O Filho do Diabo - Agente Ruschel escrita por TM


Capítulo 9
Talvez eu esteja ficando louco




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/529166/chapter/9

Adam não sabia por quanto tempo tinha dormido, mas quando acordou os raios do sol ofuscavam seus olhos, ele se sentia desnorteado.
Ele viu que dormiu no chão da sala, e do lado de onde ele dormia havia sangue. Muito sangue. Será que está tudo bem com o Dr. Smith? ele fez essa pergunta á si mesmo mentalmente, mas nem precisava responder pois já sabia a resposta.
Ele tentou ligar pro celular do doutor, mas caiu na caixa postal. Ele estava preocupado e com medo.
Do mesmo jeito que acordou, foi para seu escritório. Quando chegou lá, Mary foi a primeira pessoa que ele viu.
– Bom dia senhor Cooper! Isto na sua camisa é sangue? - Mary olhou com pavor para a camisa de Adam, depois que ela falou isso, ele viu a camisa sem se importar.
– Chame o senhor Nathan Moon no meu escritório, agora. O assunto é importante, por isso peço com que ele venha com a máxima urgência.
Adam foi andando quando sentiu que alguém vinha atrás dele, era Mary.
– Mas o senhor está bem, certo? - Ela falou com a preocupação evidente na voz.
Ele parou de andar e a fitou, ela era de uma beleza extraordinária, mas não tinha chance com ele, ele só pensava em uma mulher: Isabella Ruschel.
– Estou ótimo, Mary. Não significa que só por que eu estou bem que eu estou feliz, e por favor, vá fazer o que eu lhe pedi antes que eu a demita e chame a Angella no seu lugar.
Sem saco pra olhar pra cara dela, ele virou e continuou a vagar pelo prédio em busca do seu escritório. Até que o achou, e Angella estava sentada em cima da sua mesa, com uma saia mais curta do que o permitido e os longos cabelos pretos estavam amarrados num coque.
– Chegou tarde, senhor Cooper. Eu gostaria que o senhor me ensinasse como consegue ser tão irresistível assim.. - O sussurro se tornou sedutor, mas Adam estava lá pra negócios, não pra ter um casinho com uma qualquer.
– Vai pro seu escritório, ou qualquer outra merda que você faça por aqui! Eu não estou com saco pra discutir se eu devo ou não ficar com você, ah, e a propósito, esta saia é ridícula. Deveria saber que eu não gosto de mulheres vulgares, mas falando na sua língua, mulheres oferecidas. - Ele pronunciou as últimas palavras bem devagar pra ver se caía a ficha de Angella.
Angella não sabia se olhava pra ele ou se chorava, ela saiu marchando como um soldado, e Adam sabia que ela ia contar pra Mary. Ele colocou as duas mãos na mesa, tentando dar um pouco de equilíbrio.
Ele estava de cabeça baixa, esgotado, exausto, quando ouviu três batimentos na porta. Levantou a cabeça e viu um senhor que aparentava ter por volta dos 40 anos, e vestia ternos caros.
– Com licença, senhor Cooper. Não pudemos nos apresentar hoje cedo por conta do turbilhão que aconteceu aqui, eu sou Nathan Moon, seu superior. - Nathan foi andando em direção á Adam e esticou-lhe a mão para uma saudação formal.
Adam apertou a mão dele, analisando bem aquele homem que acabara de conhecer.
– Prazer, Adam Cooper. Me desculpe por atrasar hoje no trabalho e por estar vestido assim, meu psicólogo foi ontem em casa e ele estava sangrando. Bem, pelo menos é isso que eu acho.
– E qual seria o nome dele? - Nathan sentou na cadeira em frente á Adam e fez um sinal com que ele sentasse também, Adam obedeceu. - Hoje recebemos uma notícia de que um renomado psicólogo morreu, deixando 3 filhos e uma mulher.
– O nome dele é James Baker Smith, se não me engano. Estamos falando do mesmo cara, Moon?
Nathan olhou pros lados antes de dar a notícia. Adam já sabia da resposta.
– Sim, Cooper. Sinto muito. Enquanto ao nome, você se enganou, é James Becker Smith, posso lhe fazer algumas perguntas?
– Claro, por que não?
– A quanto tempo você faz terapia com ele?
– Por que quer saber? Não estou entre os suspeitos, certo Moon?
– Por que estaria entre os suspeitos? Que eu saiba, você não é alguma pessoa má, e nem aparenta ser. Agora, por favor responda a minha pergunta.
– Eu faço terapia com ele á 1 ano e meio, sabe - Adam forçou o choro, o que provavelmente Nathan não percebeu. - minha mãe batia em mim quando criança, e meu pai era alcoólatra. É difícil falar disso pra mim.
Nathan olhou pro chão, ele estava caindo na minha pensou Adam. Quando ele tornou a olhar Adam, seus olhos estavam aguados, como se ele estivesse vendo um cachorrinho ferido.
– Sinto muito, Adam. Vá pra casa, hoje marcaremos um jantar. Só eu e você, tenho que lhe falar a respeito da carta ameaçadora que recebemos hoje.
– Que tipo de carta seria? - Adam começou a limpar os olhos com a manga da blusa.
– Uma que fala que alguém vai matar você e Angella caso não seguirmos as regras.
Nathan se levantou e saiu.
Eles estavam caindo no meu jogo, eles caíram no meu plano! pensava Adam, mas agora ele não poderia demonstrar felicidade, comemoração nem nada do tipo. Por que como ele disse á Nathan, o psicólogo dele havia morrido.
Em quem ele iria confiar?
Uma letra apareceu, R. Ruschel, Isabella Ruschel.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Filho do Diabo - Agente Ruschel" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.