Drawing Love escrita por Any the Fox


Capítulo 9
Pedido de desculpas.


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal!
Ok, título mais clichê que este não há... Mas deixe para lá, ok? kkkk
Bem, como prometi aqui está o outro capítulo.
Tenho de avisar que este capítulo tem conteúdo assim... Com palavras bem pervertidas... Só para precaver, ok?
Bem, espero que gostem, pois vêm aí momentos Pearlshipping!
Enjoy!



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Ash P.O.V

“- Dawn… Você quer ficar sozinha um bocado? – Perguntei sério.

– Sim, por favor… - Ela pediu escondendo as lágrimas de mim.”

Eu saí do quarto um pouco triste. Eu já não era mais aquele garoto inocente que era antes, agora eu intendia melhor as coisas que se passavam à minha volta. Assim ter percebido o que acontecera há pouco no quarto. Dawn não viu, mas estava tudo planeado já de há muito tempo. O grupo dos garotos está todo completamente caidinho pela Dawn, o que os faz ter vários planos para se aproximarem dela… Como o que houve hoje. Tudo foi combinado quando a Dawn foi ao banheiro enquanto estudávamos, quando já estávamos todos na sala…

– Ena, Ash… Você tem tanta sorte em partilhar o quarto com uma garotinha tão gostosa… - Gary babava-se para cima do caderno sonhando acordado.

– É, né? Ela aparenta ter uma bundinha tão redondinha… - Drew também se babava e sonhava acordado.

– Não falem assim da Dawn! Vocês sabem que ela não gosta disso! – Eu me exaltei.

– Ena, ena, o Ash está com medo que lhe tiremos a menina. – Barry zoou. – Fique sabendo que eu vi primeiro aquele cabelo azul! Ela é minha vizinha, topas? Eu é que tenho direito de pegar aquele rabo de saia.

– Que é isso, Barry? Tanto eu como você temos o direito de estar com Dawn! Vimo-la ao mesmo tempo! – Kenny resmungou.

– Oh, o mimado do Kenny está admitindo que gosta da Dawn! Sabe que não é apropriado um estudante ficar namorando, não é? – Barry provocou.

– Cala a boca, sua cabeça de limão! – Kenny ficou envergonhado.

– E dai, eu sou o mais gato. Sou eu que tenho mais hipóteses com Dawn. Obviamente que ela masturba a pensar em mim. – Gary ajeitou o cabelo convencido.

– Ahah, Gary, todas as garotas da escola estão loucas por você. Não me quer emprestar a Dawn? É só um pouquinho. Eu depois devolvo. – Drew piscou.

– Cai fora, Drew. Pode pegar todas as outras, mas o corpinho da Dawn é só meu. – Gary colocou as mãos por trás da cabeça.

– Seus sem vergonha, não têm respeito nenhum pela garota! – Eu me impressionei com a quantidade de taradice e pouca vergonha daquela conversa.

– Vamos, Ash, não seja assim. Dawn não está aqui, não estamos ofendendo ninguém. – Gary sossegou.

– Pois, estamos só descontraindo um pouco. – Drew explicou. – Afinal, somos homens, né?

– Homens? Falando assim vocês parecem animais lutando pela fémea! – Eu lembrei-os.

– Eheh, o ingénuo passou a perceber as coisas. Vá lá, até parece que você nunca teve um pensamento pervertido com a Dawn. – Drew revirou os olhos.

Eu me calei um pouco, engolindo em seco e corando. É verdade que isso já aconteceu, afinal eu gostava muito dela… Muito mesmo… Mas os meus pensamentos eram diferentes dos deles. Como dizer… Mais doces? Com mais respeito? Eu realmente não sei…

– Ena, ele pensa mesmo… - Drew espantou-se pelo facto de eu ter corado e demorado a responder.

– Olhe, Paul, você tem outro rival no amor. – Gary chamou a atenção do colega.

– Outro? O que é mais um no meio de uma escola inteira? – Paul revirou os olhos, algo me diz que o dia da piscina tem algo a ver com esse sentimento.

– Ei! A gente gosta todos da Dawn, certo? Eu tive uma ideia… - Drew colocou um olhar perverso.

– Sério? Conta! – Gary entusiasmou-se.

