The Dragon Slayer And The Knight? escrita por Kei Dark Buyu


Capítulo 2
Fase two: Tell me this




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            Alguns dias haviam passado desde a luta entre Natsu e Erza. Por toda a cidade aquele era o assunto mais comentado. Principalmente pelo fato de os dois terem lutado com tudo que podiam e não terem destruído nada na cidade, o que mais surpreendia a todos, tanto os moradores da cidade quanto aos integrantes da Fairy Tail. Bem, quase todos. Entre todos, alguns poucos integrantes sabiam que os dois haviam evoluído muito e que junto com essa evolução conseguiam controlar cada vez melhor seus poderes. Esses eram o líder da guild, Makarov, o mago do gelo, Gray, a maga da chuva, Jubia, e o Dragon Slayer de ferro, Gazille. Mas, entre todos, o que mais havia notado qualquer evolução, ou melhor, a que mais havia notado qualquer evolução era a própria Erza. Ela sábia muito bem que estava conseguindo controlar melhor suas habilidades, mas o que mais lhe interessava era que Natsu agora conseguia controlar suas habilidades de forma que, para ela, era incrível.

            Era por volta das 16:00 horas daquele dia. A guild, como sempre, movimentada. Alguns escolhiam seu próximo trabalho, outros iam para suas casas descansar antes de partir para o próximo trabalho, o resto continuava a conversar, beber, entre outras coisas mais que sempre aconteciam ali. Em uma das mesas, Natsu estava sentado, olhando com aparente raiva para Gray. Os dois estavam com os cotovelos de seus braços direito na mesa. Seguravam a mão um dos outros com força. Sim, era uma simples queda de braço. Ambos forçavam ao máximo que conseguiam. Tanto que, aos poucos, onde seus cotovelos estavam, a mesa começava a rachar. Os que estavam assistindo viam aquilo, deixando alguns assustados com tamanha força. Ficaram ali, os dois fazendo força por mais algum tempo, até que Erza começava a assistir aquilo. Estranhamente, assim que Natsu via Erza, ele sentia que não podia perder aquilo.

            Assim que começava a sentir isso, Natsu começava a forçar mais ainda, o que começava a deixar Gray em apuros. Os dois continuaram ali, quando o cotovelo de Gray acaba escorrendo um pouco, e aproveitando isso, Natsu batia a mão de Gray na mesa, quebrando ela onde a mão de Gray batia. Logo que a mesa quebrava, Gray caia no chão junto com a mesa, enquanto Natsu levantava, deixando os braços erguidos, gritando logo depois.

            - Eu venci! Eu sou mais forte Gray, admita!

            - Maldito... Eu só dei uma escorregada! Não vai ser assim na próxima, lagartixa!

            - Do que me chamou, picolé gigante?

            - Isso mesmo que ouviu, lagartixa!

            - Desgraçado! – depois de gritar isso, Natsu pulava pra cima de Gray, e os dois novamente começavam a brigar. Alguns tentavam separar, outros ficavam a rir da cena. Enquanto isso, Erza ficava apenas olhando aquilo por alguns segundos, mas pouco depois ela sai da guild sozinha. Lucy, olhando a confusão um tanto que afastada, via Erza saindo da guild. Sem pensar duas vezes, Lucy corria atrás de Erza, parando ela alguns metros a frente da guild. Lucy tocava o ombro de Erza, que olhava para trás, vendo a amiga e parceira de time, sorrindo para Lucy no mesmo momento.

            - O que foi Lucy? Quem alguma coisa?

            - O que você tem Erza-san?

            - Do que está falando Lucy?

            - Você pode enganar praticamente a guild inteira, mas não a mim, Erza-san. Nesses últimos dias eu notei que tem olhado de forma diferente pro Natsu. Ele fez alguma coisa? Se for, me diga que irei dar um trato nele. – dizia ela, estralando os dedos. Erza sorria ao ouvir as palavras de Lucy, tocando a mão dela, fazendo um gesto de não com a cabeça enquanto fazia isso.

            - O Natsu não fez nada Lucy. Mas acho que realmente não posso te enganar quanto a isso. Bem Lucy, por você ter sido a única da guild inteira que notou, irei te contar algo que talvez ache interessante. Mas se não for incomodo, podemos ir pra algum lugar que ninguém nos incomode? Não quero espalhar isso, ao menos por enquanto. Mas antes que eu te conte qualquer coisa, preciso que prometa que não vai contar para ninguém qualquer coisa que eu te falar. Tudo bem?

