O Começo: O Que Aconteceu Antes da Escolhida? escrita por Stravinsky


Capítulo 2
A borboleta azul




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O sinal bate na escola. Sr. Sweet, o professor e diretor da escola, escreve algumas coisas no quadro, enquanto os alunos copiam. Nick arranca uma folha do caderno, amassa e olha para Mary, que mexia no iPhone. Ele joga a bolinha em Mary, que derruba o iPhone no chão.

– Ei!! - gritou Mary.

Sweet olhou para a classe.

– O que está acontecendo senhorita Evans? - perguntou Sweet.

Ela pega a bolinha de papel do chão e o iPhone.

– Quem jogou isso? - perguntou Mary. Ela se vira para Sam - Foi você, não foi Sam?

– Não! Não fui eu! - disse Sam.

– Muito bem - disse Sweet - Quem jogou isso?

A classe fica em silêncio. Nick e Louis se olham e riem.

– Senhorita Evans, sente-se - disse Sweet.

– Mas...

– Sem mas - disse Sweet - Eu preciso terminar de colocar essa matéria no quadro antes do sinal tocar.

O sinal toca.

– Bem, acho que deve estar feliz senhorita Evans - disse Sweet - Na minha sala.

– Mas... O que eu fiz? - perguntou Mary.

– Na minha sala em 10 minutos - disse Sweet.

Mary resmunga e olha feio para Sam que saía da sala com Mia e Bruno.

– O que temos agora? - perguntou Sam.

– Teatro - disse Mia.

Julieta chega ao lado delas.

– Viram o novo terno do Flamin? - perguntou Julieta.

– Porque vocês olhariam o terno do sr. Flamin? - perguntou Bruno.

– Porque cada dia é um terno mais esquisito - disse Julieta.

Eles chegam na sala de teatro e sentam nos sofás. Julieta se levanta ao ver Justin entrando na sala.

– Oi Justin - disse Julieta.

– Oi Ju - disse Justin.

Justin senta com alguns garotos e Julieta cai no sofá, suspirando de amor.

– Ele não é lindo? - perguntou Julieta.

– Vou te falar a mesma coisa que eu te falo todos os dias - disse Raina - Sim, ele é bonito, para você.

Mia observa Max, Nick, Louis e Justin.

– Foi você? - perguntou Max - Você fez a Mary ir para a diretoria?

– E dai? - perguntou Nick - Ela não parava de me encher o saco com a história de que a Nathalia tinha sido alvo de uma trama na escola!

– Trama? - perguntou Louis - Estamos na novela agora?

– Parece que sim - disse Nick.

O professor Will Flamin chega na sala, com seu terno verde musgo e sua pasta de couro, cheia de selos de todos os países que ele havia ido. Ele vai direto para o palco.

– Miller, Turner - disse Flamin, apontando para os dois - Aqui em cima, rápido.

Os dois se olham e vão ao lado do professor.

– Quero que os dois encenem a cena de Romeu e Julieta - disse Flamin.

– Então eu preciso de uma garota - disse Nick.

– Não - disse Flamin - Isso é teatro. Improvisem.

Nick olha para Louis e se ajoelha.

– Romeu - disse Nick - Ó Romeu... Onde está que não te acho? Desejo tanto tê-lo por perto...

– Hã... - disse Louis. Ele olha para a classe e em seguida para o professor, que o manda seguir - É isso ai! Eu sou o Romeu! E não tem ninguém nesta cidade mais bacana do que eu!

A classe riu e o professor desviou o olhar.

– Turner, saia do palco - disse Flamin.

Louis desce correndo do palco e sai da sala de aula. A classe ri e o professor olha para Nick, que continuava no palco.

– É isso que eu chamo de anti-profissionalismo - disse Flamin - Eu disse, façam uma cena de Romeu e Julieta e vocês interpretam a cena 14 de Britto e Lavana, a copia de Romeu e Julieta?

A classe riu.

– Para a sala do diretor - disse Flamin - Agora Nick.

– Sim senhor - disse Nick.

Nick pega a mochila no sofá e sai de sala. Flamin sobe no palco.

– Bom, como todos sabem, no meio do ano, a escola disponibiliza todo o material necessário para a peça do ano - disse Flamin - E esse ano, eu quero que quatro de vocês escrevam a peça e o resto irá interpretar. Alguém se oferece para ser um dos roteiristas?