Depois disso, organizaram toda aquela cena que vocês já sabem. Eu não estava nada de acordo com aquilo, mas o plano seguiu para a frente mesmo sem a minha participação.

E como esperado, o plano deu porcaria. Só deu para a Dawn ficar envergonhada e brava com todos nós… Eu repensava no assunto enquanto bebia uma bebida no bar do colégio, sentado numa mesa.

– Ei, Ash! O que faz aqui a uma hora destas? – Brock, um estudante de uns anos acima do meu, veio falar comigo.

– Oi, Brock. Tudo bem com você? – Perguntei forçando um sorriso.

– Comigo tudo, mas você parece abatido. Se passou alguma coisa? – Ele notou minha tristeza.

– Passou, Brock. Lembra de eu falar da Dawn? – Perguntei.

– Aquela menininha que vive no seu dormitório? Sim, lembro de você dizer que gostava dela. – Ele sorriu.

– Ahah… Pois… - Corei. – Eu acho que a magoei hoje…

–Hum? O que você fez? – Ele se sentou no banco da minha frente escutando.

– Não fui bem eu… Eu vou passar a explicar. – Disse meio atrapalhado.

Depois expliquei o episódio todo sem ocultar nenhum detalhe ao meu amigo mais velho.

– Hum, entendo… Você meteu água… - Ele concluiu pensativo.

– Eu sei… E se agora ela não quiser mais me ver? – Eu apoiei minha cabeça em minhas mãos enquanto apoiava os cotovelos na mesa.

– Ei, não diga isso… - Ele tentou apoiar-me. – Só me diz… Você viu a calcinha dela?

Eu avermelhei na hora, lembrando a cena, um esguicho de sangue imaginário saiu pelo meu nariz enquanto eu avermelhava dos pés à cabeça.

– Não! Brock, não diga essas coisas! Eu não iria faltar tanto ao respeito de Dawn… - Fiquei embaraçado.

– Eheh, desculpe, foi mais forte que eu. – riu sem jeito – Mas oiça, você vai lá agora e pede desculpa para ela.

– E se ela não desculpar? – Preocupei-me.

– Ela vai desculpar de certeza, mas se não… Você vai ter de passar para outra. – Ele conscientizou-me levantando-se.

– Obrigado, Brock, me sinto melhor agora. – Agradeci.

– De nada, agora, se não se importa, eu vou fazer uma visitinha à enfermeira da escola. – Ele arqueou as sobrancelhas pervertido.

– Seu tarado, largue a enfermeira Joy. – Eu ri.

– Nem morto! Aquela enfermeira há de ser minha! – Ele brincava saindo do bar.

Ri um pouco olhando para a lata do sumo que tinha na mão. Brock tinha razão, eu tinha de ir pedir desculpa à Dawn. Olhei para cima, fechei os olhos, e disse:

– Arceus, fizeste-me humano para ajudar a Dawn, então, dai-me forças para a ajudar.

Finalmente, levantei-me da mesa, passei por um caixote do lixo para colocar a lata e segui para o dormitório, com bastante medo que Dawn não me perdoasse. Andei pelos corredores da escola até chegar ao quarto da Dawn, onde eu ficava alojado. Sei que é estranho um garoto ficar no corredor feminino, mas a diretora aceitou só por ser eu. Encarei a porta do quarto e bati.

– Quem é? – Uma voz perguntou chorosa.

– É o Ash. Posso entrar? – Perguntei encostado na porta para ouvir melhor.

– Pode. – A voz respondeu acalmando o choro.

Abri a porta e entrei, do outro lado estava Dawn deitada em cima da cama, a cara era de choro, as almofadas estavam babadas e o cabelo dela estava todo emaranhado.

– Oh, Dawn, olhe para você. – Fui ter com ela lamentando o seu estado lastimável.

– O que você quer? Também vem abusar de mim, é? – Ela estava realmente transtornada com isso.

– Não, Dawn, você sabe que eu nunca faria isso. – Eu a abracei. – Eu vim pedir desculpa.

– Desculpa? – Ela parou de chorar momentaneamente.

– Sim. Eu fui idiota em me manter calado e não os mandar parar. Gomenasai. – Eu me inclinei pedindo desculpa arrependido.