            - Tudo bem. Prometo que não irei falar nada. Palavra de maga estelar. Então, pra onde vamos?

            - Vamos para sua casa. Como o Natsu e o Gray estão brigando, eles não vão parar tão cedo. Se não fosse pelas outras garotas na hospedaria, poderíamos ir pra lá, mas é bem provável que alguém acabe ouvindo algo.

            - Ok! Vamos indo então! – Lucy parecia animada enquanto falava. Logo após, ela começava a andar em direção a sua casa, seguida por Erza. Após alguns minutos andando, as duas chegam à casa de Lucy, que entra primeiro, seguida por Erza. – Quer alguma coisa, Erza-san? Chá, café?

            - Uma xícara de chá seria ótimo.

            - Hai hai. – Lucy ia para sua cozinha preparar o chá. Estranhamente parecia feliz daquela vez. Ficou na cozinha por alguns minutos, quando voltava com duas xícaras brancas, preenchidas com chá preto. Entregou uma para Erza, enquanto sentava em seu sofá, tomando um rápido gole de seu chá. As duas começaram a conversas assuntos do cotidiano por alguns minutos, até que terminavam de tomar o chá. Foi quando Lucy olhou para Erza séria e disse. – Então, Erza-san, o que aconteceu?

            Erza, ao ouvir a pergunta de Lucy, olhava para baixo, com um estranho sorriso no rosto. Suas bochechas estavam vermelhas. Ela tocava as pontas dos dedos polegares um no outro. Suas pernas antes cruzadas agora estavam juntas. Fechava os olhos, respirando fundo logo depois. Ela olha para Lucy logo depois, ainda vermelha, e falando com uma voz um tanto que tímida, disse baixo algo que Lucy não pode entender.

            - O que disse Erza-san? Eu não consegui ouvir.

            - Eu... jei... Natsu. – ao menos foi isso que Lucy ouvia.

            - Erza-san, você ainda está falando muito baixo.

            Erza novamente respirava fundo. Novamente fechava os olhos, abaixando um pouco a cabeça, olhando para o chão por alguns segundos. Após isso, por uma última vez ela respira fundo e falando alto o suficiente para Lucy ouvir perfeitamente, Erza fala.

            - Eu beijei o Natsu!

            Assim que Lucy escuta as palavras de Erza, ela praticamente entra em estado de choque. Erza via como Lucy estava e podia entender o porquê daquilo. Mesmo que Erza e Natsu fossem muito próximos, ninguém da guild inteira poderia imaginar os dois juntos, não como amigos ou companheiros de time, mas como amantes ou qualquer coisa do gênero. Erza olhava para Lucy, passando a mão à frente de seu rosto, tentando fazer com que ela despertasse do choque enquanto chamava por seu nome. Alguns instantes depois, Lucy saia do choque, olhando para Erza enquanto carregava uma expressão de extrema surpresa em sua face.

            - Quando isso aconteceu Erza-san? Como? Explica tudo!

            - Bem... Foi no dia da nossa luta. Você lembra que depois da luta o Natsu foi direto para a guild?

            - Lembro, e daí?

            - Bem, um pouco depois eu também fui. Incrivelmente, naquele dia, quando eu fui pra guild mais tarde, estava muito vazio. Ao menos eu só pude ver a Mirajane e o Gazille lá. Bem, eu fiquei lá por algum tempo conversando com a Mirajane, comi alguma coisa, e como estava muito quente, principalmente depois da luta contra o Natsu, eu resolvi ir para a piscina da guild. Mas estranhei algo quando cheguei lá. O Natsu, nosso Natsu, estava dentro da piscina. Algo que eu nunca havia visto era o Natsu dentro de uma piscina, rios, entre outras coisas sem ser preciso.

            - Certo, você viu o Natsu na piscina, e ai? Eu sei que é estranho, mas não é nada tão anormal assim.

            - É, não é tão estranho. Assim como não é estranho ver o Natsu com a barriga de fora. Bem, ao menos deveria ser algo que não afetaria em nada. Bem, eu entrei na piscina normalmente, conversei com ele enquanto estávamos lá, nada demais. Mas, esses tempos, eu comecei a notar muito no Natsu involuntariamente na verdade. E acho que graças a isso, eu comecei a notar cada pequeno detalhe dele. A barriga definida dele, seus ombros largos, braços fortes. Tudo nele tem me chamado atenção. E como daquela vez ele tava usando somente um shorts, então eu pude notar muito bem cada traço dele.

