O Filho do Diabo - Agente Ruschel escrita por TM


Capítulo 11
Perdendo a sanidade




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Adam foi dormir logo após que Nathan saiu de sua casa, e ele nunca havia se sentido tão feliz na vida. Nem quando sua mãe o deixou sozinho na vida, o deixou tão feliz. O sonho dele era repleto de pesadelos, e nele havia um homem muito bonito, loiro dos olhos azuis. Adam começou á encará-lo.
– O que está olhando, meu filho? - E quando o homem desconhecido sorriu, mostrou o sorriso mais bonito que alguém poderia ter.
– Quem é você?
– Ora, ora. Vejo que não me reconhece. Sou dono daquela voz que te chama á noite, aquela que você não queria ouvir, mas ouviu. Aquele que Deus o expulsou do paraíso por amar mais á ele do que vocês, homenzinhos podres. Meu nome está em sua mente, não está, Adam? Vejo que pela sua cara, você já sabe quem eu sou, e essa altura do campeonato você também duvida que eu existo. Pois bem, se o bem existe, o mal tem que existir também, certo? E esse mal sou eu. Mas não se preocupe Adam, você vai morrer e vai vir direto aqui comigo.
– Lúcifer, Lúcifer... Não era pra você ter um chifre, um rabo, e ser vermelho?
– Creio eu que você não anda lendo a bíblia. Eu era o mais bonito dos anjos, e não, como você pode ver não sou vermelho e não tenho chifres e muito menos rabo; essa é a desculpa que os fanáticos religiosos inventaram pros seus filhos antes de dormir, eles teriam que temer algo se desobedecessem a Deus, creio que você já entendeu o que eu quis falar. - Lúcifer veio se aproximando para perto de Adam, com toda aquela beleza extraordinária e elegância.
– O que você quer de mim? Eu nada mais sou do que um agente do F.B.I. que cometeu o pior pecado do mundo! Você sabe que eu não matei por que quis. Você me obrigou a fazer tudo aquilo. - Adam foi marchando em direção contrária, e Lúcifer estava sempre um passo á frente dele.
Lúcifer era mais ágil, mais inteligente, mais bonito, mais poderoso. Adam não podia com ele, mas ele sabia que se tentasse ou não, iria acabar no inferno. Então a melhor opção era tentar, mesmo que se falhasse pelo menos ele tentou.
– Adam, você ainda não percebeu o que eu quero pra você? Eu quero que você se transforme no maior serial killer já nascido neste mundo. É mais fácil pra você jogar nas minhas costas? Se for mais fácil, jogue, tire os pesos desses ombros, mas não se esqueça, você é meu. Eu te escolhi por um propósito, e você sabe qual e por quê. Não vejo interesse naquela Isabella, mas você sim. E você é fraco por causa disso, Adam. Sabe por que? Por que humanos tem sentimentos, e isso os deixam fracos, sentimentos levam a pessoa a fazer qualquer coisa, inclusive se matar.
É isso que você está fazendo Adam. Você está se matando aos poucos pela aquela vadiazinha. Seja mais forte, não ligue para seus sentimentos, eles não valem absolutamente nada. E sabe o que me faz melhor que você e toda essa populaçãozinha humana? Eu não ligo pros meus sentimentos. Aprenda a ser melhor que eles, Adam. Você pode fazer isso, só não quer. Ao longo da semana vou falando com você, certo? Ah, e meus pêsames pelo seu psicólogo. Não me olhe com essa cara de assustado, por que você sabe a verdade. Sabe que eu o matei.
Adam estava em pânico, e quando acordou sua cama estava cheia de suor, junto á seu pijama. Ele estava realmente ensopado, estava com medo, mas ele não podia se matar agora, não podia. Sem ao menos beijar o amor de sua vida, Isabella Ruschel.
Adam trocou de roupa e afastou aquelas imagens de sua cabeça, eram 4:00 da manhã quando ele decidiu que iria ver os pais dele. Adam dirigiu até Los Angeles para ver sua mãe, e depois que falou pra enfermeira que era um caso de extrema urgência, ela o deixou entrar.
Sua mãe estava internada, e ele quase não á reconheceu. Os antigos cabelos loiros sedosos estavam sendo substituídos por brancos quebrados, e o seu rosto que era lindo estava cheio de rugas. Ele se lembrava de seus olhos verdes, que agora estavam fechados. Adam pediu um tempo com a mãe, e a enfermeira cedeu.
– Adam, é você? - Rosalie falou com a voz baixa, quase num sussurro, e abriu os olhos.
– Sim, sou eu. Há quanto tempo você não me vê mesmo? Desde que você me abandonou lá pra morrer! - Adam explodiu de raiva, e começou a chorar.
– Eu não te abandonei pra morrer Adam, eu sempre amei você. Eu estava grávida quando eu saí de casa, e seu pai não poderia ficar sabendo, já que o filho, ou melhor, filha não era dele. Você nunca desconfiou que tinha uma irmã? O nome dela é Anielli Russell. Eu queria que você soubesse antes, mas você nunca veio me visitar.
– Só agora eu recebo a notícia que eu tenho uma irmã? E o que vem agora, Rosalie? Também tenho um sobrinho? - Adam estava descontando toda sua frustração e raiva em sua mãe.
– Já que mencionou, tem sim. Ele tem 2 anos, ele parece você quando era mais novo. O nome dele é Marcus. Desculpe jogar toda essa bomba em cima de você justo agora, eu não tenho muito tempo Adam, mas antes de morrer eu gostaria que você me perdoasse por tudo de ruim que eu causei na sua vida, agente Adam Michael Cooper, eu tenho muito orgulho de você. - Rosalie começou a tossir. - Eu te amo meu filho, mesmo que não acredite, eu te amei desde que descobri que estava grávida, desde quando você era um feijãozinho na minha barriga. - Rosalie deu um leve sorriso, e fechou os olhos.
Ela estava em paz, pensou Adam. Ele se lembrava das raras vezes que ela fora carinhosa com ele, até que percebeu que o coração de sua mãe havia parado. Rosalie teve uma morte lenta e dolorosa, estava pagando todos os seus pecados e mal feitos que fez com o seu filho.
Adam estava contente com isso, e já sabia o nome da sua próxima vítima.


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