Winterspell (Magia do Inverno) escrita por ArtGirlLullaby


Capítulo 13
Capítulo 13: Abrindo os olhos


Notas iniciais do capítulo

Muito bem! Agora que as coisas vão começar a ficar mais confusas ao mesmo tempo que outras terão respostas.
Espero que gostem!

(Esse capítulo tem uma música tema, se quiserem ouvir, é a "Dawkins' Suite" da OST de Beyond Two Souls).



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O primeiro pensamento foi de que talvez aquilo fizesse parte da magia que a tornaria água, mas mudaram de ideia rapidamente. O corpo de Mizuki começou a brilhar de leve e de repente linhas fizeram um desenho em sua pele por todo seu corpo, num tom azul neon e sumiram. A água ao redor de Mizuki começou a se elevar fazendo faixas que rodeavam seu corpo como um abraço, o corpo da maga começou a flutuar e as faixas formaram uma espécie de esfera ao redor dela. Sete focos de luz surgiram na água em seguida, a água tomou forma do que pareciam sereias e elas começaram a nadar no ar, ao redor de Mizuki.

A esfera de água começou a se desfazer, o corpo de Mizuki absorvendo a água da esfera. As linhas que estavam por todo seu corpo seguiram caminho se reduzindo até focar somente dos machucados da Dragon Slayer. A ferida no braço, os dois tiros no peito, abdômen e uma ferida na coxa na qual nem mesmo Juvia tinha percebido. Assim que as feridas foram encontradas, as marcas absorveram a ferida e brilharam, com isso as sereias de água retomaram suas posições e começaram a cantar algo numa língua que era desconhecida.

– Mas isso... – Comentou Freed surpreso.

– Você conhece? – Indagou Erza.

– É Siren. Uma língua antiga e extinta, tinha encantamentos poderosos demais e por isso o Conselho decidiu que não deveria mais ser usada... – Respondeu Levy ainda observando o que acontecia surpresa.

– As únicas pessoas que são capazes de entender e usar essa magia são as criaturas que viveram naquela época e de algum modo estão vivas – Freed terminou de explicar.

– Alguns diziam que ainda ouviam esses cantos no meio do mar... – Comentou Lucy lembrando-se da história – É uma língua cantada, porque é a língua das sereias...

– O que está acontecendo? – Murmurou Gray confuso e surpreso demais com aquilo.

Assim que a canção das sereias terminou, os ferimentos de Mizuki brilharam levemente e sumiram.

Com isso, as sereias nadaram até o centro onde Mizuki se encontrava ainda flutuando como se estivesse no mar e juntaram suas mãos, no centro outra luz apareceu, seguida por um jato de água que logo tomou a forma de uma mulher gigante completamente feita de água.

– Não pode ser... – Lucy murmurou.

– O que foi? – Perguntou Juvia, falando com Lucy pela primeira vez em dias.

– Essa... essa presença... Não posso estar enganada...

– Lucy, o que foi? – Perguntou Happy voando até ela.

– Ela não é um simples ser ou espírito de água... Essa presença e poder é maior até do que do Rei das estrelas... A forma dela é exatamente como li...

– Lucy, você sabe o que ela é? – Perguntou Gray.

– Sei... Ela é a presença que rege o reino das águas, o ser que só pode ser invocado diante de uma calamidade ou por um mago extremamente poderoso... A chave dela não pode ser encontrada, pois sumiu no reino que foi engolido pelas águas...

Lucy engoliu seco sem acreditar no que via diante de si. Cada gota fazia um detalhe no corpo transparente do ser e assim continuou até que se formasse por completo.

– Ela é uma das divindades. A deusa-sereia mãe d’água que cuida dos sete mares... Iara.

Todos voltaram a focar o que acontecia logo adiante, com exceção de Natsu e Juvia que ainda observavam lado-a-lado.

A mulher sorriu para Mizuki, erguendo suas mãos para ajeitar o cabelo da maga com delicadeza. Assim que a mulher tocara no cabelo, este parou de radiar luz fortemente como antes e apenas brilhava na mesma intensidade de todo seu corpo.

– Está fazendo um ótimo trabalho... Protegendo a aqueles que ama, tenho orgulho de você... Ora... – Ela olhou para direção da guilda e todos sentiram seus corpos tensos diante do olhar de tal criatura poderosa.

– Vejo que fez mais amigos... Reencontrou antigos – Disse apontando para Natsu – E encontrou a que estava perdida – Completou apontando para Juvia.

