The Dragon Slayer And The Knight? escrita por Kei Dark Buyu


Capítulo 5
Fase five: Don’t cry




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Em meio há cidade, um casal andava feliz, quando repentinamente viam um homem andando em direção a eles. Era um homem estranho. Sua face era muito pálida e seus olhos eram completamente brancos. Além que ele fazia um barulho estranho. Eles olhavam para o homem que, repentinamente, avançava contra eles, pulando no casal, mordendo o pescoço do homem. Ao ver isso, o rosto da mulher mostrava uma forte expressão de medo e após isso, podia-se ouvir um grito de desespero.
            Enquanto isso, um pouco mais longe da cidade, Natsu, Gray, Erza e Lucy estavam caídos, feridos. Logo a frente deles, aquele enorme cão, Cérbero, rosnava enquanto ao seu lado o velho ria da situação. Em meio às risadas, o velho falava algumas coisas para os integrantes da Fairy Tail, aparentemente derrotados.
            - Oh, onde estão àqueles magos poderosos, confiantes de agora pouco? Oh, eu venci a Fairy Tail. Oh, eu provei, oh! Provei que sou mais forte que os filhos de Makarov! Mas, oh, preciso mais que isso. Oh, Cérbero! Devore a mulher de cabelo vermelho! Agora!
            Sem hesitar, o cão gigante corria em direção de Erza. A cada vez que as patas do enorme cão tocavam o solo, podia-se sentir o chão tremer. As marcas de suas patas, pesadas e poderosas facilmente marcavam as pedras. E Erza nada podia fazer. Não podia levantar. Erza via em câmera lenta a boca da cabeça central aberta indo a sua direção. Fechava os olhos, esperando o pior mas, estranhamente, mesmo após alguns segundos, nada havia acontecido.
            - Não ouse tocar nela!
            Ela conhecia aquela voz. Uma voz que, com o grito, ficava um tanto que rouca, mas que, mesmo daquela forma, aquecia o coração dos que ouviam, assim como as chamas dele. Foi então que Erza, ao abrir os olhos, via Natsu segurando a boca do cão com as mãos em chamas. Ela pretendia falar algo, mas, antes que tivesse a chance, apenas observava a cabeça do chão subindo e o cão recuar após ele receber um forte chute de Natsu.
            - Eu não vou permitir... Ninguém fará algo contra ela... Eu irei protegê-la de tudo... Eu irei protegê-la, mesmo que isso custe minha vida!
            Os gritos de Natsu eram ouvidos por todos, e aquilo irritava muito o velho. Logo, o velho dava um tapa de leve no cão, que olhava para ele. Nisso, o cão via apenas a mão do velho apontada para Natsu e, após isso, ele fazia um gesto para que o cão o matasse. E o gesto era suficiente pra ele entender a mensagem. O cão avançava em direção de Natsu com muito mais fúria que a primeira vez. E Natsu, vendo aquilo, abre os braços, estica a perna direita e bate com força ela no chão, gritando ao mesmo tempo.
            - Vem pro pau totó! – após gritar isso, Natsu avançava em direção ao cão que parecia ainda mais furioso. Assim que os dois ficavam frente a frente, o cão levanta a pata dianteira esquerda e tenta atingir Natsu, que desvia saltando para o lado, golpeando com um gancho de direita o maxilar da cabeça esquerda do cão, que logo se estendia em uma sequencia de socos, cada um tão poderoso quanto o primeiro. Por fim, Natsu ficava de costas para o cão e saltava, dando um mortal no ar, desferindo um poderoso chute na cabeça esquerda que, com o calor e a força do golpe, caia no chão.
            Ao perder a cabeça, o cão recuava e logo começava a uivar ao mesmo tempo em que rosnava furioso. Natsu, por sua vez, dava um pequeno salto para trás, olhando sério para o cão, passando a mão direita pela boca, limpando um pequeno fio de sangue que escorria de seus lábios.
            Após alguns segundos, o Cérbero parecia se acalmar e começava a encarar Natsu. Esse, por sua vez, fazia o mesmo. Os dois ficavam ali, parados, se encarando como se estivessem conversando pelo silêncio. Via-se movimentos pequenos, como um pé mover-se um pouco para o lado, o cão salivar, os cabelos de Natsu moverem-se com o vento. Mas o silêncio parecia se quebrar assim que Natsu sorria. E, de alguma forma, aquele cão parecia sentir alguma felicidade também. Não se podia ver um sorriso, mas podiam sentir.
