O Verdadeiro Romance Entre Nós escrita por A Veggie Dreammer


Capítulo 4
Capítulo 4- Raptados.


Notas iniciais do capítulo

Hoiii! Vi vocês pedindo treta de sulistas, então, treta teremos! E uma surpresinha! Eu sei que está errado, mas tudo será esclarecido no próximo capítulo! Aproveitem , favoritem e recomendem a história(seria um sonho!) !



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POV Maxon

Era isso. No dia da nossa coroação, tinha que aparecer os malditos sulistas.

Quando chegamos no abrigo para a família real, havia vários sulistas lá. Como eles descobriram a passagem? Isso eu realmente não sabia. Eles raptaram eu e America, e deixaram a família dela lá. Ela berrava, implorava, chutava(inclusive vi um guarda que estava perto dela se contorcendo de dor e com as mãos na virilha) e chorava muito! Nos colocaram em uma espécie de furgão, e fomos até a base sulista com dois guardas nos acompanhando. America se encostou no meu ombro e fungou um pouco, até cair no sono de tanto chorar. Eu só sussurrava para nós, mais para mim mesmo.

– Está tudo bem, vamos sair daqui. - Disse bem baixinho para os guardas não ouvirem.

Ao chegarmos, acordei minha esposa com as palavras mais doces que poderiam se encaixar no momento.

– America, amor, acorde. Temos que caminhar.

Ela, meio resistente, levantou e ao perceber aonde estava, gritou muito alto. Um guarda chegou e tapou a boca dela, que continuou a gritar. Eu comecei a gritar com ele.

– Solte-a! Ela só está assustada! Solte! - Eu tentava empurrá-lo para longe dela. Logo a pós, só vi duas mãos levantou um pano com um líquido amarelo a minha boca. E apaguei.

Acordei em uma cela, com America dormindo profundamente, repleta de hematomas. Fiquei com raiva instantaneamente. Quem eles pensavam que eram para machucar a rainha de Illéa, a minha querida!? Tentar pensar em um plano de fuga, mas eu estava transtornado demais. Pensei em observar melhor o local. Não possuía janelas, as grades eram incrivelmente grossas, ao canto havia uma pia e um vaso sanitário ao lado, uma beliche ocupava a única parede livre daquele lugar repugnante.

Foi então que percebi que estávamos em uma verdadeira masmorra, pois só havia a nossa sela ali. Bom, pelo menos não estávamos na cadeia de verdade. Mas de repente até seria melhor. Nesse meio tempo entre encontrar uma saída e observar America para ver se ela estava acordada, ouvi passos. Eu já imaginava um tirano com a expressão mais carrancuda do mundo, mas o que eu ouvi era o arrastar de sapatos de salto. Até que ouvi vozes.

– Vocês os levaram para o julgamento amanhã de manhã, até lá, alimente-os muito bem e deem o máximo de conforto que um prisioneiro poderia ter. - A voz falava com determinação, até mesmo uma pontinha de orgulho.

Ok, agora eu não estava entendendo mais nada. Como assim eles nos raptam, nos dopam, nos prendem e agora querem nos "confortar" ? Esse cara, ou melhor, essa mulher, é completamente louca! E mais, julgamento? Julgamento para quê? Eu estava atormentado demais para perceber, mas America havia acordado. Logo em seguida, mais passos, se afastando. Só a realmente notei quando ela decidiu falar.

– Aonde estamos? - Ela disse, meio grogue por causa das horas dormidas, ou simplesmente ela também foi dopada.

– Provavelmente, na base sulist....

– Não Maxon, eu sei onde estamos. - Disse, cortando-me- Eu quero dizer, em que local do mapa.

– Acho que estamos no sul. - Sorri de lado e agora eu percebia o quanto estava faminto, exausto e dolorido. Pelo menos, de fome eu não morreria, por enquanto.

America revirou os olhos e pôs as mãos na barriga.

– Eu estou morrendo de fome! Será que eles seriam tão cruéis a ponto de nos deixarem morrer de fome? - Ela me perguntava, com um ar de indignação.

– Não, pelo menos eu acho. Um pouco antes de você acordar, ouvi uma conversa de uma mulher com uns soldados e ela os ordenava a nos alimentarem e nos aconchegarem até amanhã de manhã, quando será o julgamento.

– Julgamento!?! - Ela quase gritou, e isso me assustou um pouco. - Vão nos prender por o que? Sermos reis?

– Talvez não nos prender, mas algo bem pior.

Logo após nossa conversa, ouvimos passos pesados, certamente o nosso almoço.

Mesmo que eu estivesse morrendo de fome, a comida ainda era horrível. O prato era feito de papelão, o devia piorar o gosto. A pequena quantia de vegetais estava queimada sem sal, o arroz e o feijão estavam duros, quase crus, a carne, de tão vermelha, escorria sangue. Eu não gostava de carne mal passada, mas teria que servir.

Após o nosso,péssimo, almoço, deixamos os pratos em uma bandeja que havia ficado do lado de fora da cela. Eu cheguei mais perto de America e ela se aconchegou no meu colo. Ficamos um tempo assim até ela, por fim, dizer algo.

– Maxon, acha que vamos sair vivos daqui? - Percebi que ela soluçava.

– Mas é claro, querida. Devemos sempre manter a esperança, não acham?

– Não me chame de querida.

Rimos um pouco, até ouvirmos passos um tanto apressados. Um guarda abriu nossa cela, me deixando confuso e nervoso, até ele abrir a boca.

– A comandante gostaria de vê-los e se apresentar.

Então eu estava certo! Era uma mulher! Difícil imaginar o que levaria uma dama a isso mas, essa era uma das muitas questões que eu iria levantar quando chegássemos ao escritório da comandante.

Levantamos, eu enlacei meu braço com o de America, por que sabia que nós dois cairíamos ali no chão se não tivéssemos apoio. Em seguida a uma longa e dolorosa caminhada que parecia ter durado uma eternidade, chegamos a uma porta com o nome "comandante" escrito a caneta na porta. O lugar em si parecia um palácio, exceto por ser feito inteiramente de madeira e pedra. Possuía grandes escadarias e vários quartos, imaginei serem para os guardas. Depois que o guarda abriu a porta para nós, entramos e percebemos que havia uma figura na cadeira atrás da mesa, que estava virada para a parede.

– Enfim nos encontramos novamente! - Disse uma voz feminina que vinha da figura na cadeira.

America gelou instantaneamente, pude sentir o braço dela mais tenso. Eu conhecia aquela voz, só não lembrava de onde. Por fim, a cadeira girou em nossa direção e finalmente pude ver quem havia arquitetado todo aquele plano diabólico. Eu não me contentei e disse.

– É bom revê-la senhorita Kriss Ambers.


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Notas finais do capítulo

Ahhhhhhhhh, eu simplesmente morri de ansiedade escrevendo esse capítulo, e eu sei que a Kriss era uma rebelde do norte, mas tudo será esclarecido no próximo capítulo! Até a manhã e bjs.



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