Trem em direção de Magnolia. Finalmente, após tantos problemas, Natsu e turma estavam voltando para sua querida guilda. A Fairy Tail. Mas, mesmo finalmente voltando para casa, ainda havia coisas sem explicação. A primeira era como o velho necromante havia desaparecido, algo que foi dito a Natsu apenas antes de entrarem no trem, e, segunda, como ficaria a relação de Natsu e Erza após tudo que havia ocorrido. Mas, para Gray e Lucy, não parecia que algo iria mudar muito mais.
            Como sempre acontecia durante as viagens, Gray, Lucy, Erza e Happy ficavam a conversar enquanto Natsu sentia seu típico enjôo. E, como sempre, Erza colocava a mão no ombro de Natsu e falava para ele:
            - Logo passa.
            Natsu, por sua vez, olhava para ela, mesmo sendo difícil perceber qualquer movimento de sua cabeça. Mas aquilo era suficiente para os outros notarem que Natsu já estava parcialmente preparado para o soco de sempre. Mas nada disso aconteceu. Pelo contrário. Erza colocou a mão na cabeça de Natsu e, com calma, levou até seu colo, começando a acariciar seus cabelos até que Natsu dormia, e isso espantava até mesmo a Happy.
            - Durma bem. – Erza continuava a acariciar os cabelos de Natsu enquanto dizia tais palavras de forma doce. E isso deixava seus companheiros ainda mais espantados. Principalmente Happy, que por sempre ter vivido com Natsu nunca ter visto tal coisa. E, diferente de Lucy e Gray que ainda tentavam esconder, Happy deixava a boca bem aberta e os olhos esbugalhados enquanto voava olhando para Erza.
            - Você não é a Erza! A Erza daria um soco nele! Você é falsa! – gritava Happy enquanto deixava as patas no rosto, incrivelmente com a boca ainda mais aberta que antes. Vendo a cena, Erza olhava para Happy e abaixava a cabeça, corando logo depois, o que fez Happy gritar ainda mais. – Falsa! Falsa! Você não é a Erzaaaaa! Nããããããoooooo!
            - Fica quieto! – gritava Lucy, agarrando a calda de Happy e o puxando para baixo. Após isso, os dois trocam olhares e Happy se senta de costas para Lucy, encolhido, enquanto falava:
            - Lucy malvada...
            - Eu não sou malvada! – gritava Lucy. Com o grito de Lucy, Happy voava até Natsu e se encaixava atrás dele, tremendo.
            - Lucy malvada! – falava ele se encolhendo um pouco mais atrás de Natsu. Mas logo sentia alguém puxá-lo dali. Ao sentir os dedos gelados, Happy olha para o lado, vendo Erza olhando para ele, com um olhar desaprovador.
            - Não atrapalhe ele a dormir. – dizia Erza séria, fazendo Happy tremer ainda mais de medo. Mas logo eles paravam ao ouvir os cochichos dos outros passageiros. Erza soltava Happy e, após isso, ela e Lucy abaixavam suas cabeças, com vergonha. Mas sentiam-se ainda mais envergonhadas ao ver Gray somente de cueca.
            Nisso, Lucy dava um soco em Gray, que ia diretamente ao chão, mas rapidamente levantava com raiva, gritando:
            - Por que você fez isso?!
            - Porque você tirou suas roupas de novo! – gritava Lucy em retorno, fazendo Gray sentir-se envergonhado por todos estarem olhando para ele. Mas aquilo passou ao notar uma garota piscando para ele, acenando depois, o que fez ele sentir-se o máximo. Mas Lucy logo dava outro soco nele, o fazendo lembrar que ainda estava apenas de cueca e que devia se vestir logo. E assim continuou a viagem de volta a Magnolia.
            Em algum lugar longe dali, o velho ficava a rezar em frente a um grande altar todo feito de ossos humanos. A frente do altar, a cabeça de uma mulher tinha uma faca toda de prata fincada com o sangue da mulher misturado a um líquido verde. Após alguns minutos rezando, duas chamas verdes surgiam no ar e entravam no corpo do velho, que caia agonizando. Aos poucos, a pele do velho começava a ficar pálida e seus músculos pareciam murchar, fazendo o velho parecer já estar morto. Mas logo ele levantava, olhando para o próprio corpo, começando a rir descontrolado após isso.
            - Sucesso! Eu finalmente consegui! Prepare-se, Dragon Slayer! Eu irei me vingar! – gritava ele, voltando a rir descontrolado após isso.