Winterspell (Magia do Inverno) escrita por ArtGirlLullaby
Todos ficaram boquiabertos, a garota parecia tão frágil a pesar de sua aparência de boneca... Ainda sim, tinha uma magia extremamente poderosa e com certeza seu treinamento foi tão puxado e difícil como dos outros Dragon Slayers.
– Hã? – Fez Laxus se aproximando – Agora fiquei curioso, como você se tornou Dragon Slayer?
– Fui criada pelo dragão da Água, o Acqua. Infelizmente ele desapareceu...
– No ano X777, no dia 7 do mês 7. Como todos nós – Completou Natsu e Mizuki assentiu.
– Como foi que conheceu Natsu? – Perguntou Mirajane.
– Meu pai e Igneel gostavam de brigar e apostar. Nós viramos os objetos das apostas diversas vezes.
– “Duvido que esse rosinha consiga derrotar minha Mizuki!” – Natsu fez imitando a voz do dragão com uma cara de nojo.
– “Natsu com certeza ganha dessa bonequinha de pano!” – Mizuki fez imitando Igneel.
– Quem ganhava? – Indagou alguém.
Mizuki conjurou uma pequena esfera de água e jogou na cara de Natsu.
– Ei! Pra que?!
– Só pra mostrar que água sempre vence o fogo, apagando – Disse Mizuki dando de ombros.
– Ah é?! Cai dentro que eu quero ver!
Natsu já estava correndo na direção de Mizuki quando ela fez uma pequena possa de água onde ele escorregou e caiu do balcão de cara no chão. Ela desceu e se sentou numa cadeira.
– Eu disse.
Todos riram e continuaram a fazer mais e mais perguntas para Mizuki que respondia calmamente.
Natsu estava encostado à uma pilastra observando Misuki de longe, sorrindo feliz com o fato de que ela estava se dando bem com todos na Guilda. Parecia que ela ficaria um bom tempo ocupada com a roda ao seu redor.
– Ei, Natsu! - Chamou Gray.
Natsu olhou para o lado e viu o amigo se aproximar. Ele tentou fingir que estava tudo bem porque ainda não estava pronto para ter uma conversa com ele e saber se ele havia feito de propósito ou não.
– Yo, Gray!
– Quem é a novata?
– É a Mizuki, uma amiga minha.
– Oh, ela é bonita... Amiga, sei... – Disse ele provocando.
– Cala a boca – Disse ele irritado pela insinuação.
– Gray! – Gritou Lucy feliz indo até ele.
Mizuki viu quando Lucy se distanciou da roda e foi até Gray... Que estava com Natsu. No hora seu extinto protetor de irmão pediu para que ela fizesse algo e tirasse o Natsu daquela cilada feito sem intenção. Se ele presenciasse o que ela achava que iria acontecer, ele quebraria. Toda sua força de se manter confiante e normal teria sido em vão. Ela não podia deixar isso acontecer.
Lucy se aproximou deles e abraçou Gray.
– Oi, Docinho.
Docinho? Natsu sentiu vontade de vomitar. Mas ver Lucy sorrir feliz por tal cumprimento brega o fez sentir aquela pontada no coração novamente. Mentalmente ele pedia para que não fizessem o que ele achou em sua frente. Mas ele viu Gray se inclinar na direção de Lucy e ela fechando os olhos.
Quando ele estava prestes a ver a cena que o destruiria, alguém gritou e tirou os três dali e dar atenção ao grito.
– Natsu! – chamou Mizuki correndo em sua direção.
Antes que ele pudesse se virar, Mizuki pulou em suas costas e pendurou-se em seu pescoço, prendendo-se nele como um macaco. O ato repentino dela fez com que os três esquecessem do que faziam.
– Mizuki! Que raios?!
– Mirajane me deu esse pirulito – Ela mostrou o pirulito de amora para ele – e falou que eu preciso falar com o Mestre.
– E daí?
Ela ficou quieta um momento chupando o pirulito enquanto os três esperavam uma resposta que não veio e Natsu teve que dizer por ela.
– Você não sabe onde é a sala dele, né? – Ele Indagou.
– Não – Disse simplesmente com cara de tédio.
– É só subir as escadas. Ultima sala no corredor.
– Que bom.
E nada. Mizuki continuou pendurada no pescoço dele como um macaquinho, com cara de tédio e quieta. Por fim, Natsu suspirou com uma casa de cansado.
– Existe alguma chance de você sair de mim?
– Não.
– Você não vai descer de mim se eu não te levar lá?
– Não.
– E vai ficar enchendo o saco se eu não te levar assim, né?
– Obviamente.
Ele suspirou novamente, segurando as pernas de Mizuki para que ela não caísse.
– Foi mal, vou levar ela lá. Acreditem, ela vai ficar sendo um pé no saco se eu não fizer isso.
– Ok. Boa sorte, Mizuki – Disse Lucy.