A deusa estendeu a mão e os alcançou sem problemas, tocando o indicador e polegar nas testas de Natsu e Juvia. A sensação foi boa, um beijo úmido de uma carinhosa mãe colocando os filhos para dormir.

– Vocês estão protegidos e aqueles com vocês também estarão – Sorriu a deusa – Isso é uma promessa.

Ela se voltou para Mizuki e deu um olhar triste para a garota ainda desacordada.

– Eu gostaria de te ter ao meu lado de novo... Porém, não é sua hora de retornar ainda. Você tem uma missão a cumprir, Mizuki. Portanto, é com tristeza que te deixo por mais tempo longe de nós, mas é para melhor...

Então a mulher deu um beijo na testa de Mizuki com carinho. Natsu arregalou os olhos e prestou mais atenção, não poderia ser verdade... Poderia? Ele fechou os olhos brevemente para concentrar sua audição e quando o fez ele pode ouvir claramente.

O coração de Mizuki voltara a bater.

– Você tem minha benção, criança. E com isso, eu ordeno que desperte novamente e volte a vida.

A deusa deu um leve sopro na garota, que resfolegou e puxou o ar com força enchendo os pulmões e abrindo os olhos o máximo que pode, revelando suas íris que brilhavam em azul neon. Poucos segundos, ela suspirou, as íris ganharam foco e mudaram do neon para os dois tons de azul normais, ainda brilhando levemente quando ela os fechou e seu corpo deixava de brilhar enquanto ela caia em direção a piscina. Natsu estava pronto para pegá-la no ar quando Juvia o segurou e indicou as sereias, que seguraram Mizuki antes que atingisse a água. A deusa sorriu para a garota que agora respirava como se dormisse calmamente.

– Que os rios dessa vida guiem seu caminho, minha filha.

E então a deusa sumiu, fazendo a água onde ela estava evaporar.

As sereias abaixaram o corpo desacordado de Mizuki com delicadeza na água, elas afundaram até que a maga estivesse completamente dentro da água e então absorveram o esbranquiçado da água e sumiram.

A água foi perdendo seu brilho devagar com Mizuki ainda imersa na piscina. Quando a água voltou ao normal, começaram os cochichos da guilda sem saber o que fazer. Natsu e Juvia se aproximaram da água, observando a mesma refletindo o céu escuro.

Pouco depois, houve um movimento na água e Mizuki saiu sacudindo a água dos cabelos.

– Mizuki? – Ecoou Natsu para ter certeza do que via.

– Natsu... Juvia... – Disse Mizuki observando quem estava mais perto.

– Mizuki! – Gritou Juvia pulando na água e indo abraçar a amiga enquanto chorava aliviada.

– Ei, calma! Não foi dessa vez! – Sorriu Mizuki afastando Juvia que ainda estava emotiva demais.

Natsu se aproximou devagar e observou a maga. O cabelo e degradê ondulado, os olhos azuis, a pele cara e agora ele podia sentir o cheiro de mar impregnado nele, pois ela não havia percebido para ocultá-lo ainda. Antes que Mizuki pudesse dizer algo, Natsu esticou seus braços e a abraçou com força.

– Nunca mais me assuste assim – Sussurrou.

– Tá – Disse Mizuki assentindo.

Ela viu todos da guilda comemorando o fato dela estar viva. Ela sorriu sem jeito pensando em como explicar, pois tinha certeza que – fosse lá como isso aconteceu – não seria fácil de explicar a eles.

O trio decidiu sair da piscina, Juvia saiu primeiro, depois Natsu e ambos ajudaram Mizuki a sair da água. Mizuki sorriu para todos os presentes, mas assim que ela deu o primeiro passo sua cabeça começou a rodar e a força abandonou suas pernas.

– Mizuki! – Chamaram Natsu e Juvia.

Natsu a segurou antes que caísse, Juvia tentou ver algum ferimento que não tivesse sido curado, mas não achou nada.

– Aguente firme! – Pedia Juvia.

– O que foi?! – Perguntava Natsu.

– Não se preocupem – Respondeu Mizuki fechando os olhos – Natsu, estou cansada. Posso ir pra casa?

– Claro – Disse Natsu e pegando no colo – Vamos agora.

A maga apenas assentiu se aninhando a ele, sentindo-se confortável pelo calor que Natsu emitia e adormeceu com um suspiro. Natsu sorriu erguendo uma sobrancelha para ela.