Ela pareceu ficar surpresa com a minha atitude. Mantive a minha posição até ela colocar uma mão em meu cabelo, acariciando-o. Eu levantei a cabeça achando aquilo estranho.

– Ash… Você não tem culpa de nada. Você não me envergonhou. – Ela tranquilizou-me com um sorriso.

– Mas eu não os impedi… Eu falhei a minha missão de te proteger… Não consegui proteger o meu mestre. – Falei com umas lágrimas nos olhos.

– Ash, você não falhou. Tinha falhado se não estivesse aqui agora. Mas você está. E não fale como se você fosse só um desenho. Você é mais que isso para mim. Eu gosto muito de você, Ash. – Ela explicou.

– Gosta? – Fiquei pasmo.

– Sim, Ash… Muito… Tanto que acho que eu… - Ela parou a meio da frase.

– Que você o quê? – Interroguei-a.

– Ah… Eu acho que gosto tanto de você que te beijava… - Ela disse bastante corada.

– Bem… Então beija… - Eu disse olhando-a doce e ajeitando uma brecha de seu cabelo atrás da orelha.

– Bei-beijar você?! Mas… Nós somos amigos… - Ela assustou-se e ficou bem corada.

– Mas… Você disse que me beijava… - Fiquei confuso.

– É uma maneira de falar, Ash! Eu não sei se conseguiria mesmo beijar você. – Ela ficou envergonhada e encolheu-se um pouco, desviando o olhar.

Ela estava muito tímida e encolhida, eu realmente não devia ter feito o que fiz, mas estava a ser mais forte do que eu… Eu estava desesperado por poder ajudar aquele ser e fazê-lo sentir-se melhor. Então, puxei seu braço, forçando-a a olhar-me.

– Dawn, você pode não conseguir, mas eu consigo… E não posso segurar mais! – Disse chegando-me para a frente e juntando os nossos lábios.

Ela ficou pasma, mas depois dos primeiros segundos de pasmo ela serrou os olhos e aproveitou o momento. Eu sorri e serrei os olhos também. Minhas mãos correram à sua cintura e as suas ao meu cabelo brincando com o mesmo. Naquele momento foi como se o tempo parasse, tudo era perfeito. Só eu e ela, sentados na cama a compartilhar um beijo demorado lento e gostoso… Só nos separamos porque os nossos pulmões o exigiam. Olhamos um para o outro timidamente, mas com um sorriso nos lábios. Uma risada tímida foi compartilhada pelos dois.

– Bem… O que foi isto? – Dawn perguntou tímida.

– Eu não tenho a certeza… Mas não é o que vocês humanos chamam de “amor”? – Questionei.

– É. Eu acho que sim. – Ela sorriu.

Ela se abraçou a mim e me deu um selinho no rosto, eu sorri, o seu gesto tímido era muito fofo.

– Ash, me faz um favor… Não conte a ninguém o que se passou aqui, está bem? – Ela pediu.

– Porquê? Não quer dizer ao mundo que me ama? – Estranhei.

– Quero… Mas olhe para os outros rapazes… Todos eles gostam de mim… Não quero magoá-los… Não quero que eles se sintam como eu me sinto. – Ela insistia em dizer que os outros não mereciam ser mal tratados.

– Você acha mesmo que eles merecem que se preocupe com eles? – Eu questionei distribuindo umas carícias nas suas costas enquanto ela se enroscava no meu peito.

– Não merecem… Mas se não fossem eles você não me estaria abraçando agora, não é? – Ela questionou.

– Ora aí está uma verdade… - Ri um pouco.

Ficamos assim um bom tempo, até ela adormecer no meu colo. Eu estava um pouco confuso. Seriamos namorados? Amigos coloridos? Eu não sei… Mas aquela não era hora para me questionar sobre isso… Apenas me recostei na cama e fechei os olhos e adormeci enquanto acariciava os longos cabelos azuis de minha mestre. No outro dia de manhã eu falaria com ela e encararia a verdade… Sim, no outro dia de manhã…

…No outro dia de manhã, tudo iria fazer sentido de manhã…


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Notas finais do capítulo

Oi de novo!
Espero que tenham gostado.
Bem, isto levou muita da minha inspiração... Espero que tenha valido a pena! kkkk
Até mais!



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