            E o silêncio se quebrou. Ao mesmo tempo, Natsu e Cérbero avançam um contra o outro. Cérbero, o tempo todo, tentando abocanhar Natsu, esmagar seu corpo contra o chão. Natsu, por sua vez, continuava a atacar Cérbero, tentando ao máximo causar danos a seu corpo, desviando dos golpes de Cérbero quando podia, defendendo-se quando necessário. A luta continuava até que Cérbero estava prestes a abocanhar Natsu, mas logo teve sua boca novamente segurada por Natsu.
            - Eu não vou deixar você fazer isso! – após falar isso, seu símbolo mágico surgia em frente a sua boca, suas bochechas inchavam e, após isso, Natsu gritava enquanto lançava uma intensa rajada de fogo pela boca. – Karyuu no Hoko!
            Foi um golpe certeiro. O Cérbero, mesmo com todo o poder e resistência que possuía não conseguiu resistir ao golpe. E nisso, sua cabeça central era incinerada rapidamente pelas intensas chamas, além de atingir parte de seu corpo. E com isso, mais uma vez Cérbero recuava, rosnando furioso ao perder a segunda cabeça. Cérbero estava pronto para, mais uma vez avançar contra Natsu, mas logo era interrompido por seu mestre, que dava mais um tapa de leve para chamar sua atenção.
            O velho, após isso, dava alguns passos para frente, parecendo estar muito mais calmo agora. Ficou em frente a Cérbero, começando a acariciar a cabeça dele após isso. Cérbero, por sua vez, apenas aceitou a caricia, agindo como um cão normal ao receber uma recompensa de seu dono, mas isso logo mudou. Repentinamente, o velho bate com força na cabeça do Cérbero com a mão envolvida por uma aura esverdeada e, nisso, toda aquela aura envolvia o corpo do Cérbero.
            Aos poucos, o corpo do Cérbero começava a mudar. As patas dianteiras transformavam-se em braços. Ele levantava, ficando em pé apenas com as patas traseiras e, a cabeça esquerda centralizava com o tronco e os ferimentos começavam a se regenerar. Por fim, a aura verde começava a desaparecer e o Cérbero agora assumia uma forma mais parecida com a humana. Uma forma que lembrava a dos lobisomens das lendas.
            - Mas... O que é isso? Por que ele mudou do nada? – Natsu olhava para aquilo estático. Nunca havia visto tal coisa. O corpo se transformar com apenas aquele tapa. O Cérbero aceitar normalmente tudo aquilo.
            - Oh, parece que o famoso Salamander só sabe lutar. Oh, essa é a magia suprema da necromancia crianças. Moldar a força do corpo. Oh, essa é a verdadeira magia negra! Vá meu escravo! Vá e mate todos eles!
            Ao ouvir as ordens, o Cérbero baixava a cabeça e logo avançava contra Natsu. Estava muito mais rápido que antes, e Natsu comprovava isso com a velocidade que ele se movia. Não demorou até Cérbero ficar frente a frente com Natsu e, sem hesitar, desferir o primeiro golpe de sua nova forma. Levantou a mão e, em alta velocidade, golpeou em direção a Natsu, que desvia do golpe, deixando que Cérbero criasse um buraco no chão com aquele golpe.
            Natsu, aproveitando a deixa, logo avança contra Cérbero, mas de nada adianta. Antes que ele conseguisse atingi-lo, Cérbero praticamente desaparecia, re-aparecendo atrás de Natsu, golpeando suas costas com as mãos juntas, lançando Natsu contra o chão. Não satisfeito, Cérbero continuava a golpear as costas de Natsu. Suas mãos moviam-se tão rápido que se via apenas vultos vermelhos. E a cada golpe, ouviam os gritos de dor de Natsu. Gritos que, aos poucos, se silenciavam.
            Enquanto isso, Erza tentava se levantar, mas não conseguia. Apenas podia ouvir os gritos, ver Natsu ser atingido. Mas logo podia ver apenas os vultos vermelhos e o som dos golpes atingindo o corpo de Natsu. Ela fechava os olhos, desejando que aquilo fosse apenas um pesadelo. Tentava tampar os ouvidos, desejando profundamente nada estava acontecendo. E, em meio a seus desejos, o olho esquerdo de Erza inundava com lágrimas que encharcavam seu rosto. Os soluços junto das lágrimas podiam ser ouvidos por todo ali, até que, em uma pequena pausa entre os soluços, ouve-se o grito de Erza:
            - LEVANTA! NATSUUUUUUUUUUU!!
