O Verdadeiro Romance Entre Nós escrita por A Veggie Dreammer


Capítulo 6
Capítulo 6 - Feridos


Notas iniciais do capítulo

Hoiiii! Gente, eu to meio sem tempo, tendo que escrever aqui todos os dias, fazer vídeos, escrever no blog e sem contar as coisas que fazia normalmente, tipo fazer tarefas, ir no inglês e ir no vôlei. Sim, a minha agenda está mais cheia que... que alguma coisa cheia! Então eu decidi postar todos de SEGUNDA A SEXTA! Afinal eu preciso descansar sábado( eu só tenho que posta vídeo sábado) e domingo! Espero que me intendam e continuem acompanhando a série.



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POV Maxon

Só o que pude fazer, foi ouvir o tiro. E em seguida ouvir outro tiro. Senti uma dor excruciante em seguida, sabendo que tinha sido atingido. Minha visão começou a ficar turva e comecei a ter alucinações. Eu vi várias Americas e várias Kriss, me sentido o maior idiota. Vi manchas vermelhas, deveria ser sangue, em grandes proporções ao longo do piso frio e duro de madeira da sala de Kriss. Depois disso ouvi os gritos de America. Eu ainda tentava me soltar, mas já era inútil, pois eu estava fraco e perdendo mais e mais sangue a cada instante. Os gritos de America doíam em mim também, porém no coração. Eu só estava enxergando uns borrões, mas pude perceber quando America apagou e a levaram para fora da sala. Logo depois eu apaguei também, com uma única palavra na mente.

– America...

Acordei em um quarto, em cima de uma cama. Pude perceber que as coxas eram bem macias, em um tom vinho puxado para o claro, as cortinas eram brancas, em volta de uma grande janela. Então finalmente pude perceber que já estava de manhã, e instantaneamente me lembrei do julgamento e de America. Se ela não estava ali, aonde ela estaria? Ouvi um barulho, percebendo só agora, que havia uma grande porta de madeira no canto esquerdo do quarto, e a maçaneta estava girando. Comecei a suar frio, imaginando como seria o meu julgamento, se America estaria lá, se ela estava bem e com que cara eu iria olhar para Kriss quando ela nos sentenciasse a morte. Eu estava esperando que eu guarda corpulento e desagradável abrisse e porta e me tirasse daquele quarto. Mas quem abriu foi Kriss. Acho que eu estava com uma expressão estranha no rosto, porque ela me olhou como se eu estivesse sujo. Até que ela perguntou.

– Eu estou feia, por acaso?

– O que? Como assim? Cadê a America? - Eu já estava gritando.

– Calma meu amor, não teremos mais que nos preocupar com ela. - Ela estava com um grande sorriso no rosto.

– O que? Kriss o que está havendo aqui?

– Nada, eu só tomei uma decisão.

– Qual decisão? - Pude perceber que havia um pouquinho de pânico na minha voz.

– Que eu iria esquecer todos os crimes cometidos por você, desde que você aceitasse se casar comigo. E ah, America será julgada em alguns minutos por mim e você, se você aceitar.

Kriss estava louca. Se eu não a escolhi antes, com certeza eu não a escolheria agora! Mas ela disse que se eu aceitasse, iria ajudá-la com o julgamento de America. Aquela poderia ser a nossa chance de escape. O que será que ela pensaria ao me ver ao lado de Kriss, como seu "noivo" ? Espero que ela não se magoe ou pare de confiar em mim. Voltando dos meus devaneios, pude perceber que Kriss ainda estava a espera de uma resposta, com uma expressão esperançosa nos olhos. Sem exitar, disse.

– Eu aceito me casar com você Kriss. - Forcei o sorriso mais falso que pude.

– Por que você aceitou?

Ela sabia que eu estava mentindo. Não tinha uma razão lógica para eu aceitar. Automaticamente me lembrei do motivo por quase me casar com ela e decidi usar essa desculpa.

– Descobri que America estava me traindo. Acho que assim posso me vingar dela.

Ela começou a gritar histericamente, me assustando, e me abraçando dizendo que o nosso amor seria eterno.

– Bem, vá se arrumar para o julgamento. Tem roupas no guarda-roupas ali no canto. Volto logo para te buscar. - Disse, já saindo pela porta.

Suspirei. Hoje seria um longo dia. Abri o guarda-roupas, onde havia uma calça jeans e uma blusa xadrez verde. Me lembrei do primeiro pedido de America a mim, me pedindo para usar calças jeans todos os dias se sua irmã chorasse ao comer um doce. Comecei a me vestir, expulsando essas lembranças da minha cabeça.

Quinze minutos depois, Kriss bateu na porta me convidando para o julgamento. Fomos acompanhados por dois guardas até uma praça de pedras. Havia dois palanques em cima de um palco de madeira, onde nos conduziram até lá. Kriss estava radiante, provavelmente por saber que eu me casaria com ela. As pessoas começaram a se amontoar na praça com a nossa presença. Após dez minutos, pude ver uma figura alta, ruiva, com um vestido todo ensanguentado, que me deixou com o coração na mão. America estava inchada, cheia de hematomas e cortes. Kriss começou com o julgamento.

– Hoje, julgamos America Singer. Por seus crimes de traição aos sulistas, eu a declaro a morte.

Muitos murmúrios começaram imediatamente. Comecei a pensar em um plano de fuga. Vi dois portões de pedra a uns 100 metros de nós, em linha reta. Incrivelmente, um deles estava aberto, bastava eu e America sermos rápidos o suficiente que conseguiríamos fugir. Um dos guardas estavam perto o suficiente de mim, possibilitando-me ver o revólver em uma bainha no seu cinto. Ouvir a voz de Kriss novamente me deu uma ideia.

– Kriss... - Sussurrei a ela.

– Sim, meu amor? - Ela disse ao microfone. Agora estávamos expostos, e pude perceber o olhar de America para mim. Decidi seguir o jogo dela.

– Eu mesmo quero sentenciar essa ingrata! - Gritei ao microfone.

America se assustou e começou a soluçar, provavelmente sem entender o porque de eu estar com raiva dela, falsamente, claro. Kriss sorriu para mim, confirmando o que eu desejava. Me virei ao guarda e pedi.

– Poderia me emprestar sua arma?

Ele olhou para Kriss, que fez que sim com a cabeça e ele me entregou. Desci do pequeno palco, fazendo todos se afastarem. Cheguei perto de America que sussurrava.

– O que eu fiz?

Cheguei perto do ouvido dela e sussurrei, aparentando estar com raiva.

– Está tudo bem. Quando eu der o tiro, corra aonde eu correr entendeu? Finja chorar para não levantar suspeitas.

Ela olhou para mim, confirmou com a cabeça e começou a chorar. Ela seria uma boa atriz. Olhei para Kriss e sorri para ela, que sorriu de volta para mim. Apontei o revólver para America e destravei. Antes de puxar o gatilho, levei a arma ao céus e gritei, atirando ao mesmo tempo.

– Por Illéa!


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Notas finais do capítulo

Eu demorei muito para escrever esse capítulo! Espero que tenham gostado. Bjs