Ela fez um sinal de “até mais” e assim Natsu e Mizuki foram até o escritório.
Quando subiam as escadas, Mizuki pousou a cabeça no ombro de Natsu e cochichou.
– Salvo pelo congo. Tá me devendo uma.
– Obrigado – Sorriu ele ao ver como ela foi convincente na atuação.
Em frente à sala, Natsu colocou Mizuki no chão e bateu na porta. Makarov respondeu com um “entre” e assim ele o fez. Ele entrou com Mizuki atrás dele e segurando a mão dela.
Mizuki era do tipo de garota que diante de uma pessoa forte e desconhecida fica completamente sem jeito, por isso Natsu sabia que ela precisaria dele ali. E além disso, ele estava pronto para se vingar dos micos e irritações que ela o fez pagar.
– Natsu? – Indagou ele.
– Oi, velho!
– o que quer?
Nesse momento ele puxou Mizuki. Foi a primeira vez que a viu sem graça diante de alguém. Ela ficou corada e Natsu riu, ele não imaginou que isso seria tão legal!
– Prazer, meu nome é Mizuki e e-eu... - Makarov ergueu uma sobrancelha diante à garota nervosa.
– Não fique nervosa, criança. Sente-se.
Mizuki se sentou na cadeira e Natsu ficou em pé logo atrás de braços cruzados.
– Então, o que querem.
– E-eu g-gostaria...
– Nossa, faz tempo que não vejo você gaguejar assim!
– Cala a boca, Dragneel.
– Ui! Ela tá me chamando pelo Sobrenome! – Provocou.
– Natsu... – Disse irritada.
– Ué! Mudou?
– Você tá pedindo pra morrer! – Ela murmurou.
– Se antes ver você pagando esse mico, eu to feliz...
Makarov podia ver a veia saltando da testa da garota e decidiu intervir perguntando algo que ele ficou curioso.
– Vocês querem minha bênção? É isso?
Os dois olharam para Makarov por alguns segundos até entenderem o que ele quis dizer. Os dois coraram até a alma e responderam abadando as mãos.
– Não!
– Ah, então o que seria? – Disse Makarov.
Mizuki relaxou um pouco e começou a falar.
– Sou Mizuki Acqualifa, a Dragon Slayer da Água – Makarov arqueou as sobrancelhas surpreso – Estou aqui porque soube que o Idiota de fogo aqui – Apontou para Natsu – estaria aqui. Também soube que existem mais dois Dragon Slayers nesta Guilda, a do Ar e do metal. Preciso me reunir com eles e conversar o mais rápido possível.
– Sobre o que seria – Perguntou Makarov Interessado e olhando por suas crianças.
– Sobre uma “série de trabalhos”
– Série de trabalhos? – Indagou Makarov.
– Sim. Ou pelo menos será o que diremos à Guilda.
– O que quer dizer? Vou mentir para minhas crianças?
– Será necessário.
Então Mizuki começou a contar toda a história de como e porque ela estava procurando os Dragon Slayers. Makarov ouvia atentamente e por fim ponderou sobre o plano de Mizuki.
– Entendo a situação, mas preciso cuidar dos membros da minha guilda.
– Compreendo. Peço apenas que pense a respeito e me responda o mais rápido possível.
– Bem, Wendy, Charles, Levy e Gajeel estão numa missão. Até a volta deles terei uma resposta.
– Obrigada, Mestre – Sorriu Mizuki.
– Bem, ficarei pensando sobre seu plano também. Iremos ajuda-la, pode ter certeza, só preciso ver o melhor modo.
– Muito obrigada! – Disse ela sorrindo e fazendo uma reverência.
– Bem, pode se considerar uma membra da Fairy Tail até lá. E só ir até Mira que ela lhe dará uma estampa.
– Ok. Muito obrigada – Disse Mizuki novamente.
– Disponha, criança.
Eles saíram da sala e começaram a caminhar até o centro da Guilda.
– Acha que ele vai ajudar? – Indagou Mizuki
– Vai sim. Você o ouviu. Ele vai ver o melhor a se fazer.
– Não acho que há muita saída.
– Vale a pena tentar – Disse Natsu passando um braço por seu ombro.
Ela assentiu e sorriu para ele. Natsu deu um rápido e singelo beijo em sua testa para anima-la sorrindo. Mizuki fez cara de nojo e limpou. Assim começaram a discutir. Nenhum dos dois percebeu quem vira a cena.
– Juvia...
Ela olhou para o lado, lá estava Gray. O seu Gray... que agora pertencia à outra. Uma garota que era sua amiga. Ela se mostrou forte segurando as lágrimas que vinham em seus olhos e o fitou seriamente.
– Gray-sam...
Ela parou aí. Não podia chama-lo mais de Gray-sama. Ele era da Lucy. Era só... Gray-san... Por mais que o admirasse e considerasse ele de tal modo, chama-lo de Gray-sama podia ser um desrespeito à Lucy. Mesmo que ela se sentisse traída pelos dois, não podia justificar essas coisas assim. Por isso, prometeu a si mesma ser forte e continuar com sua vida normalmente.
