Winterspell (Magia do Inverno) escrita por ArtGirlLullaby


Capítulo 14
Capítulo 14: Tempestade num copo d’água


Notas iniciais do capítulo

Bem, aqui começaremos e desenrolar algumas tretas da história... Ou seja, DRAMALHÕES MEXICANOS #sqn

Enfim, espero que gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/529387/chapter/14

No dia seguinte, Natsu chegou cedo junto com Juvia e Mizuki, que ainda dormia nos braços do Dragon Slayer. Makarov avisou que Evergreen já fora avisada que Mizuki estava salva, então ela a Polyuska estavam chegando de trem no começo da tarde. Como o comedor de fogo ainda estava cansado, ele se deitou ao lado de Mizuki e voltou a dormir.

Happy comentava com as pessoas como Natsu cuidou bem dela e foi atencioso, o que fez Mirajane tentar convencer Lisanna e Cana a torcerem por Natsuki.

– Eles são bem animados e sempre cuidam um do outro.

– Pode até ser, mas Lucy é perfeita para o Natsu. Eles combinam demais – Comentou Cana.

– É, mas ela está com Gray agora.

– Eles só são namorados e até onde sei, podem terminar quando quiserem.

– Sabemos disso, mas torcer para que eles terminem só porque achamos que ela merecia outro é cruel – Disse Lisanna.

– E porque você não tenta? – Perguntou Cana à Strauss caçula.

– O que quer dizer?

– Você e Natsu eram bem próximos crianças, eu sei que você percebeu a ligação entre Lucy e Natsu e por isso se afastou, mas você poderia tentar agora – Disse Cana pegando outro barril de vinho.

– Hum... Não sei... Quer dizer, vocês todos seguiram com a vida já que eu supostamente tinha morrido, achei que voltando para cá eu deveria começar do zero, não retomar minha antiga vida, isso não pode voltar – Desabafou Lisanna – Talvez eu deva tentar...

– Se esforce! – Sorriu Mira dando apoio à irmã que sorriu.

– Alguma novidade das magas de água? – Perguntou Lily que acabava de chegar na guilda com Levy e Gajeel.

– Mizuki ainda está dormindo e Natsu está com ela na enfermaria. Juvia foi esperar Polyushka e Evergreen na estação e ainda não voltou.

– Ontem foi um dia bem exaustivo – Levy comentou olhando para a guilda – muitos membros faltaram.

– Não se preocupe – Disse Mira terminando de limpar um copo e pegando outro – O mestre pegou para Warren avisar a todos que ela está bem.

– Menos mal – Sorriu Levy aliviada – Mas ainda precisamos descobrir o que foi todo aquele ataque surpresa.

– Não se preocupe – Disse Erza chegando na conversa – Vamos descobrir em breve.

– Bom dia, Erza! – Elas cumprimentaram.

– Bom dia – Ela respondeu – Levy, na verdade tenho que te pedir um favor.

– O que é?

– Esse frasco – Disse Erza tirando o objeto do bolso – Tinha algum tipo de poção que matou os atiradores assim que ingeriram. Era algo... Horroroso – Disse ela se lembrando de como a garota se desfez numa poça de sangue – Você poderia tentar pesquisar para descobrir o que é isso?

– Claro – Disse ela pegando o frasco com cuidado – Eu já vi isso em algum lugar...

– Esse frasco! – Exclamou Gray correndo até as garotas quando viu o frasco, Gajeel também se aproximou – É o mesmo que o atirador que perseguimos usou.

– Não me diga...! – Disse Erza surpresa interrompendo a si mesma – Ele também morreu?

– Sim – Afirmou Gajeel – Explodiu como uma bomba de luz.

– O que perseguimos se desfez – Disse Erza.

– O que aconteceu com o que Natsu perseguiu? – Perguntou Erza à Lucy que também se juntava a conversa.

– Eu não vi – Admitiu ela – Eu vi uma explosão e quando cheguei já era tudo chamas.

Lucy decidiu ocultar a parte sobre Natsu se queimar com aquele fogo sobrenatural. Ela não sabia como explicar e conhecendo o amigo, sabia que ele não aceitaria isso quando finalmente entendesse o que houve. Ele estava fora de si para perceber o que houve e mesmo no agora, ele não aceitaria.

– De qualquer forma, temos que esperar por uma avaliação de Polyuska – Disse o Mestre descendo as escadas – Não podemos abaixar a guarda também, o que aconteceu ontem foi porque estávamos todos distraídos demais. Vamos ficar em alerta.

– Certo – Todos assentiram.