– Quem diria que você poderia ser educada quando está com sono – Ele riu.

– Juv—Eu acho melhor levarmos ela para descansar na sua casa – Então ela fitou Mirajane – Mira-san, se Evergreen-san voltar com Polyuska-san, mande elas para a casa de Natsu. Mizuki parece bem, mas um check-up não vai fazer mal.

– Vou avisá-la – Respondeu a maga de transformação.

– Natsu, tudo bem se eu acompanhar vocês?

– Claro. Damos um jeito dar espaço.

– Obrigada.

– Venham para guilda amanhã cedo – Pediu Makarov – Quero um relatório completo sobre os perseguidores, mas acho que no momento ninguém aqui está em condições de fazê-lo. Por isso descansem e venham amanhã.

Juvia encostou a mão no braço de Natsu, como se perguntasse se poderiam ir. O Dragon Slayer apenas assentiu. Caminhando para fora da guilda com uma maga desacordada, cujo os mistérios e poderes iam além do que imaginavam.

Para trás ficaram alguns membros da guilda que não ficaram muito tempo por lá devido a exaustão emocional, aqueles que presenciaram horrores, que decidiram marcar uma reunião para o dia seguinte e o casal, que embora estivessem com mãos entrelaçadas, queriam correr atrás de outras pessoas e sentiam que havia algo errado com esse sentimento de perda.

.

.

.

Juvia absorvera a água do corpo de Mizuki, um truque que a própria Dragon Slayer ensinara a Juvia e trocou-a, depois deixou Natsu entrar no quarto para pegar algumas coisas.

– Aqui – Ele disse estendendo um vestido azul do guarda-roupa – É da Mizuki, mas acho que ela não vai se incomodar. Tem algum problema se você ficar na rede? – Juvia anuiu – Ok, então a rede ali do lado fica para você. Vou deixar um cobertor e travesseiro. Tome um banho, você ainda está suja...

Natsu deixou a palavra no ar e não foi necessário completar. Juvia sabia muito bem como se sujou com o sangue enquanto tentava salvar a Dragon Slayer, e isso deveria estar incomodando muito ele pelo cheiro forte que vinha dela e seu olfato sensível.

– Obrigada, Natsu-san.

– Disponha – Ele disse e Juvia se virou e foi para o banheiro.

O mago ajeitou a rede para Juvia e o sofá onde iria dormir, já que Mizuki ocupada a rede onde ele dormia. Ele acendeu a lareira, o clima havia esfriado devido a chuva de mais cedo. Natsu se aproximou de Mizuki e tirou algumas mechas de cabelo que cobriam seu rosto com cuidado, voltando ao olhar triste.

– O que foi Natsu? – Perguntou Happy sonolento no ombro do amigo.

– E se a deusa não tivesse aparecido? – Ele indagou – Mizuki teria morrido e eu não poderia ter feito nada mesmo comigo logo ao lado.

– Natsu... – Ecoou Happy antes de sorrir – Não devemos pensar nisso. Ela está aqui, isso é o que importa.

– Tem razão Happy – Sorriu ele e voltou-se a Mizuki dando um leve beijo em sua testa de boa noite. Quando iria dar boa noite à Happy, viu que o exceed já estava dormindo.

Natsu pegou o cobertor e cobriu o amigo, depois se ajeitou para dormir juto com ele no sofá. Juvia retornou pouco depois, já completamente limpa. Havia deixado as roupas de dança que usavam um balde (que achou nos fundos da casa) com água, assim não ficaria com o cheiro impregnado nem na casa nem nas roupas. Ela voltou ao quarto e se deitou na rede que ficava ao lado de onde Mizuki dormia. Adormeceu assim que colocou a cabeça no travesseiro.

Amanhã seria um longo dia.


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Notas finais do capítulo

Muito bem, não matei ela! (Ainda... ou será que não? xD), enfim o que acharam?
Vamos ao que interessa: QUANDO HAPPY IRÁ COMER ALGUM PEIXE NESSA FANFIC?!
Quero suas teorias, aeçass e o que mais quiserem me enviar! Ah sim, NaLu e Gruvia vão acontecer sim (E SE RECLAMAR VAI TER FILHINHOS TAMBÉM - E não, não vai rolar um Sakura/Sarada :P), mas vou com calma e vai levar um tempinho porque a fic é longa e___e
A fanfic está programada para todos os domingos, então só semana que vem (tá tudo programado vºv)
Beijinhos, tia AG ama vcs!



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