A classe fica em silêncio. Mia olha para todos e levanta o braço.

– Eu me ofereço! - disse Mia.

Sam olha para a amiga.

– Eu também! - disse Sam.

– Eu também! - disse Max.

– Também me ofereço! - disse Bruno.

Sam olha para Bruno e ri.

– Perfeito! - disse Flamin - Agora que já temos os quatro, precisamos ver sobre o que vamos fazer a peça. Alguma ideia?

– Que tal, uma garota que é morta por professores e a melhor amiga dela tenta descobrir o que está acontecendo?

Todos olham para a porta, vendo Mary.

– Senhorita Evans, porque está mais atrasada do que o normal? - perguntou Flamin.

– Porque eu fui ver o diretor Sweet - disse Mary. Ela vai até o centro da sala - Por causa da Sam!

– Eu? - perguntou Sam.

– Sim, você! - disse Mary - Eu sei que foi você que jogou a bolinha de papel em mim!

– Eu nunca faria isso! - disse Sam.

– Mentirosa! - disse Mary.

– Agora chega senhorita Evans! - disse Flamin - Ninguém entra aqui e faz a minha aula um debate!

– E o que o senhor achou da minha ideia? - perguntou Mary.

– É a ideia mais estúpida que eu já ouvi! - disse Flamin - Agora sente-se e fique em silêncio.

Mary se senta em uma das poltronas e observa o professor dando aula. Enquanto isso... Na casa de Anúbis, Trudy leva uma cesta de roupas para a lavanderia, enquanto Victor está no escritório, escrevendo coisas. Ele olha para Corbierre, o corvo empalhado que fica na mesa.

– Está quase na hora Corbierre - disse Victor - Mas o que ele vai querer? Faz muito tempo que nós conversamos com ele. Quase 20 anos.

O pássaro parece que entende o que ele diz. Se ouve o barulho da porta se abrindo. Os moradores da casa de Anúbis vão chegando, rindo e conversando.

– Viram o Louis e o Nick? - perguntou Justin - Eles não voltaram desde que o senhor Flamin deu uma bronca por causa daquela cena de Romeu e Julieta.

– Talvez tenham ido para a sala do senhor Sweet - disse Bruno - O senhor Flamin mandou o Nick ir para lá e talvez o Louis tenha sido pego.

– Pego? - perguntou Max - Por quem? A senhora Andrews?

– Pode ser - disse Justin.

Os alunos vão para seus respectivos quartos. Sam larga a mochila em baixo da cama e tira outra muda de roupa do armário. Mary chega, joga a mochila em um canto do quarto e se joga na cama, mexendo no iPhone.

– Eu vou tomar um banho - disse Sam.

– E o que eu tenho haver com isso? - perguntou Mary.

– Só estou avisando - disse Sam.

Sam sai do quarto, enquanto Mary continua a mexer no iPhone. E... A maioria dos estudantes estava na sala, lendo revistas, livros, conversando, mexendo nos celulares ou em notebooks. Sam entra na sala e senta ao lado de Bruno.

– Então, sobre o que vamos fazer a peça? - perguntou Bruno.

– Hã... Eu não faço ideia - disse Sam - Eu entrei nessa porque a Mia se ofereceu.

Mia chega na sala e senta ao lado de Sam. A garota está com um caderno velho e colorido em mãos.

– O que é isso? - perguntou Bruno.

– Isso, são algumas das minhas histórias - disse Mia. Ela abre o caderno, onde cada folha tinha uma história diferente - Podemos usar uma dessas para fazer uma base para a história para a peça.

– É uma ótima ideia - disse Bruno.

Enquanto eles escolhem uma história, Julieta olha para Justin, que ajuda Trudy a colocar a comida na mesa. Raina olha para a amiga e fecha o notebook.

– Julieta! - disse Raina. A amiga continua a olhar para Justin - Julieta! Alô! Terra para Julieta!

– Oi? - perguntou Julieta, olhando para a amiga.

– Pára de olhar para ele por um minuto! - disse Raina - Você está assim desde que chegamos da escola!

– Não dá - disse Julieta - Eu amo ele! De verdade Raina!

– Sei - disse Raina, abrindo o notebook - E porque você não vai falar com ele?