Em seguida, as portas da guilda se abriram, revelando uma Evergreen exausta com cabelos bagunçados, Juvia com um ar de preocupação e Polyushka irritada pelo incidente todo.

– Onde está a garota?

– Eu vou te levar a enfermaria – Disse Makarov indicando as escadas.

Juvia subiu junto com o mestre e a feiticeira. Evergreen desabou numa mesa exausta.

Assim que a porta se abriu, o Salamandra acordou e se espreguiçou, saindo da cama. Juviasorriu simpatizando, ela também não conseguira dormir bem a noite preocupada com Mizuki. Ambos acordavam de hora em hora e iam checar se ela estava bem. Os dois se preocuparam ao ver que ela não acordava durante a manhã, mas decidiram deixar para se preocupar depois da consulta com Polyuska.

A feiticeira fez dezenas de exames rápidos e depois de concluir, ela deu um suspiro e se virou na direção dos três magos que aguardavam o resultado.

– Alguma coisa tomou magia demais dela – Disse pegando algumas ervas que trouxe na mala – Ela não vai acordar tão cedo e vai ficar debilitada por pelo menos um mês.

– Um mês?! – Exclamou Juvia assustada.

– Eu vou dar algumas ervas e chás, façam com que ela ingira o máximo que puder durante o dia e ela vai se recuperar em dias.

– Pode deixar – Disse Natsu tomando o pacote que a feiticeira entregava.

– Ela provavelmente não vai acordar por mais um dia e ainda estará muito fraca quando o fizer. Ela usou a Segunda Origem como emergência.

– Como assim? – Indagou Juvia confusa.

– Para utilizar a Segunda Origem, é necessário você ter elevado seu poder mágico em um nível muito alto e assim você consegue usar esse poder. Em ocasiões de extrema emergência, quando a vida de um mago está no seu limite, a Segunda Origem acaba por se destrancar e sendo utilizada como fonte vital por algum tempo, assim o mago pode usar sua magia para conseguir sobreviver ou até se curar, mas depois que sua vida já está fora de perigo, o mago está num estado de exaustão extrema e precisa descansar para recuperar a energia que gastou além do limite.

– Então Mizuki não tem a Segunda Origem ainda? – Indagou Natsu esfregando a nuca – Ela conhece tanto de magia que nunca imaginei isso.

– Conhecimento é poder. Se você conhecer muito sobre magias, pode usar elas num nível muito avançado, mesmo sem a Segunda Origem.

– Juvia não consegue imaginar como seria Mizuki usando a Segunda Origem.

– Bem, sendo filha de uma Deusa, realmente é difícil de imaginar.

– Ela é uma semideusa? – Indagou Polyuska.

– Ao que parece – Respondeu Makarov – A Deusa Iara veio pessoalmente para salvar sua vida.

Polyuska pareceu pensativa antes de olhar Mizuki e observar e pequena marca de gota azul que havia em sua testa. Ela se voltou para os outros novamente.

– Deuses dificilmente deixam que seus filhos nasçam como humanos, a não ser que sejam semideuses. Deusas tem uma relutância ainda maior, pois a possibilidade do filho dar a vida a um meio deus é ainda maior. Eu já fiquei sabendo de casos onde eles deixam seus filhos nascerem como humanos, mas quando permitem, é para que salvem o mundo de alguma calamidade...

– Quer dizer que Mizuki está aqui para salvar o mundo? – Perguntou Natsu surpreso.

– Eu não sei, humano – Respondeu Polyuska – Pode ser. Só ela sabe – Terminou ela – Deixem que ela descanse na maior tranquilidade que puderem.

– Vou leva-la para casa – Disse Natsu se aproximando da Dragon Slayer.

– Eu vou comprar as coisas para fazer os chás – Disse Juvia – Mais algum cuidado com ela? – Perguntou Juvia à Polyuska.

– Recomendo que deem bastante água. Sendo uma Filha d’água e Dragon Slayer, Água é algo vital para ela. Se emergirem ela na água talvez ajude também.

Natsu e Juvia assentiram antes de sair da enfermaria. Polyuska suspirou profundamente e Makarov arqueou uma sobrancelha estranhando o modo da feiticeira.

– O que houve? A viagem não deve ter sido tão exaustiva assim.

– Deuses... – Suspirou Polyushka massageando a testa na mão direita – Vocês se metem numa encrenca sem tamanho dessa vez, Makarov.

– Sempre fazemos isso – Ele sorriu – Minhas crianças adoram uma boa briga.

– Minha preocupação é que a sua nova criança – Disse Polyuska.

