(One-shots) Diario de um Escritor Estudante escrita por TV2101


Capítulo 3
+13 Ferido de Vida


Notas iniciais do capítulo

GÊNEROS: Romance
AVISOS: -

Texto que usei na publicação original do Facebook:
"Segunda redação do dia, porque a minha professora pediu duas em menos de 24h... é pra fuder com a criatividade de qualquer um, mas né, nois tenta. Assim como a primeira, tinha que ter elementos da segunda fase do Romantismo Brasileiro, e ter uma historia dramatica, porem com um final feliz. Tá uma bosta porque realmente, criatividade faleceu hu3 mas taí, se alguém quiser ler.."



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–Minha Deusa, não aguento mais- ele disse.

–Calma amor, só mais um pouco- ela respondeu.

–Seus pais nunca vão dar liberdade pra gente!

–Você disse que lutaria contra tudo e todos por mim. Você jurou.

–E eu vou. Eu te amo. Mas não aguento mais isso. Não aguento mais só poder te encontrar escondida. Não aguento mais não poder dizer para todos que eu te amo e que eu só quero você. Porque eles simplesmente não aprovam logo a gente?

Marcos e Ana, era o nome do casal. Os dois se amavam, como nunca houve amor igual; separados agora não eram nada. Quando brigavam, Marcos ficava completamente depressivo, murmurando pelos cantos. Não joga mais futebol na rua, ou presta atenção as aulas. Se esquece do dia e até de onde fica a própria casa. Sua vida perde o sentido sem ela. E Ana... Ana chega a extremos ainda maiores. Chora. Chama as amigas para desabafar. Briga com todas elas. Então perde o controle; toma remédios, corta os pulsos. É uma sorte ainda estar viva.

E então eles fazem as pazes, ninguém os controla. Matam aula para ficar junto. Se beijam, se engolem em publico, como se não se importassem com as pessoas ao seu redor; tornam-se dois adolescentes irracionais, tomados pelo amor da juventude. São capazes de loucura um para o outro. Ana já fugiu de casa pra morar com eles, e boatos dizem que Marcos matou um amigo dela pra ficar com ela.

E por toda essa irracionalidade, os pais dela proíbem o namoro. No começo, eles deixavam; diziam que todo aquele fogo, toda aquela paixão era coisa de adolescente, e que não tinha problema. E assim foi, até que os pais da Ana flagraram-a transando na cama deles. Desse dia em diante, perceberam como aquele amor era perigoso, irracional. Não só pela grande ofensa a família, mas pelos riscos que a filha corria, proibiram o namoro.

E então começou todo o drama. Eles estudavam na mesma escola, e por isso conseguiram se ver por mais um tempo. Até que os João, o pai da Ana, conseguiu transferir sua filha da escola. Em seu ultimo dia juntos, fizeram juras de amor. Juras verdadeiras, sim. Pois eles se amavam, como nenhum outro casal jamais se amou. Então continuaram se encontrando, escondidos. No começo, a turma de amigos ajudava; mas aquele casal se tornou enjoativo por demais. Eram muito melosos um com o outro, e deixavam a turma de lado para ficarem a sós sempre que possível. Por isso, os amigos decidiram dedura-los para João e Ellizabeth, mãe de Ana.

Desde então eles se encontram escondidos, de tudo e de todos. No fundo, todo o bairro sabe, mas ninguém consegue dar um flagrante nos dois. E por isso, eles se vêm as escondidas, sempre.

–Quando tivemos que ficar uma semana sem nos ver, eu quase morri- a Ana disse. -Não suporto nem duas horas sem você. Não tenho vontade de viver longe de você.-

Marcos sorriu feito um bobo diante daquilo.

–E você acha que gosto de ficar longe de você, minha deusa?- ele respondeu, de imediato.

Continuaram naquela coisa melosa por mais algum tempo. Em menos de meia hora, seus corpos, nus, já se envolviam na cama do Motel do bairro vizinho. Quando saíram do Motel, Marcos viu um carro parado.

–Ana, aquele ali não é o carro dos seus pais?- perguntou.

Ana forçou um pouco as vistas para ver o carro. Tinha que usar óculos, assim como Marcos, mas os dela haviam se quebrado. Aquele dia em especifico era um dia ensolarado, feliz. Estava claro e quente, com poucas nuvens no céu. Isso facilitou a visão de Ana.

–É sim!- ela exclamou.
Não foi preciso dizer mais nada. Os dois danaram a correr, sem saber para onde. Não pararam até estar a 5 quarteirões de distancia do Motel.