Justin olha para Julieta e abana para ela, que retribui.

– Eu não sei - disse Julieta - Eu não tenho coragem.

É ouvido o som da porta da frente. Nick e Louis entram na sala.

– E onde vocês estavam? - perguntou Trudy.

– O professor Flamin me castigou - disse Nick - Precisei ficar uma hora com ele, escrevendo cartas para os fãs dele nos outros países.

Todos riram.

– Bem, e você Louis? - perguntou Trudy.

– A senhora Robinson me pediu para ajudar o jardineiro da escola - disse Louis - Fiquei uma hora colocando rosas no gramado.

Ele tira uma rosa vermelha, que estava escondida atrás das costas. Ele vai até Raina e dá para ela.

– Raina, é para você - disse Louis.

Raina pega a rosa e olha sem reação para Louis.

– É sério? - perguntou Raina.

– Mais sério impossível - disse Louis.

Raina sorri, se levanta e abraça Louis.

– Isso é muito fofo! - disse Julieta.

Os dois se olham e Louis sai da sala, indo para o seu quarto. Raina olha para a rosa, que parecia bem viva. Julieta vai até a amiga.

– Deu sorte hein? - perguntou Julieta.

– O jantar está pronto! - gritou Trudy.

Imediatamente, todos os alunos foram indo para a mesa. Raina senta na ponta da mesa, Louis senta ao seu lado, Nick senta ao seu lado, seguido de Mary, Julieta, Justin, Bruno, Sam, Mia e Max. Todos começam a se servir, enquanto Trudy vai lavando louça. Victor entra na sala.

– Todos quietos - disse Victor - O que houve para vocês não estarem agitados?

– Eu estou com fome - disse Louis.

Todos riram.

– Muito bem - disse Victor - Vim dar um aviso. Hoje a noite eu tenho um compromisso então vocês vão para a cama mais cedo. As 21 horas, todas as luzes serão apagadas, o que quer dizer que ninguém pode estar zanzando por ai a partir das 20 horas.

– Ok, é isso? - perguntou Mary.

– Sim - disse Victor - Vocês tem duas horas.

Victor sai da sala.

– Legal - disse Julieta - Eu não consigo dormir cedo!

– Problema é seu - disse Nick.

– Se quiser, podemos sair antes que o Victor veja - disse Justin - Nós podemos dar uma volta.

– Eu adoraria Justin - disse Julieta.

– O Justin e a Julieta namoram? - perguntou Sam, sussurrando.

– Tecnicamente não - sussurrou Bruno - Mas o Justin ama ela, e quer que a Julieta se declare, por isso ele não assume o relacionamento.

– Que confusão - sussurrou Sam.

Os dois riram e voltaram a comer. E... Louis sai do banheiro, com uma toalha e uma muda de roupa em mãos. Victor chega no meio do saguão.

– São 21 horas! Vocês tem precisamente cinco minutos! - gritou Victor. Ele tira um alfinete do bolso - Depois eu quero ouvir este objeto, caindo!

Ele larga o alfinete, que faz um som suave ao cair no chão. Victor percebe que não há mais nenhum som, pega o alfinete e sobe as escadas, em direção ao seu escritório. Justin sai do quarto e olha para a escada. Enquanto Victor está de costas, olhando para os arquivos, Julieta abre a porta do corredor e desce as escadas.

– Você foi bem silenciosa - sussurrou Justin.

– Obrigada - sussurrou Julieta - O que vamos fazer?

– Que tal passear no parque? - perguntou Justin, sussurrando.

– A essa hora da noite? - perguntou Julieta, sussurrando.

– Tem vagalumes a essa hora - sussurrou Justin.

– Ah! Eu adoro vagalumes! - sussurrou Julieta.

Os dois abrem a porta da frente e saem. Victor ouve o barulho, mas quando olha para a porta, não vê ninguém. Ele tira o relógio de pulso do casaco e sai do escritório. Ele desce as escadas e abre a porta do porão, que era ao lado das escadas, entrando lá. E... Sam não consegue dormir, se revirando na cama. Ela olha para a janela, que estava fechada, levanta e vai até lá. Ao olhar para fora, vê uma borboleta. Sam abre a janela e olha a pequena criatura. A borboleta tinha asas de cor azul claro, como se fosse o céu.

