Tomei um susto ao abri-la.

– O que você está fazendo aqui? E como conseguiu meu endereço?

Mal consegui acreditar no que estava vendo! Matt Foster em minha casa? Era isso?

– Boa noite, como sempre muito bem educada! – Ele falou com um sorriso irônico e charmoso no rosto.

– Boa noite nada! Como conseguiu meu endereço? – Falei cruzando os braços.

– Minha querida, com a tecnologia de hoje você realmente acha que é difícil encontrar um endereço? Pensei que estivesse mais curiosa pra saber o que faço aqui. Mas antes, seja educada e me convide pra entrar – ele falou como se aquela situação fosse a mais normal do mundo.

Nisso, minha mãe surgiu à minhas costas, e ficou parada rindo. Lindo, até ela estava rindo de mim.

– Certo, entre senhor-educação-em-pessoa. – fui o guiando para a sala de estar. – Agora me diga, e explique-se! O que faz aqui?

– Hum, cadê seu amiguinho?

– Já foi pra casa, e o que isso tem a ver?

– Vim checar se você estava bem. Já que passou a tarde sozinha com um rapaz em seu quarto. – Ele falou rindo, ele tinha que ser sarcástico?

– Há-há! Muito engraçado, o senhor sabia? Isso não é motivo.

– Isabela, você me convidou para o seu aniversário, mas não me deu o endereço da festa, nem convite!

– Hum, verdade. Esqueci-me desse detalhe. Ainda tenho que ver o convite de sua ‘acompanhante’ também. – falei fechando a cara, minha mãe já havia saído da sala, e estávamos sozinhos na sala.

Meu pai dormindo, e minha mãe se arrumando pra ir também. Meu pai não sabia que ele estava ali, se não, não nos deixaria sozinhos. Mas minha mãe é super tranquila e me acoberta ainda, rs. Se eu não estivesse tão chateada pelo fato dele trazer uma acompanhante ao meu aniversário, até poderia estar excitada com a situação. Mas enfim, subi as escadas para buscar os convites e pedi que ele me esperasse na sala. Entrei no quarto, quando senti a presença de alguém.

Me virei de costas e me surpreendi ao vê-lo bem perto a mim.

– Eu mandei você me esperar na sala, não foi? – falei mais como um sussurro do que uma fala normal. Porque ele tinha que ser tão fodidamente gostoso?

– Você estava demorando – ele falou passando a mão por aqueles cabelos lindos, ow god, também quero tocá-los, na verdade quero tocar você todinho.

– Mentira – falei baixinho, sem conseguir olhá-lo nos olhos.

– E daí? – ele falou baixinho também, levantando meu rosto para encarar-me. Que homem!

– Sabe Isabela, seu quarto é bem aconchegante... espero que não receba muitas visitas aqui. – como ele era engraçadinho, né? Já se achava no direito de mandar no meu quarto.

– Sim, é sim. Só um minuto. – fui procurando a caixa com os convites, mas não estava encontrando. Acho que deixei no guarda-roupa.

Abri meu guarda-roupa e os encontrei!

– Essas suas roupas íntimas, bem, é..., como posso dizer – ele falou meio baixo, meio surpreso, meio sexy, não sabia como ele conseguia mexer tanto comigo. E como era curioso!

– Não importa! – falei tentando me recompor. – Aqui estão os convites. – Disse entregando-lhes os convites, e ele segurou minha mão, com uma das mãos. E a outra foi direto pra minha cintura.

Quando eu ia falar algo ele colocou o dedo que segurava minha mão nos meus lábios – Pxiiu, não precisa falar nada agora. – nisso ele foi diminuindo a distância que havia entre nós, e foi se aproximando cada vez mais de meu rosto, e sem parar de olhar nos meus olhos, e ora olhar para meus lábios. Porque ele não me beijava logo? Aquilo estava me deixando tão excitada que estava com minha calcinha encharcada.

Foi então que senti os lábios dele tocando os meus, fechei os olhos e deixei aquela sensação que mais parecia um sonho, percorrer cada pedacinho do meu corpo. Estava completamente entregue a ele. Naquele momento, era possível ele fazer o que quisesse comigo. A língua dele foi pedindo espaço entre minha boca, e a minha tratou de fazer o mesmo na dele. Era um beijo desesperado, e ao mesmo tempo tranquilo, como se ambos quiséssemos isso a tempos, mas quiséssemos aproveitar cada momento daquele beijo.

Sua mão na minha cintura foi me apertando pra mais próximo dele, e a minha foi direto para seus cabelos que tanto sonhei acariciar. A outra deslizava pelo seu peitoral, mesmo por cima da roupa dava pra ter noção que aquilo ali era um Deus grego.

Nossos beijos foram interrompidos pela porta do meu quarto se abrindo, por sorte era minha mãe.

– Filha, acho que está na hora de dormir, amanhã você terá um dia cheio para a sua festa. – ela falou piscando para mim, acho que meu pai devia ter acordado.

– Ok mãe, vou leva-lo até a porta. – falei olhando pra ele, e pude ver um sorriso sem graça no seu rosto.

– Vamos senhor Foster? – Assim que falei ele riu da formalidade na minha fala, eu também acabei rindo.

– Acho que você já pode me chamar apenas de Matt. – ele falou segurando minha mão enquanto saíamos do quarto.

Descemos as escadas calados, e quando chegamos a porta de minha casa, paramos, ele me deu um selinho. Eu só podia estar vivendo um sonho.

– Te vejo amanhã, boa noite baby. – Dizendo isso, saiu. Eu fechei a porta.

Subi as escadas delirando ainda, e pensando em tudo que estava acontecendo comigo. Não conseguia acreditar! Cheguei ao meu quarto, liguei para Kate, e logo em seguida para o Jer. Óbvio que eles tinham que saber de cada detalhe. Tomei um banho, e quando fui deitar meu celular tocou. Era mensagem:

“Minha querida baby, tenha uma boa noite, pois eu tenho certeza que terei depois de te ver. Salve este meu número, é meu celular pessoal. O Outro é profissional. Até amanhã, estou ansioso para lhe ver novamente.”

Não respondi, fiquei muito atentada a responder, mas tinha que ser um pouquinho difícil né? Até por que eu sei que ele sempre deve ter a mulher que sempre quis, inclusive eu já era sua. Mas ele não precisava saber disso. Ri com os meus pensamentos e peguei no sono. O dia seguinte, como minha mãe havia dito, seria cheio! E repleto de surpresas.