Logo depois que ele viu sua mãe morrer na frente dele, pensou em seu pai. Chad não foi o melhor pai do ano, e muito menos tentou ser, se fosse pra ganhar um prêmio ele ganharia como pior pai do ano. Adam decidiu que iria visitar o pai. Atravessou a cidade de Los Angeles pra chegar na clínica.
Quando chegou lá, logo se apresentou como agente Adam Cooper e falou que queria ver um conhecido, um tio de um primo, chamado Chad Cooper Mason. Viu o velho, e ele estava irreconhecível. Estava mais arrumado do que nunca, quando ele finalmente enxergou Adam, seus olhos brilharam e Adam reconheceu o sentimento de felicidade e de amor.
– Quanto tempo, meu filho! - Ele abraçou Adam com tanta força, e Adam nem sequer levantou um dedo para abraça-lo.
– Tá, pode me largar agora. - Chad logo foi se afastando de Adam, com os olhos ainda iluminados. - Eu queria lhe dar a notícia que uma senhora chamada Rosalie Russell Cooper morreu, você conhecia bastante já que eram marido e mulher. E também queria lhe avisar que ela teve uma filha fora do casamento, mais não fique decepcionado, cá entre nós, eu sempre soube do que ela era capaz. E eu não vim aqui só pra ver meu velho e bom pai que cuidou tão bem de mim quando era criança, vim te falar que a partir de hoje estou parando de pagar esse muquifo do qual você chama de casa, ou, ou qualquer coisa que você o chama. Você vai viver nas ruas, Chad. E eu vou estar lá pra ver, você merece isso, não merece? Se recorda dos seus 45 anos, não?
– Sim filho, eu me lembro. Mas você está transtornado por causa da morte da sua mãe - Adam o cortou.
– Eu não, eu estou mais que feliz que ela finalmente morreu e eu não desperdiçaria mais 1.200,00 dólares por mês naquele asilo. Que bom que você se lembra, agora você vai morar nas ruas, pra passar o que eu passei, você vai sentir o que eu senti, e eu vou estar lá, de pé, pra te lembrar o por quê de você estar vivendo assim, o por quê que a sua vida foi sempre essa merda. Não se esqueça Chad, eu sou membro da autoridade agora, então nem pense em roubar alguém ou eu mesmo vou lá e te prendo, e desta vez, você não vai fugir de lá.
– Que honra ter a autoridade no meu pé.
– Você merece toda a minha atenção, papai.
– Adam, me desculpe, eu sei o quanto eu fui ruim com você e - Mais uma vez Adam o cortou.
– Poupe meus ouvidos dessas desculpas podres, eu já ouvi tudo isso da Rosalie mais cedo, e francamente, que pais de bosta hein?! Vocês tiveram todos esses anos pra me procurar, ou elaborar uma desculpa boa, pra quem sabe assim eu aceitar, mas o que vocês fizeram? Jogaram todo o meu dinheiro fora!
Adam falou com a voz mais fria do mundo, e no tom que ele falou, já dava indícios de raiva.
– Você acha que Thomas gostaria disso, Adam?
Era a vez do pai questioná-lo.
– O que Thomas gostaria ou não, não me importa. Ele morreu, esqueceu? Nem meu irmãozinho morto, nem minha irmãzinha viva vão fazer eu mudar de ideia. Você. Está. Fora. Arrume suas coisas, mandarei a secretária te dispensar ás 9:00 em ponto, amanhã eu voltarei, e se você não sair... Bem, terei que chamar minha equipe de agentes pra te tirar a força.
– Adam, temos que conversar. - Chad disse com seriedade.
– Desculpe, papai. Mas a conversa terminou aqui, e se você não se importa eu tenho um serial killer pra caçar. O recado está dado, te vejo nas ruas. Passar bem.
Adam o olhou com desprezo e antes que o velho respondesse, ele virou as costas e saiu o mais rápido que podia daquele lugar.
– Rosalie e Chad. Pais do ano, com certeza. - Ele sussurrou enquanto dirigia de volta pro F.B.I..