            - Ta, mas ainda não entendi como isso ajudou ele a te beijar.

            - Ajudou porque não foi ele que me beijou, mas eu que beijei ele.

            - Ah sim. O Natsu nunca tomaria iniciati... O que?! Você que o beijou?!

            - Lucy, não grita, alguém pode ouvir.

            - Ah, desculpa... Foi meio que por instinto. Mas me diz... Por que você tomou iniciativa? Não deveria ser o contrário?

            - Acho que sim. Mas se fosse depender do Natsu, nunca teria acontecido. Bem, continuando. Enquanto agente conversava, aos poucos eu fui me aproximando dele. Ele, como já era de se esperar, sequer ligou se eu estava colada nele ou longe. Até que teve um momento que eu realmente cheguei a encostar nele. Como ele estava com um dos braços abaixados e o outro fora da piscina, encostei nele, apoiei minha cabeça no ombro dele e continuamos a conversar por mais algum tempo. Até que, uma hora, ele virou a cabeça pra mim e, no mesmo momento, eu olhei para ele e nossos olhares se chocaram. Como estava muito perto dele, eu podia sentir a respiração acelerada dele e sábia que ele ao menos estava com vergonha naquele momento. Foi então que eu comecei a aproximar meu rosto do dele, parei um pouco, mas logo depois eu coloquei a mão no rosto dele e o beijei depois.

            - E ele, o que ele fez?

            - Bem, no começo ele pareceu ter ficado bem surpreso, mas depois ele retribuiu o beijo. Nos beijamos por quase dois minutos, eu acho, e depois ficamos na piscina por mais quase meia hora. Depois disso, ele disse que tinha que ir pra casa cuidar do Happy. Eu não acreditei muito no que ele havia dito. Sinceramente eu ainda acho que ele estava envergonhado com aquilo ainda.

            - Ah, mas acho que isso não importa muito. Mas quem diria em? Você e o Natsu juntos não era algo que eu esperava ver.

            - Lucy, eu não estou com ele...

            - Como assim não está? Vocês se beijaram, se conhecem a um bom tempo já, se dão super bem. Qual o problema então?

            - É verdade que nos beijamos, mas... Tanto eu quanto ele não sabemos se realmente gostamos um do outro mais como amantes que como amigos. Principalmente o Natsu. Ele sempre foi do tipo que valorizou muito suas amizades. E como ele nunca teve um relacionamento assim antes, então não sei como ele deve estar se sentindo agora.

            - Não é surpresa que o Natsu nunca tenha tido um relacionamento desse tipo, mas me pergunto o porquê. Ele realmente é bonito. Se não fosse pelo cabelo estranho dele, tenho certeza que iria chover mulheres pra cima dele.

            - Isso é culpa dele mesmo.

            - Como assim?

            - Ele te falou algo sobre estar procurando por um dragão não é? O Igneel.

            - Ele falou sim, mas o que isso tem a ver?

            - Bem, com ele sempre buscou achar o Igneel, acaba que ele sempre deixa de fazer algumas coisas quando fica sabendo sobre alguma informação que tenha relação ao Igneel. Ou melhor falando, ele deixa tudo para ir atrás dele. Como o Natsu sempre deixa tudo para achar o Igneel, acaba que ele não presta atenção nas mulheres que gostam dele, e por isso ele nunca teve a chance de ter uma namorada ou algo assim. Pensando agora, isso chega até a ser triste, mas eu até entendo que ele queira achar o Igneel mais que tudo. Só que.. Eu realmente espero que um dia ele deixe toda essa obsessão pelo Igneel e comece a viver sua própria vida sem ter sempre como foco achar o Igneel, mesmo sem saber se ele ainda está vivo.

            - Sei. É, realmente, essa obsessão dele acaba às vezes me assustando. Mesmo que ele nunca fale muito sobre, quando escuta algo sobre ele enlouquece. Mas, deixando esse negócio do Igneel de lado... E você? O que vai fazer quanto a isso? Vai tentar ficar com ele? Vai deixar isso de lado e continuar somente com a amizade normalmente?