– Olá você - disse Sam, olhando para a borboleta - Como está?

A borboleta voa por um tempo e pousa em na mão de Sam. A garota, encantada pela beleza da borboleta, a toca nas asas. Do nada, ela sentiu um arrepio por todo o corpo. A borboleta sai voando, deixando Sam encantada. E... Há várias pessoas, usando capas douradas, em torno de uma mesa com uma taça cheia de água. Elas tiram os capuzes, revelando Eric Sweet, Daphne Andrews, Victor e mais alguns outros.

– Irmãos, como de costume, precisamos ver o que Anúbis quer - disse Victor - Em troca, ele nos dará o que for preciso para continuar com o elixir da vida. E vamos continuar assim, por bastante tempo.

Victor olha para a taça cheia de água, que começa a brilhar. Do nada, um pequeno papel emerge da água. Ele pega o antigo papel, que não parecia estar molhado e lê.

– O que diz Victor? - perguntou Sweet.

Ele olha por mais um tempo.

– “Aquele que possuir o coração mais puro de minha casa, deverá ser entregue a mim para que ele possa ser imortalizado nos cristais do tempo” - leu Victor - “O tempo máximo é de três meses. Sem mais nem menos”.

– O que quer dizer? - perguntou Daphne.

– Precisamos sacrificar um dos moradores desta casa - disse Victor - Mas, não pode ser qualquer um. Precisa ser um que tenha o coração puro, livre de maldades.

– Sacrificar um dos adolescentes? - perguntou Sweet - Não podemos fazer isso.

Victor enrola o papel.

– Podemos e vamos - disse Victor.

– E que desculpa daremos aos alunos e aos pais do estudante quando o matarmos? - perguntou Daphne.

– Não daremos - disse Victor - Deixe comigo tudo. Eu sei exatamente o que fazer.

– Olhem!

Outro papal emerge da água. Victor pega e lê.

– “Cuidado com a borboleta azul” - leu Victor - “Nut está de volta e tentará impedir isso”

Victor enrola o papel.

– O que quer dizer? - perguntou Sweet.

– Que a mãe dos deuses, Nut, vai escolher alguém para impedir isso - disse Victor - Se algum de vocês vir esta borboleta, já sabem o que fazer. E por hoje, é isso.

– E como você vai fazer para achar o puro de coração? - perguntou uma das pessoas.

– Meu plano já está formado - disse Victor - Não se preocupem irmãos, o elixir será dado a nós novamente em pouco tempo.

Todos se curvaram. E... Os estudantes estão saindo da casa de Anúbis. Victor observa cada um, até Sam descer as escadas com rapidez. Bruno a encontra.

– O que houve? - perguntou Bruno - Você está bem?

– Sim, é que... - disse Sam - Só estou um pouco tonta...

– Quer ficar em casa? - perguntou Bruno.

– Claro que não! - disse Sam - Vamos logo Bruno.

Eles saem, enquanto Victor se senta atrás de sua mesa e pega o telefone.

– Sou eu - disse Victor - Temos que por o plano em prática. Vou lhe dizer exatamente o que fazer. E sem erros Eric!

E... Os alunos vão chegando na sala de francês. A senhora Andrews chega na sala, com seus vários livros em mãos.

– Bom dia classe - disse Daphne.

Somente alguns respondem.

– Bom, temos muito trabalho a fazer - disse Daphne - Temos que rever a matéria já que a prova é daqui uma semana.

Alguém bate na porta. O diretor Sweet entra.

– Desculpe interromper senhora Andrews, mas quero avisar a classe que hoje eu vou começar a interrogar os alunos - disse Sweet.

A classe fica inquieta.

– O que isso quer dizer? - perguntou Louis.

– Significa, senhor Turner, que eu vou falar com todos os alunos - disse Sweet - Ontem a noite, houve um arrombamento em uma das casas e eu vou falar com os alunos da casa de Anúbis.

– Foi nossa casa que foi arrombada? - perguntou Raina.

– Foi, mas não precisam se preocupar - disse Sweet - Pelo o que constatamos, o ser só conseguiu arrombar a porta, mas não a grade. Mary, você primeiro.

Mary se levanta e segue o diretor. Todos se olham, esperando quem seria o próximo.


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