– Ela vai ficar bem – Sorriu o velho.

– Não estou falando do seu estado agora, Makarov.

– Do que está falando então? – Perguntou confuso.

– Semideuses... Não existe um registro de um semideus que tenha sobrevivido a catástrofe que tinham que evitar... Você sabe porquê?

– Não... É algo muito grave?

– Não existe registro porque nenhum deles sobreviveu. Seja lá o grande mal que tinham que enfrentar, eles tiveram que sacrificar suas próprias vidas para evitá-lo.

.

.

.

Quando saíram, Natsu deu uma breve explicação a Mira e saiu depressa da guilda. Não por evitar ninguém, mas porque queriam coloca-la para descansar o mais rápido possível e Juvia foi comprar o que precisava para fazer os chás, comida, travesseiro, cobertores e o que mais conseguiu pensar.

– Mira, o que houve? – Perguntou Levy quando viu Natsu sair com Mizuki no colo.

– Mizuki usou magia demais, vai ficar alguns dias de cama ainda, então estão levando ela para casa do Natsu – Respondeu com um leve sorriso.

– Entendo... Será que alguém devia ir dar uma ajuda?

– Juvia já vai fazer isso – Sorriu Mira.

– Verdade... – Lucy pensou um pouco antes de se levantar – Acho que vou ver se Natsu precisa de alguma ajuda. Duvido que ele tenha tudo o que é necessário.

– Tudo bem. Até mais – Acenou Mira.

– Até mais – Se despediu Lucy.

.

.

.

Juvia estava com uma pequena lista na mão das coisas que precisava comprar, passando pelas lojas procurando por alguma que vendesse os utensílios que precisavam quando ouviu uma voz.

– Juvia?

A maga virou-se para trás e deparou-se com o mago de gelo que ela tivera um encontro.

– Lyon! – Ela exclamou sorrindo.

– Como você está?

– Bem – Ela sorriu – O que faz por aqui?

– Na verdade, precisava conversar com você. Tem um tempinho?

Juvia assentiu e lhe mostrou a lista de coisas que precisava comprar, dizendo que poderiam conversar enquanto compravam os itens. Lyon deixou o silêncio reinar até o momento em que entraram numa loja onde comprariam as ervas que Polyuska receitou, a maga da chuva entregou o papel contendo os gramas e nomes de ervas para a dona da loja que se retirou para buscar o que foi pedido.

– Sobre o nosso encontro... – Começou Lyon.

– Você quer outro encontro? – Perguntou Juvia.

– Não... Esse é o problema – Ele suspirou – Acho que sempre quis uma chance, fui insistente porque você nunca me deu essa chance, embora não fosse pensar duas vezes para dar uma chance para o Gray – Lyon confessou – Então quando você finalmente aceitou, achei que mudaria tudo. Você me veria de outro modo, como um cara que pode te fazer feliz, que ligaria para você e tudo mais... mas... – Ele bagunçou o cabelo sem saber as palavras.

– Não foi o que aconteceu, não é? – Juvia perguntou e ele a fitou – Juvia também percebeu. Foi algo legal, mas... Juvia não teve vontade de repetir, de chamar Lyon para sair de novo ou falar sobre isso – Ela suspirou.

– Foi. Mesmo que tenha sido legal, foi bom porque foi algo de uma única vez e foi no calor do momento. Não iríamos conseguir sentir as mesmas coisas novamente – Ele disse aliviado por saber que ela se sentia do mesmo jeito.

– Sim. Juvia se sente assim também. Juvia sente muito por não ser nada mais do que isso.

– Tudo bem, eu também puxei um pouco a barra – Se desculpou Lyon sorrindo – Pelo menos podemos continuar amigos e fazendo o que amigos fazem?

– Claro! – Juvia sorriu assentindo.

A atendente chegou em seguida entregando os pacotes das ervas para Juvia, que apagou por eles e saiu. Lyon ainda tinha que atender a missão que estava ali para realizar, por isso se despediu de Juvia e avisou para que ela o chamasse se precisasse de algo.

Ela apenas teve tempo de comprar o que precisava e assim que estava a cruzar o centro a caminho da saída, Gray apareceu. Ela olhou ao redor para tentar se esconder, pensou até em entrar na água, mas isso estragaria as ervas para Mizuki... Assim que pensou em entrar numa loja, ele a avistou.

– Oi, Juvia!

Era tarde demais.

– Gray-Sama-- Gray-kun – Ela se corrigiu – O que há?