– Juvia, quero pedir desculpas. Sei que está sofrendo...
– Juvia não está sofrendo. Juvia está feliz pelo Gray-san– Como era difícil mudar isso...
– Não minta Juvia. Eu tenho percebido o tempo, começa e para de chover do nada. Sei que quando está triste você faz isso.
– Engano seu, Gray-san. Juvia não tem feito isso.
Não era totalmente mentira. A chuva começava com ela, mas não era ela quem parava. Nem ela entendia isso muito bem.
– Juvia não precisa mentir. Mesmo que eu esteja com Lucy, não significa que deixei de me importar com você.
Por favor, não diga isso.
– Você é importante para mim, Juvia.
– Você é uma grande amiga.
Por favor, pare!
– Por isso quero você bem.
Por favor, apenas pare!
– Quero que saiba que ainda estou aqui por você. Não precisa chorar ou fazer chover.
Juvia estava prestes a gritar com ele, com Lucy e dizer tudo o que estava pensando. Sabia que boa parte de seus pensamentos eram por culpa da mágoa, mas ele sabendo, estava cutucando sua ferida e abrindo-a ainda mais, ele merecia e o que ela ia fazer era totalmente justificável.
– Não é ela que está fazendo chover.
Juvia e Gray olharam para seu lado e viram Mizuki em pé ao lado da mesa com as mãos na cintura.
– Desculpa, eu ouvi vocês. Sabe como é, audição de dragão – Disse apontando para os ouvidos – Ossos do ofício. Enfim – Disse voltando ao assunto – Não é ela que está fazendo essa mudança no tempo. Sou eu.
Os dois na mesa pareciam surpresos ao fato dado por ela.
– Como assim? – Disse Gray.
– É você? – Indagou Juvia, por sorte sua pergunta não soou como mentira.
– Sim – Respondeu Mizuki – Sabe o que é, Natsu tirou com a minha cara quando cheguei aqui, ele contou sobre a Fairy Tail. Ele contou dos poderes da Juvia, daí ele me desafiou dizendo que eu não conseguia fazer igual ela. Então fui mostrar que ele estava errado e fiz chover, pouco depois quando já tinha provado fiz parar de chover. Hoje de manhã ele começou a me irritar, por isso de raiva, assim que ele saiu de casa eu fiz chover para ele ficar encharcado e precisar voltar para trocar de roupa – Ela explicou – Foi mal, não pensei que tivesse causado transtorno pra ninguém. Foi descuido da minha parte – Disse esfregando a nuca.
– Não, não foi. É só que... Quando Juvia fica triste chove, achei que ela estava tão mal por eu estar com outra garota que não seja ela...
Mizuki ergueu uma sobrancelha para ele.
– Eu sei que acabei de chegar e não devo estar totalmente por dentro das coisas, mas... – Ela disse voltando a colocar as mãos no quadril, dessa vez num modo um pouco repreensivo – Você sabe que a garota gosta de você, mas você está com outra porque não pode corresponder, daí você vem querer esclarecer para ela? Você realmente acha que tem necessidade disso? Tipo, acho que o fato de estar com outra deixou bem claro pra ela sobre seus sentimentos. Ficar aqui tentando explicar só está piorando a situação dela. Isso é extremamente rude de sua parte.
Gray ficou perplexo devido ao que Mizuki disse. Fazia sentido, até demais. Ele fitou Juvia que desviou o olhar para um ponto vazio do banco onde estava. Então ele percebeu o quão sem graça ela estava e como aquilo era constrangedor. O que ele estava fazendo?
– Ah... Tem razão. Desculpa, Juvia. Mesmo.
– Não – meneou olhando a mesa evitando seu olhar – Está tudo bem.
– Bem, eu vou ver uma missão para ir com o grupo... – Disse Gray se levantando e indo para o mural.
Mizuki fitou Juvia por um tempo então sorriu e se sentou à sua frente, onde estava Gray.
– Essa foi por um triz... – Disse suspirando e sorriu para Juvia – Tá me devendo uma e de nada.
– Obrigada... é...
Juvia ficou olhando-a por um tempo até perceber que não conhecia. Mizuki percebeu que Juvia não estava lá ainda quando havia se apresentado e sorriu.
– Prazer, eu sou a água.
Juvia arregalou os olhos diante do que ela disse surpresa.
– Meu nome é Mizuki Acqualifa e sou a Dragon Slayer da água.
Juvia sorriu e viu que havia não só feito uma nova amiga como tinham muito o que conversar.
– Juvia Lockser.
– Prazer, Juvia, a mulher da chuva – piscou Mizuki e riram.
– Acho que temos muito o que conversar.
– Provavelmente.
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Pronto! Agora tá certinho! E como sou boazinha vou postar mais um! :D