            - Não sei. Pensei em apenas continuar a amizade como sempre, mas mesmo que eu queira, não vai dar. Depois do primeiro beijo, acho que não tem como uma amizade continuar a ser a mesma de antes. Afinal, mesmo sendo algo que muitos fazem apenas por prazer, um beijo assim é algo que acaba afetando qualquer amizade. Espero que no nosso caso seja de uma boa forma, mas acho difícil continuar da forma que era antes. Afinal, acho que, tanto pra mim quanto pra ele, um beijo vai significar muito mais que para outras pessoas.

            - Pra ele eu entendo que vá significar muito mais, mas por que seria assim com você também, Erza-san?

            - Lembra do Gerard?

            - Lembro sim.

            - Bem, ele foi a primeira pessoa que posso realmente dizer ter gostado. Só que, mesmo assim, eu também nunca cheguei a beijar ele. Até porque, quando nos conhecemos, ainda éramos crianças e, bem... Você sabe. E depois que ele voltou à vida, ele logo foi levado. Então nós dois nunca tivemos algo sério. Então um beijo para mim acaba sendo algo mais importante que o normal, porque eu nunca havia ficado com outra pessoa realmente.

            - Então significa que, Erza-san, mesmo por toda sua beleza, ainda é inexperiente? Seja sincera, tem muitos caras que iriam amar ficar com você, não é?

            - Eu não sei responder isso Lucy. Nunca fui muito de prestar atenção nessas coisas também. Além que sempre achei que homens fracos não tinham o direito de ficar comigo. Agora eu nem ligo mais pra isso, mas antigamente nunca quis ficar com alguém mais fraco que eu. E como da guild, os únicos que eram mais fortes que eu era o Luxus, que foi embora, e o Mist Gun, que também nunca fica aqui, então eu já havia me conformado em morrer solteira.

            - Que coisa triste, Erza-san. Eu não consigo imaginar como seria morrer solteira. Claro que quero encontrar um cara legal e não ligo se isso demorar um pouco, mas quero me casar até completar 25, 26 anos no máximo.

            - Não é um tanto que cedo para casar Lucy?

            - Nada. A outra vez que eu voltei para casa, meu pai queria eu casasse com um cara que eu nunca havia visto somente por dinheiro. Hoje em dia é normal mulheres casarem jovens assim. E é super normal acontecer isso por causa de dinheiro apenas ou algo assim. Na verdade eu acho que isso é bem triste, mas acontece muito recentemente.

            - Sabe, eu te admiro nisso. Eu jamais consegui me imaginar casada, ao menos não por enquanto. Agora eu já cheguei até a me imaginar andando pela igreja com o Natsu me esperando no altar, mas acho que isso seria muito difícil de acontecer. Muito difícil mesmo...

            - Concordo... Espera um pouco. Erza-san, você realmente não sabe se gosta do Natsu? Afinal, você já chegou a se imaginar casando com ele. Acho difícil você não gostar dele como um futuro amante depois disso.

            - Pensando assim, eu realmente gosto dele. Mas não acho que isso seja suficiente para dizer que realmente sinto isso. Quero pensar melhor sobre isso antes de poder dizer que amo ele ou que realmente quero viver o resto da vida com ele. E mesmo que eu goste dele, não sei se posso dizer que ele sente o mesmo por mim. Afinal, depois daquele beijo, ele não falou muito comigo. Acho que está com vergonha apenas, mas tenho medo que ele esteja fazendo isso pra se afastar de mim e fazer que eu não queira ficar com ele nunca mais.

            - Não se preocupe com isso Erza-san. Com certeza ele só está com vergonha. Até porque, o Natsu jamais conseguiria pensar em algo assim. A mente dele é muito desenvolvida para as batalhas, mas apenas para isso. Nada mais.

            - Verdade. Bem, eu vou indo já Lucy. Quero tomar um bom banho e dormir. Estou cansada, não sei porque. E prepare-se, porque amanhã vamos pegar algum trabalho. Entendeu?

            - Tudo bem. Até amanhã.

            Após essa longa conversa, Erza saia do apartamento de Lucy, dirigindo-se para o dormitório das magas. Não muito longe dali, no apartamento de Natsu, ele estava deitado em sua cama, olhando para o teto. Happy olhava para Natsu, preocupado com o que ele poderia estar pensando. Natsu apenas ficava ali, deitado, suspirando em curtos intervalos, falando às vezes o nome de Erza baixo, mas alto o suficiente para Happy ouvir. O que deixava Happy ainda mais preocupado com o amigo.

 


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