            Mas nada. Natsu continuava ali, deitado. O único que olhava para eles agora era o Cérbero, que parava de golpear Natsu e começava a dar passos lentos em direção aos companheiros de Natsu. Gray, vendo Cérbero se aproximar tentava levantar, mas era em vão. Mal conseguia mover os braços. Podia ver apenas o Cérbero próximo de Erza com o braço erguido. Mas, antes que ele atacasse, ele via uma rajada de fogo atingir em cheio Cérbero, o lançando para longe de Erza.
            - Eu não vou... te... perdoar... maldito! Nunca... vou te... perdoar... por ter feito... ela chorar... Nunca! – nisso, Natsu começava a urrar de raiva. E assim, como muitas vezes passadas, seus sentimentos lhe davam força. Sua raiva, toda a irá contida se libertava em forma de magia, em forma de poder. Em forma de chamas.
            O Cérbero apenas ficava em silêncio, olhando para Natsu. Natsu esse que, instantaneamente surgia em frente a Cérbero e, com um cruzado de esquerda, golpeava a cabeça do Cérbero, que logo era lançado para trás. Mas antes que ele pudesse se recompor, Natsu avançava contra ele e desferia em grande velocidade, um número incontável de golpes. Golpes esses que, aos poucos, destruíam todo o corpo de Cérbero. E realmente, ao fim daquilo, o corpo de Cérbero não era mais que um amontoado de carne além de cinzas carregadas pelo vento.
            - Mas... Como? Oh, isso não pode estar acontecendo! Oh, meu Cérbero, minha obra prima! Você irá pagar por isso! – gritava o velho, que novamente tentava conjurar a magia para criar os corpos. Mas não funcionou. Tentou novamente, mas o mesmo resultado. Nisso, ele via Natsu ir a sua direção em passos lentos, mas, antes que ele notasse, Natsu começava a correr em sua direção e, com um único golpe, atinge o queixo do velho, o lançando para trás, desmaiado.
            - Eu falei que... não ia te... perdoar... cretino... – apenas pode falar essa ultimas palavras antes de desmaiar. Por algum tempo, todos ficaram ali, deitado. Até que Erza, com certa dificuldade, conseguia se levantar, indo de imediato em direção a Natsu. Inicialmente, Erza parecia triste, mas, ao ver a expressão de Natsu desacordado, sorriu, calma ao ver que ele só estava cansado. Ela olhava para Natsu por algum tempo, até ouvir a voz de Happy, se aproximando. Olhava em direção a Happy, vendo algumas pessoas correndo atrás dele. E com isso, sentiu-se aliviada, sabendo que finalmente poderia descansar um pouco.
            A imagem borrada aos poucos tomava forma. Os olhos se abriam e, com isso, sua consciência voltava. O teto, feito de madeira, lembrava a estalagem. Olhou pra o lado esquerdo, nada. Olhou para o lado direito, via quem desejava. Erza estava deitada ao seu lado, dormindo tranquilamente. E vê-la dormindo daquele jeito fazia Natsu feliz.
            Ele tentava levantar, mas seu corpo não obedecia. Sentia uma forte dor em seu tronco e, com isso, acaba por soltar um baixo gemido de dor. Gemido esse suficiente para fazer que Erza acorda-se. Após isso, por toda a hospedagem, podia-se ouvir o grito de dor de Natsu. E, pouco tempo depois, Gray e Lucy entravam correndo no quarto, assustados pelo grito. Mas viam apenas Natsu na cama e Erza sentada corada.
            - Eeh... o que aconteceu? – perguntava Lucy, estranhando ver Erza corada daquele jeito.
            - Quando o Natsu acordou eu abracei ele instintivamente, mas esqueci que ele estava machucado, então... Aconteceu isso. – Erza respondia corada, como se sentisse vergonha por ter feito algo assim. – E ele acabou desmaiando novamente.
            - É, as coisas realmente mudaram. Vamos deixar eles sozinhos Lucy. Duvido que queiram ser interrompidos novamente. – enquanto falava isso, Gray puxava Lucy para fora do quarto, os deixando sozinho novamente. Erza, por sua vez, apenas ficava a observar Natsu, que novamente dormia tranquilo. E assim, alguns dias mais se passaram até que Natsu conseguisse andar normalmente de novo. E assim, nesse mesmo dia, eles voltaram para sua querida e amada guilda. Fairy Tail. Mas sabiam que muita coisa ainda iria acontecer.


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Notas finais do capítulo

Peço desculpas pela demora. Não tenho desculpas para isso. Foi apenas falta de ideias. Desculpa mesmo. >.

Detalhes: haverá um ou dois capítulos a mais, e agora que voltei a escrever, pretendo terminar logo.


Bem, é isso. Espero que tenham gostado.