro que o azul do vestido. Seu cabelo fora preso em um coque elaborado e extremamente apertado.

Não podem vir, não podem ver...

Sempre a boa menina deve ser...

Encobrir, não sentir... Concentração...

Mas em um só deslize, todos saberão...

Suspirou após entoar seu mantra. Abriu a porta do quarto e desceu as escadas do terceiro andar. Ela sentia-se um monstro, mas pelo menos era um monstro elegante. Assim que parou em frente ao último degrau das escadas, as crianças prenderam a respiração. Só soltaram quando ela se encaminhou com a cabeça erguida para o fim da fila indiana, que era feita do menor para o maior, ou, naquele caso, do mais novo para o mais velho.

– Lembrem-se. – Hilary disse severamente. – Sorriam e sejam agradáveis. – o fim de seu pronunciamento fora uma indireta mais que direta para Ella.

A loira abaixou os olhos, mas tornou a levantá-los quando o pessoal adentrou o velho orfanato. Todos olhavam as crianças, e sorriam, como se elas fossem tudo o que eles esperavam em uma criança normal.

~ Polo. ~

Um dos gnomos de North se desdobrava em mil para lhe trazer uma carta que pegara no quarto de uma criança. Ele tentou abrir a porta do escritório de North, mas foi falho. Então avistou a Fada do Dente perto da porta. Ele fez o maior estardalhaço para chamar a atenção da Guardiã.

– Ah oi! – Fada disse por fim, quando o gnomo pequenininho lhe derrubara, chamando a sua atenção. Ele entregou-lhe a carta. – Para o North? – ele assentiu. – Ok. Eu entrego a ele. – o gnomo se retirou, correndo o mais rápido que suas perninhas curtíssimas alcançavam. A Guardiã levantou-se e irrompeu pela porta do escritório do Papai Noel. – North, carta para você.

O Guardião virou-se rapidamente, fazendo com que Coelhão revirasse os olhos. Com a proximidade do Natal, ele tornara-se ainda mais senil. Pegou a carta das mãos da pequena Fada do Dente e abriu o pergaminho.

Caro Papai Noel,

Sou Ella Tsorf, tenho dezesseis anos e não deveria estar a escrever uma carta para o senhor. Motivo? Sou velha demais, esquisita demais e uma aberração.

Não sei se já lhe contei, mas... Contenho poderes da neve. Nunca recebi um presente seu no Natal. Nunca ganhei um ovo da páscoa do coelho, acho que nunca tive um sonho bom na vida. Apenas – creio eu – recebi a visita da Fada do Dente. – ou foi da diretora do orfanato.

Fui abando nada por meu pai aqui quando tinha algumas horas de vida. Quando descobriram que eu tinha poderes do gelo. Se você ler esta carta, quero que saiba que eu não quero nenhum presente material. Apenas peço encarecidamente que toque no coração de meus pais para que eles me salvem deste lugar e me aceitem como filha.

Sei que estarei lhe devendo uma, atenciosamente,

Ella T.

Ele leu enquanto andava para fora de seu escritório, sendo seguido pelos dois Guardiões que ali estava. Eles pararam em frente ao enorme globo terrestre, que mostrava todos os pontinhos dourados ligados. As crianças ainda acreditavam neles. Sandman apareceu lá em uma névoa dourada, como sempre.

– Olá Sandy! – saudou-o North. – Como vai?

O homem dos sonhos fez uma figura de positivo em sua cabeça.

– Quem é Ella Tsorf? – perguntou Fada, expressando a sua linha de pensamentos.

– Sabe que... Eu não sei. – North se tocou disso. – Ela não esta registrada aqui, por mais que tenha mais idade do que as crianças que eu tenho costume de dar presentes. Se ela é uma adolescente, mas ainda acredita em mim, eu devo ter o registro dela.

Fada franziu o cenho. – Vamos para o meu palácio?

Todos franziram os seus cenhos, mas mesmo assim explodiram um globo de neve e se materializaram no palácio da Fada. Ela saiu voando e murmurando coisas desconexas.

– Onde esta... – saiu revirando todos os dentes. – Letra T... – procurou na letra T. – T... Tuerds Manuela, Tsorf Ella. – franziu o cenho. – Aqui! Ella Tsorf! É russa!

Coelhão revirou os olhos.

– Dê-me aqui. – North estendeu uma das enormes mãos, que logo foi preenchida por um pequeno embrulho que continha todos os dentes caídos de Ella. – Tsorf Ella... Não é Ella o nome da filha da Elsa e do Jack? – todos assentiram. – Tsorf... Tsorf... Isso não é russo...

– Não seria Frost? – Coelhão questionou com a sobrancelha arqueada.

– O que disse? – Fada perguntou. – Onde você viu isso?

– Vi no reflexo dos olhos do North. E o contrário de Tsorf é Frost e o de Frost é Tsorf. – ele deu de ombros, indiferentemente.

– Ah! – eles olharam para Sandman, que tentava chamar atenção deles. O homem da lua mostrava uma menina muito bonita, com os olhos da cor dos pais. Seus cabelos eram loiros, ela tinha uma pele muito pálida. Usava um vestido azul, luvas e sapatos. Era muito bonita mesmo. – Encontramos a Ella! – North exclamou feliz.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Princesa da Neve." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.