– Nada... O mestre nos liberou da reunião até que Mizuki se recupere para participar, já que ela parece saber algo sobre tudo isso. Então vim dar uma volta no centro.

– Ah, sim... Juvia acabou de sair de lá para comprar as coisas para Mizuki-san – Disse erguendo as sacolas para que ele visse.

– Então vou te ajudar com elas.

– N-não precisa! – Ela respondeu segurando as sacolas firmemente.

– Não é nada demais e eu não tinha o que fazer mesmo...

Juvia ficou a olhar para Gray confusa e estava amolecendo seus dedos para deixar que ele levasse a sacola para ela, mas no último momento, voltou a agarrar a alça da sacola. Essa cena já havia acontecido antes e a deixou confusa. Ela precisava esclarecer as coisas.

– Gray, pare – Pediu ela puxando a sacola de leve para que ele soltasse.

– Juvia tem algo errado?

– Porque agora? – Quando Gray não respondeu ela continuou – Gray-sa... Você nunca demonstrou nenhum tipo de interesse em Juvia. Somente me chamou em algumas missões porque a compatibilidade de elementos ajudaria então... Porque agora?

O mago de gelo ficou inquieto fitando-a, sem saber como responder. Aquela era uma pergunta complicada, nem mesmo ele sabia explicar bem porque estava insistindo nela, sabendo que era errado. O sentimento de Juvia por ele estava cravado como raízes profundas de uma árvore e talvez (apenas talvez), o fato dela estar retirando essas raízes para plantar em um solo melhor e que lhe daria mais frutos o machucava, mesmo que o próprio já tivesse decidido plantar suas raízes em outra pessoa.

Ao silêncio de Gray, Juvia ergueu os olhos e concluiu seu pensamento.

– Você já tem a Lucy agora. Eu não vou me intrometer entre vocês, pois eu sempre soube que cabia a você a escolha final. Você fez a sua, agora eu preciso aceitar e seguir em frente então, por favor... Coloque um ponto final em qualquer esperança que eu tiver, será mais fácil assim. Me deixe ir...

Gray abaixou a cabeça e fitou o chão. Sem uma resposta, Juvia sorriu tristemente e desviou dele para continuar o caminho.

– Obrigada por tudo Gray-sama – Murmurou e foi embora.

Somente minutos depois da partida da maga, uma chuva tranquila começou a cair e Gray chegou a uma conclusão sobre o que havia acontecido nos últimos dias enquanto sentia as gotas que a maga da chuva fizera começar a cair.

– Eu não quero que se vá... – Ele sussurrou para si mesmo.

.

.

.

No dia seguinte a chuva ainda caia sobre a cidade. Natsu acordou para checar Mizuki logo cedo e decidiu ficar em casa, não podia sair por aí carregando ela como se fosse um brinquedo que não queria largar, ainda mais em suas condições. Enviou uma mensagem à Mira avisando que não iria a guilda e que depois encomendaria um almoço.

O Dragon Slayer suspirou com a chuva, Juvia havia lhe contado o que houve no dia anterior para seu atraso. Mesmo magoada, a maga lhe garantiu que ficaria bem e que foi bem melhor terminar as coisas de um modo amigável. Também concordaram em deixar Mizuki descansar em sua casa já que ele não podia entrar na Fairy Hills.

A campainha tocou alguns minutos depois e ele abriu, surpreso e puxando a pessoa para fora da chuva.

– Lucy, você tá doida? Por que saiu na chuva assim? – Indagou já fazendo uma pequena chama nas mãos para secá-la.

– Não se preocupe, eu vou ficar boa assim que me enxugar – Ela respondeu tirando uma embalagem da bolsa – Eu vim te trazer o almoço.

Ele observou o pacote e pegou com cuidado.

– Obrigado, mas você não precisava se ensopar para isso...

– Eu queria ajudar – Ela suspirou olhando para Mizuki.

Natsu esfregou a nuca, indo até a lareira e acendendo com facilidade. Avisou para Lucy ficar ali enquanto buscava uma toalha e ela o obedeceu. Enquanto esperava o Dragon Slayer voltar, observou Mizuki deitada na rede, ela não parecia sofrer, apenas que dormia profundamente. Olhando a maga, ela se perguntou por que ela havia sido atacada, por que protegera Juvia com a própria vida e por que escondeu ser uma semideusa. Sentiu a toalha em sua cabeça, pouco antes de Natsu se dirigir ao pequeno fogão e colocar um pouco de água para ferver.

– Obrigada – Natsu deu de ombros – Ela já acordou depois do que houve?