–Ok, onde estamos?- Marcos perguntou.

–Não faço a menor ideia. Vamos voltar!

–Não podemos, minha Deusa. Seus pais ainda vão estar lá. Vai saber se eles foram para poder curtir, ou se foi para nos procurar...

–Você tem razão. E agora, o que vamos fazer?

–Vamos ter que pegar um ônibus e voltar pra casa.

–Mas você sabe onde pegar ônibus por aqui?

A rua estava deserta. Não tinha para quem perguntar. E definitivamente, Marcos não sabia onde pegar um ônibus.

–Vou olhar no GPS do meu celular, espera...- ela disse.

E então tudo aconteceu rápido de mais. Um bandido apareceu, vindo do nada, armado. Tentou roubar o celular da Ana. Marcos reagiu, e tomou um tiro na perna. Caiu no chão, e o ladrão fugiu com o celular.

Ana entrou em desespero ao ver o sangue do seu amado escorrendo por sua perna. Ajoelhou-se e começou a chorar, desesperadamente. Aquele dia já não estava mais tão ensolarado, então. Nuvens cobriram o céu, e ameaçava chover. Estavam em uma rua extremamente cinzenta, sem graça; sem nenhum colorido, árvore, animal ou vida. Tudo parecia triste e sombrio, e a única cor visível vinha do sangue de Marcos escorrendo pelo chão.

–Amor, não!- gritou, e a rua continuava deserta. -Meu Deus, e agora, o que eu vou fazer?-

–Minha Deusa- Marcos respondeu. -Se acalme, não quero te ver chorando. Seu rosto é maravilhoso de mais para ser sujo por lágrimas. Quero te ver feliz como te vejo sempre, certo?

–Estou sempre feliz do seu lado, amor, mas... você tomou um tiro!

–Não interessa! Você vai ter que correr atrás dos seus pais, falar o que aconteceu, e pedir pra eles me buscarem. Se não, vou morrer.

–Não diga isso! Se você morrer, eu morro junto!

–Então vá, minha Deusa. Rápido, vá atrás dos seus pais!

Ana não aguentava correr mais. Estava exausta. Mas por seu amor, ela conseguia. Correu, e no Motel explicou o que aconteceu. Uma ambulância foi chamada. Quando Ana voltou com seus pais aonde Marcos estava caído, a ambulância já tinha chegado, e atendido Marcos com eficácia.

No hospital, então, juntaram-se Marcos, Ana, João, Ellizabeth. Cristina e Roberto, esses dois últimos pais do Marcos. Todos preocupados com o garoto. Mas a remoção de retirada da bala foi um sucesso, e Marcos iria se recuperar relativamente rápido.

–Isso não aconteceria se você seguisse nossas ordens, Ana- disse João.

–Isso não aconteceria se vocês não tivessem dado ordens tão estúpidas!- respondeu Ana. -Vocês não perceberam o que aconteceu? Marcos salvou minha vida! O bandido estava com a arma na minha cabeça- ela inventou-, e ia atirar, até que Marcos reagiu! Se não fosse por ele, eu estaia morta!

–E nessa brincadeira, meu filho quase morre- disse Cristina.
–Mãe, eu morreria duas vezes pela Ana... morreria de amor.- Marcos disse.

–Mas não vai morrer por ela coisa nenhuma!- gritou João.

–Vocês dois estão se encontrando escondidos? Bem feito pra você, garoto! Vocês nunca mais vão se encontrar, anotem o que eu digo, nem que eu tenha que trancar a Ana no quarto dela!-

–João...- disse Ellizabeth. -Esse garoto arriscou a vida por nossa filha. Talvez esse namoro não seja tão prejudicial assim.-

Houve então uma grande discussão. Por mais de uma hora, debateram. João gritou, Ana chorou, Ellizabeth ajudou, Marcos gemeu, Cristina defendeu o filho e Roberto socorreu-o.

Até que aquela discussão acabou. O namoro, foi liberado novamente. Aquele ato de bravura era digno de confiança. Mas muitas regras foram impostas; Marcos e Ana nunca as obedeceriam, seu lado sentimental berrava mais alto que o racional. Mas ninguém naquela sala precisava saber, e nunca saberiam. Quando Marcos se recuperasse, finalmente voltaria a ser feliz com a Ana, e pra ele aquilo era tudo o que importava; muito mais que a dor que sua perna era a felicidade em seu peito


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