– Não completamente – Ele explicou – Ontem ela teve consciência, mas foi muito breve, apenas tempo o suficiente para tomar o chá que precisa. Hoje ela retomou consciência algumas vezes, mas não chegou a acordar.

– Como assim? – Ela perguntou confusa.

– Ela sabe o que está acontecendo, mas não tem forças para se levantar, nem mesmo abrir os olhos. Ela tenta alar algo, mas não consigo entender... Talvez Esteja apenas com fome ou sede...

Lucy se levantou, já quase seca graças ao calor da lareira e a toalha.

– Por que acha que ela escondeu ser uma semideusa?

Natsu ficou tenso, porem Lucy não percebeu isso já que olhava Mizuki atentamente. Ele suspirou enquanto preparava o chá para a maga da água.

– Eu não sei... Acho que ela vai explicar quando estiver melhor.

– E você vai me explicar porque está me evitando? – Perguntou ela de repente.

Com a pergunta repentina, Natsu parou tudo o que fazia para dar atenção a Maga celestial que estava bem a sua frente no momento. Ele engoliu seco antes de tentar inventar algum motivo.

– Eu não estou te evitando, muitas coisas aconteceram e...

– E você não fala mais comigo, não me visita, não fazemos mais missões juntos. O que está acontecendo, Natsu?

– Tudo isso é porque você deixou de ser o centro do meu universo? – Ele resmungou.

– Como é que é? – Lucy exclamou brava.

– Lucy, o mundo não gira em torno de você. Eu tenho que cuidar de Mizuki, que quase morreu nas últimas 48 horas, eu preciso tomar cuidado com o que quer que esteja vindo atrás dela e, além disso... – Ele apontou para a mão dela – Você também tem coisas para se preocupar e que não tem nada comigo.

– Então é isso? – Ela ergueu a mão com o anel – Você decidiu que porque eu a Gray estamos juntos não podemos mais ser amigos? Decidiu que agora só vai falar comigo quando for realmente necessário? Somos melhores amigos, Natsu! Você nunca me falou que conhecia outros Dragon Slayers antes de Gajeel, nem mesmo que gostava de alguém!

O mago do fogo olhou para ela surpreso e deu dois passos para trás. Então ela sabia? Não, ela achava que era outra pessoa. Ele suspirou.

– Você também não falou sobre Gray. Por que se importa então?

– Porque eu quero saber como você se sente e te ajudar!

– Eu não preciso de ajuda!

– Então ela não te corresponder não é um problema?!

– É problema meu!

– Pessoal... – Os dois olharam para o local da terceira voz e pararam a discussão imediatamente – Eu estava dormindo, não surda...

A reclamação de Mizuki fez os dois se aproximarem. Antes que falassem algo, ela apontou para o chá que viu preparado e Lucy lhe entregou o copo. Mizuki bebeu metade do conteúdo antes de falar.

– Lucy, Natsu e eu não somos nada além de amigos – Ao ver como a loira pareceu não acreditar ela acrescentou – Amigos bem próximos, sim. Mas amigos. Eu já disse que já tenho um Parceiro e ele deve estar a caminho de Magnolia se eu o conheço bem – Ela sorriu – Eu sou para Natsu uma amiga, assim como você é.

Lucy sentiu uma pontada no peito sem saber a razão, mas não comentou nada.

– Natsu – Ela se virou para ele – Obrigada por cuidar de mim, mas acho que devo explicações para a guilda e você também devia falar com Lucy – Quando ele ia falar algo ela interrompeu de novo – Está tudo bem. Não tem como mudar de qualquer modo, não é?

O Dragon Slayer sorriu e ajeitou a amiga na cama, que voltou a dormir pouco depois. Os magos que ainda estavam acordados se sentaram em frente a lareira durante algum tempo, sem saber o que dizer. Somente quando a noite começou a cair, Lucy decidiu ir embora.

Ela precisava descobrir sobre o que Mizuki falava com Natsu. O que não tinha como mudar? Ela queria saber tanto sobre o que acontecia que ficava confusa, mas ao mesmo tempo, saber que Mizuki era uma amiga a Natsu era um alívio por hora.

Mas foi assim que ela começou a se apaixonar por Natsu também anos atrás.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

WOAAAH, rolou uma confissão aqui. Pena que a Lucy ainda não percebeu a real situação *facepalm*, e o Gray também tá começando a cair na dele (AMÉM).

Enfim, o que acharam? Devo fazer eles sofrerem mais ou só apanharem e depois ficarem juntos? xD

Espero vocês semana que vem! Bjos!
~-AG



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Winterspell (Magia do Inverno)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.